Vida - Cap 084

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  Logotipo da web novela (Foto: Divulgação) Produção Original MF Criada e escrita por Patrícia Santos Capítulo 084 Luís aceita o dinheiro de Hugo e manda Salgueiro descobrir onde Olavo está escondido. Marcos desabafa com Monalisa. Vanessa sofre pelo fim de seu namoro com Jeremias. Suzana e Max passeiam juntos e vão para a ONG. Salgueiro descobre onde Olavo está escondido e conta para Luís. Tatiane brinca com Ramon e promete para o filho que eles vão conseguir sair da casa de Luís. Diogo questiona Dayse pela raiva que ela sente de Eduarda. Sandro transa com algumas prostitutas. Maria discute com Antônio por ele ter chamado apenas Daniel para trabalhar na empresa. Daniel conversa com Joana sobre a proposta que recebeu de Antônio. Luís avisa Hugo sobre o esconderijo de Olavo. Marcos convida Monalisa ir até a casa dele e ela aceita. Terezinha deixa um celular para Olavo ligar para ela quando precisar. Lázaro aconselha Jeremias a voltar com Vanessa. Mônica tenta convencer Nayara a denunciar

Alma Guia - Cap 007

 

Logotipo da web novela (Foto: Divulgação)

Escrita por Walef Cardech

ALMA GUIA - SÉTIMO CAPÍTULO 

CENA 01 - RECANTO / HOTEL / MANHÃ

Os moradores de Recanto que vão passando… notam que algo estranho está acontecendo. 

Meratriz - O recado está dado, mocinha esquelética; espero que não vacile com a sua vida, pois ela está em perigo! (observa o ambiente) - Agora vá, porque mais pessoas estão chegando. 

A jovem Melissa dá meia volta e caminha na calçada (com medo) olhando para trás, vendo Meratriz de longe dando um tchauzinho com as mãos de garra e logo que vira a esquina, resolve sair correndo desesperadamente. 
 
Alguns minutos depois, Meratriz chega no escritório de Renato com sua pose de mulher poderosa, e pede para secretaria anunciar sua chegada. 

O dono do Campo das Uvas está analisando cuidadosamente seus livros de caixas para ver se as contas estão batendo, e quando resolve assinar… é interrompido.

Meratriz (entra no escritório) - Desculpa ir entrando assim do nada, é que a secretaria ligou mas você não atendeu… 

Renato - Imagina, entra e sente-se! 

Meratriz observa a decoração do escritório enquanto caminha, e resolve sentar na cadeira confortável. 

Renato - Aceita alguma bebida? Um café, ou uma água?! 

Meratriz - Não precisa, obrigada! 

Renato - Como está vendo, estou atolado de livros e papéis; são encomendas de pedidos que não param de chegar. 

Meratriz - E por que está preocupado, ao invés de estar comemorando as vendas?

Renato - O problema é que se continuar chegando tantos pedidos assim, não vai dar tempo de comprar os ingredientes que faltam e muito menos produzir. 

Meratriz - Bom, com a minha visão de empreendedora… isso está me parecendo que precisa de dinheiro para investir em sua fábrica de vinhos; para poder expandir os negócios. 

Renato - Seria uma boa ideia! 

Meratriz - Então espero que aceite a minha proposta que tenho à oferecer. 

Renato - Do que está falando?

Meratriz - Estou interessada em comprar metade do Campo das Uvas! 

Renato (ri discretamente) - O Campo das Uvas não está à venda, sinto muito!

Em tantos olhares desconcertantes, Raul (o prefeito da cidade e sócio da vinícola há muitos anos) entra na sala sem bater na porta.

Raul - Ops, achei que não estava com visita... volto outra hora! 

Renato - Pode ficar Raul, só estou terminando de assinar os últimos livros.

Meratriz (levanta) - Bem, creio que a nossa conversa tenha terminado. 

Renato - Se for sobre a venda do Campo das Uvas, pode considerar que sim! 

Meratriz - Qualquer coisa se mudar de ideia, é só me ligar! (deixa um cartão sobre a mesa e sai da sala dando sorrisos) 

Raul - É isso mesmo que ouvi, ela queria comprar o Campo das Uvas?! 

Do lado de fora, Meratriz anda de um lado para o outro, pensando em algo que poderia fazer para Renato ficar desesperado.

Meratriz - O que faria Renato vender o Campo das Uvas? Pensa Meratriz, você é esperta que eu sei! (expressa ter tido uma ideia) - É claro, o banqueiro! 

Chegando no Banco da cidade, Meratriz consegue falar diretamente com o presidente responsável das contas financeira; um homem quase na terceira idade, cabelos grisalhos, com mente de jovem e atitudes ambiciosas. 

Otávio -  Como posso te ajudar? 

Meratriz - Andei fazendo algumas análises sobre sua pessoa e sei o quanto é ambicioso com dinheiro. Portanto, estou aqui para te pedir um favor!

Otávio - Continue…

Meratriz - Estou prestes a comprar o Campo das Uvas, mas antes preciso colocar Renato numa situação de risco, onde a minha confiança seria a sua melhor amiga!

Otavio - Desculpa afogar suas ideias, mas sua tentativa de comprar o Campo das Uvas para querer investir é um fiasco, pois se depender de Renato Vallere jamais terá um grão daquelas terras.

Meratriz - Não se trata de investimento e sim, de Goals! 

Otávio - O quê?

Meratriz - Uma obsessão! Nenhuma pessoa consegue segurar um patrimônio por muito tempo, é necessário colocar descendentes para continuar prosperando. Então antes que as minhas ideias afoguem, preciso que acesse a conta bancária de Renato, e tire todo o dinheiro que há nela, não deixando nenhum centavo. 

Otávio - A senhora vai me desculpar, mas isso é crime e não posso concordar com algo tão supérfluo. 

Meratriz (ri) - Está me dizendo que a sua necessidade se encontra completa? Me poupe! Sei muito bem, do seu mau-caráter!

Otávio - Pode falar o quanto quiser de mim, mas não vou fazer parte dessa sujeirada! 

Meratriz - Está aí uma coisa que nunca tinha visto, um corrupto sendo justo; porque além de perder parte de uma boa quantia em dinheiro, ainda vai perder parte do ouro. 

Otávio - Ouro? Do que está falando? (expressa interesse)

Meratriz - Digamos que eu sei onde está escondido um grande tesouro aqui em Recanto, com o valor multiplicado mais de dez vezes do que possui aqui neste banco. 

Otávio - Eu nem sabia que Recanto possuía ouro escondido! Por acaso a senhora está blefando? Por que se estiver…

Meratriz - Calma, eu te garanto que se me ajudar… vai sentir o peso do ouro em suas mãos! 

Otávio - Está bem! Posso até te ajudar, mas não roubando, pois seria um tiro em nosso próprio pé, concorda?

Meratriz - E como pretende me ajudar?

Otávio - O mínimo que posso fazer é congelar todas as contas do banco por um tempo indeterminado, onde nenhum cidadão de Recanto conseguirá ter acesso ao seu dinheiro. 

Meratriz - E onde Renato entra nisso tudo?

Otávio - Isso é com você, a minha parte já estou fazendo. (se aproxima) - Disposta a continuar? 

A mulher das garras respira fundo e aceita continuar o plano. 

CENA 02 - CASA DE VIDRO / RECANTO / MANHÃ

Os alunos dançam no ritmo do instrumental que será usado na peça Voando Nas Estrelas e se deparam com Melissa chegando quase toda soada. 

Clowis - Parece que a Catarina está construindo escolas; quem vai ser o próximo aluno a chegar atrasado? 

Melissa - Desculpa, é que tive um problema na rua com alguém e acabei me atrasando. 

Catarina - Seja bem-vinda ao time Melissa, somos as únicas! 

Melissa - Qual time? (expressa deboche no olhar) - Não faço parte do seu mundinho de fracassada para estar em seu time! 

Kimberly - A ralé nunca aprende! Vem aqui amiga, fica no meu time de vencedoras! 

Clowis - Vamos parar com esses insultos!

James - É sempre assim professor, elas ofende Catarina sem motivos. 

Catarina - Está tudo bem James, não precisa ficar me defendendo. 

Clowis - Se eu ficar sabendo mais uma vez que estão nesse arranca rabo aqui nas minhas aulas, vou ser obrigado a tirar vocês da peça Voando Nas Estrelas! 

Os alunos permanecem mudos, e voltam a dançar sem questionar.

Kimberly (sussurra) - Fala a verdade, o que aconteceu que chegou atrasada?

Melissa - A verdade é que achei a chave que abre a porta do espelho; pode acreditar! 

Kimberly (expressa espanto) - Como assim?

Melissa - Acabei esbarrando com a dona da chave por ironia do destino; e mesmo depois da tamanha surpresa, ela ainda me ameaçou de morte. 

Kimberly - Que horror amiga! (disfarça enquanto dança) - Essa mulher precisa ser denunciada. 

Melissa - Talvez depois! Mas antes, preciso pegar aquela chave, custe o que custar! (olha para o espelho) 

CENA 03 - MANSÃO VALLERE / VILA RECANTO / TARDE

No quarto, Vera termina de guardar uma foto misteriosa dentro de um baú e fica desesperada quando alguém bate na porta, mexendo na maçaneta querendo entrar. 

Henrique - Amor, está tudo bem?

Vera - Está sim, só estou terminando de me trocar! (expressa desespero) 

A viúva de Recanto guarda o baú num buraco na parede e pendura o quadro para tampar seu esconderijo secreto. 

Vera (destranca a porta) - Pronto! 

Henrique (entra) - Vai sair?

Vera - Sim, estou indo visitar o túmulo da nossa filha; vamos? 

Henrique - Pode ir sozinha, estou muito cansado! (deita na cama) 

Vera - Só espero que esteja cansado de tanto ensaiar os discursos para presidência. 

Henrique - De novo esse assunto?!

Vera - Claro, não podemos deixar aquela víbora da Judith no poder as custas do Raul, a cidade de Recanto precisa se libertar daquela caçadora de dotes. 

Henrique - Pensando por esse lado, me faz concordar contigo! 

Vera - Bem, vou indo… beijos! (encosta a porta)

Chegando na sala, Vera recebe uma mensagem em seu celular e responde que está a caminho. 

Na estrada dirigindo, Vera olha para os retrovisores pra saber se está sendo seguida e passa com tudo pela placa "Você está saindo de Recanto".

CENA 04 - VILA RECANTO / HOTEL / TARDE

A mulher das garras entra furiosa batendo a porta, deixando seu criado assustado.

Meratriz - Preciso que faça uma ligação, usando um misturador de voz, igual fazia nos acordos dos garimpos. 

Após passar alguns minutos explicando o plano, Adolfo pega o telefone e faz a ligação. 

Renato - Alô? 

Adolfo - Sr Renato Vallere?! 

Renato - Ele mesmo, quem fala?

Adolfo - Um Sommeliers, no qual apreciou seus vinhos e adorou todos eles, principalmente o cortes da casa. 

Renato - Fico feliz por ter gostado dos meus vinhos; folgo em saber que minha paixão está chegando em todos os cantos do país. 

Adolfo - Agora do mundo! Estou te ligando para fazer uma encomenda especial que vai mudar sua vida. Fui destinado a preparar o menu de bebidas num evento da alta sociedade em Paris e claro, quero seus vinhos. 

Renato - Isso é sério?

Adolfo - Sim! Vou te passar por e-mail a quantia exata de bebidas que preciso, e espero receber tudo dentro dos conformes. 

Renato - Quanto a isso, pode ficar despreocupado! Eu mesmo, irei cuidar de tudo para que saia como está me pedindo. 

Adolfo - Obrigado! Estarei te retornando assim que o pessoal do evento entrar em contato comigo! (ajeita o óculos) - Foi um prazer fazer negócios! 

Renato - O prazer foi todo meu! 

Adolfo - Ah Renato, só mais um coisa! Estarei antecipando o valor dos vinhos para que futuramente não haja nenhum problema. 

Renato - Por mim, tudo bem! 

Adolfo - Abraços! (desliga) - Está feito, do jeito que você me pediu! 

Meratriz - Maravilha! Agora preste atenção no show que está para acontecer, assista de camarote! 

CENA 05 - CATEDRAL APARECIDA DO NORTE / BRASIL / NOITE

A noite está vigorosa e mais sombria com a chegada da lua cheia. 

Minerva - É hoje que eu deixo de ser a sua prisioneira! (ri discretamente) - Se está pensando que vai levar a minha alma para o inferno, está muito enganado.  

Um vento forte surge derrubando itens do ritual e apagando as chamas de algumas velas. 

Minerva - Calma, estarei te oferecendo outra alma… (olha para os lados) - Inclusive, estou descendo para buscá-la.  

No calabouço, o príncipe William ajuda sua amada Andressa a se recuperar do longo sono que teve por causa da substância injetada em seu corpo. 

Andressa - O que aconteceu? (põem a mão na cabeça expressando dor) - Parece que dormi por anos…

William - O que te deram foi muito forte, mas agora estou aqui com você, do seu lado, para não deixar nenhum mal te acontecer. 

A gêmea abraça William, depositando toda sua confiança e carinho.

A porta do calabouço começa a ser destrancada e imediatamente os dois se levantam. 

O príncipe fica posicionado com sua arma enquanto Andressa mexe nas caixas de remédios. 

Assim que a porta é aberta, uma freira entra com as mãos pra cima e pede para o casal fugir o mais rápido possível. 

Andressa - E você? 

Luana - Não se preocupem comigo, dou o meu jeito! Agora vão, antes que ela (…) apareça! 

Andressa (abraça Luana) - Eu sei o quanto está sofrendo por ter sido enganada todo esse tempo, achando estar crendo numa religião cheia de luz; Mas eu volto, pra tirar todo mal impregnado neste lugar, te garanto! 

No quarto mais alto da Catedral, Minerva fica desesperada ao ver que a chave do calabouço sumiu do seu porta jóias. 

Descendo a escada as pressas, ela chega no calabouço e encontra a porta aberta. 

Ao entrar, Minerva não encontra ninguém e sem demora, corre até a saída do prédio, conseguindo ver Andressa e William fugindo no cavalo branco. 

Uma carruagem preta luxuosa (puxada por quatro cavalos), para bem na frente…

Luana - Vai ficar olhando eles fugirem? Entra logo nessa carruagem antes que seja tarde demais! 

(Congela em Minerva)

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