Cena 001 // Rua // Exterior // Tarde
João e Nandinho estão caminhando a caminho da mansão da Cristina
Nandinho – Vai demorar pra gente chegar? Estou cansado de tanto andar.
João – Já estamos quase chegando, depois você vai ter o tempo que quiser para descansar.
Nandinho – Não agüento mais andar, meus pés estão doendo.
João segura no braço de Nandinho
João – Para de reclamar e anda, eu quero entregar essas coisas ainda hoje.
Nandinho – Eu vou parar, agora me larga, você está me machucando.
João – Boca fechada e sem reclamar, continua andando.
Nandinho obedece João, e continua andando e os dois chegam na frente da mansão de Cristina
Nandinho – O que vamos fazer aqui?
João tira os bilhetes e entrega para Nandinho
João – Você vai fazer o seguinte, presta atenção.
Nandinho – Eu estou prestando, diga o que tenho que fazer com esses bilhetes.
João – Você vai deixar esses bilhetes na caixa de correios, ela fica ali depois do portão.
Nandinho – Por que você mesmo não entrega? Já que eles são do seu querido amor Diego.
João – Eu não posso chegar perto dessa casa e nem dele, faz isso por mim, lembre- se do nosso acordo.
Nandinho – Se não fosse isso, eu não entregaria nada, odeio ser pombo correio dos outros.
João – Agora vai lá e vê se não demora.
Nandinho caminha na direção da caixinha de correio
João – Hoje mesmo o Diego vai saber o quanto eu amo e quero-o pra mim.
Cena 002 // Mansão de Cristina // Sala // Interior // Tarde
Miriam e Dr. Paulo estão na mansão
Diego – Se não vão precisar mais de mim, eu vou pro meu quarto, com licença.
Dr. Paulo – Obrigado pela ajuda, mesmo não sabendo pelo menos mostrou interesse de querer ajudar a gente.
Diego – Eu só estava fazendo o que era o certo, qualquer coisa pode falar me procurar.
Ele cumprimenta Dr. Paulo e Miriam e em seguida sobe para o quarto
Miriam – Estamos na estaca zero, não vamos conseguir descobrir nunca se a Kelly foi mesmo assassinada ou não.
Dr. Paulo – Eu estou muito pensativo, é muito estranho esse homicídio.
Miriam – Como assim?
Cristina entra na sala
Cristina – Conseguiram descobrir alguma coisa? Pela cara acho que não né.
Dr. Paulo – A Kelly morrer na clínica não faz sentido, alguma coisa está errada nessa história.
Cristina – Você acha que a Kelly morreu por engano?
Dr. Paulo – Eu acho que sim, é muito estranho ela aparecer morta justo na ala onde Diego estava internado.
Miriam – Você está dizendo que a Kelly morreu no lugar do Diego?
Dr. Paulo – Sim.
Cristina – Eu pensei nessa possibilidade também, enquanto eu estava no escritório, é muita coincidência.
Miriam – Estou ficando muito confusa com essa história, não to conseguindo raciocinar direito.
Cristina se senta após fica pensativa
Dr. Paulo – Se isso for verdade, alguém estava querendo matar o Diego, e acabou matando a Kelly por algum motivo.
Cristina – Eu não sei o que dizer sobre isso, mas se alguém está querendo eliminar meu filho, eu vou descobrir, Dr. Paulo agora mais do que nunca, eu vou ajudar vocês, a encontrar essa pessoa, podem contar comigo.
Dr. Paulo – Vamos precisar de toda ajuda possível, e tenho certeza que você vai ajudar e muito Cristina.
Cristina – Tudo que estiver ao meu alcance eu farei.
Miriam – Mas será que vamos conseguir? Até agora não sabemos nada, não temos pista nenhuma.
Cristina – Miriam, tudo nessa vida não fica escondido, tem um ditado que minha madrinha falava, o diabo ensina fazer, mas não ensina a esconder, uma hora a verdade aparece.
Miriam – Espero, eu não quero que a morte da minha amiga Kelly fica no esquecimento.
Dr. Paulo fica pensativo e começa a andar de um lado para o outro
Cristina – Está tudo bem? Você está andando de um lado para o outro, ta me dando agonia ver você assim.
Dr. Paulo – Eu estou só pensando, tentando ver se encontro alguma idéia.
Cristina – Eu tenho uma, mas não sei se você já fez isso.
Miriam – Diga Cristina, eu acho que ele não fez.
Cristina – Você já viu as câmeras de segurança no dia do assassinato?
Dr. Paulo – Não sei, acho que não, eu vi Miriam?
Miriam – Não lembro, só lembro que você tinha falado comigo e só.
Dr. Paulo – Se eu não vi, eu vou ver, quem sabe a gente descobre alguma coisa.
Cristina – Se a gente quer descobrir, é melhor começar pelas câmeras de segurança.
Dr. Paulo – Tem razão, quando chegar na clínica eu farei isso.
Cena 003 // Apartamento de Miguel // Sala // Interior // Tarde
Miguel continua feliz pelo plano ter “dado” certo
Miguel – Agora que o Marcos morreu não temos mais com quem se preocupar, ninguém vai atrapalhar nossos planos.
Inês – Se você está dizendo, quem sou pra te questionar.
Miguel – Que ironia foi essa hein? Nem parece que está feliz com o sucesso do meu plano amor.
Inês – Eu só to surpresa, pela primeira vez um plano seu dá certo.
Miguel – Pra você vê, uma hora tinha que dar certo não é mesmo.
Cléber entra na sala
Cléber – Chefe tenho más notícias pra te dar.
Miguel – Qual? Fala logo, vê se não enrola.
Cléber – A família de Marcos sobreviveu ao incêndio, eles estão vivos.
Ao ouvir isso, Miguel engasga com o vinho
Miguel – Como é que é?
Cléber – Eu pedi para um capanga ver se eles realmente estavam mortos, e aí ele me avisou que eles sobreviveram.
Miguel arremessa a taça contra a parede
Miguel – Isso não pode ser verdade, você me disse que eles tinham morrido.
Cléber – Eu realmente pensei que eles tivessem morrido, mas aquele cara tem uma sorte.
Miguel – Isso não podia ter acontecido, não podia.
Inês – Quanta incompetência de vocês dois, sinceramente depois dessa eu percebi que vocês são amadores.
Miguel – A gente precisa fazer alguma coisa, nessa altura ele já pode ter descoberto que foi a gente.
Inês – Ninguém vai fazer nada, ele já deve ter entregado vocês dois, isso não podia ter acontecido, você colocou a gente em risco.
Miguel – A culpa disso não é minha, é do Cléber.
Cléber – Quem teve a ideia foi você e não eu, eu não queria fazer esse serviço.
Inês – A culpa é de vocês dois, parabéns pra vocês, merecem prêmio de amadores, palmas, agora vou dizer uma coisa, se a polícia pegar vocês dois, não peça nenhuma ajuda a mim, entenderam? Eu espero que sim.
Diz a vilã encarando os dois.
Cena 004 // Mansão de Cristina // Exterior // Tarde
Nandinho está vendo os bilhetes que João escreveu para Diego
Nandinho – Esses bilhetes deveriam ser pra mim, não pro Diego, se ele esta achando que vou entregar os bilhetes está muito enganado, eu vou é escondê-los.
O jovem coloca os bilhetes dentro do bolso dele
Nandinho – Agora quero ver se o Diego vai receber essa porcaria de bilhete.
Ele volta para onde João está lhe esperando
João – E aí conseguiu colocar?
Nandinho – Com dificuldade, porém consegui colocar.
João – Ótimo, agora sim Diego vai ver o quanto eu amo ele.
Nandinho se entristece, mas consegue esconder
Nandinho – Vamos? Acho que não temos mais nada para fazer aqui nesse lugar.
João – Sim, vamos pra sua casa, lá você e eu vamos ter aquele nosso momento que você quer Nandinho.
Nandinho – Adoro, vamos logo, antes que anoiteça...
João e Nandinho deixam o bairro onde Diego
Cena 005 // Mansão de Eduardo // Sala // Interior // Tarde
Eduardo e Elvira chegam na mansão dele
Eduardo – Vai entrando, fica á vontade, vou avisar a Creusa para vim te ajudar com as malas.
Elvira – Ok Edu.
Eduardo vai até a cozinha.
Elvira – Tirei a sorte grande, vou agarrar essa oportunidade que a vida está me dando.
Eduardo e Creusa chegam na sala
Eduardo – Elvira essa é a Creusa minha empregada, ela vai te ajudar com as malas.
Creusa e Elvira se cumprimentam
Elvira – Muito prazer, me chamo Elvira Santana.
Creusa – O prazer é todo meu.
Eduardo – Você ajuda a Elvira? Estou atrasado pra uma reunião na empresa.
Creusa – Pode deixar eu ajudo sim Eduardo, pode ir tranqüilo.
Eduardo – Obrigado, até mais tarde.
Em seguida Eduardo se retira da mansão
Creusa – Venha comigo, vou levar pro quarto de hospede.
Elvira segue até o quarto
Cena 006 // Mansão de Eduardo // Quarto de hospede // Interior // Tarde
Creusa e Elvira entram
Creusa – Aqui é o quarto que você vai ficar, eu ainda não arrumei direito, mas se quiser eu posso voltar depois e arrumar.
Elvira – Deixa que eu mesmo arrumo, obrigada Creusa.
Creusa – De nada, qualquer coisa é só me chamar, estarei na cozinha.
Creusa se retira do quarto
Elvira – Oh quartão esse hein, vou aproveitar a minha estádia aqui e vê se arranco alguma grana daqui, mas primeiro vou tomar um banho, ta muito quente.
Ela pega sua roupa e vai para o banheiro
Cena 007 // Casa de Nandinho // Sala // Interior // Tarde
João e Nandinho chegam em casa
Nandinho – Tranca a porta pra mim, por favor, eu vou na cozinha beber uma água, você quer?
João – Não obrigado.
Nandinho vai à cozinha, bebe um copo de água e esconde os bilhetes na gaveta dos talheres
Nandinho – Depois eu me livro de vocês.
Ele retorna para a sala
João – Vamos para o quarto? Lá eu me sinto mais a vontade do que na sala.
Nandinho – Vai indo lá, que eu já vou logo atrás.
João – Ok.
João vai até o quarto
Cena 008 // Casa de Nandinho // Quarto // Interior // Tarde
João entra e fica a espera de Nandinho. Nandinho entra
João – Sabia que eu gosto de ver você assim, só de cueca.
Nandinho – Eu sempre soube.
João se aproxima de Nandinho e os dois começam a se beijarem, em seguida, João tira sua roupa, e fica nu
Nandinho – Não se esquece do preservativo, não gosto de transar sem proteção.
João então coloca o preservativo e transa com Nandinho
Cena 009 // Restaurante // Interior // Tarde
Após almoçarem juntos, Regina e Bruno estão conversando
Bruno – Gostou do almoço? E da surpresa também?
Regina – Claro que gostei, nunca ninguém fez isso pra mim, nem mesmo o traste do meu falecido marido.
Bruno – Então você já foi casada?
Regina – Sim, mas só que ele morreu em um acidente de carro.
Bruno – Quanto tempo ficaram casados?
Regina – Nem lembro mais, aquele verme era muito cruel comigo, me fazia de escrava dele, tinha que arrumar, lavar e cozinhar pra ele, dele só tenho péssimas lembranças.
Bruno – Foi tão ruim assim?
Regina – Sim, só de lembrar essa história me dá uma tremenda raiva dele.
Bruno – Então vamos falar da gente, acho que é mais interessante e mais apropriado.
Regina se anima
Regina – É melhor mesmo, aquele traste me dá nos nervos.
Bruno – Eu vou te confessar algo.
Regina – Diga, sou toda ouvida.
Bruno – Eu estou gostando de você, de verdade, desde daquele dia que a gente se conheceu, não paro de pensar em você.
Diz o rapaz segurando nas mãos de Regina, deixando a dona de casa sem graça
Regina – Nem sei o que dizer a você sobre isso.
Bruno e Regina se olham fixamente
CONGELA EM BRUNO E REGINA SE OLHANDO
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