Vida - Cap 084

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  Logotipo da web novela (Foto: Divulgação) Produção Original MF Criada e escrita por Patrícia Santos Capítulo 084 Luís aceita o dinheiro de Hugo e manda Salgueiro descobrir onde Olavo está escondido. Marcos desabafa com Monalisa. Vanessa sofre pelo fim de seu namoro com Jeremias. Suzana e Max passeiam juntos e vão para a ONG. Salgueiro descobre onde Olavo está escondido e conta para Luís. Tatiane brinca com Ramon e promete para o filho que eles vão conseguir sair da casa de Luís. Diogo questiona Dayse pela raiva que ela sente de Eduarda. Sandro transa com algumas prostitutas. Maria discute com Antônio por ele ter chamado apenas Daniel para trabalhar na empresa. Daniel conversa com Joana sobre a proposta que recebeu de Antônio. Luís avisa Hugo sobre o esconderijo de Olavo. Marcos convida Monalisa ir até a casa dele e ela aceita. Terezinha deixa um celular para Olavo ligar para ela quando precisar. Lázaro aconselha Jeremias a voltar com Vanessa. Mônica tenta convencer Nayara a denunciar

Voz da Bossa - #PrimeiroCapítulo #Estréia

 

Logotipo da web novela (Foto: Divulgação)

Produção Original Star TV

Escrita e criada por Leonardo Lima

Capítulo 001

Personagens deste capítulo

           Anderson               Viriato                  Astolfo

                  Eleonora               Valentina                Cláudio       

              Otávio                 Omar                Maria Luísa 

          Lorena                 Assis                    Mirian

CENA 001. RÁDIO MORADA. CORREDOR. INTERIOR. DIA/TARDE 

[IMAGEM]: PERNAMBUCO – 1946

Cena introdutória: Várias pessoas na rua, carros buzinando e Anderson atravessa a rua e entra na Rádio Morada.

Omar flagra Anderson dançando no corredor da Rádio Morada e pergunta:

Omar – O que tu fazes aqui homem? Não era para estar trabalhando?

Anderson – Já encerrei meus trabalhos! Aqui estás as anotações das vendas dos horários.

Omar se assusta com os valores e diz:

Omar – Vão investir cinquenta mil cruzeiros na nossa programação?

Anderson – Oxente, tu acha pouco? Nossa rádio é campeã de audiência e a mais ouvida de Pernambuco, visse?

Omar – Estou muito feliz com o crescimento da nossa rádio! Ah, eu tenho que ter uma conversa contigo.

Anderson e Omar seguem vão até o escritório e Omar propõe:

Omar – Cabra, agora tu tem uma missão a partir de hoje.

Anderson – Eita porra, que missão é essa?

Omar – Então, o Viriato está enfrentando uma forte Tuberculose e os pulmões dele estão praticamente comprometidos. Como ele só tem a Valentina como herdeira, você quer assumir a presidência junto com a patroa a Rádio Morada?

Anderson fica tenso, aceita a proposta e comemoram no escritório.

CENA 002. MANSÃO CHATEAUBRIAND MANHÃES. QUARTO. DIA/TARDE

Valentina entra no quarto nervosa e repreende Viriato:

Valentina – Eu não acredito que você fez isso!

Viriato – O que foi amor? Porque está tão nervosa?

Valentina – Você repassou a nossa rádio para aquele rapaz, o Anderson.

Viriato – Mas amor, não basta você ter todo o controle desse palacete?

Valentina – Não é isso Viriato, a questão é colocar um roceiro matuto e ingênuo a frente de uma rádio que lidera na audiência no Estado. Eu tento entender o que você viu naquele menino.

Viriato – Eu vi um talento grandioso. Valentina, esse rapaz, o Anderson nos ajuda na rádio de forma extraordinária. É carismático e veste a camisa do nosso negócio.

Valentina – Talento não enche barriga dos cinquenta mil funcionários que são pais e mães de família. Aliás, porque não pensou em nomear o Assis para o cargo?

Viriato – Você sabe tão bem quanto eu que o Assis não tem mais condições de estar à frente de um negócio. Ele está em idade avançada e precisa de descanso.

Valentina – Embora você não nomeie algo com calibre para o cargo, aqui está a minha contestação.

Viriato – Amor tenha calma, tudo vai dar certo. Acredite em mim!

Valentina – Se você confia no taco desse rapaz, eu vou ficar tranquila. Com licença, vou dar uma saída e pedirei para Odicéa preparar sua sopa.

Valentina se retira do quarto. Sozinho, Viriato fica pensativo, enfraquece e desfalece em sua cama.

CENA 003. RÁDIO MORADA. ESCRITÓRIO. INTERIOR. DIA/TARDE

Olegário questiona a decisão do Capitão Viriato com Omar

Olegário – Custa acreditar que o Anderson vai assumir a rádio Morada.

Omar – É uma questão de honra para o capitão Viriato, visse?

Olegário – É uma questão de burrice, como ele pode colocar um roceiro bobinho e sem nenhum cacife para comandar os negócios da família dele?

Omar – Ai não é comigo rapaz, a minha parte já faço.

Olegário – E a Valentina? Ela está ciente disso?

Omar – Não faço a menor ideia, mas para tu teres uma noção... Dê uma olhada nessa pasta.

Olegário abre a pasta e fica pasmo com os valores.

Olegário – Os patrocinadores vão investir tudo isso na nossa rádio?

Omar – Sim e graças à negociação com o Anderson. Se não fosse ele, continuaríamos tirando dinheiro do nosso bolso para investir nos programas daqui.

Olegário – Só de ver essa pasta, senti uma confiança nesse rapaz.

Omar – É por isso que o Viriato tem um carinho especial por ele.

Olegário – Vamos brindar por essa conquista?

Omar – É claro. Pegue o uísque ai!

Olegário pega a garrafa de uísque, enchem os copos em brindam.

CENA 004.FAZENDA ARANTE MAGALHÃES. QUARTO. INTERIOR. DIA/MANHÃ

Eleonora conversa com Astolfo na sala sobre Anderson

Astolfo – Bom dia meu amor, tenho uma novidade fresquinha para te contar.

Eleonora – Diga!

Astolfo – Seu enteado amado será vice-presidente de finanças da Rádio Morada na capital. Ele viajará de trem ainda essa tarde.

Eleonora muda o semblante e diz:

Eleonora – Espero muito que o trem descarrilhe para esse infeliz morrer.

As velas dos santos se apagam e as janelas se batem. Assustado, Astolfo rebate:

Astolfo – Palavras tem poder Eleonora! Nunca mais diga isso, nem de brincadeira. O que você deseja hoje para Anderson, amanhã ou depois retorna para você.

Eleonora – Astolfo, não sejas sonso! Ele vivo, ficará toda com a fortuna do velho.

Astolfo – Mas não é rogando praga para o seu algoz, que você conseguirá alguma coisa. Falando no velho, como está ele?

Eleonora – Está com o pé na cova, mas essa cabra da peste não morre.

Astolfo – Entendi, mas reze para o velho não ter um lampejo de memória, senão, Anderson retornará para cá.

Eleonora – Nem por cima do meu cadáver esse verme retorna para a fazenda.

Eleonora e Astolfo conversam e Augusta escuta a conversa atrás da parede.

CENA 005.APARTAMENTO CHATEAUBRIAND. ESCRITÓRIO. INTERIOR. DIA/MANHÃ

Valentina reclama com Assis sobre a decisão de Viriato:

Valentina – É um absurdo o Viriato não passar a nossa rádio para você.

Assis – Mas é compreensível, eu nunca fui muito com a cara do Viriato e nem ele com a minha. Além disso, não tenho tempo para administrar a Rádio Morada.

Valentina – Está cheio de compromisso em Brasília?

Assis – Sim e estive conversando severamente com o presidente Eurico Gaspar Dutra. Em meio a prozas, consegui verba para fortalecer a infraestrutura do Diários Associados.

Valentina – Que maravilha, eu fico muito feliz por você.

Assis – Obrigado minha querida!

Um carteiro toca a campainha do apartamento de Assis e entrega uma correspondência para o empresário.

Assis – Valentina chegou uma correspondência para você e da sua residência.

Valentina – O que será que houve?

Valentina abre correspondência e fica nervosa com o conteúdo:

Valentina – Não estou acreditando que isso aconteceu!

Assis – O que houve Valentina? Diga-me.

Valentina – O Viriato falece, a Odicéa o encontrou sem vida na cama.

Assis – Calma minha querida, seja forte! Estou aqui para te consolar.

Valentina – Eu não sei o que será da minha vida sem ele.

Assis – Onde ele estiver, estará te protegendo de todos os males.

Valentina abraça Assis completamente chorosa e o empresário consola.

CENA 006. CASA DOS GUIMARÃES. QUINTAL. EXTERIOR. DIA/MANHÃ

Maria Luísa lava as roupas no tanque e é surpreendida por capitão Miranda

Maria Luísa – O que tu fazes aqui homem?

Capitão Miranda – Vim lhe trazer um agrado!

Capitão Miranda coloca um simples colar no pescoço de Maria Luísa e diz:

Maria Luísa – Tu sabes que meu pai não gosta de ti [...].

Capitão Miranda – Pouco me importo com o que o seu pai acha de mim, visse? Eu te amo e é isso que importa.

Maria Luísa – É melhor ir embora antes que o pior aconteça.

Capitão Miranda – Fica calma mulher, tudo vai dar certo!

Capitão Miranda beija Maria Luísa e ambos vão para o quarto. O clima entre o casal esquenta. Ao ouvir os gemidos da filha no quarto, Claudio invade o local armado e diz:

Claudio – É uma vagabunda mesmo. Deixei bem claro para não se enrabichar com este homem e tão menos, antes do teu casamento.

Capitão Miranda – Senhor Claudio, eu amo sua filha e desejo em assumir um compromisso com ela.

Claudio – Ama porra nenhuma, está aqui para desfrutar da pureza de minha filha. E sabe qual é o salário do pecado? É a morte!

Maria Luísa – Pai, não faça nada que possa se arrepender.

Claudio – Cala a sua boca, não quero ouvir a tua voz. Vou fazer a mesma coisa que fiz com o pai desse infeliz.

Ao tentar se aproximar de Claudio para conversar, Capitão é baleado pelo pai de Maria Luísa e a jovem entra em desespero.

Maria Luísa – Amor, por favor, acorde!

Claudio – Já estavas esperando para acertar os ponteiros com este rapaz.

Maria Luísa se levanta e confronta Claudio:

Maria Luísa – Como pode ser capaz de matar uma pessoa inocente?

Claudio – Inocente? De inocente esse rapaz não tem nada, visse?

Maria Luísa – Eu te abomino como homem e te odeio como pai.

Claudio – Odeia é? Então vou te colocar no lugar que você merece.

Claudio pega Maria Luísa pelo braço, abre o portão de casa e a joga na rua.

Claudio – Lugar de vagabunda é na sarjeta. E nunca mais volte a pisar nesta casa.

Lorena chega próximo a filha e diz:

Lorena – O que está acontecendo aqui?

Claudio – A sua filha estava se engraçando com aquele miserável da família rival. E se você ajudar ela vai sobrar para você também.

Claudio retorna para a casa e Lorena aconselha Maria Luísa:

Lorena – Eu farei de tudo para te ajudar, visse? Nem que sejas escondido do teu pai.

Maria Luísa – Não arrisque sua vida, não vale a pena.

Lorena abraça Maria Luísa e a consola.

CENA 007. CEMITÉRIO DE SANTO AMARO. EXTERIOR. DIA/TARDE

Horas depois: Valentina e Assis se despedem de Viriato

Valentina – Viriato, o capitão mais poderoso de Pernambuco, agora, chegou a sua hora de ser recebidos nos braços de Deus. Descanse em paz meu amor, sempre te levarei na minha vida como um exemplo de homem. Te amo e sempre vou te amar!

Valentina beija a testa do falecido e pede para fecharem o caixão. O caixão é colocado no túmulo e Assis a consola:

Assis – É querida Valentina, o que farás daqui pra frente?

Valentina – Vou fazer o que prometi ao Viriato, irei para a Europa e passarei uma temporada lá. Deixarei a mansão para Odicéa cuidar enquanto estiver no exterior.

Assis – É uma decisão acertada a se fazer.

Valentina – Eu ainda fico transtornada com esse falecimento do Viriato. A tuberculose tirou a vida da pessoa que mais amo, além de Deus e dos meus pais de criação.

Assis – Valentina, você pode contar comigo enquanto estiver vivo. Estarei de braços abertos para lhe receber em minha residência.

Valentina – Obrigada Chatô, nem sei como te agradecer.

Assis – Não precisa me agradecer, eu estou aqui para isso. Agora vamos para casa, você precisa arrumar suas malas para voltar para a Europa. 

Valentina e Assis deixam o cemitério e entram no carro.

CENA 008. HOTEL MARDOCE. QUARTO. INTERIOR. DIA/TARDE

Adriano chega ao quarto e Selma questiona o marido:

Selma – Conseguiu encontrar um cantor para fechar um acordo?

Adriano – Infelizmente não... Pernambuco padece de bons talentos no ramo musical.

Selma – É uma pena não ter conseguido, enfim, voltaremos ao Rio de Janeiro?

Adriano – Ainda não, eu tenho alguns assuntos para resolver aqui.

Selma – Amor, não podemos ficar mais tempo aqui e com pouco dinheiro. Temos que amamentar nossa filha.

Adriano – Selma, tenha calma, eu farei o possível e o impossível para fechar contrato com algum cantor, nem que seja aqueles cantores baratos de botequim.

Selma – Assim eu espero e torço para que dê tudo certo.

Adriano – Se Deus quiser vai dar certo e reze muito!

Selma – Agora vou preparar o café e fazer a mamadeira de Letícia.

Adriano – E o nosso campeão? Está se comportando?

Selma – O menino Davi nem nasceu e já está fazendo a festa no meu ventre.

Adriano se aproxima da barriga de Selma e beija.

CENA 009.FAZENDA DOS ARANTES MAGALHÃES. QUARTO. INTERIOR. DIA/TARDE

Eleonora entra no quarto e pede para Otávio assinar o testamento:

Eleonora – Amor, você pode assinar este testamento?

Otávio – Pra que amor? Não estava tudo certo?

Eleonora – Houve um erro na hora de registrar. O advogado pediu uma nova assinatura.

Otávio assina o testamento e rebate a esposa:

Otávio – Quem é esse tal de Anderson?

Eleonora – É um filho seu que faleceu num acidente por ai.

Otávio começa a se sentir mal e se rebate. Ao tentar pedir socorro para Eleonora, o fazendeiro sente dores fortes no peito e ao se levantar bate de cabeça no criado mudo perto de sua cama e morre. Eleonora coloca um sorriso no rosto de Astolfo diz:

Astolfo – O que houve com o velho?

Eleonora – Morreu! Simplesmente ele morreu e deixou tudo para a gente.

Astolfo – Não acredito que conseguiu tirar tudo de Anderson.

Eleonora – Quero deixa-lo na merda e consegui. Agora vamos fugir desse fim de mundo antes que nos descubram.

Astolfo – E a Valdeia? Vai fazer o que com ela?

Eleonora – Deixa comigo, mas antes, leve o corpo deste traste daqui e enterre logo.

Astolfo chama os capangas que entram na fazenda e retiram o corpo de Otávio. No corredor, Valdeia é surpreendida por Eleonora e é baleada pela patroa, não resiste aos ferimentos e morre.

CENA 010. TREM JAÇANÃ. VAGÃO. INTERIOR. DIA/TARDE

Um passageiro senta ao lado de Anderson e puxa assunto:

Passageiro – Esse senhor ai da foto é o seu pai?

Anderson – Sim e infelizmente eu não tenho notícias dele.

Passageiro – Porque não o procura? Dialogar é a melhor solução.

Anderson – Meu pai sofre com mal de Alzheimer e a esposa dele e eu, não nos gostamos.

Passageiro – Entendi e sua mãe? Aceitou o divórcio.

Anderson – Ela faleceu com um câncer quando eu tinha seis anos.

Passageiro – Te desejo meus sentimentos. Deve ser triste ter uma vaga lembrança de uma pessoa que amamos.

Anderson – Ela foi minha protetora enquanto esteve viva.

Passageiro – E agora? Qual é o seu destino?

Anderson – Vou para a capital conhecer a sede da Rádio Morada.

Passageiro – Que legal! Te desejo boa sorte.

Anderson – Muito obrigado!

O passageiro estranha a locomoção do trem e diz:

Passageiro – O trem está se movimentando estranho e um cheiro forte de queimado.

Anderson – Com certeza, algum motor deve está com defeito.

Ao se levantarem, um vagão do trem explode com todos dentro e Anderson se joga para fora.

FIM DO CAPÍTULO 1

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