Voz da Bossa - Cap 037 #ÚltimosCapítulos
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Adriano estranha a
situação e responde:
Adriano – Que
brincadeira de péssimo gosto é essa? Diga-me.
Godofredo – A Ádira é
sua mãe legítima [...].
Adriano – Você traiu
a minha mãe foi? Porque sinceramente não dá para acreditar nessa história.
Godofredo – Me
respeita! Sou fiel a Alma Dana e nunca precisei me aventurar como você faz com
Clara. A Ádira explicará toda a história
e não se altere, você acabou de sair de uma operação de risco.
Godofredo
fica no corredor e Adriano confronta Ádira:
Adriano – Você só
quer dinheiro né? Entendi sua jogada. O que uma simples verdureira tem a dizer.
Ádira – Adriano,
eu sou sua mãe legítima e tenho como provar.
Ádira tira a
foto da bolsa e surpreende Adriano:
Ádira – Eu tive
que te abandonar na porta da casa de Alma Dana e do Godofredo porque o seu pai
legítimo estava envolvido no jogo do bicho. Ele foi assassinado pelos rapazes do morro porque devia
muito dinheiro.
Adriano – Não dá
para acreditar nisso, depois de tanto tempo, você só veio me procurar depois de
velho.
Ádira – Eu tive
medo, fui omissa com medo de ser morta. Você não sabe o tudo que passei na
vida.
Adriano – Me perdoe
dona Ádira, mas a minha mãe mesmo é a Alma Dana Benevenuto Valente. Ela me
criou, me deu amor, lar e nunca me abandonou.
Ádira – Eu entendo
a sua revolta e estaria agindo como você. Não tenho mais o que fazer aqui.
Adriano – Ótimo,
agora pode se retirar.
Ádira deixa
o quarto chorosa. No corredor, Godofredo recebe notícia sobre Alma:
Levi – Senhor
Godofredo, preciso falar com você.
Godofredo – E a Alma?
Melhorou?
Levi –
Conseguimos sangue no banco, mas não foi o suficiente. Ela não resistiu e veio
a óbito.
Godofredo entra em desespero e os enfermeiros chegam para acalmar o sambista.
CENA 002.
APARTAMENTO CASTILLO. PRÉDIO 01. SALA. INTERIOR. DIA/MANHÃ
Lidiane conversa com Oscar e libera Renato para morar com a
família em Minas Gerais:
Lidiane – É claro
que libero o Renato para morar com sua família em Minas. Eu não tenho mais
domínio sobre ele, já é maior de idade, trabalha e só faltam se casar.
Oscar – Esse
detalhe conversaremos durante a mudança.
Lidiane – Desejo
toda felicidade do mundo para vocês. Ah, irão morar aonde?
Oscar – Num sítio
em Três Corações, lá é tranquilo e sem a presença dos militares.
Lidiane – Quando
entrar de recesso estarei lá no casamento de vocês.
Oscar – Muito
obrigada dona Lidiane. Não sei como agredecer.
Lidiane
recebe beijo na bochecha de Oscar e Renato aparece:
Renato – Que
alegria toda é essa?
Oscar – Sua mãe
liberou de morarmos juntos em Minas Gerais.
Renato – É sério
isso? Logo a dona Lidiane Pimenta?
Oscar – Ela disse
que você já é maior de idade e só falta casarmos.
Renato – Essa
Lidiane não é fácil, enfim, vou preparar minhas malas.
Renato e
Oscar se beijam e Lilian interrompe:
Lilian – Acabou a
graça e leva essas malas para o carro.
Oscar – Ah mãe...
Lilian – Ah mãe
nada, deixa de ser preguiçoso.
Ana e Oscar carregam as malas e Renato entra no apartamento.
CENA 003.
HOSPITAL PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. QUARTO. INTERIOR. DIA/MANHÃ
Anderson
acorda e pergunta Clara:
Anderson – Onde eu
estou? Que dor de cabeça!
Clara – Você está
no hospital, você passou mal no calçadão de Copacabana.
Anderson – Estou bem?
Vou ter alta?
Clara – Você foi
diagnosticado com cirrose e edema pulmonar e o seu caso é grave.
Anderson – Sempre
tive uma saúde de ferro, porque está acontecendo isso justamente comigo?
Clara – Porque
você foi negligente, nunca se cuidou. E conhaque acompanhado com cigarro manhã,
tarde e noite e olha ai o resultado.
Anderson – Precisa
ser grossa comigo?
Clara – Preciso e
muito. Você é muito teimoso, agora estou aqui, cuidado de você.
Anderson – Não faz
mais que sua obrigação. Sempre troquei suas fraldas.
Clara – Não seja
ridículo!
Clara escuta
Godofredo gritando e Anderson estranha:
Anderson – Que
gritaria é essa no corredor?
Clara – É o
Godofredo chamando pela Alma Dana [...].
Anderson – O que houve
com Alma? O que ela faz aqui no hospital?
Clara – Não faço a
menor ideia, mas vou lá perguntar.
Clara deixa
Anderson sozinho e pergunta a Godofredo
Clara – O que
houve senhor Godofredo? Está gritando pela Alma Dana.
Godofredo – A minha
Alma, minha negra se foi.
Clara – Não
acredito que dona Alma morreu.
Godofredo é consolado por Clara e Selma vê a sua rival abraçada ao sogro.
CENA 004.
PRESÍDIO PÚBLICO. ÁREA EXTERNA. EXTERIOR. DIA/MANHÃ
Diná coloca
Eleonora para limpar a privada do presídio.
Diná – Ei o
madame, limpe a privada!
Eleonora – Não vou
limpar porra nenhuma.
Diná – A madame
quer se crescer pra cima de mim? Tá pedindo para apanhar?
Eleonora – Não sou
obrigada a fazer o que você quer.
Diná – Aqui você
não tem querer é fazer e ponto final. Anda logo que estou me estressando porra.
Eleonora se
abaixa, limpa a privada e pragueja:
Eleonora – Tomara que
morra. Ordinária [...].
Diná – O que foi
que você disse?
Eleonora – Não disse
nada, não posso reclamar?
Diná – Você
praguejou que eu escutei perfeitamente.
Eleonora confronta Diná e apanha da presidiária.
CENA 005.
GRAVADORA BRAMAR. ELEVADOR. INTERIOR. DIA/MANHÃ
Charles
acompanha Letícia e diz:
Charles – Então é
aqui que você trabalha?
Letícia – Trabalho
entre aspas, eu só faço o necessário que é cantar.
Charles – Mas canta
muito bem e sua tia, não vem contigo?
Letícia – Ela cuida
do meu irmão, toma conta da casa enquanto minha mãe trabalha.
Charles – Entendi.
Letícia e
Charles deixam o elevador e deparam com o espaço interditado:
Letícia – O que
houve aqui?
Charles – Acho que a
gravadora foi interditada.
Letícia e
Charles ficam sem entender o que houve
Fim do capítulo 37
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