Produção Original MF
Criada por Daniel Augusto
Texto Retirado: Portal São Francisco
Conhecendo O Mundo: Espanha
A arquitetura da Espanha revela a influência dos vários povos que dominaram o país. Alguns aquedutos, pontes e outras edificações dos antigos romanos ainda estão em uso., enquanto ruínas de outros monumentos romanos podem ser vistas em todo o país. Mesquitas (templos) construídas pelos mouros erguem-se em algumas cidades do sul, embora a maioria dessas construções sejam agora igrejas católicas.
A enorme catedral de Córdoba foi construída como mesquita no século VIII. Mais de mil colunas de granito, jaspe, mármore e ônix sustentam suas arcadas. Os mouros construíram castelos fortificados chamados alcáçares. O mais famoso e o esplêndido Alhambra, em Granada.
A Espanha tem cerca de 1400 castelos e palácios, incluíndo os alcáçeres. O Escorial, que é uma combinação de mausoléu, igreja, mosteiro e palácio, se encontra a cerca de 48 km ao noroeste de Madri.
Foi construído no século XVI: é uma das maiores edificações do mundo. A estrutura de granito cinzento ocupa quase 37 mil metros quadrados, tem 300 salas, 88 fontes e 86 escadas. Os túmulos de muitos monarcas espanhóis encontram-se no Escorial.
A uma distância aproximada de 16 km do Escorial fica o Vale dos Caídos, outro monumento aos mortos e mosteiro. Os mausoléus encontram-se no inteiror de uma montanha.
Cerca de 46 mil mortos durante a Guerra Civil Espanhola estão enterrados nesse local, assim como o corpo do ditador Francisco Franco.
Uma cruz com 150 m de altura, feita de concreto armado, foi colocada em cima da montanha. A catedral gótica de Sevilha é a segunda maior igreja da Europa. Apenas a Basílica de São Pedro, em Roma, a supera. A catedral de Sevilha em 116 m de comprimento 76 m de largura, e sua torre ergue-se a 120 m..
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Música
Ao contrário de muitos outros países europeus, a Espanha foi berço de poucos compositores importantes de óperas e sinfonias. No século XVII, compositores espanhóis criaram uma modalidade de opereta chamada zarzuela, que combina canto e diálogo. Os músicos mais cinhecidos da Espanha no século XX são o violoncelista Pablo Casals, o compositor Manuel de Falla e o violonista clássico Andrés Segóvia. Na Espanha existem cantos e danças folclóricas. O povo de cada região tem suas canções e danças especiais. O acompanhamento é feito com castanholas, violões e pandeiros. Danças espanholas como o bolero, o fandango e o flamenco tornaram-se mundialmente conhecidas.
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Artes
A Espanha tem uma rica tradição artística e foi berço de alguns dos maiores pintores e escritores do mundo. As artes na Espanha tiveram seu apogeu no chamado Século de Ouro, entre os séculos XVI e XVII, quando o país era uma das maiores potências mundiais. Desde então as artes conheceram certa decadência, mas houve um renascimento no século XX.
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Literatura
As mais antigas obras espanholas ainda existentes são O Poema do Cid e O Drama dos Reis Magos. Especialistas acreditam que ambas as obras datem do século XII, mas não sabem quem as escreveu. O Poema do Cid narra as façanhas de um dos heróis nacionais da Espanha. Apenas uma parte de O Drama dos Reis Magos se conservou: a obra trata da visita dos Reis Magos ao Menino Jesus. Durante o Século de Ouro, os escritores espanhóis produziram algumas das mais conhecidas obras literárias do país.
Por exemplo Miguel Cervantes escreveu Dom Quixote, uma das mais importantes obras literárias de todos os tempos. O dramaturgo Pedro Calderón de la Barca escreveu a famosa peça A Vida é Sonho. Entre os principais escritores espanhóis do século XX contam-se os ensaístas José Ortega y Gasset e Miguel de Unamuno, o dramaturgo Antonio Buero Vallejo, o romanciscta Camilo José Cela e os poetas Garcia Lorca e Juan Ramón Jimenez.
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Pintura
Os principais pintores espanhóis durante o Século de Ouro foram El Greco, Murillo e Velázquez. Um dos primeiros mestres da arte moderna, Goya, destacou-se durante o final do século XVIII e começo do século XIX. O mais conhecido artista espanhol depois de 1900 foi Pablo Picasso. Ele criou, além de suas pinturas, magníficos desenhos, esculturas, gravuras e cerâmicas. Entre outros destacados pintores espanhóis modernos encontram-se Salvador Dali, Juan Gris, Joan Miró e Antonio Tapies.
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Folclore
As antigas características regionais de Castela, Andaluzia, Galícia, Catalunha e das províncias bascas, acentuadas por contrastes naturais, continuam a existir, embora haja diferenças quanto à resistência em assimilar novos costumes. As comunidades locais preservam sua vitalidade, muitas vezes enfraquecida pela centralização do governo. Por outro lado, a industrialização criou classes superiores de banqueiros e homens de negócio que trazem consigo algum espírito de renovação.
A própria Igreja espanhola, a partir do concílio ecumênico, tem cedido às pressões do Vaticano, promovendo reformas econômicas e sociais. No entanto, os costumes tradicionais – alguns de grande beleza – persistem. A Fiesta é um dos principais traços da vida social espanhola, não só nos pueblos mas também nas cidades. Elas ocorrem em dias santificados e incluem peregrinações, feiras especiais, carnaval tudo acompanhado de fogos de artifício e touradas.
As romerías aos lugares santos acontecem sobretudo no verão. Uma das mais conhecidas é a del Rocio, realizada no dia de Pentecostes, em Huelva. A verbena é uma feira noturna em cidades e vilas, principalmente Madri. Sevilha tem a sua feira de abril e a famosa procissão de semana santa, que dura vários dias. Valência é conhecida pela procissão de São José, em que se destacam enormes bonecos; em Pamplona há uma festa em que touros jovens são soltos pelas ruas e os habitantes transformam-se em “toreadores”. A tourada, aliás, é o espetáculo nacional por excelência.
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Culinária Espanhola
Na região central da Espanha, temos de cordeiro (cordero) a leitão (cochinello), preparados de maneira artesanal, passando por caças como faisão, perdiz e javali. A paelha, prato típico da região de Valência, é feito á base de arroz e açafrão. As tapas (entradas) usam e abusam do chouriço, além do sem igual presunto de guijuelo.
Da região central também vem o melhor queijo da Espanha – o manchego (que, quando curado; parece bastante com o parmesão) à base de leite de ovelhas criadas na planície de La Mancha – e leguminosas (feijão, grão-de-bico) e lentilha de todas as cores formatos e tamanhos.
Duas sopas, uma para o verão e outra para o inverno, merecem destaque: castellana e gaspacho. São sempre acompanhadas de pães, cujos miolos, refogados com pimentões e bacon, e inspiradas nos pastores. Nas sobremesas, os doces mais tradicionais são as “yemas de Ávila” (gemas de ovos açucarados), as “almendras garrapiñadas de Alcalá de Henares” (amêndoas confeitadas) e os “marzapãs de Toledo”, marzipãs.
Além dessas iguarias, há também puchero, conhecido em todo o mundo, pollo chilindron (frango espanhol) e os lanches: pancho com panchetta (cachorro quente com bacon), tortilla (pastel espanhol) e a bebida sangria (feita com vinho, laranja e água mineral com gás).
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