(Foto: Divulgação)
Uma coluna desenvolvida por Daniel Augusto.
Biografia de Sandro Botticelli
Sandro Botticelli (1445-1510) foi um pintor italiano, considerado um dos maiores pintores do Renascimento Artístico na Itália. Entre suas obras estão: “O Nascimento de Vênus”, "A Tentação de Cristo" e “A Adoração dos Magos".
Alessandro di Mariano di Vanni Filpepi, conhecido como Sandro Botticelli, nasceu em Florença, na Itália, no dia 1 de março de 1445. Filho do curtidor de peles Mariano di Vanni e de Monna Smeralda aos 13 anos começava a enfrentar o problema da escolha de uma carreira ou de uma profissão. Alguns biógrafos afirmam que o pai o teria confiado a um ourives, de nome Botticello, que lhe teria transmitido os segredos da arte e o apelido, Botticello (que significa barrilzinho), entretanto, alguns documentos da época atribuem o apelido ao seu irmão mais velho Antônio, também ourives. O “o” final seria mais tarde transformado em “i” (os nomes de família eram geralmente no plural, portanto terminados em i – na época).
Botticelli já mostrava uma inclinação para a pintura e diante de sua obstinação, com 17 anos, foi apresentado ao artista Filippino Lippi, um artista de talento e prestígio, para com ele iniciar-se na arte da pintura. Logo o jovem se distingue do mestre. Em 1469, Lourenço de Médici, governador de Florença, contrata o pintor Piero Pollaiuolo para executar sete quadros que representassem as “Sete Virtudes”, para ornar o salão do Tribunal de Mercatanzia. Mas o ourives Antônio Filipepi não concordava com a decisão. Ele que havia elaborado o primeiro estudo para uma das virtudes a - “Caridade”, queria introduzir seu irmão mais novo Sandro no mecenato dos Médici, contando com a ajuda de Tommaso Soderini, pessoa de absoluta confiança de Lourenço de Medici. Logo depois, Tommaso Saderini resolve encomendar a Sandro a “Fortaleza”. Sua obra mostrou-se superior às seis pintadas por Pollaiuolo. Desde então, Sandro passou a servir os Medici.
Nos oito anos que se seguiram, Botticelli recebeu várias encomendas por parte da Igreja e da corte dos Medici, entre elas “Judite e a Degola de Holofermes” e “São Sebastião” (1474), encomendado pela igreja florentina de Santa Maria Maior. Na "Adoração dos Magos” (1475), o artista reproduziu fisionomias de vários membros da família Médici, entre eles Juliano, irmão de Lourenço. O aristocrata que encomendou a tela exigiu também que seu rosto aparecesse na face de um dos três reis. Até o próprio Botticelli aproveitou para retratar-se no canto direito da obra.
Em 1478, Botticelli termina a tela "Alegoria da Primavera" para a Villa di Castello, residência de verão dos Médici. Em 1481 viaja para Roma a convite do Papa Sisto IV, para pintar afrescos, junto com outros artistas, na Capela Sistina. Ficou um ano em Roma, onde produziu: “Tentação de Cristo”, “Cenas da Vida de Moisés” e “O Castigo dos Rebeldes”.
De volta a Florença, em 1482, o artista está no apogeu de sua carreira e recebe inúmeras encomendas. Segundo o costume da época, seus discípulos o ajudam na preparação dos materiais, na pintura de detalhes mais fáceis e em alguns casos cabe ao mestre apenas a tarefa de pintar as fisionomias e alguns detalhes finais. Em 1483 pinta “Marte e Vênus” na qual reproduz a face de Juliano, em uma obra repleta de alegorias referidas à antiguidade grega. Nesse mesmo ano, pinta a sua obra mais famosa, “O Nascimento de Vênus”, onde a deusa simboliza a verdade e a pureza.
Quando os Médici foram expulsos de Florença, Botticelli passou a pintar com maior intensidade, obras de cunho devocional: "A Crucificação Mística" (1498) e “A Natividade” (1501), obras que representavam a intensa devoção religiosa de Botticelli. Em seus últimos anos de vida, Botticelli afastou-se quase que completo da vida cotidiana de Florença. Praticamente recluso, preferia a meditação solitária. Após sua morte, só foi redescoberto pelos pintores românticos ingleses no século XIX.
Botticelli faleceu em Florença, Itália, no dia 17 de maio de 1510. Foi sepultado na Igreja de Todos os Santos, em Florença.
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