Vida - Cap 084

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  Logotipo da web novela (Foto: Divulgação) Produção Original MF Criada e escrita por Patrícia Santos Capítulo 084 Luís aceita o dinheiro de Hugo e manda Salgueiro descobrir onde Olavo está escondido. Marcos desabafa com Monalisa. Vanessa sofre pelo fim de seu namoro com Jeremias. Suzana e Max passeiam juntos e vão para a ONG. Salgueiro descobre onde Olavo está escondido e conta para Luís. Tatiane brinca com Ramon e promete para o filho que eles vão conseguir sair da casa de Luís. Diogo questiona Dayse pela raiva que ela sente de Eduarda. Sandro transa com algumas prostitutas. Maria discute com Antônio por ele ter chamado apenas Daniel para trabalhar na empresa. Daniel conversa com Joana sobre a proposta que recebeu de Antônio. Luís avisa Hugo sobre o esconderijo de Olavo. Marcos convida Monalisa ir até a casa dele e ela aceita. Terezinha deixa um celular para Olavo ligar para ela quando precisar. Lázaro aconselha Jeremias a voltar com Vanessa. Mônica tenta convencer Nayara a denunciar

Voz da Bossa - Cap 032

 

Logotipo da web novela (Foto: Divulgação)

Produção Original Star TV

Escrita e criada por Leonardo Lima

Capítulo 032

CENA 001. CADEIA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO. SALA DE VISITAS. INTERIOR. DIA/TARDE

Clair fica desesperada com a gravidez de Maria Luísa e rebate:

Clair – Como uma fatalidade dessas pode acontecer? Agora você presa e grávida [...].

Maria Luísa – Não trate minha gravidez como fatalidade, eu sempre quis ter um filho ou uma filha com o Anderson e não é de hoje.

Clair – Mas mediante as circunstâncias atuais, você não pode ter essa criança.

Maria Luísa – Você está induzindo a eu tirar o bebê?

Clair – Não é isso que eu quis dizer. Caso você dê a luz, ficarei sob a tutela dessa criança.

Maria Luísa – E o Anderson? Ele é o pai e vai querer a guarda da criança.

Clair – Ele já tem os filhos dele para cuidar, não precisa cuidar de mais um. Sei que o seu sonho é ter uma família, mas ele mantém o matrimônio com Marília.

Maria Luísa – Pensei que ele tivesse se divorciado dela.

Clair – Eles mantêm uma casa e vários bens, isso impossibilita na hora da separação.

Maria Luísa – Maldita! Ela conseguiu prender o Anderson com esse casamento de fachada.

Clair – Agora o jeito, é eu e Lorena cuidarmos dessa criança.

Cristóvão entra na sala e diz:

Cristóvão – A visita acabou! Venha dona Maria Luísa.

Maria Luísa é levada para a cela por Cristóvão e Clair deixa a prisão após a visita. O tenente deixa a cela e interroga Anderson.

Cristóvão – O que o Anderson Arantes faz aqui?

Militar – Este senhor agrediu uma mulher no calçadão de Copacabana.

Cristóvão – Não sabia que um cantor de bossa nova é tão agressivo a esse ponto.

Anderson – Aquela vagabunda era para estar aqui e no meu lugar. Não mereço ser preso injustamente.

Cristóvão – Injustamente? O nosso militar viu agredindo uma mulher em público.

Anderson – Essa mulher é a mesma que me deu um golpe há trinta e três anos atrás em Pernambuco. Ela merecia está atrás das grades há muito tempo.

Cristóvão – Esse rapaz não sabe o que fala. Leve-o para a cela.

Anderson se rebate e é levado a força para a cela. Entrando na prisão, Coronel Borges entrega um documento para o Cristóvão.

Borges – Tenente, me mandaram este documento para você checar.

Cristóvão – Que documento é esse?

Borges – Um tal de Antônio pediu para você abrir.

Cristóvão abre o documento e depara com denúncias de golpe contra Eleonora e o tenente ordena:

Cristóvão – Quero todos os militares a posto e a caminho de Niterói neste exato momento.

Borges deixa o local e conversa com os militares para prenderem Eleonora e Astolfo.

CENA 002. CASARÃO DOS VALENTE. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA/TARDE

Godofredo discute feio com Adriano sobre as dívidas da Gravadora Bramar.

Godofredo – Como pode deixar uma dívida milionária na Gravadora? O que você fez para ter tanta nota promissória de cem mil cruzeiros?

Adriano – Esses são os investimentos que fizemos com novos equipamentos.

Godofredo – Novos equipamentos? O que eu vejo é os mesmos equipamentos de sempre e de segunda mão. Adriano, não seja mentiroso e me diga a verdade.

Adriano – Eu estou dizendo a verdade, o porquê iria mentir para você sobre essas notas promissórias?

Godofredo – Se você foi capaz de se corromper com o poder em mãos e trair sua mulher com uma ordinária, tenho a absoluta certeza de que você está mentindo.

Adriano – Esquece esse ocorrido, não tenho mais nada com a Clara e nem quero ter. Quero recomeçar a minha vida do zero.

Godofredo – Não tem como esquecer se está estampado nos jornais do Rio de Janeiro. E se quer tanto recomeçar a vida do zero, não conte comigo e nem com a sua mãe.

Adriano – Mas pai [...].

Godofredo – Chega Adriano, fica calado. Se você ainda mora aqui é porque um pouco de compaixão pela sua mãe que passou mal ao ver o bombardeio que provocou em sua vida. Porque se dependesse de mim, estaria morando num desses barracos de pau a pique do Cantagalo.

Adriano – Você não seria capaz de fazer isso.

Godofredo – Já fiz coisa muito pior nessa vida, acredite, então não duvide de mim.

Adriano fica analisando os documentos. Godofredo sobe para o quarto e conversa com Alma Dana:

Alma Dana – Pelo visto a conversa entre vocês foi bem acalorada.

Godofredo – O Adriano envelheceu muito mal. Se comporta como um rapazote sem nenhuma noção para a vida. Sem contar que a Gravadora está prestes a falir.

Alma Dana – Como assim a Gravadora está fechando as portas?

Godofredo – O Adriano e o Anderson fizeram uma dívida milionária e gastaram setecentos mil cruzeiros, agora com o que? Ninguém sabe.

Alma Dana – Não estou acreditando que o Adriano desviou dinheiro da gravadora junto com o Anderson.

Godofredo – Desviou e esvaziou os cofres. Eu irei assumir a presidência da gravadora em estágio emergencial.

Alma Dana – Amor, não precisa ser tão radical. Tem o Belizário ai para isso e você passou da idade de trabalhar e de carteira assinada.

Godofredo – Pelo nosso patrimônio, eu faço qualquer coisa e irei descobrir o porque deste rombo nos cofres da Bramar.

Godofredo deixa o quarto e Alma Dana se preocupa com Adriano.  

CENA 003. BAR DO SECO. SALÃO. INTERIOR. DIA/TARDE

Carlos e Romualdo se preocupam com a carreira de cantor:

Carlos – Pelo visto, a Bramar está quase se arruinando financeiramente.

Romualdo – Como tu sabes disso?

Carlos – O Belizário veio ontem aqui para desabafar. Nossa carreira como sambistas pode ir por água abaixo.

Romualdo – Mas o Governo Federal não investe mais na gravadora?

Carlos – Os militares cortaram as verbas que eram direcionadas à gravadora e a crise aumenta cada vez mais.

Romualdo – É uma pena que isso esteja acontecendo.

Carlos – E pelo que eu soube, o Godofredo pretende sarnar de lá.

Romualdo – Espero que dê tudo certo e que o samba e a bossa nova seja a salvação dessa gravadora.

Carlos – Que Deus te ouça!

Romualdo e Carlos continuam conversando e Belizário explica a crise para Luciano.

Belizário – A crise da gravadora é irreversível. Foram retirados setecentos mil cruzeiros e sem nenhum destino específico.

Luciano – Porra! O que o Adriano fez com a gravadora?

Belizário – Eu não sei, mas desconfio o destino deste dinheiro.

Luciano – Qual seria o destino dessa fortuna?

Belizário – O Adriano deve ter pagado as dívidas com os donos das bancas do jogo do bicho.

Luciano – Mas ele não disse que deixou o jogo do bicho?

Belizário – Se você perceber, o Adriano ficou rico rapidamente. Ele morava numa casa aqui e a pau a pique e do nada, apareceu dinheiro para comprar apartamento em Copacabana? Riqueza ilícita meu chapa.

Luciano – Eu não esperava isso dele.

Belizário – Não espere nada de alguém e essa atitude do Adriano não me surpreendeu.

Luciano – O que fará agora com esses documentos?

Belizário – Entregarei para o Godofredo e iremos investigar a fundo. Com licença!

Belizário deixa a mesa e Luciano toma sua cerveja e fica embasbacado com a revelação.

CENA 004. APARTAMENTO CASTILLO. PRÉDIO 01. SALA. INTERIOR. DIA/TARDE

Lidiane critica Lilian por acusar Renato de ser portador do AIDS.

Lidiane – Achei um absurdo acusar o meu filho de ter passado a doença para o Oscar. AIDS é normal até em casais convencionais.

Lilian – O doutor Levi me explicou e o Oscar admitiu que teve outros relacionamentos sem as devidas proteções.

Lidiane – Antes de você julga-lo, deveria pensar em cada palavra. Fiquei ofendida tanto e quanto o Renato.

Lilian – Me perdoe pelo ocorrido, é que não queria ver meu filho sob efeitos de remédio.

Lidiane – A AIDS é uma doença como todas as outras, pare de dramatizar isso Lilian.

Lilian – Não é drama, é medo. Essa doença pode leva-lo a óbito se não se cuidar.

Lidiane – Lilian, o Renato e eu estaremos aqui para ajuda-la no que for preciso.

Lilian – Muito obrigada Lidiane e novamente mil desculpas pela grosseria.

Lidiane abraça Lilian e deixa o apartamento. No quarto Renato se declara para Oscar:

Renato – E nós cuidando aqui de você e como nos conhecemos.

Oscar – Desta vez, é uma doença incurável que pode me levar a óbito se não me cuidar.

Renato – Você estará bem meu amor. AIDS não é um monstro de sete cabeças, tomando os remédios, estará sempre bem e com vigor.

Oscar – E você? Fez exames para ver se contraiu o vírus?

Renato – Eu fiz o exame e espero pelo resultado. Eu tomo remédios justamente para me proteger.

Oscar – Fico feliz de estar bem!

Oscar abraça Renato e beija.

CENA 005. MANSÃO OLIVEIRA CHAGAS. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA/TARDE

Eleonora comemora a prisão de Anderson e Astolfo rebate:

Eleonora – Finalmente esse filho da puta está preso.

Astolfo – Eu se fosse você não cantava vantagem não [...].

Eleonora – Começou o pessimismo. O que porque não posso comemorar?

Astolfo – Ele deixou bem claro que tem cartas na manga e provas que podem nos comprometer.

Eleonora – Amor aprenda, o Anderson se tornou cantor de bossa nova? Sim, mas no fundo, continua sendo o roceiro idiota que ele sempre foi.

Astolfo – Agora ele está em outro patamar, mas se você se acha confiante de que não vai acontecer nada, ok.

Eleonora – Vamos comemora porra. Aquele lá não é mais problema nosso.

Astolfo ouve a campainha tocar, abre a porta e dá de cara com Coronel Borges:

Astolfo – Boa tarde.

Borges – Boa tarde, vocês que são Astolfo Machado Chagas e Eleonora Cristina Oliveira Magalhães Chagas.

Eleonora – Sim somos a gente.

Borges – Esta mansão está apreendida por ordem do juiz e vocês estão presos por fraude e danos morais.

Astolfo e Eleonora ficam apreensivos e são presos.

Fim do capítulo 32

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