Cena 001// Estrada Deserta // Exterior // Noite
Marcos e Inês continuam se encarando
Marcos – Eu nunca pensei que eu fosse de rever depois daquele dia.
Inês – Digo o mesmo, mas parece que mudou, até carro de luxo tem, deu golpe em quem?
Marcos – Eu não preciso disso, eu não sou do seu tipo Inês.
Inês – Como se atreve a ter mandando aqueles bilhetes?
Marcos – Ficou com medo né? Achou que eu iria te entregar logo de cara? De jeito nenhum, eu queria ver você sofrer primeiro, da mesma forma que você me fez sofrer aquele dia.
Inês – Você fez o serviço porque quis, eu não te obriguei a nada, eu nunca obrigo ninguém.
Marcos – Para de mentir, obrigou sim, sempre fez isso para conseguir as coisas, já que naquela época você não tinha nada.
Inês começa a rir de Marcos
Inês – Impressionante como você é igualzinho a sua mãe, todo certinho, mas não fundo é sem conteúdo.
Marcos – Não fala da minha mãe, eu não admito isso, e aonde você mandou ela? Eu quero saber.
Inês – Nunca vai saber, por que você não a procura no IML?
Marcos – Você acha que estou de brincadeira né? Que isso não passa de um showzinho né?
O rapaz pega Miguel e a aponta a arma na cabeça do vilão
Marcos – Ou você me diz onde minha mãe está, ou senão ele morre agora na sua frente.
Inês – Você não teria essa coragem, está blefando.
Marcos – Duvida? Eu acho que você não deveria.
Os dois se encaram e o celular da vilã toca
Marcos – Não vai atender? Deve ser algum outro cúmplice seu.
Inês atende
Inês – O que foi? Você não pode me ligar.
Cléber – Aconteceu um problema aqui a mulher fugiu, eu não me lembro direito o que aconteceu.
Inês – Depois a gente fala sobre isso.
A vilã desliga
Inês – Acho que seu showzinho acabou, não tem motivo mais para você fazer isso.
Marcos – Como assim?
Inês – A sua mãe fugiu do cativeiro, e não sabemos para onde ela foi.
Marcos (Desesperado) – Não pode ser verdade isso, você está mentindo.
Inês – Não estou mentindo, agora não tenho mais nada para fazer aqui, tchauzinho.
A vilã se afasta e entra em seu carro, em seguida ela vai embora
Marcos – Onde a senhora se meteu mãe?
Ele fica pensativo
Cena 002 // Pronto Socorro // Sala de Espera // Interior // Noite
Anderson está aflito e esperando notícias de Amanda
Anderson – O que será que está acontecendo lá dentro? Eu vou entrar.
O segurança o impede
Segurança – Não pode entrar lá dentro, sem ser chamado.
Anderson (Quase chorando) – Minha namorada está lá dentro, eu quero saber como ela está.
Segurança – Aguarda aqui fora.
Anderson – Droga, ninguém dá notícia nessa merda.
A Enfermeira se aproxima
Enfermeira – Você deve ser o acompanhante da Amanda certo?
Anderson – Sim, sou eu, como ela está?
Enfermeira – O médico espera você na sala 12, pode ir.
Anderson – Ok, muito obrigado.
O rapaz entra, e procura o consultório e consegue achar
Cena 003 // Pronto Socorro // Consultório // Interior // Noite
Anderson entra e encontra Amanda acorda deitada
Anderson – Amor, como você está?
Amanda – Agora estou bem amor, o médico quer falar com você, ele não me disse nada até agora.
Anderson – Diga doutor, o que a minha namorada tem?
Médico – Aparentemente ela não tem nada, a única coisa, é que ela está grávida.
Amanda se assusta
Amanda – Grávida?
Médico – Sim, e você já está de uma semana.
Anderson – Então vou ser pai? Não consigo acreditar.
Ele abraça e beija a namorada, e os dois comemoram
Médico – Ela precisa repousar por enquanto, eu vou assinar a alta dela e vocês estão liberados.
Anderson – Obrigado doutor.
O médico se retira
Anderson – Eu vou ser pai, era o meu sonho e hoje ele está se realizando.
Amanda – Eu estou surpresa e não sei o que dizer amor.
Anderson e Amanda se olham e em seguida se beijam
Cena 004 // Rua // Exterior // Noite
Nilcéia continua sem saber o que fazer, ela sai do beco e começa a andar, porém sente dores
Nilcéia – Dores agora não, isso não.
Ela encosta-se ao muro de uma casa, pra descansar
Nilcéia – Meu Deus me ajuda, eu preciso achar um telefone para ligar para o meu filho.
Ela continua caminhando e tampando o rosto para não ser reconhecida por ninguém, até se esbarrar com um homem chamado Evandro
Evandro – Desculpa senhora, eu tava lendo uma mensagem e não vi.
Nilcéia – Não tem problema.
Evandro – Aconteceu alguma coisa, você parece que está fugindo.
Nilcéia – Não estou, na verdade estou, eu fui seqüestrada e consegui fugir para não se pega novamente.
Evandro – Por essas bandas sempre tem isso, mas eu posso te ajudar?
Nilcéia – Eu só preciso de um telefone para ligar para o meu filho.
Evandro – Meu celular está sem crédito, mas se quiser vim comigo, em casa minha esposa tem.
Nilcéia – Eu vou, eu não quero voltar mais para aquele cativeiro.
Evandro – Vem comigo, a minha casa é aqui perto.
Nilcéia acompanha Evandro até a casa dele
Cena 005 // Mansão de Cristina // Quarto de Diego // Interior // Noite
Diego entra em seu quarto
Diego – Posso entrar amor?
Glalber – Pode sim, eu já terminei de arrumar.
Diego – E não é que ele leva jeito? Estou feliz por isso.
Glalber – Obrigado amor.
Ele chega perto de Diego e os dois se beijam... Glalber começa a tirar a roupa e depois tira a do Diego e os dois se deitam na cama nus
Glalber – Eu te amo tanto, você nem imagina amor.
Diego – Eu sinto isso, e acredito em você meu amor.
Glalber – Depois que eu conheci você, minha vida mudou, ficou mais alegre, não sei como explicar isso.
Diego – Eu percebi, eu também percebi que a minha vida mudou.
Em seguida, eles começam a se beijar, Glalber começa a tocar nas partes íntimas de Diego, e Diego em Glalber, mas...
Diego – Para Glalber, é melhor não, eu me esqueci que tenho a doença.
Glalber – Eu trouxe preservativo, sempre o carrego comigo.
Diego – É melhor não, não quero correr o risco.
Glalber – Amor, com preservativo não vai acontecer nada.
Diego – Eu já disse que não, eu sinto muito.
Ele se levanta, se veste e depois se deita de novo, enquanto Glalber continua nu, deitado ao lado de Diego aborrecido
Cena 006 // Casa de Elvira // Sala // Interior // Noite
Elvira e Carlos chegam do restaurante
Elvira – Nunca comi tanto, como comi hoje, tirei o atraso.
Carlos – Fiquei feliz por você ter gostado, quem sabe outro dia aconteça de novo.
Elvira – Né, mas agora vou fazer uma coisa para acabar com a felicidade da Amanda e do Anderson.
Carlos – O que você vai fazer?
Elvira – Você já vai ver.
A vilã pega o celular e liga para a policia
Elvira – Alô é da polícia? Eu queria fazer uma denúncia anônima.
Policial – Sim, qual denúncia?
Elvira – É sobre uma empresa de pirataria, eu sei onde fica o escritório dessa empresa.
Policial – Diga.
Elvira – Aquele do centro, a fachada é azul e o dono dessa empresa é Anderson.
Policial – A gente vai verificar a denúncia feita, obrigado.
A vilã desliga
Carlos – Ficou maluca? Isso pode me prejudicar.
Elvira – Relaxa, quem vai ser prejudicado nessa história não vai ser você e sim o Anderson, eu quero que aquele verme apodreça na cadeia, eu quero aqueles dois separados e para isso sou capaz de tudo.
Carlos fica apreensivo
Cena 007 // Mansão do Eduardo // Quarto do casal // Interior // Noite
Eduardo termina de assistir o filme e desliga a TV, Creusa entra no quarto
Creusa – Edu, eu já terminei o meu serviço, eu posso ir embora.
Eduardo – Pode sim, vai descansar amanhã é um novo dia.
Creusa – Aconteceu alguma coisa? Vejo que você não está bem.
Eduardo – Só estou um pouco triste, mas vai passar.
Creusa – É ela né? Vi que a Inês saiu.
Eduardo – Sim, não estou gostando dela ficar saindo toda hora, ela disse que iria ajudar uma amiga, mas todo dia essa amiga dela precisa da ajuda dela, impressionante isso.
Creusa – É estranho mesmo, ela mal para em casa.
Eduardo – Estou achando que ela tem outro ou sei lá, só sei que isso está estranho.
Creusa – Eu não queria me meter nessa história, mas já me metendo, eu acho que você deveria saber quem é essa amiga que ela ajuda tanto, saber mais.
Eduardo – Será que é necessidade eu fazer isso? Às vezes pode ser coisa da minha cabeça, paranóia minha.
Creusa – Essas saídas dela é muito estranhas, às vezes é bem cedo e ela já sai, eu no seu lugar desconfiaria.
Nesse momento, Inês escuta e entra no quarto
Inês – Desconfiaria de que? Eu posso saber?
Eduardo e Creusa ficam apreensivos
Cena 008 // Estrada Deserta // Exterior // Noite
Marcos pega Miguel e coloca dentro de seu carro
Marcos – Eu preciso me livrar dele e procurar a minha mãe, antes que a Inês a acha.
Em seguida, ele entra e liga o carro e sai
Marcos chega numa rua deserta, perto do centro
Marcos – Vou deixar ele aqui e procurar minha mãe.
Ele desce do carro, pega Miguel e o deixa na calçada desacordado, depois volta para o carro
Marcos – Vou começar a procurar por ela, lá perto de casa, certamente eles a levaram para aqueles arredores.
O rapaz segue para seu bairro, chegando lá, ele estaciona o carro e sai a procura da mãe dele, mostrando a foto para as pessoas
Marcos – Moça, você viu essa mulher por aqui? Ela foi seqüestrada e fugiu do cativeiro.
Moça – Não vi não.
Marcos – Obrigado.
Ele vê um homem e faz a mesma pergunta para ele
Marcos – Por favor, você viu uma mulher negra, cabelos cacheados passar por aqui? Ela é mais ou menos da minha altura.
Homem – Não vi não.
Marcos – Tem certeza? Ela foi seqüestrada e fugiu do cativeiro.
Homem – Eu não a vi, passar bem.
Marcos – Onde será que está à senhora mãe?
Marcos continua procurando pela mãe nos arredores
Marcos – Senhora, você viu uma mulher igual a essa foto por aqui?
Senhora – Não, eu acabei de chegar agora.
Marcos – Obrigado.
O rapaz não desiste e continua perguntando para as pessoas na rua
Marcos – Vocês viram essa mulher passar por aqui? Ela foi seqüestrada e fugiu.
As pessoas continuam negando e ele continua desesperado
Marcos – A culpa é minha, eu não deveria ter mandado nada para aquela bandida da Inês, por culpa dela, minha mãe está desaparecida.
Ele se senta na calçada e começa a chorar, ele olha para o céu
Marcos – Me ajuda a encontrar a minha mãe, não deixa que nada de ruim aconteça com ela, senão eu vou-me sentir mais culpado ainda.
Ele olha para a foto de sua mãe e diz
Marcos – Onde você está mãe? A culpa é minha, é toda minha, eu sempre faço as coisas erradas e acabo prejudicando quem não tem nada haver com o assunto.
Ele chora
Cena 009 // Mansão de Eduardo // Quarto do Casal // Interior // Noite
Eduardo e Creusa estão apreensivos
Inês – Desembucha Creusa, fala o que você tava falando de mim.
Creusa – Eu só estava comentando com o Eduardo sobre suas saídas, do nada sai.
Inês – Esse assunto não diz respeito a você, empregada não se deve meter nos assuntos particulares dos patrões.
Eduardo – Ela é minha amiga, só estava querendo ajudar.
Inês – Aham sei, eu sei qual é a ajuda dela? Jogando você contra mim?
Creusa – Eu jamais faria isso, eu sou empregada da família bem antes de você aparecer na vida dele, somos muito amigos.
Eduardo – Não liga pra ela, deixa ela falando sozinha, eu vou no banheiro.
Inês fica mais brava e Eduardo vai até o banheiro. Creusa vai saindo do quarto, porém a vilã a segura pelo braço
Inês – Você acha que eu sou uma idiota? Eu já sei que você quer me ver longe daqui, não adianta fingir isso.
Creusa – Na verdade eu quero, mas é uma pena o Eduardo não enxergar que a namorada dele é uma falsa, mente toda à hora, certamente está aprontando alguma coisa.
Inês – Eu acho melhor você ficar longe do meu caminho, antes que algo lhe aconteça.
Creusa – Está me ameaçando Inês?
Inês – Sim, e eu não brinco em serviço, pra eu me livrar de você é questão de tempo.
Creusa – Fica à senhora sabendo que eu não tenho medo das suas ameaças, passar bem.
Ela consegue se soltar das mãos de Inês e se retira do quarto
Inês – Cuidado Creusa, você pode estar mexendo com fogo e pode se queimar, só digo isso.
Cena 010 // Rua // Exterior // Noite
Amanda e Anderson estão chegando em casa
Anderson – Estou tão feliz que vou ser pai, só tenho a agradecer a Deus por isso ter acontecido.
Amanda – Eu também, amor olha lá, carros de polícia na sua casa.
Anderson – Estranho.
Eles se aproximam e um policial também
Policial – Você se chama Anderson?
Anderson - Sim, aconteceu alguma coisa?
Policial – Pode nos acompanhar até a delegacia?
Amanda – Como assim? Não estou entendendo.
Policial – Ele precisa comparecer na delegacia agora, não temos permissão para revelar o motivo.
Anderson (Nervoso) – Eu exijo saber o motivo, eu não posso ir preso.
Amanda – Calma amor acompanha ele, eu vou pegar a minha bolsa e a gente se encontra lá.
Anderson – Ok amor.
O policial algema Anderson, e o colocam na viatura
CONGELA EM ANDERSON DENTRO DA VIATURA
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