Vida - Cap 084

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  Logotipo da web novela (Foto: Divulgação) Produção Original MF Criada e escrita por Patrícia Santos Capítulo 084 Luís aceita o dinheiro de Hugo e manda Salgueiro descobrir onde Olavo está escondido. Marcos desabafa com Monalisa. Vanessa sofre pelo fim de seu namoro com Jeremias. Suzana e Max passeiam juntos e vão para a ONG. Salgueiro descobre onde Olavo está escondido e conta para Luís. Tatiane brinca com Ramon e promete para o filho que eles vão conseguir sair da casa de Luís. Diogo questiona Dayse pela raiva que ela sente de Eduarda. Sandro transa com algumas prostitutas. Maria discute com Antônio por ele ter chamado apenas Daniel para trabalhar na empresa. Daniel conversa com Joana sobre a proposta que recebeu de Antônio. Luís avisa Hugo sobre o esconderijo de Olavo. Marcos convida Monalisa ir até a casa dele e ela aceita. Terezinha deixa um celular para Olavo ligar para ela quando precisar. Lázaro aconselha Jeremias a voltar com Vanessa. Mônica tenta convencer Nayara a denunciar

Voz da Bossa - Cap 040 #ÚltimosCapítulos

 

Logotipo da web novela (Foto: Divulgação)

Produção Original Star TV

Escrita e criada por Leonardo Lima

Capítulo 040

CENA 001. CREMATÓRIO. INTERIOR. DIA/TARDE

Lorena se desespera ao ver o caixão com Maria Luísa ser cremado e Margarete acalma:

Margarete – Calma dona Lorena, onde a Maria Luísa estiver vai está intercedendo pela senhora.

Lorena – Tanta gente ruim que não morre e morre justamente a minha filha?

Margarete – Eu entendo a sua dor, perder um filho é como perder um membro de nosso corpo é como se faltasse algo.

Lorena – O que será da minha vida sem Maria Luísa? E a Alice quem vai cuidar? Eu penso nessas coisas, visse?

Margarete – Estaremos te ajudando no que for preciso.

Lorena – Muito obrigada!

Margarete – Não precisa agradecer, estou aqui para te ajudar.

Lorena se retira do crematório com Margarete. Do lado de fora, Clair pretende colocar Lorena no asilo e Omar rebate:

Clair – O jeito é colocar a Lorena num asilo, ela não pode morar sozinha naquele apartamento.

Omar – Amor sou totalmente contra coloca-la no asilo. A Margarete está ai para cuidar dela e da Alice.

Clair – A Margarete vai se mudar para o interior, vai voltar a morar com os pais. Você acha mesmo que ficará sob os cuidados de Lorena e Alice?

Omar – Acredito que ela tenha essa capacidade, é uma mulher madura e vivida.

Clair – Se ser madura e vivida é algum requisito [...].

Omar – Enfim, eu sou contra essa decisão e se você pensa que iremos criar Alice, está muito enganada.

Clair – Nunca tivemos filhos, vamos criar a Alice, por favor, Omar.

Omar – Vou pensar neste caso, mas para via das dúvidas, não sou a favor de ter uma criança agora.

Clair agradece Omar e Lorena chega:

Lorena – Vamos embora, estou exausta e passando mal.

Clair – Me siga até o carro.

Margarete leva Lorena até o carro com Clair e Omar as espera.

CENA 002. MANSÃO MAGALHÃES ARANTES. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA/TARDE

Jonatan oficializa namoro com Mirian e Marília e Xavier comemoram:

Jonatan – Eu e a Mirian estamos namorando.

Marília – Finalmente! Eu sempre torci pela felicidade de vocês.

Xavier – Agora é reduzir o trabalho na Câmara para dar atenção a Mirian.

Jonatan – Pode deixar Xavier! Já preparei minha chapa para ficarem a par da Câmara Municipal e mudanças aconteceram no Rio de Janeiro.

Xavier prepara o drink e Marília leva Mirian até o canto e diz:

Marília – Minha amiga, irmã e agora, membra da família. Fico muito feliz pela sua união com o Jonatan. Você foi criada junto comigo e viveu ao meu lado nesses trinta anos. E tenho um presente simbólico para lhe oferecer.

Mirian – Marília não precisa me presentar. O que eu fiz esses anos todos foi por amor ao meu trabalho e porque te vejo como referência de mulher.

Marília – Precisa ser presenteada sim e merece muito mais.

Marília presenteia Mirian com um broche e um colar de diamantes e a empregada fica surpresa:

Mirian – Que lindo dona Marília.

Marília – Não precisa me chamar de dona, aliás, nunca precisou. Chame-me apenas de Marília.

Mirian se emociona e abraça Marília. Voltando para a sala, Mirian e Marília brindam com Xavier e Jonatan.

Xavier – Pela felicidade, pelo amor e pelo futuro.

Marília, Xavier, Jonatan e Mirian brindam e abrem o champanhe.

CENA 003. APARTAMENTO CASTILLO. CALÇADA. EXTERIOR. DIA/TARDE

Antônio se encontra com Clara e pergunta:

Antônio – O que você faz aqui minha bisneta?

Clara – Eu não tenho onde morar, estou grávida, sem trabalho e estou vagando por ai para conseguir alguma coisa.

Antônio – Não quer morar comigo em Niterói não? Na minha mansão tem espaço e pode deixar que irei registrar o seu filho.

Clara – Bisavô, não precisa se preocupar comigo. Eu vou dar um jeito para viver e como mãe solteira.

Antônio – De jeito nenhum! Eu sei que seus pais tiveram motivos para te expulsar de casa, agora morar na rua? Debaixo de marquise e grávida? Não, inaceitável. Você irá comigo em Niterói e me ajudar a cuidar do Anderson.

Clara – Nem sei o que dizer [...].

Antônio – Não precisa dizer nada. O Solano está no carro e irei pegar umas coisas. Vai lá.

Clara entra no carro e Antônio entra no apartamento. Na entrada, o fazendeiro pergunta a Nestor

Antônio – Nestor chegou alguma correspondência pra mim?

Nestor – Só chegou uns impostos e uma carta da penitenciária.

Antônio – Então não é nada de relevante. Tenha um bom dia.

Nestor – Bom dia!

Antônio deixa a recepção e entra no carro dizendo:

Antônio – Agora poderemos voltar para Niterói. Avante Solano.

Solano dirige e deixa Copacabana rumo a Niterói.

CENA 004. PENITENCIÁRIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. REFEITÓRIO. INTERIOR. DIA/TARDE

Diná provoca Eleonora e a madame confronta:

Diná – A comida está boa senhora? Para quem não come lavagem de porco.

Eleonora – O que você quer? Dinheiro?

Diná – Você com dinheiro? É piada né? Todo mundo sabe que está falida e sem nenhum tostão no bolso.

Eleonora – Eu tenho dinheiro guardado no banco. Confia em mim.

Diná – Está bom, vou fingir que acredito.

Diná engabela Eleonora e uma das detentas coloca uma pequena faca no bolso da senhora. Na hora da revista, Eleonora é surpreendida.

Eleonora – O que essa faca faz no meu bolso?

Militar – Então quer dizer que você anda com faca?

Eleonora – Eu não faço a menor ideia senhor.

O militar prende Eleonora, leva para o porão, coloca na cadeira e elétrica e a senhora grita:

Eleonora – Por favor, choque não. Eu sou inocente e tenho como provar.

Os militares jogam água fria em Eleonora e aplica o castigo. 

CENA 005. TV GLOBO. ESTÚDIO PROGRAMA SILVIO SANTOS. INTERIOR. DIA/TARDE

Silvio Santos chama Letícia e o grupo solar da Bossa:

Silvio Santos – Agora ei de chamar no meu palco, um grupo de bossa nova que tem feito muito sucesso no Brasil, vem pra cá Letícia e Solar da Bossa.

Letícia entra no palco com o grupo e agradece:  

Letícia – Boa tarde pessoal. Eu tenho que agradecer o convite da TV Globo para cantar aqui no seu palco. Espero que nossa te agrade e ao público também.

Silvio Santos – Não precisa me agradecer pode cantar e quem cantar junto vai ganhar cem cruzeiros em barra de ouro que vale mais que dinheiro. Maoe, Música maestro.

As luzes do estúdio se apagam e uma luz central foca em Letícia e no grupo solar da bossa e cantora escolhe a música noite sem luar:

Letícia – Foi numa noite sem luar

Que eu vi a vida passar por mim

Estrada vazia sem fim

Eu cantaria essa canção

 

Sem aquele que diz me amar

Dessa gaiola eu vou me libertar

Eu vou sair pra ver o Sol

No meu caminho eu sou o meu farol

 

Das nuvens eu vejo o cais

Sinto o vento a me guiar

Eu sei que vou sair da escuridão

Com lindas flores a me dar as mãos

 

O tempo me ensinou

Minha história apenas começou

O tempo me ensinou

Minha história apenas começou

Ao terminar de cantar, Letícia e o grupo Solar da bossa são ovacionados. Vanderlei, Luciano, Carlos, Romualdo e Belizário se emocionam. No auditório, Selma, Angeluce e Davi jogam flores para o palco e a comemoração é geral. 

CENA 006. PENITENCIÁRIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. CELA. INTERIOR. DIA/TARDE

Astolfo conversa com Murilo na cela:

Astolfo – Como está Murilo? Está bem?

Murilo – Ora pois, sempre estive bem!

Astolfo – Ultimamente você estava bem caidinho, desanimado, mal se alimentava.

Murilo – És só um incomodo, porque estais preocupados?

Astolfo – Estou preocupado porque você é o meu único amigo aqui dentro.

Murilo – Não sou amigo de ninguém.

Um militar chega com liminar do manicômio judiciário para Murilo e o português se rebate. No lado fora, Laura entra em desespero e é surpreendida:

Laura – Não levem meu irmão para o manicômio judiciário.

Militar – Ele será levado para o manicômio e a senhora está sendo presa por morar irregularmente junto com o seu irmão no Brasil.

Laura – Isso só pode ser um engano. Me solta.

Murilo é colocado na viatura e Laura é levada para a prisão.

CENA 007. HOSPITAL PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. CORREDOR. INTERIOR. DIA/TARDE

Ádira deixa o quarto de Adriano e Levi pergunta:

Levi – Já acabou a visita? Preciso trocar o soro.

Ádira – Ele está dormindo, nem cheguei perto dele.

Levi – Ele precisa de descanso e não pode se estressar. Ele operou recentemente e tentamos estancar os ferimentos nos vasos sanguíneos.

Ádira – Não o aborreci, mas tenho evitado ao máximo.

Levi – Ótimo e muito obrigado!

Ádira se retira e Levi recebe Charles:

Charles – Boa tarde Doutor, como anda o Anderson?

Levi – O Anderson está se recuperando lentamente, mas o tratamento da cirrose vai ser rigorosa.

Charles – Entendo, posso visita-lo.

Levi – Pode sim, está liberado.

Charles entra e depara com o quarto vazio. O advogado chama Levi e o médico fica chocado:

Levi – Não acredito que ele fugiu.

Anderson caminha bêbado na estrada e fala consigo mesmo:

Anderson – Perdi a mulher da minha vida, pensaram que não iria saber da morte de Maria Luísa, estão enganados. Esse povo é muito fofoqueiro. Perdi a confiança dos meus filhos, a minha gravadora e fama de voz da bossa nova. Já que estou sozinho nesse mundo, eu quero que todos vão pra puta que vos pariu, porra.

Anderson se deita na estrada debaixo de sol quente. O cantor olha para o seu e fecha os olhos e falece lentamente.

Anderson narrando – A minha vida nunca foi as das mais fáceis, levei uma rasteira da minha madrasta, minha esposa amava o ex-namorado que a roubou um dia, assim como amei a Maria Luísa. Se não fosse o povo falando sobre sua morte, talvez não estivesse tão amargurado a ponto de perder a vontade de viver. Eu acertei, errei, fui humano e um pouco desumano em algumas atitudes. Tive dois lindos casais de filhos, fui feliz conforme fui crescendo profissionalmente. Meu legado foi a minha voz, o meu talento como cantor e agora estarei nos braços de Deus.

A câmera muda o foco do rosto de Anderson morto na estrada para ele dentro do caixão com amigos e familiares entorno.

Fim do capítulo 40 

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