Vida - Cap 084

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  Logotipo da web novela (Foto: Divulgação) Produção Original MF Criada e escrita por Patrícia Santos Capítulo 084 Luís aceita o dinheiro de Hugo e manda Salgueiro descobrir onde Olavo está escondido. Marcos desabafa com Monalisa. Vanessa sofre pelo fim de seu namoro com Jeremias. Suzana e Max passeiam juntos e vão para a ONG. Salgueiro descobre onde Olavo está escondido e conta para Luís. Tatiane brinca com Ramon e promete para o filho que eles vão conseguir sair da casa de Luís. Diogo questiona Dayse pela raiva que ela sente de Eduarda. Sandro transa com algumas prostitutas. Maria discute com Antônio por ele ter chamado apenas Daniel para trabalhar na empresa. Daniel conversa com Joana sobre a proposta que recebeu de Antônio. Luís avisa Hugo sobre o esconderijo de Olavo. Marcos convida Monalisa ir até a casa dele e ela aceita. Terezinha deixa um celular para Olavo ligar para ela quando precisar. Lázaro aconselha Jeremias a voltar com Vanessa. Mônica tenta convencer Nayara a denunciar

Segredos Fatais - #SegundoCapítulo

 

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SEGREDOS FATAIS - CAPÍTULO 002

Novela de Brunoh Franco

Primeira Fase

Cena 01/Praia/Exterior/Dia

Trilha: Instrumental Sofrimento

Débora sai correndo de dentro d'água e corre até o corpo de Carlos. Ela está chorando desesperadamente e uma angústia tomou conta de seu peito.

DÉBORA — Amor, querido. Fale comigo! Fale comigo!

CARLOS — (morrendo) Foi ele... Foi ele. 

DÉBORA — (chorando) Ele quem? O Wellington? 

CARLOS — (concorda com a cabeça) Me desculpe, meu amor, mas eu não vou poder te dar o mundo que eu prometi.

DÉBORA — (chorando) Não diga isso! Já chamaram a ambulância, vai ficar tudo bem. 

Débora coloca a camiseta de Carlos em cima das feridas, na tentativa de estancar o sangue. 

DÉBORA — (chorando) Não me deixe, meu amor. Por favor, não me deixe. 

CARLOS — (morrendo) Nós vamos nos reencontrar... Em outra vida...

Carlos morre nos braços de Débora. Ela chora desesperadamente, abraçando o corpo, manchando seu vestido branco com o sangue de Carlos.

Cena 02/Moraes Logistics/Interior/Dia

Trilha: Audioslave - Like A Stone

Imagens aéreas do galpão da Moraes Logistics. A CAM. passeia pelos corredores vazios.  Wellington caminha lentamente pelos corredores onde estão armazenados os produtos. O ambiente está completamente vazio, silencioso e com pouca luz. Ele observa cada detalhe da empresa e está bastante angustiado. 
Ele caminha até o saguão, Aurélio entra pela porta de entrada.

AURÉLIO — Que susto, Wellington! 

WELLINGTON — Aurélio, o que está fazendo aqui?

AURÉLIO — A empresa não trabalha hoje, mas eu trabalho. Tenho coisas para resolver.

WELLINGTON — (desanimado) Tanto faz. 

AURÉLIO — Está tudo bem? Você está abatido.

WELLINGTON — Eu estou doente, Aurélio. Muito doente. Talvez eu não vá sobreviver por muito tempo. 

AURÉLIO — O quê?

Cena 03/Mansão de Wellington/Quarto de Matheus/Interior/Dia

MATHEUS — Grávida? Como assim?

LUCIANA — Nós vamos ter um filho, querido.

MATHEUS — Nós? Ah, meu Deus! Não pode ser. O que vamos dizer para o Wellington? 

LUCIANA — Que ele é o pai. 

MATHEUS — Esqueceu que seu marido não pode ter filho? 

LUCIANA — Droga! Droga! Que merda. Eu me esqueci.

MATHEUS — Aborta! 

LUCIANA — Está louco? Claro que não!

MATHEUS — É o melhor a ser feito! Aborta essa criança.

LUCIANA — Não entende? Esse bebê é a chave para abrir o baú. O único herdeiro do Wellington. 

MATHEUS — O Wellington nunca vai reconhecer essa criança como filha! Ele sabe que não pode ter filho. 

LUCIANA — Eu tive uma ideia. Vou contar à ele sobre a ideia que estou de adotar. Vou dizer que vamos adotar. Eu só preciso esconder a gravidez.

MATHEUS — Fala que sua amiga da Capital está grávida, e que vai adotar o filho dela. É o tempo que você fica fora, dizendo que está acompanhando a gravidez da amiga. 

LUCIANA — Boa. O Wellington iria fazer de tudo. O sonho dele é ter um herdeiro. 

MATHEUS — E depois?

LUCIANA — A gente mata ele. O bebê vai ser o único filho, você é o único irmão. De um jeito ou de outro, a fortuna ficará para nós. 

MATHEUS — Nós temos nove meses para botar o plano de matar o Wellington em ação. Nove meses!

Cena 04 / Moraes Logistics/ Saguão/ Interior/Dia

Trilha: Instrumental Suspense Dramático

AMBIENTE DE POUCA LUZ.

AURÉLIO — Isso é impossível. Você está ótimo, olhe para você. 

WELLINGTON — (Triste) Era o que eu pensava, meu amigo. 

AURÉLIO — Há alguma solução. Tem que ter tratamento.

WELLINGTON — (Triste) Têm... Mas já está avançado, não sei quanto tempo vou aguentar.

AURÉLIO — O que você está sentindo? 

WELLINGTON — As mesmas náuseas de sempre. 

AURÉLIO — E a Luciana? O que vai dizer à ela?

WELLINGTON — Eu preciso agir normalmente. Eles organizaram uma festa, se eu desmarcar, todos vão querer saber o motivo.

AURÉLIO — Fique tranquilo, ninguém saberá de nada. 

WELLINGTON — Obrigado, meu amigo. Muito obrigado.

Wellington caminha de volta para sua sala. Aurélio fica sem reação, olhando o amigo caminhar.

Cenas aleatórias da praia de São Remo... Horas se passam.

CENA 05/ FUNERAL/ INTERIOR/ DIA

Trilha: Instrumental Tristeza

Débora está encostada no caixão. Ele está fechado, mas é possível ver o rosto de Carlos. Uma lágrima pinga do caixão.

DÉBORA — (Chorando calmamente) Eu vou te amar todos os dias, meu amor. Eu vou sofrer todos os dias a sua morte.

Lulaica entra com seu filho Esdras e seu marido Edinei. Lulaica abraça Débora.

LULAICA — (chorando) Como isso foi acontecer?

DÉBORA — (Chorando) Foi tudo muito rápido, amiga. Nós estávamos na areia e ele se aproximou, com a arma. 

LULAICA — Ele? Você viu quem o matou?

DÉBORA — (Chorando) Lembra da história que te contei sobre o Carlos estar chantageando o dono da Moraes Logistics? Então, foi ele. Ele mandou matar meu noivo! Foi ele!

Débora abraça Lulaica, as duas começam a chorar.

LULAICA — Eu não sei como é a dor de perder alguém, mas eu peço que você seja forte. Por você e pela Barbara, essa criança linda que você está esperando. Seja forte, amiga. Saiba que eu sempre estarei aqui por você. 

DÉBORA — Obrigada, amiga. Eu não sei o que seria de mim sem você. 

As duas se abraçam e choram.

CENA 06/MANSÃO DE WELLINGTON/JARDIM/EXTERIOR/TARDE

Trilha: Audioslave - Like a Stone (tema de abertura)

CAM: Mergulha pelo jardim cheio de pessoas. Mulheres bem vestidas, homens com ternos caríssimos. Em volta do jardim há uma enorme piscina, bastante iluminada. A mansão fica no alto, então logo a frente há um espaço com gramado, uma barreira de vidro com visão para praia no horizonte e o pôr do sol. 

Wellington surge na escada da estrada principal da mansão com acesso ao Jardim. Todos aplaudem. Ele está sério e tenta sorrir. Aurélio está ao seu lado, como um guarda costas. 

AURÉLIO — (discretamente) Pelo menos sorria. 

WELLINGTON — (discretamente) Vou tentar.

Luciana surge entre as mesas. É importante notar toda decoração bege, com detalhes de diamante sobre as mesas. Tudo muito caro. 

LUCIANA — Você está incrível!

Disse indo em direção ao marido. Matheus e Zara estão parados abaixo da escada. Matheus de terno, bem elegante e cheio de pose. Mas é notável que já está um pouco bêbado, já que segura uma garrafa de vodka nas mãos.  Wellington se aproxima de Matheus.

WELLINGTON — Fiz essa festa por que você queria. Tenta manter a calma. 

MATHEUS — (Mão na cabeça, gesto de continência) Sim, senhor!

Wellington sorri.  Raul e Bionda estão sendo fotografados por paparazzis e jornalistas. Wellington se aproxima.

WELLINGTON — Raul Bahamas! O grande prefeito de São Remo!

RAUL — E grande amigo de Wellington Mendonça de Moraes!

Os dois de abraçam.

RAUL — E aí, meu amigão. Está ficando velho, hein. Já não é mais o meu amiguinho que pulava do píer na adolescência.

WELLINGTON — Não tem nada a ver. (Discretamente/brincando se aproxima do ouvido de Raul) Nós ainda vamos pular daquele píer e relembrar os velhos tempos.

Bionda ri e se intromete. Ela está elegante e cheia de arrogância, segurando uma taça de Champanhe nas mãos.

BIONDA — O Raul adora relembrar os velhos tempos. 

WELLINGTON — Bionda Bahamas! Primeira dama de São Remo.

BIONDA — (sorrindo elegantemente) Ah, pare, Wellington. Ganhamos as eleições graças a você, quem nos ajudou com divulgação, emprestou dinheiro para investirmos em peso nas divulgações.

WELLINGTON — Magina, eu jamais iria deixar meu amigo na mão. 

RAUL — Eu só tenho a agradecer, meu querido. Deixe-me te contar as novidades. Nós seremos papai. 

WELLINGTON — (contente) Sério?! Isso é incrível. Estou muito feliz por vocês. 

Luciana se aproxima e segura Wellington pelo braço.

LUCIANA — Já conversou demais, é hora de cumprimentar o público no palanque.

BIONDA — (ironicamente) Oi, Luciana.

LUCIANA — Olá, senhorita Bahamas. Vamos, Wellington.

WELLINGTON — Eu não demoro. 

Wellington e Luciana saem. 

BIONDA — Antipática!

RAUL — Menos, Bionda. E pare de beber, você está grávida!

BIONDA — (revira os olhos) É sem álcool!

Bionda sai andando.

CENA 07/PÍER/EXTERIOR/TARDE

Trilha: Instrumental Tristeza

Débora está segurando uma caixinha preta nas mãos. Selma, sua mãe, está no começo do píer, esperando pela filha, com os demais conhecidos.
Lulaica se aproxima e coloca a mão no ombro de Débora.

LULAICA — No seu tempo, amiga. 

Débora está olhando o pôr-do-sol. O ambiente está alaranjado, o vento bate forte e o cabelo das duas voam ao vento.

DÉBORA — O Carlos amava o mar, ele era apaixonado por Iemanjá, pelos deuses das águas. (Sorria e chora) Ele dizia que na vida passada ele era um Deus do mar. Dizia que nadava pelas águas de São Remo, e que o mar era sua casa. 

LULAICA — E foi aqui que ele morreu. Na beira do mar. No lugar que ele amava meditar.

DÉBORA — Esse lugar era especial para ele. Esse era o desejo dele, que as cinzas fossem jogadas no mar, junto com as de seu pai e sua mãe. 

LULAICA — Não precisa fazer isso, se não quiser. 

DÉBORA — Vai doer, mas eu tenho essa missão.

Chorando, Débora abre a caixa preta e levanta ao vento. As cinzas de Carlos voam em direção ao mar e caem na água.  Débora e Lulaica de abraçam.  Débora vê as luzes vindo da mansão de Wellington, no alto da montanha.

DÉBORA — O que é aquilo?

Edinei se aproxima.

EDINEI — É a festa que Wellington Moraes está dando em comemoração ao aniversário dele.

DÉBORA — Não é possível! Sabe de uma coisa, isso não vai ficar assim!

Débora sai completamente irritada.

LULAICA — Você e sua boca aberta!

EDINEI — Mas o que eu fiz?

CENA 08/ MANSÃO DE WELLINGTON/JARDIM/EXTERIOR/NOITE

Trilha: Cecéu Muniz - Molem Molem

Um grupo dança a música na pista de dança. Wellington curte a música bastante feliz. Zara entra na pista e começa a sambar com Matheus. Matheus puxa Wellington para a pista.

MATHEUS — Vem, eu sei que você sabe essa.

WELLINGTON — Eu só vou se o Raul e o Walmir também forem.

Raul e Walmir entram na pista.  Os três dançam sincronizados o samba.  Luciana observa toda a bagunça do alto da escada. Bionda se aproxima.

BIONDA — Não adianta, a pobreza faz parte da alma dos três. 

LUCIANA — Essa amizade é ridícula. Eles tem alma de pobre. Olha que coisa podre! Uma festa cheia de advogados, empresários e executivos, e o dono da festa dançando Samba-Rock no meio da pista, com amigos de infância. 

BIONDA — Eles são inseparáveis.

WELLINGTON — (grita) Vem, amor!

Luciana balança os braços de onde está. Finge sorrir, mas Wellington volta a se distrair com a dança e a fecha a cara novamente.

LUCIANA — Paciência, meu Deus. Paciência! 

Na área externa, Débora surge na entrada. Aurélio lhe vê discutindo com alguns seguranças.  Da pista, Wellington vê Aurélio segurar Débora brutalmente pelo braço.

WELLINGTON — (preocupado) Eu já volto. 

Wellington se aproxima do portão de entrada da mansão.

Trilha: Instrumental Suspense Dramático

Aurélio leva Débora para uma área deserta da mansão. Aurélio joga Débora no chão.

AURÉLIO — Vá embora, sua mendiga! 

DÉBORA — Eu só saio daqui depois de falar com Wellington Moraes!

Enzo se aproxima.

ENZO — A arma tem silenciador, a gente da cabo dela aqui mesmo, ninguém vai ouvir. 
AURÉLIO — Eu não tenho outra alternativa. Atira nela, Enzo!

Enzo aponta a arma para Débora.

WELLINGTON — Abaixa essa arma, agora!

Wellington surge de trás de um carro. Débora está caída. Enzo abaixa arma.

WELLINGTON — Ia matar essa moça aqui? Na minha mansão?

AURÉLIO — Ela é uma ameaça. Se ela entrar nessa festa, sua reputação vai por água abaixo.

WELLINGTON — E quem é você? Por que está me procurando?

DÉBORA — (se levanta) Eu sou mulher do homem que você mandou matar hoje cedo. Assassino!

Wellington olha surpreso para Débora.

Congela no rosto de Débora

FIM DO CAPÍTULO

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