Milena virou de costas para ele e falou.
- Eu não aguento mais, meu sentimento por você é grande mas...
Ela se virou e deu de cara com Gustavo apontando uma arma para ela com silenciador.
- Eu também não aguento mais e vim justamente dar um fim nisso. - Falou ele sorrindo.
Então ele apertou o gatilho duas vezes, ela caiu no chão sangrando, seu respiro foi ficando fraco até que ela morreu ali mesmo.
Gustavo tirou o silenciador da arma, guardou tudo em seu palitó, pegou um pano para abrir a porta e antes de sair falou.
- Tchau meu amor, até nunca mais.
Ele saiu dali fechando a porta.
No hospital, Agatha ficou sem resposta, Paulo falou.
- Então? Vocês já se conhecem?
- Não! - Falou Agatha.
- Nos conhecemos sim. - Respondeu Júlio. - mas apenas de vista, sou um grande amigo do Leonardo e primo da Bianca.
- A garota que estava com meu filho? - Perguntou Paulo. - o que eles dois tinham? Esse filho...
- Vamos deixar deixar ele ver a prima, acho que ele deve estar preocupado com ela. - Falou Agatha.
- Com toda certeza. - Respondeu Júlio.
- Eu vou lhe acompanhar. - Falou Lucas indo com Julio.
Agatha pareceu meio preocupada, Paulo percebeu e perguntou.
- Parece desconfortável com algo, o que foi?
- Essa situação toda meu amor, é muito complicada. - Falou Agatha. - estou de certa forma cansada de estar aqui, acho que precisamos descansar um pouco.
- Você tem toda razão, só esperar alguma noticia do medico e iremos para casa. - Falou Paulo abraçando ela.
Júlio entrou no quarto de Bianca que ao vê-lo falou.
- Julio meu amor, vem cá.
Júlio logo aproximou-se da amiga e a abraçou, aproveitando que não tinha enfermeiras ou técnicas por perto, logo Bianca falou.
- Como você está meu bem?
- Em choque com tudo isso, o Leo ta em coma, eu não sei o que fazer, eu queria ta com ele, do lado dele, ajudando ele, meu Deus que loucura. - Falou Júlio.
Lucas que estava lá falou.
- Eu vou deixar vocês conversando sozinhos, qualquer coisa me chama.
- Tranquilo Lucas, obrigado por tudo. - Falou Júlio, Lucas saiu dali.
- Quem é? - Perguntou Bianca.
- O irmão do Leo, é uma boa pessoa. - Falou Julio. - mas me conta, como você está? E o bebe?
- Estamos bem, ainda bem, estou preocupada com o Leo, não tive notícias nenhuma dele, como ele está? - Perguntou Bianca.
- O Lucas me falou por alto, ele está em coma, mas ele está estável, até onde sei. - Falou Julio. - eu queria pelo menos estar perto dele, junto do meu amor agora, mas a mãe dele...
- Conheci ela, não da forma que eu queria, nas conheci. - Falou Bianca.
- O que ela quer com você? - Perguntou Júlio.
- Que eu minta, falando que esse filho que estou esperando é do Leo, que ela me paga para isso. - Disse Bianca.
- Como é? - Indagou Julio ao escutar aquilo.
Lucas estava chegando onde estava Agatha que aproveitou a ausência do marido que foi beber água e falou.
- Você que trouxe aquela aberra...
- O nome dele é Julio, sem falar que é companheiro do meu irmão e amigo da Bianca. - Falou Lucas. - eu exijo pelo menos respeito.
- Respeito, eu prefiro que seu irmão morra ao invés de aturar essa pouca vergonha. - Falou Agatha.
- Eu tenho nojo de você mãe, nojo da pessoa que você é, você menos que nada com preconceito em seu coração, isso é maldade. - Falou Lucas.
- Maldade? Se querer que meu filho seja normal, seja decente é ser má, então eu sou. - Falou Agatha. - espero esse seu casamento de contos de fadas dure alguma coisa, muito dinheiro envolvido para ser jogado no lixo.
- Parabéns mãe, você se supera com o passar dos dias, tenho pena do meu pai por ter casado com uma pessoa que tem tudo menos amor. - Falou Lucas saindo dali.
Julio logo falou.
- Aceita a proposta.
- Aceitar? Tá maluco? - Indagou Bianca. - eu vou mentir...
- Presta atenção, seu filho vai ter boas escolas, boa educação, sem falar que de certa forma ficarei perto de você e do Leonardo, pelo menos até ele acordar e se recuperar. - Falou Julio.
- Você acha isso certo amigo? - Perguntou Bianca. - sei lá, é como se eu tivesse traindo a amizade dele e a sua, como se eu fosde aproveitadora.
- Mas você não é. - Falou Júlio pegando na mão dela. - eu não posso chegar aqui falando que sou companheiro do Leonardo, ele precisa ficar melhor, a gente vai se ajudando, confia em mim.
Gustavo chegou em um restaurante, lá estava Isabella que falou.
- Pensei que você fosse demorar mais.
- Calma, estou aqui. - Falou Gustavo sorrindo.
- Onde você foi? Por que desse suspense todo? - Indagou Isabella.
- Assuntos pessoais, para todos os efeitos estou com você. - Falou Gustavo. - como um dente a ser extraído a sangue frio.
- Imagino. - Falou Isabela.
Marcos em sua sala acabou lembrando de Ana, apesar de ter batido com o carro e ter causado uma terrível dor de cabeça, aquela mulher não saia de sua cabeça.
Ana em seu consultório analisando os prontuários de alguns pacientes, ela acabou lembrando de Marcos e deu um sorriso.
- Eu tenho o telefone, só ligar... Ele pensaria que sou doida com toda certeza, deixa isso para lá. - Falou ela.
Neste momento ela escutou uma gritaria na porta do consultório, ela saiu e vou uma mulher gritando com um técnico em enfermagem moreno.
- Eu não vou deixar um mulato me dar medicação, um negrinho como você como trabalhador, isso é errado, deve ter comprado o diploma. - Falou a mulher gritando.
- Exijo respeito no meu local de trabalho, isso que você está...
- Isso que estou fazendo o que? Não quero que você nem encoste em mim! - Falou a mulher.
Ana logo falou.
- Você acha que esta falando com quem?
- Desculpa doutora, mas eu não vou ser atendida por ele, ele é sujinho, sabe como é, não vou querer ser atendida...
- Sabe como isso se chama? Racismo, sabe o que é isso? - Indagou Ana. - sabe que você pode sair daqui presa?
- Aqui é um hospital publico, eu pago seu salário com meus impostos e falo o que quiser. - Falou a mulher.
- Duas coisas, quem fala o que quer escuta o que não quer, e segundo, hospital do SUS é para ser procurado por quem realmente esta precisando, se não mudar a droga da sua postura eu vou pedir para você se retirar! - Falou Ana. - não somos pagos para sermos mal tratados, para sofremos preconceitos idiotas por causa de cor, ja basta o que eu, ele, qualquer profissional da saude enfrenta, sem recursos muitas vezes, então enfia essa sua opinião...
- Doutora. - Falou o tecnico em enfermagem.
- Respeito aos profissionais da área da saúde é bom, e todos nós gostamos. - Falou Ana.
A mulher então saiu dali com raiva.
Ana abraçou aquele tecnico em enfermagem e o levou para sua sala.
Agatha chegou na mansão ao lado de Paulo que falou.
- Eu vou tomar um banho, vou dar uma passada na empresa, tenho que estar apar do que esta acontecendo por lá.
- Tudo bem meu amor, vai lá. - Falou Agatha, logo Paulo subiu as escadas.
Agatha pegou uma garrafa de uisque e colocou um pouco para beber, logo lembrou da entrada de Julio no hospital, com raiva ela disse.
- Esse desgraçado aqui, tenho que dar um jeito nisso, manter essa aberração longe da minha família.
Lucas estava andando com Nanda por um bosque que havia na cidade, ela falou.
- Meu amor, você quer adiar a data do casamento? Certeza que você não tem cabeça para casamento com esses ultimos acontecimentos.
- Meu amor, tudo que ele queria que eu e você nos casassemos, é o que meu irmão quer e certeza que ele jamais queria um adiamento. - Falou Lucas sorrindo. - mas sabe, eu não esperava que isso fosse acontecer em nossas famílias, seus pais se separando e agora isso na minha.
- A vida guarda surpresas terríveis, nunca estamos preparados, mas acontece. - Falou Nanda. - mas conta comigo para qualquer coisa, eu te amo.
Os dois se beijaram.
Enquanto isso, Laís estava em sua casa assistindo um filme, logo batidas em sua porta, ela abriu e deu de cara com Bruno que falou.
- Será que podemos conversar Lais?
Na delegacia, Alice esperava Guto chegar na sala de visitas, ao chegar ela falou.
- Acho que ja está passando da hora do senhor me falar o que esta acontecendo, não é pai?
Laís quando ia fechar a porta, Bruno empurrou e falou.
- Eu preciso falar de verdade como você, sabe que eu...
- Não tenho nada para falar com você, nosso relacionamento acabou, entende isso! - Falou ela.
- Não vim falar sobre isso, mas sobre as informações que você queria. - Falou Bruno entregando um envelope para ela.
Ela abriu o envelope e viu a foto que estava lá.
- Esse é seu pai? - Perguntou Bruno.
- Ele mesmo. - Falou Laís olhando a foto, a pessoa era Gustavo.
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