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Escrita por Guilherme Brum.
CAPÍTULO 010
ÚLTIMO EPISÓDIO
Cena 01: Todos os personagens está de pé numa sala cinza escuro, eles estão paralisados como uma estátua, mas até que… está faltando Rafael ali, ele então começa a narrar enquanto a câmera foca no rosto de cada pessoa ali
Rafael: (Narração) Talvez eu esteja errado, talvez possa ter sido um mero e simples acidente. Mas será mesmo? Não tenho mais certeza de nada, o meu mundo agora não é mais o mesmo. Olho pra minha mãe e penso, será que ela sabia o valor do seguro do meu pai e junto disso sabia o quanto a empresa teria que dar a ela se ele morresse lá dentro? E minha avó, será que matando neto, filha e genro, ela conseguiria beliscar esse dinheiro?, talvez por ambição ela seja capaz disso né? Minha tia Ieda, é casada com um irmão de meu pai, os dois herdariam essa grana sem nós três no caminho? Por que o caixão do meu pai estava lacrado? Por que até hoje ninguém sabe exatamente quem foi o responsável e nem tem um suspeito? Todos que fazem parte da minha história talvez tenha um motivo para querer meu pai morto.
SEDENTO
Cena 02: Apartamento de Helena - Fabiano está sentado na sua cama só de cueca, André toma banho. O celular de André que está em cima da mesinha toca, Fabiano se levanta e pega o telefone
(Close traseiro em Fabiano)
Fabiano: (Em off) Chefe? Ele disse que estava desempregado…
(Fabiano atende)
-André, preciso falar com você agora, precisamos dar um jeito de eliminar o Rafael do nosso caminho
Fabiano: Então foi… foi você quem… não pode ser!
(Foca em Fabiano, a ligação cai, Fabiano coloca o celular de André onde estava e deita na cama. André sai do banheiro)
André: Amor, vamos comer? Tou com fome.
Fabiano: Vai embora daqui!
André: O que?
Fabiano: VAI EMBORA AGORAAAAAA!
André: O que aconteceu? Por que você está assim?
(Fabiano se levanta e vai até André)
Fabiano: Realmente, o dia em que te conheci foi muito estranho… como você é cara de pau mano, como tem coragem de fazer o que fez e vim até a minha casa transar comigo?
André: Do que você está falando mesmo?
(Fabiano da um tapa na cara de André e fala apontando o dedo na cara dele)
Fabiano: FOI VOCÊ CARA, SÓ PODE TER SIDO VOCÊ! FOI VOCÊ QUE SEQUESTROU O MEU SOBRINHO, E VOCÊ AINDA VAI MATAR… não, não, não. Não pode ser Verdade (t) ANDAAAAAAAA, CADÊ A TUA DEFESA SEU ARROMBADO? VAI FICAR MUDO AGORA É?
André: Eu te amo!
Fabiano: e eu VOU ACABAR COM A TUA RAÇAAAA
(Fabiano derruba André no chão com um soco, André tenta se levantar, mas Fabiano o derruba com uma rasteira, Fabiano começa a encher a cara de André de socos, ele tenta se defender porém não consegue. Fabiano levanta André pelos cabelos e bate com sua cabeça na janela do quarto Que consequentemente quebra o vidro, depois disso ele o joga contra a parede. André cai no chão em silêncio, Fabiano se aproxima. Foca em André com o rosto todo cortado e roxo)
Fabiano: Tu vai sair assim na rua! Tá entendendo? Vai sair pelado e todo cortado, e se a polícia ousar bater na minha porta… Ahhhh André, eu juro que te mato! COM A MINHA FAMÍLIA NINGUÉM MEXE!
(André olha seriamente para Fabiano, porém ele não olhava com raiva ou ódio, ele olhava com medo)
Fabiano: ANDAAAAAAAA! SAI DA MINHA CASA
André: Não… consigo levantar!
Fabiano: Você tem cinco minutos para sair daqui, ou então… o negócio vai piorar pro teu lado viu?
(Fabiano entra no banheiro)
Cena 03:Gonzaga - Terraço do Edifício Irmãos Andradas - Helena e Herivelto continuam discutindo
Helena: Olha, eu já te disse, que eu vou te dar esse dinheiro, mas antes eu preciso saber se você realmente sabe o que eu fiz? E se você estiver blefando?
Herivelto: AMANHÃ ÀS 11h
(Herivelto se vira e quando vai sair ele é puxado por Helena)
Helena: Onde pensas que vai?
Herivelto: Eu? Eu vou embora, tá incomodada?quer que eu fique?
(Take aéreo. Helena e Herivelto estão em pé perto da Quina do prédio. Herivelto agarra Helena)
Herivelto: É isso que você quer né?
(Helena empurra Herivelto, em câmera lenta mostra ele se desequilibrando e caindo do prédio, mostra o corpo dele no chão, as pessoas que passavam ali naquele momento se assustam e começam a ligarem para polícia e pro Samu)
Helena: Pronto, menos um!
Foca em Helena
Cena 04: Hospital Ana Costa - Quarto de Rafael - Rafael está sentado em sua cama, ele olha pro nada com uma cara de pensativo, seu olhar é distante. Ele então se levanta e coloca uma roupa que sua mãe tinha levado.
Ieda entra
Rafael: Oi madrinha.
Ieda: Oi, cadê sua mãe?
Rafael: Aquela vagabunda?
Ieda: Rafael! Tenha modos, isso lá é jeito de falar com sua mãe?
Rafael: Tia… a senhora não sabe da missa um terço, você não faz ideia do que aconteceu aqui neste quarto hoje!
Ieda: O que sua mãe fez? O que aconteceu meu filho?
(Ieda coloca sua bolsa na poltrona e para de frente para Rafael)
Rafael: Sabe quem organizou toda essa “festa?”
Ieda: Não tou te entendendo
Rafael: FOI A MINHA MÃEEE QUE MANDOU MATAR MEU PAI! ELA FOI DESMASCARADA AQUI NA MINHA.
Ieda: Rafael para de gritar! Por favor
Rafael: Tia, foi minha mãe que organizou toda essa palhaçada, foi a minha mãe que mandou me sequestrar! Que baita atriz essas emissoras estão perdendo viu? Merece um Oscar por toda aquela encenação! Que encenação mais bem feita! Sabe qual era o plano final de tudo aquilo? Sabe ?
Ieda: Não faço ideia!
Rafael: Me matar! Esse era o plano, eu estranhei o fato deles não terem ligado pra ninguém
Ieda: Não Rafael, essa história tá muito mal contada, não tá se encaixando, sua mãe não fez isso! Pode ter certeza! Ela não fez isso, não é possível, você não viu o tanto que ela estava aflita lá em casa! Isso é impossível. A Priscila não chegaria a esse ponto, ela amava seu pai de verdade, quando eles se casaram…
Rafael: NÃO DEFENDA ELA! NÃO NA MINHA FRENTE
Ieda: Rafael, calma por favor! Eu tou te aconselhando pois lhe amo e quero seu bem meu filho, você não está vendo isso? Não percebe que isso não se encaixa? Essa trama não está bem costurada, meu filho, conversa com sua mãe!
Rafael: Posso dormir na sua casa?!
Ieda: Rafael, você tem que conversar com a sua mãe, ela quem te gerou! Você não pode dar as costas assim pra ela, vocês têm que conversar.
Rafael: Eu posso ou não dormir na sua casa?
Ieda: É que sua mãe ia…
Rafael: Tá bom, eu entendi, não tem problema não viu tia? Eu vou pra um hotel, cansei de ficar nessa merda de hospital internado sem ter nada
(Rafael puxa o fio do soro que estava nele e sai)
Ieda: RAFAEL, VOLTA AQUI!
Corta
Cena 05: Portaria do Ibis Hotel - A chuva começa a castigar a cidade, Rafael está sem guarda chuvas e entra no hotel todo molhado, ele vai direto pra recepção
Rafael: Olá boa noite! Eu quero um quarto o mais rápido possível.
Recepcionista: Um momento por favor!
Cena 06: Rua Euclides da Cunha - Fabiano caminha, ele caminha rapidamente. A rua está deserta e escura, ele caminha e começa a notar que alguém o observa, ele olha para todos os lados e não vê ninguém, quando ele olha pra frente, ele vê um homem que lhe ataca com um pano e clorofórmio. Fabiano apaga
Cena 07: Quarto do Hotel - Rafael está sentado na ponta da cama, as luzes estão apagadas, ele está pelado e suas roupas molhadas estão estendidas no banheiro, de repente ele olha fixamente pra um lugar com os olhos arregalados, e então ele é jogado pra trás bruscamente, seu nariz começa a sangrar e ele começa a ter uma visão
{Caramuru - noite do dia 31 de março de 2003 - Rafael está dentro da empresa de seu pai, ele estranha muito a situação, até que um rádio começa a tocar e músicas da época que hoje em dia não se lembram mais também toca
Rafael: Meu Deus! Onde eu estou? O que está acontecendo…
(Ele não obtém resposta)
Rafael: Alguém?
(Close no lugar todo deserto, Rafael começa a caminhar por aquele gigantesco galpão, cujo no meio tem um monte de soja enorme)
Rafael: Oi…
(Ele sente um vento gelado e se arrepia todo, ele fecha o olho, e quando abre novamente, seu pai está a sua frente.)
Rafael: PAI! O QUE… O QUE O SENHOR ESTÁ FAZENDO AQUI? Eu tou ficando louco, só pode!
Francisco: Você quer saber quem me matou e quem tentou te matar não é?
Rafael: Sim, eu já até sei!
Francisco: Sabe mesmo? Pois eu vou te detalhar tudo agora!
Foca no rosto de Rafael que está assustado}
Rafael: (Narração) Bom, essa última parte eu não quis detalhar muito porque senão não ia ter graça, mas eu garanto uma coisa a todos vocês? Tão achando que tudo acabou? Que meu pai me contou quem matou ele e eu resolvi isso? Aí que vocês se enganam, isso não é nem 1 terço do que eu ainda tenho pra contar pra vocês, O que aconteceu com o meu tio depois que ele foi atacado? E a minha vó? Ela matou aquele homem e não teve contas a prestar? Minha mãe? O que aconteceu com ela depois de sair do hospital? Meus amigos, isso ainda, nem começou direito...
Continua…
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