Voz da Bossa - Cap 043 #ÚltimoCapítulo
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Xavier
demostra preocupação com Marília e pergunta:
Xavier – Amor estou
ficando preocupado com você. Não comeu nada, preparei esse café da manhã, fiz a
geleia de amendoim que você gosta e nem tocou nas torradas e no suco de
laranja.
Marília – Estou sem
fome! E estou preocupada com as janelas do corredor do segundo andar, os vidros
estão trincados por causa da tempestade de madrugada.
Xavier – Já chamei
o vidraceiro da Barra da Tijuca para vir aqui. Ah e tenho uma boa notícia.
Marília – Diga!
Xavier – Recebi
convite para a inauguração do Espaço Bossa Novo em Copacabana, a Alice nos
convidou e claro, aceitei o convite.
Marília – Ficou
doido homem? Essa Alice ai é filha de um relacionamento extraconjugal Anderson
com Maria Luísa. Não sei se é bom comparecer a esse evento.
Xavier – Não faça
concessões, não resista! Eu sei que o Anderson foi o primeiro homem da sua vida
e eu estou aqui agora como o seu marido e fiel escudeiro. Esqueça o que
aconteceu há quarenta e sete anos e vamos viver o hoje.
Marília – É difícil
esquecer uma traição [...].
Xavier – É difícil,
mas não é impossível. Marília você agora é uma mulher bem madura, demostrou ser
forte durante o processo de divórcio e vai jogar toda sua coragem pro alto por
causa de uma pessoa quem nem culpa no cartório tem? Alice é totalmente
diferente do seu ex-marido e da mãe dela, a Clair e o Omar criaram ela.
Marília – Está
sabendo demais da vida dessa mulher hein? Está de olho no par de pernas dela
senhor Xavier?
Xavier – Só tenho
olhos para o par de pernas enrugado da minha digníssima mulher.
Marília – Babaca!
Marília se
levanta revoltada e Xavier provoca:
Xavier – Olha,
quando chegarmos do evento quero brincar de cavalinho paraguaio na cama contigo
hein?
Marília – Vai pra
puta que te pariu, idiota.
Xavier tira
sarro e Marília chama Mirian:
Marília – Mirian
você chamou o carro por aplicativo?
Mirian – A senhora
vai sair?
Marília – Sim, irei
à praia de Copacabana para espairecer as ideias.
Mirian – Não acha
melhor ir com você não? Ultimamente tem dado tanto assalto no calçadão.
Marília – Se você
quiser fazer companhia, é bem vinda.
Mirian – Então vou
avisar ao Jonatan e já estarei de volta.
Marília – Vai lá!
Mirian entra na mansão e Marília fica sozinha no jardim.
CENA 002.
MANSÃO OLIVEIRA MAGALHÃES. ESCRITÓRIO. INTERIOR. DIA/MANHÃ
Joaquim recebe foto de Sávio com Clara aos beijos na piscina e
perde a paciência:
Joaquim – Que filho
da puta! Ah se minha mãe entrar aqui, ela vai ouvir.
Clara entra
no escritório e Joaquim cobra satisfações:
Joaquim – Que
história é essa de ter relacionamento com um de nossos empregados?
Clara – E eu por
um acaso lhe devo satisfações?
Joaquim – Deve sim
porque eu pago o salário dos empregados. Além do mais, aqui é uma casa de
família e se quiser seus momentos de prazer é só agendar um horário nesses
motéis baratos espalhados pelo Rio de Janeiro.
Clara – Em
primeiro lugar, me respeita que eu sou sua mãe e em segundo, essa casa me
pertence também. Eu faço o que quiser aqui.
Joaquim – Mas não
vai fazer mesmo, eu não quero que seus machos venham fazer o ar da graça aqui.
Respeite que mora com a gente e seja ao menos uma senhora decente.
Clara – Então
veremos! Ah, hoje terá um evento no Espaço Bossa Nova, você irá comparecer?
Joaquim – Não sabia
que gostava da sua irmã, pensei que tivesse alguma coisa contra com ela.
Clara – Alice é
minha irmã, mas eu não a destrato por ser filha das aventuras do meu pai.
Joaquim – Entendi!
Se eu não tiver nada pra fazer, irei a esse evento.
Clara – Perfeito,
quero que meu filho me faça companhia.
Joaquim – Agora
pode se retirar e chame o Sávio pra cá. Por favor.
Clara chama
Sávio e o empregado pergunta a Joaquim:
Sávio – Bom dia, o
que senhor deseja?
Joaquim
entrega a carta de demissão para Sávio:
Joaquim – Essa é
sua carta de demissão. Sávio Lopes da Cunha, eu Joaquim Peralta Bocaiúva
Magalhães estou dispensando seus serviços como motorista nesta residência.
Sávio – Mas
senhor, o que eu fiz? Eu tenho seis filhos para alimentar [...].
Joaquim – Que
pensasse no seu filho antes de se relacionar com a minha mãe.
Sávio – Mas ela é
quem me provoca.
Joaquim – E o idiota
cai nas provocações. Agora pode se retirar, eu não quero olhar para a sua cara.
Suma, desapareça e evapore.
Sávio desce
as escadas e ao deixar a mansão, diz sozinho:
Sávio – Estou me
sentindo livre. Ainda bem que não terei um negro como meu patrão, lugar de
gente nesse tipo é lavando privada.
Sávio cospe
na calçada da mansão, sobe na moto e deixa o antigo trabalho.
CENA 003.
APARTAMENTO CASTILLO. CALÇADA. EXTERIOR. DIA/MANHÃ
Nestor se
aproxima de Eleonora e Astolfo e diz:
Nestor – Ei,
precisam de ajuda?
Astolfo – Precisamos
de emprego e um lar.
Eleonora – Estamos
morando debaixo de marquises e a situação está difícil.
Nestor – Irei
entrar em contato com o sindico e irei ver o que posso fazer. Com licença.
Nestor entra
no apartamento e Eleonora e Astolfo comemoram:
Eleonora – Finalmente
deixaremos as ruas!
Astolfo – Vamos com
calma amor, não sabemos qual será a resposta desse senhor.
Eleonora – A resposta
será positiva, se Deus quiser e não seja pessimista.
Astolfo – Não estou
sendo pessimista e sim realista! Estamos há anos morando na rua.
Eleonora – E iremos
sair dessa! Não seja um homem de pouca fé.
Astolfo e
Eleonora são surpreendidos por Mauro:
Mauro – Então quer
dizer que vocês são os casais de golpistas que deixaram Anderson sem nada?
Eleonora – Senhor
somos inocentes e a justiça foi injusta com a gente.
Astolfo – Não
acredite nessas notícias falsas rapaz.
Mauro – Notícia
falsa? Saiu em todos os jornais da época e relembraram esse episódio nas redes
sociais agora a pouco.
Eleonora se
ajoelha, chora e pede ajuda a Mauro:
Eleonora – Por favor,
nos ajude. Estamos morando na rua, não temos onde ficar, comer e beber.
Queremos uma vida confortável e digna.
Mauro olha
para Eleonora e diz:
Mauro – Não
acredito em nenhuma palavra vindo de vocês. Querem ter vida digna, vendam
latinhas e garrafas pets, vai que ganhe algum centavo para sobreviver. Tenham
um bom dia.
Nestor
aparece e Mauro responde:
Mauro – Cuidado
com esses dois, eles não valem nada. Não passam de um golpista filhos da puta.
Nestor fica chocado e Mauro vai embora. Eleonora entra em desespero e começa a chorar. Astolfo abraça a mulher.
CENA 004.
ESPAÇO DA BOSSA NOVA. SALÃO. INTERIOR. DIA/MANHÃ
Alice se
surpreende com a arrumação do Espaço:
Alice – Está um
espetáculo, nem parece que a reforma foi feita ontem.
Lucilene – Fizemos
alguns reparos, trouxemos um acabamento característico de museu, objetos de
conservação e renovamos os móveis antigos.
Alice – Como
conseguiu fazer tudo em vinte e quatro horas?
Lucilene – O espaço
era muito ocupado com móveis, retiramos alguns, reaproveitamos todos os espaços
e fizemos palcos para palestras e eventos ao vivo.
Alice – Ótimo e já
sabe quem cantará no evento de inauguração?
Lucilene – A Letícia
foi convidada e ela aceitou.
Alice – Ah sim,
que bom né?
Lucilene – Tem algum
problema com a Letícia?
Alice – Nenhuma
imagina, eu escutava as músicas dela. Sou fã dela.
Lucilene – Que bom,
agora irei almoçar, vai me acompanhar?
Alice – Não,
obrigada, estou à espera do Mauro para conversar.
Lucilene sai
e Mauro entra no Espaço furioso:
Alice – O que
houve meu amor?
Mauro – Não tem
esse casal de mendigos? Então, descobri que eles são os golpistas que passaram
o seu pai para trás.
Alice – O senhor
Astolfo e senhora Eleonora golpistas? Sempre pareceram ser gente boa.
Mauro – As
aparências enganam, olha as manchetes.
Alice abre o Twitter e vê a repercussão do golpe de Eleonora e
Astolfo sendo a assunto mais comentado.
Alice – Estou
chocada!
Mauro continua mostrando as manchetes para Alice. Na rua, Eleonora e Astolfo são agredidos pelos moradores, vaiados e a polícia intervém.
CENA 005.
MANSÃO OLIVEIRA MAGALHÃES. ESCRITÓRIO. INTERIOR. DIA/MANHÃ
Charles
estranha a ausência de Sávio:
Charles – Cadê o
Sávio? Era para estar aqui [...].
Solano – O Joaquim
acabou de demitir o Sávio, a Clara me contou agora a pouco.
Charles – Já o nono
empregado que tivemos nesses anos que é demitido, tenho certeza tem dedo da
Clara.
Solano – O que o
senhor quer dizer com isso?
Charles – A Clara
deve ter tido algum relacionamento com este rapaz. Ela age feito uma vagabunda,
uma piranha sem pudor.
Solano – Que
horror, ela seria capaz de xavecar o rapaz?
Charles – Se ela
teve um relacionamento extraconjugal com o falecido Adriano mesmo estando
casado, eu não duvido de mais nada vindo dela.
Solano – Não sabia
que ela era assim.
Charles – Ah para
Solano, cansou de ver manchetes dela em jornais daquela época e agora não sabia
que a Clara é uma vadia?
Solano – Não me
lembro senhor, foram tantas coisas que aconteceram esses anos.
Charles – Te
entendo, cadê a Letícia?
Solano – Ela está
no estúdio.
Charles
caminha até o estúdio e encontra Letícia:
Charles – Aquecendo
a voz para mais tarde?
Letícia – É o único
jeito de me distrair, embora eu não quisesse.
Charles – Porque
não quer participar do evento amor? Vai ser um momento marcante para você e
despertará a memória afetiva de todos.
Letícia – Já não
basta conviver com a Clara, terei que ser simpática com Alice, filha de
Anderson, pai da Clara com Maria Luísa.
Charles – Ah amor
esqueça essa bobagens do passado, viva o presente, o agora.
Letícia – E você?
Perdoou seus pais?
Charles – Não! Não
perdoei. Minha mãe disse se dependesse dela, eu seria abortado.
Letícia – A mesma
dor que você sente com as palavras da sua mãe, é a mesmo que sinto com a
traição do meu pai com a Clara.
Charles abraça Letícia e deixa o estúdio calado.
CENA 006.
PRAIA DE COPACABANA. EXTERIOR. DIA/TARDE
Mirian pergunta a Marília:
Mirian – Está
certa que não vai querer ajuda?
Marília – Eu sou vou
colocar esse despacho no mar com algumas fotografias do Anderson. Não vale a
pena ficar remoendo o passado para o resto da vida.
Mirian – Então
qualquer coisa é só me chamar.
Marília – Pode ficar
tranquila e vigia os guardas municipais.
Mirian – A única
coisa que tenho que tomar cuidado é com os assaltantes.
Marília – Fique
alerta porque a violência no Rio não está para brincadeira.
Mirian – Pode
deixar senhora.
Mirian ajuda
Marília a descer na areia e diz:
Marília – Pode
chamar um carro por aplicativo, não irei demorar nem uns cinco minutos.
Mirian – E se
cobrarem caro?
Marília – Depois eu
resolvo isso. Fica ai que já volto.
Marília caminha
e ao chegar ao mar, a senhora canta ponto de Yemanjá, coloca o despacho e fecha
os olhos
Marília – Retira a jangada do mar
Mãe d água mandou avisar
Que hoje não pode pescar
Pois hoje tem festa no mar
E, e, e, e, e, e Yemanjá
Ela é ela é a rainha do mar
Traz pente, traz espelho o, o, o, o
Pra ela se enfeitar o, o, o, o
Traz flores, traz perfumes
Enfeita todo o mar
Ao abrir os
olhos e vê o despacho no mar, Marília sente a mão de uma pessoa em seu ombro e
ao ver, se surpreende:
Marília – Você...
Marília fica sem reação.
CENA 007.
MANSÃO PERALTA CASTELHANO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA/MANHÃ
Jonatan
explica o significado dos nomes aos seus filhos:
Jonatan – Sabem que
colocou o nome de Eduardo em você? Foi a sua mãe, ela achou esse nome lindo.
Eduardo – Não é
querendo me gabar, mas meu nome é um espetáculo.
Cecília – Não
exagere! Meu nome também foi de uma grande escritora.
Eduardo – Realmente
o seu nome é o mesmo que de Cecília Meirelles, mas coloquei esse nome em você
em homenagem a sua bisavó.
Cecília – Minha
bisavó ainda está viva?
Jonatan – Ela
faleceu com câncer, seu avô sempre contou que sofreu muito.
Eduardo – É triste
perde um parente [...].
Cecília – Uma pena,
sempre quis conhece-la.
Jonatan – Onde ela
estiver, estará intercedendo por nós.
Jonatan
abraça Cecília e Eduardo e Xavier se emociona.
CENA 008.
ESPAÇO DA BOSSA NOVA. BALCÃO. INTERIOR. DIA/TARDE
Horas depois: Mauro deixa o trabalho para almoçar:
Mauro – Vou
almoçar numa churrascaria aqui perto, vai me fazer companhia?
Alice – Não quero
amor, a Lucilene me chamou e não quis ir. Estou enjoada e não quero comer nada.
Mauro – Sinto
cheiro de um guri vindo por ai.
Alice – Não fale
isso nem brincando Mauro.
Mauro – Quer
mentir pra mim? Pensa que não vi você baixando aplicativo de gravidez? E o
teste então lá largado no banheiro. Alice, acha que sou besta é?
Alice – Agora deu
de me investigar é?
Mauro – Eu?
Jamais, bom, vou ali e já volto. Qualquer coisa é só me chamar no WhatsApp.
Alice fica
sozinha no balcão e se surpreende com a chegada de Clair:
Alice – Mãe,
quanto tempo que não a vejo.
Clair – Oh minha
filha, quando soube que faria um evento, voltei ao Brasil para acompanhar o seu
sucesso.
Alice – Muito
obrigada, sinto-me lisonjeada. Tem notícias da minha avó Lorena?
Clair – Ela faleceu
e estava lutando contra a diabetes. Ela acabou não sendo cuidado como deveria
no asilo, apareceu várias complicações da doença.
Alice – Queria que
minha avó tivesse aqui.
Clair – Agora ela
está descansando em paz, sofreu muito quando sua mãe biológica morreu.
Alice – Eu sofro
um pouquinho mesmo não a conhecendo.
Clair – Maria
Luísa era assim como você, jovial, alto astral e para cima. Agora você deixará
um legado para ela e onde ela estiver, estará feliz.
Alice abraça
Clair e as duas se emocionam.
CENA 009.
PRAIA DE COPACABANA. CALÇADÃO. QUIOSQUE. DIA/TARDE
Mirian
acalma Marília após sentir presença de uma pessoa:
Mirian – Calma
Marília, você ficando nervosa, a pressão vai subir.
Marília – Não tem
com ficar nervosa, eu vi e senti a presença do Anderson quando coloquei o
despacho no mar.
Mirian – Você deve
ter pensado no Anderson em algum momento e confabulou a presença dele.
Marília – Eu não
estou ficando louca! Senti o cheiro, as mãos dele em meu ombro e o olhar de
apaixonado que ele tinha quando éramos casados.
Mirian – Toma uma
pouco dessa água de coco, vou entrar em contato com algum motorista de
aplicativo.
Mirian entra
no aplicativo e Marília sussurra:
Marília – Eu não
estou ficando louca, irei de provar que Anderson está vivo.
Caminhando
na calçada com carrinho de supermercado, Eleonora vê uma pessoa deitada a beira
do mar:
Eleonora – Tem uma
pessoa deitada a beira do mar.
Astolfo – Deve ser
algum bebum que se deitou ali.
Eleonora – Sei não
hein, está muito arrumado para ser bebum.
Astolfo – Vamos
embora e procurar um abrigo que ganhamos mais.
Eleonora fica encarando e a pessoa se levanta e observa de longe.
CENA 010.
MANSÃO PERALTA CASTELHANO. SALA. INTERIOR. DIA/TARDE
Xavier
estranha a demora de Marília e Jonatan responde:
Xavier – Sua mãe
está demorando para chegar, ela disse que iria a praia e ficaria uns cinco
minutos.
Jonatan – Deve ter
pegado trânsito.
Xavier – Eu acho
que essa demora tem outra coisa que não é trânsito.
Jonatan – O que você
está insinuando?
Xavier – Algo a
mais aconteceu nessa praia.
Jonatan – Não duvide
da fidelidade da minha mãe.
Xavier – Não estou
duvidando, só acho estranho.
Mirian chega
com Marília em casa e Jonatan pergunta:
Jonatan – O que
houve?
Xavier – A Marília
está dopada?
Mirian – Tive que
dopa-la porque jurou que viu Anderson na praia.
Xavier e Jonatan ficam sem reação.
CENA 011.
ESPAÇO DA BOSSA NOVA. SALÃO. INTERIOR. NOITE
Horas depois: Alice inaugura Espaço da Bossa Nova e chama
Letícia para cantar:
Alice – Estou
muito feliz de abrir esse espaço dedicado a bossa nova, um estilo musical que
morreu com o tempo e virou o MPB. Mas conosco, a bossa nova sempre estará viva
na memória afetiva e em nossos corações. Agora eu chamo uma pessoa magnânima da
qual sou fã. Venha ao palco Letícia Conceição.
Letícia sobe
ao palco, é aplaudida e canta a música trem das onze com Vanderlei:
Letícia – Não posso
ficar nem mais um minuto com você
Sinto muito amor, mas não pode ser
Moro em Jaçanã
Se eu perder esse trem
Que sai agora às onze horas
Só amanhã de manhã
Não posso ficar nem mais um minuto com você
Sinto muito amor, mas não pode ser
Moro em Jaçanã
Se eu perder esse trem
Que sai agora às onze horas
Só amanhã de manhã
Vanderlei – Além
disso, mulher, tem outra coisa
Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar
Sou filho único, tenho minha casa pra olhar
Não posso ficar
Não posso ficar nem mais um minuto com você
Sinto muito amor, mas não…
Ao encerrar
a apresentação, Ana, Lidiane, Selma, Davi, Oscar, Renato, Clair, Omar, Marília
e os demais presentes aplaudem Letícia e jogam flores. Na praia de Copacabana,
Anderson aparece dizendo:
Anderson – Eu morri
para todos e até para a bossa nova, mas continuo vivo onde eu estiver. Vi os
meus inimigos padecendo e vi gente querida sofrendo pela minha possível morte.
Mas estarei aqui, caminhando na areia dessa praia nos mantos de Yemanjá.
Anderson caminha mostrando a fase da sua infância, adolescência
e adulta até ficar velho e numa cadeira de rodas. Caminhando até o fundo, as
estrelas se unem e escreve FIM.
FIM.
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