(Foto: Divulgação)
Coluna
desenvolvida por Daniel Augusto.
Biografia de Émile Durkheim
Émile Durkheim (1858-1917) foi um sociólogo francês. É
considerado o pai da Sociologia Moderna e chefe da chamada Escola Sociológica
Francesa. É o criador da teoria da coesão social. Junto com Karl Marx e Max
Weber, formam um dos pilares dos estudos sociológicos.
Infância e Formação
Émile Durkheim nasceu em Épinal, região de Lorena, na França,
no dia 15 de abril de 1858. Descendente de família judia, filho e neto de
rabinos, desde cedo foi preparado para seguir o mesmo caminho, mas rejeitou sua
herança judaica. Estudou no Colégio d’Epinal e no Liceu, em Paris.
Interessou-se inicialmente por filosofia e estudou na Escola Normal Superior de
Paris. Terminado seus estudos, lecionou em diversos liceus provinciais
franceses.
Entre 1885 e 1886, Durkheim realizou uma viagem de estudo na
Alemanha, especializando-se em Sociologia. Dentro da Sociologia educacional
filiou-se à corrente denominada Pedagogia Social. Foi fortemente influenciado
pelos métodos de psicologia experimental de Wilhelm Wundt.
Em 1887, Durkheim foi nomeado professor da primeira cadeira
de Ciências Sociais, associada à educação, na Universidade de Bordeaux. Em 1896
fundou a revista “L’Année Sociologique”, quando reuniu um eminente grupo de
estudiosos. Em 1902, foi convidado para lecionar Sociologia e Pedagogia na
Sorbonne, onde permaneceu até sua morte
Divisão do Trabalho Social
No âmbito das investigações, Émile Durkheim deixou um dos
principais trabalhos de contribuição à sociologia, com a publicação da obra
“Divisão do Trabalho Social” (1893), onde analisa as funções sociais do
trabalho e procura mostrar a excessiva especialização e a desumanização do
trabalho, que ascendeu com a Revolução Industrial. Durkheim sublinhava, em seus
estudos, os grandes riscos que tal evolução significava para o bem e o
interesse comum da sociedade.
Método Sociológico
Em 1895, Émile Durkheim publicou sua obra fundamental, “As
Regras do Método Sociológico”, que constitui uma síntese da Sociologia como uma
nova ciência social. Nele, Durkheim delimita o campo da nova ciência e propõe
uma metodologia de estudo, condição indispensável ao estabelecimento da
legitimidade de qualquer ciência.
Para ele, o objetivo do estudo da Sociologia não pode ser
baseado em uma soma de indivíduos e sim em um fato social. Dentro de sua
perspectiva, os fatos sociais devem ser considerados como “coisas”, com
existência própria, exteriores às consciências individuais. É necessário
respeitar e aplicar um método científico, aproximado, dentro do possível, das
outras ciências exatas. Devendo-se evitar preconceitos e julgamentos
subjetivos.
O Suicídio
Em seus estudos sobre personalidade, Durkheim tentou mostrar
que as causas do autoextermínio têm fundamentos em causas sociais e não
individuais. Descreveu três tipos de suicídio; “o suicídio egoísta”, aquele em
que o indivíduo se afasta do conjunto dos outros seres humanos, “o suicídio
anômico”, originado da crença de que todo um mundo social, com seus valores,
normas e regras, desmoronam-se em torno de si, e “o suicídio altruísta”, o
realizado por extrema lealdade a dada causa.
Teoria da Religião
Sobre os fenômenos religiosos, Durkheim escreveu uma de suas
obras mais significativas, “As Formas Elementares da Vida Religiosa” (1912),
baseada em diversas observações antropológicas, buscando mostrar as origens
sociais e cerimoniais, como também as bases da religião, especialmente do
totemismo. Afirmou que não existem religiões falsas, que todas são
essencialmente sociais. Definiu religião como “Um sistema universal de crenças
e práticas relativas às coisas sagradas”, que unem os indivíduos que dela
compartilham em uma única comunidade moral, denominada igreja.
Émile Durkheim faleceu em Paris, França, no dia
15 de novembro de 1917. Seus restos mortais encontram-se no cemitério de
Montparnasse, em Paris.
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