Gustavo olhou sério para o policial e falou.
- Só não gosto desse tipo de visita, honestamente queria que o senhor fosse embora daqui.
O policial virou as costas, Gustavo abriu a gaveta e lá tinha uma arma.
- Esperamos você na delegacia, para prestar esclarecimentos. - Falou o policial que foi embora dali.
Na mansão, Julio estava arrumando suas coisas, Agatha entrou no quarto séria e falou.
- Acho que precisamos conversar Julinho.
Julio olhou para ela sério.
- Não tenho nada para falar com você. - Falou Julio.
- Para ser sincera querido, azar o seu. - Falou Agatha séria. - a casa é minha e você vai me escutar querendo ou não.
- O que você quer? - Perguntou Julio. - para início de conversa quem me chamou para essa casa foi...
- O meu marido. - Falou Agatha. - eu não sou burra, até porque não cheguei onde estou sendo idiota não é?
- Você se julga muito esperta não é Agatha? - Indagou Julio. - o teu filho é maravilhoso, não tem motivo pra você agir da forma que age com ele.
Agatha bateu palmas.
- O defensor dos fracos e oprimidos agora? - Indagou ela. - até me emocionei com seu discurso patético!
- Patético? Patético é uma pessoa como você, ver seu filho deitado em um leito de hospital, em coma e você preocupada com a orientação sexual dele. - Falou Júlio.
Agatha chegou perto dele e falou.
- Você é estúpido, se eu puder lhe dar um conselho, por favor, não tente medir forças contra mim, eu posso reduzir você a menos que nada, estou na minha, não peça pra eu agir de verdade.
- Por que? Vai me matar? - Perguntou Julio.
- Não meu amor, mas vou lhe machucar, te torturar, de una forma que você jamais vai esquecer! - Falou Agatha. - então não me experimente.
Julio ficou sério, seu olhar transmitia um pouco de medo e desconforto com as palavras de Agatha que sorriu e falou.
- Espero que você tenha entendido muito bem o recado, passar bem!
Ela saiu do quarto, Julio se sentou na cama e ficou pensativo.
Civita - Itália
Em um hotel, Ana e Nanda foram instaladas em seu quarto, duas camas de solteiro e uma suite muito confortável.
- Mãe parece um sonho, amei a recepção do hotel, parece que é tudo organizado. - Falou Nanda.
- Com toda certeza, parece ser um hotel excelente, perto de lugares interessantes, restaurantes e muitas outras coisas. - Falou Ana.
- Sim, nossa, nem sei por onde começar. - Falou Nanda.
- Sim, mas hoje estou um pouco cansada da viagem, de certa forma, eu não estou com esse pique todo. - Falou Ana deitando na cama.
- Mãe, obrigada por ter vindo. - Falou Nanda. - meu casamento é daqui a uns dias, estou nervosa.
- Calma, calma, tenho certeza que você irá fazer o Lucas um homem muito feliz e que ele vai te fazer muito feliz também. - Falou Ana. - vocês são um casal lindos juntos, vão se amar e se cuidar sempre.
- Assim espero mamãe. - Falou Nanda dando um abraço em sua mãe.
São Paulo
Lucas estava em seu carro, dirigindo e olhando para o trânsito, seu coração pulsava forte, ele logo parou o carro em uma praça.
Desceu do carro e se sentou em um banquinho sozinho, ele viu casais passeando de mãos dadas, sorrisos, beijos, ele lembrou do inicio do namoro dele e de Nanda.
" - Casamento? - Indagou Nanda. - não estou disponível ou pensando nisso agora não.
- Mas e se nos casarmos um dia? - Perguntou Lucas olhando fixo no olho dela. - o que você diria?
- Não sei o que eu diria, mas tenho a certeza de uma coisa, eu seria a mulher mais feliz desse mundo, eu amo você! - Falou ela.
- Também te amo. - Falou Lucas, os dois se beijaram. "
Aquela lembrança parecia que estava acontecendo ao vivo, parecia que Lucas observava aquilo de longe.
- Eu amo você de verdade, essa dúvida não pode e nem deve tomar conta de mim. - Falou Lucas.
Enquanto isso, Bruno estava sentado assistindo série na sala, a campainha soou, ele abriu a porta e deu de cara com Laís.
- O que faz aqui Laís? - Perguntou ele.
- Preciso de sua ajuda. - Falou Laís olhando para ele.
Lais logo perguntou.
- Posso entrar?
- Pode, aproveita que estou sozinho, meu pai viajou. - Falou Bruno, Laís entrou no apartamento. - mas então, o que você precisa da minha humilde ajuda?
- Não exagera, eu preciso que você me ajude a encontrar essa mulher. - Falou Lais mostrando uma foto para ele.
- Por que encontrar ela? - Perguntou Bruno. - o que isso vai ajudar a conhecer seu pai?
- Se você não se lembra, não é apenas meu pai que quero conhecer, que no caso é o Gustavo, mas quero saber quem matou a minha mãe e por que faria isso? - Falou Laís.
- As vezes tenho a leve impressão que não descobrimos nem a ponta do Iceberg ainda, Laís eu queria saber como te ajudar, mas não sei como. - Falou Bruno.
Laís pegou na mão de Bruno e falou.
- Você está estranho Bruno, aconteceu alguma coisa?
- O dinheiro que estou devendo ao Rato, ele me deu um prazo, estou com medo sabe. - Falou ele. - eu quero sair dessa vida, eu quero ser outra pessoa, eu vacilei com meu pai, com a minha mãe...
- E acima de tudo, com você mesmo. - Falou Laís. - Bruno põe uma coisa na sua cabeça, só tem uma pessoa que pode fazer com que você saia dessa merda de droga...
- Eu mesmo. - Completou ele.
- Se já sabe a resposta, por que demora tanto para agir? - Indagou Laís.
Bruno aproximou-se dela, ela olhou para ele, os dois se entreolharam e acabaram de beijando.
Bruno tirou sua blusa, Laís também, os dois se deitaram no sofá, Bruno passava a mão pelo corpo dela, ela sentou no colo dele e ali ficaram.
Palermo - Itália
Ana e Nanda foram para um restaurante jantar, as duas estavam encantadas com toda aquela recepção, pessoas educadas e sendo um ambiente muito agradável de estar.
- Estou amando estar aqui, sei lá, tudo muito diferente. - Falou Ana.
- Sim mãe, parece ter sido uma boa escolha. - Falou Nanda.
- Ao que tudo indica, vai ser uma excelente lua de mel para com vocês dois. - Falou Ana.
Neste momento, Marcos entrou no restaurante, Ana olhou para ele e ele retribuiu o olhar para ela, os dois deram um sorriso um para o outro.
São Paulo
Paulo estava saindo da sua sala, Isabela apareceu e falou.
- Vai continuar me ignorando assim?
- Isabela, o que nós tivemos acabou, então por favor...
Isabela aproximou-se dele e o abraçou.
- Eu te amo, será que você não consegue ver isso? - Indagou ela.
Paulo então a beijou, os dois entraram na sala dele, ela tirou o palitó dele, logo fecharam a porta.
Na mansão, Agatha estava sozinha jantando, Lucas havia ido jantar com amigos e Bianca saiu com Júlio.
- Paulo não apareceu até agora, esse desgraçado está achando que é esperto, logo comigo. - Falou ela.
Palermo - Itália
Marcos aproximou-se da mesa em que estava Ana e Nanda.
- Mas que coincidência maluca. - Falou Ana.
- Pelo menos não foi em um acidente de trânsito. - Falou Marcos sorrindo.
- Foi você que bateu no carro da minha mãe. - Falou Nanda. - olha que loucura.
- Acontece, não fale no celular enquanto esta no trânsito. - Falou Marcos.
- Por isso gosto de usar os aplicativos de carros, menos encomodo. - Falou Nanda. - não quer sentar com a gente?
- Se não tiver problemas. - Falou Marcos.
- Claro que não. - Afirmou Ana rapidamente dando um sorriso.
- Pelo menos terei amigos aqui, ou... - Ele deu uma pausa e olhou para Ana que sorriu envergonhada.
- Garçom me trás a vela, vou precisar! - Falou Nanda, então eles começaram a rir.
Enquanto isso, Beatriz estava em sua casa ao lado de sua amiga Victória que falou.
- Pela primeira vez, devo admitir que você tem um bom gosto para vinho.
- Isso não se perde com o tempo. - Falou Beatriz. - a data de hoje é muito dolorosa e especial ao mesmo tempo.
- Como assim? - Perguntou Victória.
- Minha filha nasceu nesse dia, mas ela sumiu. - Falou Beatriz. - durante anos pensei que jamais descobriria algo, ate saber que minha filha foi vendida.
Victória fechou os olhos e lembrou de Amanda.
" Victoria pegou Amanda pelos braços e falou.
- Filha, você vai ficar bem.
- Mãe, você não foi a melhor pessoa do mundo, mas tenha certeza que você é uma boa pessoa. - Falou ela. - a dor te tornou assim.
- Eu te amo, me desculpa por favor. - falou Victoria.
- Eu te amo mãe. - Falou Amanda que fechou os olhos e morreu.
- Amanda! - Gritou Victoria. "
Victória abriu os olhos e falou.
- Eu deveria ter tido um pouco desse seu sentimento, se eu tivesse isso, minha filha estaria viva.
- Como assim? - Perguntou Beatriz.
- Minha amiga, tem muita coisa sobre mim que você nem mesmo imagina, mas me orgulho por você fazer escolhas diferentes das minhas. - Falou Victoria.
Depois do jantar, Nanda falou.
- Eu vou me deitar, mãe aproveita para dar uma volta com o Marcos, aproveitem a noite linda lá fora.
- Ah não, ele deve estar cansado e...
- Iria adorar. - Falou Marcos, Ana olhou para ele e sorriu.
Os dois foram andando por ruas bonitas e aconchegantes de Palermo, chegaram logo em uma ponte.
- Você é encantadora, adorei a coincidência. - Falou Marcos.
- Você está sendo gentil, mas muito obrigada pelo elogio. - Falou Ana.
Os dois se aproximaram, Marcos pegou de leve no rosto dela e falou.
- Eu não paro de pensar em você desde aquela maldita batida.
- Nem eu em você. - Falou Ana.
Os dois então se beijaram.
São Paulo
Na mansão, Paulo chegou em casa, Agatha estava sentada no sofá séria.
- Meu amor ainda acordada? - Indagou ele. - não precisava ter me esperado para jantar.
- Onde você estava? - Perguntou Agatha. - Por que demorou até agora?
Paulo olhou para ela sem resposta.
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