Capítulo 002
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Gustavo chegou no apartamento, Ana estava no sofá e falou.
- Meu amor que bom que você chegou, será que a gente podia...
- Agora não, estou com dor de cabeça, não estou muito afim de nada. - Falou Gustavo frio.
Ana deu um sorriso sem graça e falou.
- Qual o teu problema? Me diz, não gosta mais de mim? Não sente mais amor, tesão? Qual teu problema?
- Discutir a relação agora? Por favor não é, não basta...
- O que?! - Gritou ela. - eu quero ser amada, ouvida, ter um companheiro, eu quero a separação, pra mim chega!
Gustavo olhando para ela falou.
- Só pode ser brincadeira, agora tudo vai se resolver com o divórcio, a separação, menos Ana, muito menos.
- Eu sinto a sua falta, as vezes parece que estou casada com um travesseiro ao invés de um homem! - Falou Ana.
Gustavo logo disse.
- Meu Deus, parabéns pela baixaria que você está não apenas fazendo, como também falando. Eu não tenho que ficar aqui escutando o que você tem para dizer, eu vou dormir por que é o melhor que eu faço.
- Você tem outra não é? - Perguntou Ana. - seja sincero, por que continuar um casamento de aparências, nós não somos mais marido e mulher aqui dentro de casa, por que continuar isso?
Gustavo preferiu apenas se virar e ir para o quarto, Ana sentou-se no sofá e começou a chorar, Nanda veio e abraçou sua mãe.
- Mãe, não precisa chorar, eu imagino como você deve estar se sentindo, eu sei...
- Dói aqui dentro, dói você se sentir sozinha, dói não ter apoio da pessoa que eu amo e decidi construir uma vida junto, dói muito minha filha. - Disse Ana abraçando mais forte sua filha.
No quarto, Gustavo tirava sua roupa e lembrou do que Milena havia falado para ele: " - Estou grávida, estou grávida de você! "
- Que merda, como vai sair dessa agora? Tem que haver um maneira.
Enquanto isso, Agatha estava em seu quarto penteando o cabelo para ir dormir, Paulo saiu do banheiro e foi em direção a cama, ele olhou para sua esposa e falou.
- Impressão minha ou você e o Lucas estavam em um clima meio estranho?
Agatha virou-se para ele e falou.
- Impressão sua, deve ser problemas na agência, fora que ainda tem esse casamento, a cabeça dele deve estar a mil.
- Você tem razão, só sinto falta do Leonardo aqui com a gente. - Disse ele. - queria que toda a família pudesse estar aqui, unida, eu não entendo o motivo dessa escolha dele.
Agatha aproximou-se de Paulo e falou.
- Ele está focado no doutorado dele, nas aulas que ele dá na faculdade, vamos dar tempo ao tempo, ele esta fazendo o que ele gosta.
- Mas quero ele aqui, tenta convencer ele a vir, não posso fazer viagens por causa da porcaria...
- Relaxa meu amor. - Falou ela. - eu vou trazer ele, confie em mim.
Curitiba
Leonardo, Júlio e Bianca estavam fazendo um animado jantar. Bianca é muito amiga dos dois, até por que eles eram a única família que ela tinha.
Júlio animado falou.
- Espera, espera um pouco, a Bianca disse que tinha uma novidade para falar, que novidade seria essa?
- Gente, todos sabem que estou muito apaixonada pelo Toni. - Falou ela.
- Ah meu amor, só falta estar escrito em sua testa com tinta neon. - Falou Leonardo rindo.
- Então, eu estou grávida dele, estou esperando ele vir aqui me buscar pra falar tudo. - Falou ela. - será que ele vai gostar?
- Meu amor, óbvio que sim, por que ele não iria gostar de uma noticia dessas? - Indagou Júlio. - certeza que ele vai amar saber disso.
- Honestamente falando, ele pode pensar na dificuldade financeira no qual ele tem, pode pensar em diversas coisas mana, vamos ser sinceros e pé no chão. - Falou Leonardo.
- Eu vou estar aqui pra ajudar, pra trabalhar com ele, meu filho não precisa de luxo, e sim de amor e carinho, de cuidado sincero, é para isso que existe um relacionamento a dois, os dois lutando. - Falou Bianca sorrindo.
Enquanto isso, em uma casa de luxo em Curitiba, estava Tony jogando dardos, ele costumava a fazer isso quando estava nervoso.
Entrou em seu quarto seu pai Fausto que falou.
- Está nervoso meu filho, aconteceu alguma coisa?
- Estou pensando em falar toda a verdade para ela, falar que sou rico e que quero me casar com a Bianca pai. - Falou ele. - mas de certa forma, tenho medo de....
- Ela lhe dar um golpe? - Indagou Fausto. -eu filho entenda uma coisa, se você não confia em alguém, por que está com ela?
- Eu a amo pai. - Falou Tony.
- Aposto que ela vai te dizer que está gravida, entende uma coisa meu filho, se há desconfiança é por que no fundo você sabe o que vai acontecer, so não quer acreditar. - Falou Fausto. - pensa nisso.
Fausto pegou o dardo e jogou no alvo.
São Paulo...
Marcos antes de ir se deitar, passou no quarto em que sua esposa estava, ele aproximou-se dela e falou.
- Tudo bem minha princesa? Você está tão linda. Eu estava lembrando do dia que a gente se conheceu, o dia que peguei na sua mão pela primeira vez. - ele pegou na mão dela, neste momento sentiu a pela de Violetta muito fria, logo notou que ela não estava respirando. - Violetta, meu amor, Violeta!
O grito, a dor explodiu, Violetta havia falecido.
Atrás de Marcos apareceu o espírito dela com um terno sorriso, ela estava vestida de branco, olhando para ele, ela queria mostrar o quanto estava bem, a luta havia acabado, mas ele não podia vê-la, mas o amor perdura além da vida, como o sopro do vento ela desapareceu.
Curitiba
Bianca permaneceu no lado de fora da casa, mas ninguém apareceu, Tony não atendia o telefone, Leonardo chegou perto dela e falou.
- Quer dormir aqui? Tem espaço. - ele deu um sorriso junto com ela.
- Estou preocupada com o Tony, ele não dá um responde, não atende o telefone, será que aconteceu alguma coisa? - Disse ela preocupada. - o que você acha que pode ter acontecido?
- Não sei, mas acho que você deveria dormir, descansa um pouco, você vai precisar. - Disse Leonardo. - vem comigo.
Os dois entraram na casa, ao longe estava Tony vendo tudo e falou.
- Eu ainda irei esclarecer tudo para você meu amor, eu prometo.
Amanheceu...
São Paulo...
Ana estava na mesa do café da manhã ao lado de sua filha, Gustavo veio meio sério e sem falar nada.
- Bom dia papai. - Falou Nanda. - será que não está vendo a gente aqui?
- Acordei com uma terrível dor de cabeça, muitos problemas na empresa e...
- Bom dia para você também. - Falou Ana. - Não precisa falar da empresa o tempo todo, acaba causando embrulho no estomago.
- Interessante, nunca falei isso quando você começa a falar dos plantões no hospital. - Falou Gustavo.
- E agora os dois vão brigar como se fosse duas crianças? - Indagou Nanda.
- Perdi o apetite. - Falou Gustavo saindo dali.
O clima pesou no apartamento, principalmente depois do barulho da porta se fechando, sinalizando que o Gustavo realmente havia ido embora.
No lado leste da cidade, no cemitério um cortejo, Marcos estava ao lado do caixão de sua esposa, o padre dizia as palavras e ele tentava ao máximo esconder a dor no qual ele sentia.
- Mãe! Mãe! - Gritava um adolescente vindo em direção ao cortejo, o adolescente era Bruno, filho de Marcos.
- Bruno, o que faz aqui? - Perguntou Marcos. - meu filho, vem aqui por favor.
Chorando Bruno falou.
- Eu quero ver a minha mãe! Abre o caixão, eu quero ver ela!
- Bruno, você está drogado ou é impressão minha? - Indagou Marcos olhando para o filho.
- Você ia enterrar a minha mãe e não ia falar nada pra mim! - Gritou Bruno. - o senhor sempre me odiou, traia a minha mãe sempre, ela morreu por sua culpa!
Bruno saiu dali correndo, Marcos ficou sem reação, as pessoas que lá estavam olhavam pasmos para o que acabará de ocorrer.
O caixão foi baixado, Marcos estava com uma dor indescritível e ao mesmo tempo constrangido com o que havia acontecido.
Quando tudo acabou, ele foi em direção ao carro, no caminho ele viu Bruno chorando sentado na calçada.
Marcos viu que seu filho estava com roupas sujas e rasgadas, de uma maneira deplorável.
- O que você fez consigo mesmo? O que você fez! - Marcos gritou pegando nos braços de Bruno e olhando pra ele.
- A culpa é sua, sua por nunca ter se importado com sua família, culpa sua por sempre gastar seu tempo com suas vagabundas e esquecer eu e a mamãe dentro de casa! - Gritou Bruno.
- A sua mãe morria de preocupação era com você! Você e sua droga acabaram com ela, acabaram comigo! Essa droga desgraçada que fez isso com você! - Gritou Marcos com os olhos cheios de lágrimas.
- A culpa de eu ser assim é sua, do péssimo exemplo de pai que você foi pra mim! - Gritou Bruno.
Irritado, Marcos deu um soco em seu filho que caiu no chão, com a mão em seu rosto, Bruno olhava para seu pai que retribuía o olhar, olho no olho.
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