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♡AMOR INFINITO♡
Capítulo: 011
Escrita por Marcos Castelli
Supervisão e Edição de Texto: Morais Filho
○ NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 12 ANOS ○
{Cena 001//Mansão Delgado//Noite}
{no quarto de Júlio...}
Benjamin: Está satisfeito?
Júlio: Mais do que isso, querido.
Benjamin: Agora devolve meu celular!
Júlio: Eu não vou devolver o seu celular, ali tem a única prova que eu posso usar contra você e você ainda acha que eu vou te devolver? Haha.
Benjamin: Como você pode ser tão ruim comigo?
Júlio: E como você pode ser viado?
Benjamin: Fala baixo.
Júlio: Esta com medinho, meu irmãozinho? Me dá uma dica de maquiagem ou de como se vestir para o primeiro encontro com o boy? (Risada debochada)
Benjamin: Você é um idiota.
Júlio: E você é colorido, coisa estranha, peste, saia daqui viadinho.
Benjamin: Você tinha tudo pra ser um exemplo de bom irmão pra mim.
Júlio: Se você não fosse assim, eu também poderia falar a mesma coisa.
- Benjamin abaixa a cabeça e sai do quarto de seu irmão.
Júlio: Você ainda vai sofrer muito na minha mão, irmãozinho.
AMANHECE COM O SOL NASCENDO NA CIDADE DE VILA-VERDE
{Cena 002//Igreja de Vila-Verde//Manhã}
Padre Gonçalo: Bom dia à todos os fiéis...
Tônia: Diz ela que é freira, mas tem cara de quem gosta de outra coisa.
Jerusa: Todas as freiras dessa cidade são sonsas. Não vê a filha do 78? Diz que estudou na escola de freira, que serve a Deus, mas foi pega fazendo sacanagem com um homem.
Tônia: Pecado purinho.
Fera: Dizem que as com cara de sonsa, são as que mais aprontam.
Jerusa: Graças a Deus que eu não tenho filhos.
Fera: Muito menos eu.
Tônia: Meu filho é um santo, bem diferente dessas pessoas dessa cidade. Não vê o filho do Cláudio Delgado, que terminou tudo com a menina Alana?
Jerusa: Alana era um amor de pessoa, que menina doce.
Padre Gonçalo: Está acontecendo alguma coisa aí, Fera, Jerusa e Tônia?
Fera: Por quê, padre?
Padre Gonçalo: Vocês estão me atrapalhando e atrapalhando a missa. Se quiserem conversar, vão conversar lá fora.
Jerusa: Perdão, padre.
Padre Gonçalo: Continuando...
- Jesuíno e Isadora entram na igreja.
Isadora: Elas estão ali, meu amor.
Jesuíno: Deixem elas, vamos sentar no nosso lugar.
- Jesuíno e Isadora sentam no banco para assistir a missa.
{Cena 003//Faculdade//Manhã}
- Gustavo está aguardando Benjamin na porta da faculdade. Benjamin vem por trás dele e lhe abraça.
Benjamin: Bom dia, meu lindo.
- Gustavo se assusta, ele vira de frente para Benjamin e sorrir.
Gustavo: Eu pensei que você não viria mais.
Benjamin: Quase que eu não vinha mesmo, estou tendo uns problemas em casa.
Gustavo: Que tipos de problemas?
Benjamin: Vamos sentar ali no banco.
- Os dois sentam no banco.
Gustavo: Agora me conta.
Benjamin: O meu irmão está me chantageando.
Gustavo: Como assim te chantageando? E por qual motivo?
Benjamin: Ele descobriu que eu sou gay.
Gustavo: O que?
- Diz Gustavo assustado.
Benjamin: Lembra do dia que eu fui pro hospital? Então, ele pegou o meu celular e viu todas as minhas conversas antigas. Agora ele está me chantageando.
Gustavo: Eu nem sei o que falar, Benjamin. Mas por que você não aproveita e conta tudo pro seu pai, fala toda a verdade?
Benjamin: Eu não posso, infelizmente não. Eu gosto muito de você e eu queria muito contar toda a verdade para o meu pai, mas ele não vai me aceitar, ele é homofóbico.
Gustavo: Se ele realmente gosta de você, ele vai te aceitar do jeito que você é.
Benjamin: Você só está falando isso porque a sua família não é igual a minha, se fosse você também estaria com medo.
Gustavo: Se eu estivesse no seu lugar, eu iria enfrentar o céu pra falar pra todo mundo que eu nasci assim e vou ser sempre assim. E que nada e nem ninguém vai mudar o meu jeito de ser.
Benjamin: Você fala assim porque você não depende dos seus pais pra sobreviver. Já pensou se eu conto para o meu pai sobre a minha sexualidade? Tchau faculdade e tchau herança.
Gustavo: Se ele não te aceitar, você vem morar comigo.
- Benjamin sorrir.
Gustavo: É sério! Eu realmente gosto de você e quero muito que você também comece a gostar de mim.
Benjamin: Eu te adoro, Guga, você é o homem da minha vida.
Gustavo: O que você falou? Repete.
Benjamin: Você é o homem da minha vida.
Gustavo: É tão bom escutar isso de você, meu amor.
- Gustavo olha para trás e não ver ninguém.
Gustavo: Vem comigo.
Benjamin: Pra onde?
- Gustavo e Benjamin se levantam do banco. Gustavo leva Benjamin para trás do muro da faculdade.
Benjamin: Me trouxe aqui pra quê?
Gustavo: Pra te beijar.
- Gustavo encosta Benjamin na parede e começa a beijar ele.
Gustavo: Eu te amo.
Benjamin: Eu também.
- Close na câmera que grava tudo...
{Cena 004//Empresa de Cláudio//Manhã}
- Cláudio chega na empresa e é abordada por sua secretária.
Rebeca: Senhor Cláudio.
Cláudio: O que foi, Rebeca?
Rebeca: Chegou uma nova candidata para o cargo de telefonista geral. O que eu faço?
Cláudio: Manda ela pra minha sala.
Rebeca: Sim, senhor.
- Rebeca olha para cara de Dandara.
Rebeca: O que você está esperando? Vai logo pra sala dele.
- Dandara se levanta e vai andando de pressa até a sala do Cláudio.
Sala do Cláudio...
- Dandara entra na sala.
Dandara: Bom dia.
Cláudio: Senta aí na cadeira.
- Dandara senta na cadeira, ela olha espantada para Cláudio.
Cláudio: Qual seu nome?
Dandara: Dandara Roberta da Silva.
Cláudio: Tem alguma recomendação?
Dandara: Não. Eu escutei o padre Gonçalo falar sobre essa vaga com a madre esses dias no convento.
Cláudio: Então você era do convento de Vila-Verde? E como você veio parar aqui?
Dandara: Eu vi que eu não tinha vocação nenhuma para ser freira.
Cláudio: Saiba que você vai ter que ter muita disposição pra trabalhar na minha empresa, aqui é 24 horas trabalhando.
Dandara: Comigo o senhor não vai ter problemas, eu era do convento então estou acostumada a trabalhar e acordar cedo.
Cláudio: Manda a minha secretária Rebeca fazer o seu cartão de entrada e resolver sua entrada na empresa.
Dandara: Muito obrigada seu Cláudio, que Deus te abençoe.
Cláudio: Não agradeça a mim, porque se você não fosse do convento de Vila-Verde, eu nem te contrataria. Boa sorte e saia da minha sala imediatamente.
Dandara: Sim, senhor.
- Dandara sai da sala do Cláudio.
Rebeca: Ele te contratou?
Dandara: Sim. Ele já até mandou você fazer o meu cartão de entrada.
- Rebeca olha Dandara de cima em baixo.
Rebeca: Aguarde só um momento.
- Rebeca entra na sala de Cláudio.
Rebeca: Como assim você contrata uma mulher desconhecida para trabalhar aqui, Cláudio?
Cláudio: A empresa é minha e se você não gostou pede demissão, o que não falta é gente querendo ser secretária particular e receber o salário que você ganha.
Rebeca: Mas eu sou mais do que uma secretária, eu sou sua mulher.
Cláudio: Você é só uma brincadeira de vez em quando, e olha lá.
Rebeca: Não fala assim comigo, você não tem esse direito, nós estamos juntos e você sabe muito bem disso.
Cláudio: Eu não sei de nada, você que está falando isso.
Rebeca: Até quando você vai ficar me tratando com essa frieza?
Cláudio: Até quando eu quiser. Agora me dê licença, você já me atrapalhou demais por hoje.
- Rebeca sai andando e se retira da sala do Cláudio, com um olhar ruim ela quebra um lápis e jura se vingar.
Rebeca: Cansei de ser otária, agora ele vai me pagar por tudo que ele fez comigo esses anos todo.
{Cena 005//Mansão Delgado//Manhã}
{no quarto de Júlio...}
- Deitado em sua cama, Júlio abre o álbum de fotos da família e vê fotos de seu pai com ele.
Júlio: Por que o senhor não me admira como admira o Benjamin?
- Close nos olhos de Júlio.
FLASH-BACK
Júlio (criança): Pai, quando eu crescer eu quero ser igual o senhor.
Cláudio: É, filho? Se você for igual a mim, você vai ser o meu orgulho.
- Cláudio pega Júlio no colo e Júlio lhe abraça.
FIM DO FLASH-BACK
Júlio: Eu que era pra ser o orgulho do meu pai e dessa família, não o viadinho do Benjamin.
- Com raiva, Júlio levanta da cama e vai até o quarto de Benjamin. Ele abre a porta e começa a tacar tudo que ver pela frente no chão.
Júlio: Maldito, seu maldito, desgraçado.
- Júlio vê a foto de Benjamin com o Cláudio e fica furioso.
Júlio: Não. Você não vai roubar o meu pai.
- Júlio pega o porta retrato e rasga a foto. Maria da Paz entra no quarto e fica assustada com o que ver.
Maria da Paz: O que é isso, Júlio?
Júlio (gritando): Sai daqui sua empregada, sua coviteira.
Maria da Paz: Ai meu Deus, você está completamente louco.
- Júlio pega a tesoura que está em cima da cama e aponta para Maria da Paz.
Júlio: Você não me estressa, eu estou te avisando, sai daqui e me deixa em paz.
Maria da Paz: Quem diria você nesse estado, um menino tão inteligente, tinha tudo pra ser uma boa pessoa, mas não se tornou essa pessoa ruim.
Júlio (gritando e mirando a tesoura): Cala a sua boca, eu estou perdendo minha paciência.
Maria da Paz: Você é igual o seu avô, ele era assim igual a você.
- Júlio se aproxima de Maria da Paz.
Júlio: Eu vou acabar com a sua vida, reze pela sua alma, Maria da Paz.
Maria da Paz: É por isso que o Benjamin consegue tudo que quer, ele tem um bom coração, diferente de você, que tem inveja do seu próprio irmão.
Júlio (gritando): Chegaaaaa.
Júlio ameaça enfiar a tesoura na barriga de Maria da Paz, mas ela corre e Júlio corre atrás dela.
Maria da Paz (gritando): Socorroooooo.
- Júlio vai correndo até a sala de seu pai e tranca todas as portas pelo o computador.
Júlio: De hoje você não passa, Maria.
{Cena 006//Igreja de Vila-Verde//Manhã}
- Estão todos saindo da igreja. Foco em Isadora que se aproxima de Tônia.
Isadora: Como o mundo dá voltas, né?
Tônia: Saia de perto de mim, pecadora.
Isadora: Será que eu que sou a pecadora aqui, Tônia?
Tônia: O que você quer? Vai logo direto ao assunto.
Isadora: Eu sei do segredo do anjo Fernando, seu filho.
Tônia: Eu não sei do que você está falando, se você não me deixar em paz eu conto tudo para o padre e ainda espalho pra cidade inteiro que você tem um caso com o Ramon.
Isadora: Vai, pode contar, assim eu aproveito e conto para todo mundo sobre o segredo que você esconde de todo mundo.
- Tônia aperta o braço de Isadora.
Isadora: Se você contar alguma coisa, eu acabo com a sua vida.
- Padre Gonçalo se aproxima das duas.
Padre Gonçalo: Algum problema?
Isadora: Não, padre, eu só estava aqui pedindo pra dona Tônia me deixar em paz.
Tônia: Com licença, padre. Fera e Jerusa, me acompanham.
- Fera, Jerusa e Tônia saem da igreja.
Isadora: Eu vou até o meu esposo, padre.
Padre Gonçalo: Vai lá.
- Isadora vai andando até o seu marido.
Padre Gonçalo: Aí tem, viu?
- Os carros da polícia chegam em Vila-Verde e estaciona perto da igreja.
Policial 1: Boa tarde.
Vivian: Eu posso ajudar?
Policial 1: Eu queria falar com o Gonçalo Botelho.
Vivian: É o padre Gonçalo. Espera só um momento.
- Vivian entra na igreja e vai até o padre.
Vivian: Padre tem um policial querendo falar com você.
Padre Gonçalo: Comigo?
Vivian: Sim.
- O padre vai andando até a porta da igreja, ele para de frente para o policial.
Padre Gonçalo: Bom dia. Eu sou o Gonçalo Botelho, algum problema?
Policial 2: Aconteceu uma tragédia no convento Santa Maria.
Vivian: Uma tragédia? Explicar-me melhor.
Policial 1: O convento pegou fogo. As chamas se espalharam por todos os lados.
Padre Gonçalo (surpreso): Meu Deus.
Vivian: Meu Deus do céu, não pode ser. E a madre? E a minha amiga Dandara?
Policial 2: Nenhum corpo foi encontrado.
- Vivian desmaia nos braços do padre.
Padre Gonçalo: Vivian, acorda.
- Diz o padre preocupado.
{Cena 007//Mansão Delgado//Manhã}
{quarto de Cláudio.. }
- Maria da Paz entra no quarto de Cláudio e tranca a porta.
Júlio: Abre a porta Maria, está com medo? (risada maléfica)
Maria da Paz: Eu não saio daqui até o seu pai ou o Benjamin chegarem.
Júlio: Então você quer morrer em família, é? Saiba que eu sempre te detestei, sua maldita, você sempre preferiu o viadinho do Benjamin.
Maria da Paz: Isso não é verdade, eu cuidei mais do Benjamin porque ele era bem mais bebê quando eu vim trabalhar aqui.
Júlio: Isso não interessa agora, o que interessa é eu te pegar.
- Júlio tira a chave reserva do bolso e bota na fechadura da porta e destranca a porta. Ele empurra a porta, Maria da Paz cai no chão e Júlio aponta a tesoura pra ela.
Júlio: Agora fala tudo que você falou pra mim lá no quarto do Benjamin, falaaaa.
Maria da Paz (assustada): Para de apontar essa tesoura pra mim. Você não está bem Júlio, eu posso te ajudar.
Júlio: Eu estou no meu juízo normal, você que está maluca. Doida.
- Maria da Paz se levanta aos poucos.
Maria da Paz: Me deixa ir embora.
- Maria da Paz distrai Júlio e tenta pegar a tesoura de sua mão.
Júlio: Sua maldita, solta o meu braço.
Maria da Paz: Você não vai me fazer mal, você precisa ser internado.
Júlio: Eu não sou louco, para de me chamar de louco.
Maria da Paz: Você é louco, você é maluco, precisa se tratar, você é louco.
- Júlio pega pelo o braço de Maria da Paz, que segue andando para trás saindo do quarto do Cláudio.
Júlio: Essa vai ser a última vez que você me chama de louco, sua empregada de merda.
- Júlio vai aproximando Maria da Paz da escada.
Maria da Paz (assustada): Júlio, me larga, eu vou acabar caindo.
Júlio: Tô nem aí, eu estava quieto no meu canto e você veio me provocar, sua filha da puta. Você sempre soube que eu nunca gostei do Benjamin, por isso sempre protegeu aquele viadinho de merda e nunca ligou pra mim.
Maria da Paz (assustada): Eu gosto de você Júlio, eu gosto meu garoto.
Júlio: Não minta para mim, eu só quero que você reze, reze muito pela sua alma, sua nojenta.
Maria da Paz: Eu vou contar tudo pro seu pai, das suas ameaças contra o Benjamin.
Júlio: Ah, você vai contar?
- Júlio pega pega no pescoço de Maria da Paz, quase sem ar, Maria começa a perder as forças, ela desmaia no chão e Júlio dá um sorriso de satisfação.
Júlio: Ninguém mandou você me desafiar. É sempre um perigo fazer isso comigo.
- Júlio olha para o corpo de Maria que está no chão.
Continua...
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