Vida - Cap 084

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  Logotipo da web novela (Foto: Divulgação) Produção Original MF Criada e escrita por Patrícia Santos Capítulo 084 Luís aceita o dinheiro de Hugo e manda Salgueiro descobrir onde Olavo está escondido. Marcos desabafa com Monalisa. Vanessa sofre pelo fim de seu namoro com Jeremias. Suzana e Max passeiam juntos e vão para a ONG. Salgueiro descobre onde Olavo está escondido e conta para Luís. Tatiane brinca com Ramon e promete para o filho que eles vão conseguir sair da casa de Luís. Diogo questiona Dayse pela raiva que ela sente de Eduarda. Sandro transa com algumas prostitutas. Maria discute com Antônio por ele ter chamado apenas Daniel para trabalhar na empresa. Daniel conversa com Joana sobre a proposta que recebeu de Antônio. Luís avisa Hugo sobre o esconderijo de Olavo. Marcos convida Monalisa ir até a casa dele e ela aceita. Terezinha deixa um celular para Olavo ligar para ela quando precisar. Lázaro aconselha Jeremias a voltar com Vanessa. Mônica tenta convencer Nayara a denunciar

Voz da Bossa - Cap 042 #PenúltimoCapítulo

 

Logotipo da web novela (Foto: Divulgação)

Produção Original Star TV

Escrita e criada por Leonardo Lima

Capítulo 042

CENA 001. CEMITÉRIO PARQUE DA PAZ. INTERIOR. DIA/TARDE

Clara se despede de Adriano e joga uma flor no caixão. Ao entrar no cemitério, Letícia confronta:

Letícia – Você não tem vergonha na cara não? Não bastou destruir nossa família, agora vem ao enterro do meu pai.

Clara – O Adriano é pai do meu filho, eu o amei de verdade [...].

Letícia – Você o amou de verdade, mas ele te amou em algum momento? Ele amou o seu filho como amou o Davi e eu? A palavra amar não é vaga. Não misture amor com desejo, o que você sentiu pelo meu pai foi desejo e dos mais sujos ao ponto de separar um casal com uma família constituída.

Clara – Você quer dar uma de moralista comigo? Justo a cantora de bossa nova que cresceu às custas de um advogado? Se você mora debaixo do mesmo teto que eu, foi porque o meu filho permitiu. Resumindo, você depende de mim indiretamente.

Letícia – É sério mesmo que está jogando isso na minha cara? Eu só moro na mansão porque pertence também ao Charles ou se esqueceu de que Antônio antes de falecer deixou uma parte do espólio para ele?

Clara – Vou refrescar sua memória, aquela mansão era da tia de Eleonora e o Antônio comprou num leilão e colocou a mansão em cinquenta por cento de meu domínio. Portanto, você me deve respeito. E se fui amante do seu pai há quarenta e sete anos atrás, isso não é de sua competência.

Letícia – É de minha competência porque eu vi a minha mãe sofrer com a separação. A dor que ela sentiu nem o tempo conseguiu curar e imagina se ela descobre que meu pai morreu lutando contra um câncer? E que o filho da amante foi o último a visita-lo? Você não sabe o que é sofrer, por isso que diz isso.

Clara – Eu sofri quando o seu pai me largou grávida. Morei na rua por oito meses e tive uma estadia muito curta na casa de Ana. Você não pode julgar as pessoas pelo passado, ainda mais se tiver telhado de vidro.

Letícia – O que você está querendo dizer mesmo?

Clara – Não tenho nada a dizer, mas abra o olho se quiser morar na minha casa ainda.

Letícia – Isso é uma ameaça Clara?

Clara vira as costas e Letícia a segue. Ao deixar o cemitério, a filha de Anderson entra no carro e Joaquim se preocupa:

Joaquim – O que houve mãe? Está pálida [...].

Clara – A Letícia me atacou de novo, acredita?

Joaquim – Vou ter uma conversa muito séria com ela, não dá para vivermos nesse conflito debaixo do mesmo teto.

Clara – Ela me persegue porque tive um caso com o seu pai no passado.

Joaquim – Pode deixar comigo mãe, irei resolver esse problema com urgência.

Clara – Muito obrigada filho, nem sei como te agradecer.

Joaquim – Não precisa, agora vamos para casa?

Clara – Preciso muito voltar para Niterói logo.

Joaquim segue a trajetória com Clara para Niterói.

CENA 002. MANSÃO PERALTA CASTELHANO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA/TARDE

Jonatan vai à sala de estar e anuncia a morte de Adriano para Marília:

Jonatan – Hein mãe, acabou de sair no noticiário que Adriano faleceu.

Marília – Ele morreu de que?

Jonatan – Câncer no pulmão! E o pior que estava já com a respiração comprometida e só foi se cuidar quando não estava se sentindo bem.

Marília – O Adriano nunca foi uma pessoa que se cuidava, mas eu fico triste pela família que ele largou para ficar com Clara.

Jonatan – Mas pelo visto, a Selma já se casou com um alemão e milionário.

Marília – Como você sabe disso? Deu uma de bisbilhotar a vida alheia?

Jonatan – Eu vi no Instagram, ela postou uma foto com o rapaz.

Marília – Acho esse negócio de redes sociais uma palhaçada! No meu tempo, mandávamos cartinhas, roubava goiaba do vizinho e namorávamos escondido sem ninguém saber. Agora a geração de hoje? Você já vê uma menina de doze anos buchuda.

Jonatan – Ah mãe, não exagera vai? No seu tempo as coisas eram mais sisudas e também os hábitos e gostos mudam. Estamos em outra década.

Marília – Vou voltar a fazer minha toalha de crochê que eu ganho mais. E você, vai para a Câmara não?

Jonatan – Ih é mesmo, pedir a hora. Beijos mãe.

Marília observa Jonatan deixando a mansão. Na cozinha, Xavier ajuda Mirian no preparo do almoço:

Mirian – O que você está preparando?

Xavier – Estou preparando um pernil de cordeiro marinado para Marília.

Mirian – Se o senhor soubesse que ela odeia cordeiro, nem faria.

Xavier – A Marília está ficando caduca, essa é a verdade.

Mirian – Se ela te escuta falando assim dela, vai te capar.

Xavier – Menina você acredita que ela se recusou de viajar comigo? Iríamos passar uma temporada fora do Rio.

Mirian – Ah ela não está mais com esse pique para viagem.

Xavier – Ela precisa desfrutar da terceira idade, os anos passam e não saberemos se estaremos aqui amanhã.

Mirian – Nisso você tem razão, vou conversar com Jonatan sobre isso. Precisamos de descanso e viagem.

Xavier Aproveitem enquanto estão jovens, esse é o meu conselho. 

Marília escuta a conversa de Xavier e Mirian e volta sorrindo para a sala de estar.

CENA 003. PRAIA DE COPACABANA. CALÇADÃO. EXTERIOR. DIA/TARDE

Eleonora e Astolfo observam o Apartamento Castillo:

Eleonora – Se tivesse dinheiro, comprava um lugar para morarmos nesse apartamento.

Astolfo – Pelo que dizem, esse conjunto ficou mais caro por conta da valorização imobiliária.

Eleonora – É um prédio muito antigo e tem infinitas histórias. O Charles morou ai quando ele decidiu sair da mansão.

Astolfo – E pensar que ele trocou Niterói pelo Rio. Aqui é um belo lugar.

Eleonora – Quem sabe algum dia não consigamos juntar nossas moedinhas para morar aqui?

Astolfo – As moedinhas não são suficientes, tem que ter trabalho de carteira assinada ou rico para sustentar os luxos de morar nesse prédio.

Eleonora – Se não fosse aquele miserável, não estaríamos passando por essa situação.

Astolfo – Também falhamos em nossa missão, antes tivéssemos mantido aquele dinheiro que tínhamos para eu montar o banco.

Eleonora – Fique tranquilo, infelizmente estamos padecendo por conta dessa justiça injusta.

Astolfo se abraçam e Charles observa. A senhora se distrai e o filho se aproxima do pai:

Charles – Estou muito feliz pela sua liberdade, pai [...].

Astolfo – Feliz? Você está feliz de ver sua mãe e eu nessa situação? Feliz de sermos condenados e torturados?

Charles – Vocês que procuraram motivos para isso acontecer e o mais engraçado é que o senhor me ensinou ser ético e moral. Agora quando pratico o que está na lei, o malvado sou eu?

Astolfo – A questão não é essa? Você poderia perfeitamente ter entrado com recursos para tirarmos da prisão.

Charles – Como posso defender vocês se eu que entreguei uma parte das provas pra justiça? Não tem lógica nenhuma.

Astolfo – Eu tenho uma enorme decepção de ti, nunca esperei que fosse capaz a tamanha crueldade.

Charles – Crueldade foi o que vocês fizeram com o falecido Antônio e Anderson. Agora tenho que ir trabalhar, com licença!.

Astolfo chora sozinho e Eleonora pergunta:

Eleonora – Porque está assim?

Astolfo – Nosso filho nos entregou para a justiça, não dá para acreditar nisso.

Eleonora – Eu não o considero como um filho, ele foi mau caráter com a gente [...].

Astolfo é consolado por Eleonora e Charles entra no carro.

CENA 004. MANSÃO OLIVEIRA MAGALHÃES. ESCRITÓRIO. INTERIOR. DIA/TARDE

Letícia entra no escritório revoltada e pergunta:

Letícia – O que você quer agora Joaquim?

Joaquim – Ei abaixa o tom, porque você não está falando com seus amigos de bossa nova não.

Letícia – Falo como eu quiser essa casa também é minha e você não tem direito de querer me exigir alguma coisa.

Joaquim – Eu tenho tanto direito quanto você nessa casa, aliás, o Antônio me criou e deixou a herança da família dele e do Anderson sob meus cuidados, porque se dependesse do Adriano, eu passaria fome.

Letícia – Você acha mesmo que me importo com sua dor do passado?

Joaquim – Deveria, porque eu sou seu irmão e o filho que o seu pai renegou. Eu sei que você e minha mãe têm suas diferenças, porém, não quero mais desavenças, estou de saco cheio de ver as duas brigando.

Letícia – A sua mãe é cara de pau, foi amante do meu pai por muito tempo e teve a coragem de comparecer ao cemitério.

Joaquim – Eu quem a levei ao enterro, ela quis, mesmo depois de tudo que passou.

Letícia – E você pelo visto é conivente a traições e destruições de famílias.

Joaquim – Não sou conivente às traições e seu meu pai fizesse a mesma coisa com a minha mãe, eu também ficaria tão revoltado quanto você.

Letícia – Não parece, você sempre a defende mesmo estando errada.

Joaquim – Não a defendo mesmo estando errada, eu só quero estabelecer uma trégua para pelo menos, termos uma convivência melhor.

Letícia – Se você quer boa convivência, não conte comigo, já não estarei mais aqui mesmo e não faço muita questão. Estou de saída

Joaquim deixa Letícia ir embora da mansão e Clara e Sávio se pegam na piscina:

Clara – Você é um desavergonhado e só para lembrar, Joaquim está em casa.

Sávio – Ih começou o climinha chato.

Clara – Não é climinha chato, já basta minhas diferenças com a Letícia.

Sávio – Essa Letícia é um pé no saco que se acha a dona da casa.

Clara – Infelizmente ela tem direitos, porém são mínimos. Basta o Charles se separar dela que ela sairá com uma mão na frente e outra atrás.

Sávio – Então torça para ela vazar daqui, não quero uma pretinha como patroa.

Clara – Eu não gosto dela, mas não seria racista como você está sendo.

Sávio – Racismo é o caralho, tudo mimimi criado por esse povo, branca ela não é.

Clara – Vou nem discutir com você.

Clara deixa Sávio falando sozinho na piscina e entra na mansão.

CENA 005. LOJA DISCOPA. BALCÃO. INTERIOR. DIA/TARDE

Alice recebe Lucilene na loja e fica surpresa

Alice – Seja bem vinda a loja Discopa, dona Lucilene dos Anjos.

Lucilene – Não precisa dessa recepção toda, esqueceu que temos negociações pendentes.

Alice – Eu gosto de fazer recepções desse mote, e sim temos negociações pendentes.

Lucilene – Pela proposta, você quer fazer desse local um museu da bossa nova, é isso mesmo?

Alice – Sim e quero investir nove milhões para manter uma estrutura boa e também a conservação dos LP’S.

Lucilene – Entendi, eu vou fazer um orçamento e te mandarei por e-mail.

Alice – Perfeito e as obras, iniciarão quando?

Lucilene – Provavelmente amanhã, não será uma grandiosa obra e sim, uma reforma minuciosa para deixar com ares de museu.

Alice – Ótimo então posso considerar o negócio fechado?

Lucilene – Fechado e anuncia nas redes sociais.

Alice cumprimenta Lucilene e assina o contrato.

CENA 006. MANSÃO PERALTA CASTELHANO. QUARTO. INTERIOR. NOITE

Horas depois: Marília conversa com Xavier sobre viagem:

Marília – Ouvi sua conversa com a Mirian na cozinha e fui chamada de caduca é?

Xavier – Além de caduca é fofoqueira?

Marília – Xavier Vidal Castelhano, tu me respeita porque ainda sou sua esposa.

Xavier – Mas não te faltei com respeito amor, falei brincando.

Marília – Não gosto dessas brincadeiras.

Xavier – Minha vovózona precisa entrar no clima.

Marília – Vovózona é o cacete e dorme logo, amanhã você não tem que acordar cedo para ir ao golfe?

Xavier – Bem lembrado, mas antes, quero um beijinho.

Marília e Xavier se beijam. O aposentado dorme profundamente e a madame caminha pelo corredor da mansão e ver um raio. Com a chegada do temporal, as janelas se trincam, a vela da santa apaga e Marília entra em desespero:

Marília – O que será que está acontecendo?

Marília continua caminhando e a câmera foca num rapaz que tira o capuz dizendo:

Anderson – Acharam que eu morri? Estou mais vivo do que nunca!

Anderson sorri para a câmera deixando um mistério no ar.

Fim do capítulo 42

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