Vida - Cap 084

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  Logotipo da web novela (Foto: Divulgação) Produção Original MF Criada e escrita por Patrícia Santos Capítulo 084 Luís aceita o dinheiro de Hugo e manda Salgueiro descobrir onde Olavo está escondido. Marcos desabafa com Monalisa. Vanessa sofre pelo fim de seu namoro com Jeremias. Suzana e Max passeiam juntos e vão para a ONG. Salgueiro descobre onde Olavo está escondido e conta para Luís. Tatiane brinca com Ramon e promete para o filho que eles vão conseguir sair da casa de Luís. Diogo questiona Dayse pela raiva que ela sente de Eduarda. Sandro transa com algumas prostitutas. Maria discute com Antônio por ele ter chamado apenas Daniel para trabalhar na empresa. Daniel conversa com Joana sobre a proposta que recebeu de Antônio. Luís avisa Hugo sobre o esconderijo de Olavo. Marcos convida Monalisa ir até a casa dele e ela aceita. Terezinha deixa um celular para Olavo ligar para ela quando precisar. Lázaro aconselha Jeremias a voltar com Vanessa. Mônica tenta convencer Nayara a denunciar

Voz da Bossa - Cap 031

 

Logotipo da web novela (Foto: Divulgação)

Produção Original Star TV

Escrita e criada por Leonardo Lima

Capítulo 031

CENA 001. PRAIA DE COPACABANA. CALÇADÃO. EXTERIOR. DIA/TARDE

Anderson confronta Eleonora e Astolfo rebate:

Anderson – Vagabunda, ordinária. Ficou com todo o dinheiro do meu pai e tem a pachorra de dizer que sentiu a minha falta.

Astolfo – Não fale assim com a minha mulher rapaz!

Anderson – E você cale a sua boca. Não passa de um banana influenciável. Como pode um banqueiro ver a esposa aplicando um golpe num jovem como eu era na época? E ainda foi omisso e conivente com todo esse circo.

Eleonora – Amor me deixa conversar com este nobre rapaz. Temos algo pendente para resolver.

Astolfo – Qualquer coisa é só me chamar.

Astolfo vai até o quiosque e Eleonora responde Anderson:

Eleonora – Você deveria se preocupar com o escândalo que a sua filha se envolveu com um homem casado e não com algo que aconteceu a trinta e três anos atrás.

Anderson – Não coloque a minha filha no meio dessa proza visse? Não desvie o rumo da conversa.

Eleonora – Estou apenas falando a verdade. Da mesma forma que você me julga por ser amante do seu pai enquanto sua mãe estava no leito de morte, sua filha se envolve com um homem casado e com família.

Anderson – Existe uma enorme diferença entre ela e você. Minha filha tem caráter, pode ser rebelde, mas não se faz golpista como você.

Eleonora – Nossa que grande diferença. Pais cego são os piores vide o seu que morreu e passou todo para mim.

Anderson – Ele foi manipulado por você e pode ter certeza que ei de recuperar o que é meu.

Eleonora – É o que veremos, o seu pai passou tudo para mim na maior e absoluta legalidade, portanto, as apólices dele são minhas por direito.

Anderson – Você nunca teve direito a nada, sempre foi nossa empregada e nunca passou disso.

Eleonora – Posso até ser ex-cocheira, mas nada me faz ser uma pessoa tão ordinário como você e a songa-monga da sua mãe

Anderson esbofeteia Eleonora e a agride com socos. Astolfo separa a briga e o cantor é preso em flagrante.

CENA 002. APARTAMENTO VOYER. SALA. INTERIOR. DIA/TARDE

Após o enterro, Ereoades tenta impedir Tomás de viajar.

Ereoades – Você não pode viajar nesse estado, a sua mãe acabou de ser sepultada.

Tomás – Se eu ficar aqui terei lembranças dela o tempo todo. Tenho que ir a Petrópolis para espairecer um pouco.

Ereoades – Quer que eu te leve pra lá com a segurança dos militares.

Tomás – Não precisa, eu sei ir muito bem sozinho.

Ereoades – Rapaz, tu está desafiando a própria vida [...].

Tomás – Prefiro arriscar minha própria vida do que ficar sem a minha mãe por perto. Ela é quem me dava apoio político, foi ela que me fez me tornar esse homem importante que sou hoje.

Ereoades – Eu entendo a sua dor, mas não justifica você se isolar por lá desse jeito.

Tomás – Justifica sim! Já não tenho mais família mesmo, então pouco me importar está aqui no Rio.

Ereoades – Você tem seus filhos e sua ex-mulher.

Tomás – Não quero me aproximar desse povinho, tão menos de um filho efeminado e das moscas mortas da Ana e Lilian. Tenho nojo. Com licença que preciso descer com as malas.

Ereoades ajuda Tomás com as malas. Ao chegar à calçada, uma pessoa mascarada atira cinco vezes no peito do político e sai correndo. Os militares o seguem. No chão Tomás diz:

Tomás – O meu legado na terra termina por aqui. Pegue as pastas com projetos no meu escritório.

Ereoades – Não fale isso nem brincando e reaja.

Tomás tenta reagir, mas acaba falecendo. Desesperado, Ereaodes pede ajuda aos moradores. Do outro lado da calçada, Valentina pergunta a Rodolfo.

Valentina – O que será que houve em frente do Apartamento Voyer?

Rodolfo – Parece que surgiu uma pessoa atirando num homem.

Valentina – Jesus misericordioso. Esse Rio de Janeiro é um perigo, antes eu ficasse lá na Europa.

Rodolfo – O Rio de Janeiro não é tão violento e não se esqueça de que os militares são uns brutamontes.

Valentina – Não me lembre desse valioso detalhe.

Rodolfo – Pelo visto a senhora está muito curiosa para saber quem foi morto.

Valentina – Vamos lá ver quem é o dito cujo.

Rodolfo e Valentina atravessam a rua e pedir licença às pessoas no derredor, a senhora reconhece Tomás e se espanta:

Valentina – Não acredito!

Rodolfo – Você o conhece senhora Valentina.

Valentina fica paralisada e se lembra de que Tomás a abusou numa festa de Assis Chateaubriand. Após reconhecer o cadáver, deixa o local com o empregado.

CENA 003. APARTAMENTO DOS BOCAÚVA CONCEIÇÃO. SALA. INTERIOR. DIA/TARDE

Davi abre a porta do apartamento e se depara com Alma Dana:

Davi – Vó? O que faz aqui uma hora dessas?

Alma Dana – Vim falar com a sua mãe, ela está?

Davi – Ela está na cozinha preparando o jantar.

Alma Dana – E você? Vai pra onde?

Davi – Eu vou à casa dos meus amigos, iremos ao cinema assistir Noviça Rebelde.

Alma Dana – Noviça Rebelde é um excelente filme e recomendo.

Selma escuta Alma Dana e diz:

Selma – Dona Alma, o que faz por aqui?

Alma Dana – Vim conversar contigo, algo de nossa importância.

Davi – Bom, estou me retirando, tenham uma boa tarde.

Alma Dana beija a testa de Davi e Selma o coloca no elevador e iniciam uma conversa na sala.

Selma – O que você quer falar?

Alma Dana – Sobre o seu casamento com o Adriano.

Selma – Não quero mais falar ou saber dele. Ele que viva feliz com aquela vagabunda para lá.

Alma Dana – Selma, você está se ouvindo? Está agindo como uma pessoa fraca perante essa maldita traição do Adriano contigo. 

Selma – Não é ser fraca, não quero ficar com fama de mulher traída por ai. Ele quis se aventurar com a filha do seu patrão, agora que ele sofra as consequências de toda essa situação que ele se colocou.

Alma Dana – Eu te entendo e digo mais, quando eu fui traída pelo Godofredo, eu senti esse mesmo ódio seu pelo Adriano agora. E sabe o que fiz para manter o nosso matrimônio? Busquei todas as formas de ser uma mulher forte, ríspida e independente. O que fez o casamento de vocês esfriarem foi o excesso de trabalho.   

Selma – Eu trabalho exaustivamente para manter essa casa de pé. Lavo, passo roupas, cozinho e faço tudo para ter um lar mais harmonioso e uma vida melhor com meus filhos. A traição do Adriano com a minha pessoa não foi excesso de trabalho, foi a falta de caráter da parte dele.  

Alma Dana – Eu o condenei por isso e ele está sofrendo pelo ocorrido.

Selma – Que pensasse antes de me trocar pela outra lá. Não adianta chorar sob o leite derramado.

Alma Dana olha para Selma que fica assustada.

Selma – O que foi Alma? Está se sentido bem?

Alma Dana – Estou me sentindo bem! Queria eu ter essa força que você tem e essa determinação para a minha vida. Entendo a sua dor e o seu sofrimento pelo fim do casamento, mas o perdão nos tira um fardo pesado de nossas costas. Não estou defendendo o Adriano, pelo contrário, eu quero o bem e a felicidade de vocês. O que agrada aos orixás é um coração puro e limpo, e você tem isso, basta querer. Este é o meu conselho.

Alma Dana abraça Selma e deixa o apartamento. A dona de casa fica pensativa e começa a chorar.

CENA 004. HOSPITAL PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO. QUARTO. INTERIOR. DIA/TARDE

Lilian conversa com Oscar no quarto do hospital:

Oscar – Mãe, você não deveria está trabalhando?

Lilian – Estou aqui no hospital desde cedo para te acompanhar.

Oscar – O medico já me diagnosticou? Eu estou bem?

Lilian fica nervosa e diz:

Lilian – Você foi diagnosticado com AIDS e é o portador dessa doença.

Oscar – Isso não pode estar acontecendo comigo. Não é possível.

Lilian – Pois é e soube também das suas aventuras fora de casa, é verdade?

Oscar – Sim minha mãe, eu me aventurei e namorei outros rapazes além do Renato. Antes de você acusa-lo de algo, tive uma noite de orgia no carnaval, me excedi bebendo e o conheci lá. Ele estava saindo do trabalho.

Lilian – Porque isso meu filho? Você sempre teve tudo nessa vida.

Oscar – Tive tudo menos uma coisa, o amor do meu pai e sua disponibilidade. Meu pai nos abandonou quando mais precisamos e você não tinha tempo nem pra mim e nem para a Ana. E para suprir esse vazio, eu saia com amigos e chegava só de manhã. Ficava tão feliz e eles me aceitam do jeito que eu sou.  

Lilian – Se você me sentia atrações por rapazes, eu te entenderia.

Oscar – Você não iria me entender jamais. Sempre foi voltada para a religião e iria me condenar eternamente por isso. Eu estou aqui nesse leito por consequências dos meus atos e estou pagando por isso.

Lilian – Não fale dessa forma, o médico me disse que você tomará remédios e terá um tratamento continuo até o fim da sua vida.

Oscar – Que bom, agora espero sair daqui e preciso conversar com o Renato.

Lilian – Ele foi trabalhar, mas passará aqui daqui a pouco.

Oscar – Ótimo, preciso descansar, não estou me sentindo muito bem.

Lilian se retira e chama um dos médicos. A telefonista estranha o movimento no hospital e pergunta a um dos médicos:

Lilian – O que está acontecendo aqui? Cheio de jornalistas lá fora.

Médico – Um político acabou de ser assassinado há sete minutos.

Lilian – Quem é esse político?

Médico – É um tal de Tomás Monteiro. O corpo dele será levado para avaliação.

Lilian se sente mal e desmaia. Os médicos a socorrem.

CENA 005. MANSÃO MAGALHÃES ARANTES. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA/TARDE

Mirian entrega o jornal para Marília e diz:

Mirian – Aqui está o seu jornal senhora.

Marilia – Muito obrigada! Hoje deve está pipocando de novidades.

Mirian – O Rio está movimentado. Teve duas mortes em pouco tempo.

Marília – Cruz credo! Penedo, lá em Alagoas pode ser um fim de mundo, mas prefiro o marasmo do que essa violência adoidada aqui do Rio.

Mirian – Sinto falta do nosso Penedo.

Marília – Não sinto a menor falta, prefiro esquecer Alagoas e aquele lugar.

Mirian – Ih esqueci a panela no fogo. Com licença

Mirian corre para a cozinha e Marília abre o jornal. Jonatan chega em casa desesperado:

Jonatan – Mãe, o meu pai foi preso!

Marília – Como é que é? O que houve com ele?

Jonatan – Ele agrediu uma mulher no calçadão e levaram para prestar depoimento.

Marília – Iremos agora resolver isso.

Jonatan e Marília deixam a mansão e entram no carro.

CENA 006. CADEIA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO. SALA DE VISITAS. INTERIOR. DIA/TARDE

Maria Luísa recebe a visita de Clair:

Maria Luísa – Clair quando eu irei sair deste lugar?

Clair – Não temos previsões ainda e pelas investigações feitas, você ficará mais tempo presa.

Maria Luísa – Porque continuarei presa se fiz isso por legítima defesa há mais de trinta e três anos?

Clair – Porque descobriram que você fraudou os documentos para abrir o Clube de Música, sabendo que perante a lei, mulheres não podem ser donas de negócios sem a assinatura do marido.

Maria Luísa – O Barão que era dono deste espaço me concedeu os documentos. 

Clair – Mas ele tinha ligações com o jogo do bicho. A sua situação se complicou ainda mais na justiça.

Maria Luísa – E o Anderson? Ele sabe que estou aqui?

Clair – Anderson está resolvendo problemas familiares e não passou mais no Clube de Música.

Maria Luísa – Não acredito que ele me abandonou dessa maneira.

Clair – Do que você está falando?

Maria Luísa – Eu estou esperando um filho dele.

Clair – O que? Está gravida de quantos meses?

Maria Luísa – Três meses.

Clair fica sem reação e Maria Luísa sofre na prisão.

Fim do capítulo 31 

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