Vida - Cap 084

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  Logotipo da web novela (Foto: Divulgação) Produção Original MF Criada e escrita por Patrícia Santos Capítulo 084 Luís aceita o dinheiro de Hugo e manda Salgueiro descobrir onde Olavo está escondido. Marcos desabafa com Monalisa. Vanessa sofre pelo fim de seu namoro com Jeremias. Suzana e Max passeiam juntos e vão para a ONG. Salgueiro descobre onde Olavo está escondido e conta para Luís. Tatiane brinca com Ramon e promete para o filho que eles vão conseguir sair da casa de Luís. Diogo questiona Dayse pela raiva que ela sente de Eduarda. Sandro transa com algumas prostitutas. Maria discute com Antônio por ele ter chamado apenas Daniel para trabalhar na empresa. Daniel conversa com Joana sobre a proposta que recebeu de Antônio. Luís avisa Hugo sobre o esconderijo de Olavo. Marcos convida Monalisa ir até a casa dele e ela aceita. Terezinha deixa um celular para Olavo ligar para ela quando precisar. Lázaro aconselha Jeremias a voltar com Vanessa. Mônica tenta convencer Nayara a denunciar

Voz da Bossa - Cap 035 #ÚltimasSemanas

 

Logotipo da web novela (Foto: Divulgação)

Produção Original Star TV

Escrita e criada por Leonardo Lima

Capítulo 035

CENA 001. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. SALA DE AUDIÊNCIA. INTERIOR. DIA/MANHÃ

No recinto, Juiz Ângelo Villares D’Angelis inicia o julgamento:

Juiz Ângelo – Estamos iniciando a primeira sessão do julgamento dos réus Eleonora Cristina Oliveira Magalhães Chagas e do Astolfo Machado Chagas que lesionaram o senhor Antônio Vicente Magalhães e o Anderson Arantes Magalhães com fraude aos documentos das apólices do então falecido Otávio Vicente Magalhães e legitimando de forma ilegal um leilão. Em procedência das provas, o pai do dono da terra terá a palavra.

Antônio se levanta e se direciona a cadeira e fala sobre o golpe:

Antônio – Obrigado meritíssimo e bom dia a todos os presentes. Eu sou o pai de Otávio, ex-marido da réu. Quando a conheci, ela era uma simples cocheira e fazia as atividades de nossa fazenda. E quando a Clarice estava no leito de morte, essa senhora se aproximou do meu filho com segundas intenções. Começou com uma conversa para dois meses depois estarem casados em comunhão de bens. Nesse período, estive ausente para cuidar da minha saúde no centro de Pernambuco e tinha uma irmã que veio a falecer na luta contra um câncer [...].

Gorete contesta em defesa de Eleonora e Astolfo e questiona:

Gorete – Eu contesto meritíssimo! Como esse senhor pode ser tão lúcido aos acontecimentos recorrentes a fazenda se não esteve presente em nenhum momento? Está claramente omitindo informações e sendo calamitoso mediante aos meus clientes

Antônio – O meu neto, Anderson e pessoas ligados a mim mandavam correspondências para o endereço do centro da cidade me informando de tudo, visse?

Gorete – Mas o senhor não tem nenhuma conexão com os tais fatos criados.

Lidiane – Me desculpe me intrometer, mas a senhora estão sendo inflexível e desrespeitosa com o meu cliente. Em momento algum, o senhor Antônio omitiu alguma informação senhor meritíssimo. As provas estão em suas mãos e cabe aos júris qual será a sentença cabível para senhora Eleonora e senhor Astolfo. Prossiga senhor Antônio.

Antônio – Obrigado doutora Lidiane, continuando, a senhora Eleonora se apossou do espólio do meu filho, o Otávio e tirou o nome do Anderson do testamento, tendo eu o verdadeiro documento.

Antônio entrega os documentos para o juiz Ângelo e diz:

Juiz Ângelo – Interrompemos a sessão por quarenta e cinco minutos. Os júris irão analisar o conteúdo dos documentos.

O juiz bate o martelo. Fora da sala de audiência, Anderson comemora:

Anderson – Finalmente a Eleonora vai ter o que merece, visse?

Antônio – O que a Eleonora e Astolfo fizeram foi injusto. Espero que a justiça esteja do nosso lado.

Eleonora se aproxima de Anderson e diz:

Eleonora – A justiça nunca vai estar do lado de dois fracassados. Acham mesmo que o juiz vai dar confiança para um velho babaca e pra um bobo alegre? Vocês são uma piada.

Antônio - Somos uma piada, mas não estamos sendo julgados por fraude.

Eleonora – Esse julgamento é só uma questão de tempo para eu provar minha inocência.

Astolfo se aproxima e diz:

Astolfo – Deixa-os amor, vamos conversar com nossa advogada.

Eleonora é levada por Astolfo e Anderson rebate:

Anderson – Vai lá corno, leva essa vagabunda para longe da gente.

Antônio e Anderson caminham para a sala da audiência.

CENA 002. PRISÃO PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO. SALA DE VISITAS. INTERIOR. DIA/MANHÃ

Clair conversa com Maria Luísa sobre sua liberdade:

Clair – Malu tenho boas notícias para você.

Maria Luísa – Diga-me, estou ansiosa!

Clair – O juiz concedeu sua liberdade, o Omar e eu entramos em contato com a família do Barão e legitimaram a venda do Clube de Música Garotas de Ipanema para você.

Maria Luísa – Que maravilha, eu não acredito que sairei de vez dessa cela. E aquele documento com assinatura falsa? Que rumo tomou?

Clair – Abriram uma linha de investigação e apontam que foi sabotagem para que você perdesse o clube de música.

Maria Luísa – Já imagino quem teve essa ideia de me colocar aqui.

Clair – De quem você desconfia?

Maria Luísa – Marília Peralta, ela é capaz de qualquer coisa para prejudicar a vida dos outros.

Clair – Espero que você não tenha atitudes extremas, infelizmente está grávida e também perderia a razão se fizesse algo contra ela.

Maria Luísa – Só irei conversar de mulher para mulher. Nada mais.

Cristóvão anuncia a soltura de Maria Luísa:

Cristóvão – A senhora está livre!

Maria Luísa deixa a sala de visitas com Clair. Ao chegar na rua se depara com Lorena, Margarete e Omar:

Lorena – Finalmente a minha filha livre!

Margarete – Sentimos sua falta senhorita Maria Luísa.

Maria Luísa – Muito obrigada pela recepção, agora voltarei para casa feliz.

Omar – Iremos está aqui para te ajudar!

Maria Luísa – Obrigada Clair e Omar, vocês foram um anjo, assim como Margarete e mamãe, vocês moram no meu coração, visse?

Maria Luísa é abraçada por Omar, Clair, Margarete e Lorena.

CENA 003. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. SALA DE AUDIÊNCIA. INTERIOR. DIA/MANHÃ

Juiz Ângelo retoma a audiência com o veredito final:

Juiz Ângelo – Em detrimento as provas apresentadas, eu condeno Eleonora Cristina Oliveira Magalhães Chagas e Astolfo Machado Chagas a treze anos de prisão em regime fechado por fraude e estelionato. Os réus serão levados para penitência ainda esta manhã sob tutela de Cristóvão Galvão Figueiredo Brant. As vítimas Antônio Vicente Magalhães e Anderson Arantes Magalhães terão o total direito do espólio que seria concebido pelo falecida Otávio Vicente Magalhães. Este julgamento está encerrado.

Eleonora – Isso não pode está acontecendo!

Gorete – Calma dona Eleonora, iremos entrar com novo recurso para lhe tirar daqui.

Eleonora – Era para ter feito isso antes de ser condenada. Agora não tem pra onde fugir

Os militares retiram Eleonora e Astolfo do recinto e a madame grita no corredor:

Eleonora – Você vai me pagar seu filho da puta. Eu vou provar minha inocência!

Anderson e Antônio zombam de Eleonora e Astolfo:

Anderson – Agora sim a vagabunda está no lugar onde merece.

Antônio – Não podemos nos animar, porque ela gastou mais da metade do nosso espólio com aquela mansão em Niterói.

Anderson – Mas a mansão não foi interditada?

Antônio – Foi e se for a leilão, não teremos um tostão para comprar.

Anderson – Porque não vende aquela fazenda? Só está tendo gastos.

Antônio – A fazenda é uma herança afetiva que meus descendentes de Portugal deixaram para nossa família. Por mais que tenha gastos, é um lugar tranquilo para se viver.

Anderson – Entendi, agora é hora de irmos para casa, já está ficando tarde.

Com repórteres fora do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Eleonora chora e Astolfo entra na viatura. Charles se aproxima da mãe e responde:

Charles – Eu tenho muito vergonha de ser o seu filho. Golpista!

Eleonora – Miserável, desgraçado. Conseguiu o que queria não é? Antes eu tivesse te abortado para não passar por isso.

Os militares colocando Eleonora dentro da viatura e Charles diz sozinho:

Charles – Que mulher é essa? Um verdadeiro monstro.

Solano se aproxima de Charles e diz:

Solano – Vamos para casa senhor, não vale a pena ficar aqui.

Charles – Preciso ficar um pouco sozinho.

Solano deixa o local, os repórteres se despeçam e Charles fica sozinho. O tempo fecha e começa a chuviscar e uma lágrima esconde dos olhos do advogado. 

CENA 004. MANSÃO ARANTES MAGALHÃES. SALA. INTERIOR. DIA/MANHÃ

Marília fica chocada ao saber da morte de Léa, Tomás e Ereoades:

Marília – Cada dia cresce os números de mortos durante esse governo.

Mirian – E o número de mortes pode dobrar, porque a oposição tem se manifestado contra esse governo.

Marília – Até parece que os militares irão dar palco para os comunistas. Ter pensamentos de Stalin, Che-Guevara e outras figuras da esquerda é pedir para morrer, ainda mais em confrontos diretos.

Mirian – Coitado desse povo!

Marília – O que me chocou foi a morte do Ereoades.

Jonatan chega na sala e pergunta:

Jonatan – Ereoades morreu? Como assim?

Marília – Ele foi assassinado e não sabem quem o matou.

Jonatan – Aqui se faz, aqui se paga

Marília – Mirian querida, pode se retirar, quero bater um papo com Jonatan.

Mirian – Com licença senhores!

Mirian se retira e Marília tira satisfações:

Marília – Que história é esse de aqui se faz, aqui se paga?

Jonatan – Ué mãe, não sabia que Ereoades foi favorável a assassinato de trezentas pessoas num campo de concentração que ele criou aqui no Rio? Sem contar que ele tem fortes ligações com o nazismo.

Marília – Espero muito que não tenha nenhuma ligação com esse assassinato.

Jonatan – Eu não vou sujar minhas mãos com aquele infeliz, nem parece que você me conhece. Não confia em mim?

Marília – Depois que a sua irmã acabou com o casamento de Selma e Adriano assim como seu pai me traiu, eu só confio em Deus.

Jonatan – Então tá, só acho que a senhora está se precipitando. Com licença!

Marília fica sozinha na sala e sobe as escadas. Jonatan chega ao quarto, tira o revólver da cintura e guarda num cofre dizendo:

Jonatan – Você será muito útil pra mim!

Jonatan fecha o cofre.

CENA 005. APARTAMENTO CASTILLO. PRÉDIO 01. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA/MANHÃ

Lilian recebe Renato e Lidiane e diz:

Lilian – Podem entrar e sintam-se a vontade.

Lidiane – Obrigada pela recepção!

Lilian – Como foi o julgamento hoje?

Lidiane – Foi magnânimo. A justiça esteve do lado de Anderson, a Eleonora sofreu derrota após golpe.

Lilian – Fico feliz por isso.

Oscar e Renato interrompem de conversa Lidiane e Lilian e diz:

Oscar – O Renato precisa dizer algo para vocês.

Lilian – O que vocês têm para dizer?

Renato – Eu fui infectado pelo vírus da AIDS, mas não se preocupe, estou me tratando.

Lidiane – Como você contraiu essa doença?

Oscar – Eu e o Renato tivemos uma noite juntos e não usamos os preservativos.

Lilian – Agora está explicado o porquê contraiu essa doença. Deveriam ser cuidadosos.

Lidiane – Vocês agiram com irresponsabilidade, deveriam ter se prevenido.

Renato – Estamos pagando por essa aventura.

Lilian escuta a campainha tocar e ao abrir a porta se depara com síndico Luiz:

Lilian – Bom dia senhor Luiz, o que desejas?

Luiz – Estou aqui para lhe entregar essa carta.

Lilian estranha e ao abrir fica desesperada:

Lilian – Não estou acreditando que é...

Luiz – Sim, é uma ordem de despejo. Esse apartamento está a leilão conforme Tomás deixou no testamento. Você terá até dois dias para desocupar o imóvel. Com licença.

Lilian desmaia e Oscar, Lidiane e Lilian socorrem a telefonista.

CENA 006. HOSPITAL PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. QUARTO. INTERIOR. DIA/MANHÃ

Doutor Levi explica a Godofredo a situação de Alma Dana:

Godofredo – Como está a situação de Alma Dana?

Levi – Está alarmante. Uma veia cerebral dela estourou e consequentemente perdeu muito sangue durante a operação de emergência. Ela precisa de um doador de sangue.

Godofredo – Não acredito que isso esteja acontecendo.

Levi – Agora é rezar para ela sair da pior. Com licença!

Levi se retira e Godofredo estranha Selma no hospital:

Godofredo – O que faz aqui Selma? Aconteceu alguma coisa?

Selma – O Adriano foi baleado na praia de Copacabana por um rapaz que se diz ser noivo de Clara.

Godofredo – Não acredito que isso esteja acontecendo. A Alma tem um AVC e estouro uma veia do cérebro.

Selma – Como anda a situação dela?

Godofredo – Alarmante, perdeu sangue durante a operação.

Selma – Estimo melhoras!

Selma depara com Clara entrando no hospital e Godofredo responde:

Godofredo – Não se rebaixe ao nível dessa menina.

Selma – Tentarei ao máximo ficar longe dessa vagabunda.

Do outro lado, Ana ampara Clara:

Ana – Está se sentindo bem?

Clara – Estou muito enjoada e tonta. Preciso de água.

Ana – Onde fica o bebedouro daqui?

Clara – Não faço a menor ideia, nunca compareci a um hospital público.

Ana – Vou procurar um bebedouro.

Clara vê Selma junto com Godofredo e as duas se encaram.

CENA 007. MANSÃO MAGALHÃES ARANTES. SALA. INTERIOR. NOITE

Jonatan e Mirian deixam a mansão e Marília pede explicações:

Marília – Para onde pensam que vão?

Jonatan – Eu e a Mirian iremos ao clube de música Coisa Mais Linda para curtir essa noite.

Marília – Olha a hora de chegar em casa hein?

Jonatan e Mirian deixam a mansão e Guilherme escondido pula o muro. Ao chegar, Valentina diz:

Valentina – Então esse miserável veio se reencontrar com Marília.

Valentina deixa o carro e Guilherme invade a mansão armado e diz:

Guilherme – Acabou para você Marília!

Marília – O que faz aqui na minha casa?

Guilherme – Eu vim acertar contas do passado contigo meu amor.

Guilherme parte para cima de Marília que tenta se desenvencilhar, mas o apostador abusa da madame que pede socorro. Chegando no local, Valentina diz:

Valentina – Miserável! Foi capaz querer tirar todo o meu dinheiro, mas não conseguiu.

Guilherme – O que faz aqui? Não era para estar naquela merda de apartamento de luxo?

Valentina – Vim lhe dar o que você merece!

Valentina tira o revólver da bolsa e Guilherme atira acertando o coração madame que morre na hora. Marília repreende o ex-amado.

Marília – Como pode ser capaz de matar a própria mulher?

Guilherme – Fui capaz de matar pessoas mais poderosas como Tomás e Ereoades, e porque não poderia matar a Valentina? É uma inútil que não serve para nada, assim como você.

Marília – Então suma da minha vida!

Guilherme – Não vou sumir da sua vida. Vadia!

Guilherme dá coronhada na cabeça de Marília que desmaia e sequestra a madame.

Fim do capítulo 35  

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