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DESEJO
Episódio 2
Autor: Antônio Malta
Adaptação de: Morais Filho
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-No capítulo anterior: Somos apresentados a Brenda, uma mulher solitária, que faz amizade com o aluno Alan. Brenda percebe um olhar diferente no aluno, mas usa disso como estímulo pra salvar seu casamento, ela se prepara e aguarda pelo marido Arthur, este a rejeita e logo depois nossa narradora descobre estar sendo traída.
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PARTE II: UM JOGO DE FINGIMENTO.
-Com a certeza da traição vi meu alicerce ruir, permaneci calada e n'outro dia acordei disposta a esclarecer tudo, resolvi investigar. No horário de almoço passei no escritório onde ele trabalhava e Fui falar com a secretaria dele, dona Salete (Louise Cardoso), uma mulher nada discreta, que sempre conta sobre a vida de todos, mesmo sem ninguém perguntar.
-Chamei a senhora para almoçar, Um PF foi o suficiente para ela dizer o que sabia. Não havia mulheres no escritório de Arthur, ninguém de lá o atrairia. O bilhete que encontrei no bolso do Blazer pode ter vindo de um buquê que lhe entregaram na manhã seguinte. Uma luz começava surgir, talvez só fosse um deslize que ele cometeu nesses dias fora... Mas se fosse só o "deslize", como a mulher saberia onde ele trabalha? Teria intimidade pra mandar flores no seu local de trabalho?!
Perguntas sem respostas me rodeavam...
-Na escola tudo continuava igual. Depois das aulas extras, Alan me entregou uma caixinha, abri e vi uma caneta prateada. Era linda, aceitei por ele insistir muito.
-Chegando em casa, fui cozinhar tentando me manter serena, mas assim que queimei a mão acendendo o forno, perdi a estabilidade... Vi tudo preto, joguei os vasos na parede, chutei cadeiras e comecei a destruir a casa. Queria descontar minha raiva, queria...
-Depois de ver o estrago que fiz, fui beber, beber sempre me deixou bem...
Acordei no outro dia, e estava na cama e Arthur me olhava. Eu morria de vergonha, mas precisei contar. Disse-lhe que sabia de tudo, descobri que ele tinha uma amante e encontrei o cartão no bolso dele. Arthur me jurou que não tinha ninguém, acariciava meu rosto enquanto dizia que o cartão não era dele. Eu não acreditei em Arthur, mas um beijo dele fez eu me calar e fingir que aceitava aquela desculpa... iria fingir que acreditava e ele esqueceria meu surto. nossa relação virou um jogo.
-No sábado, fui visitar minha mãe, Dona Analise , ela me levou até o centro, escolhemos um presente para Alan e depois tivemos um dia de beleza, juntas no salão. Eu me senti bonita naquele dia... Até Arthur me elogiou, disse que Eu estava linda! Meus olhos enchiam com qualquer elogio vindo dele... Ele até me deu um beijo na boca. Sempre me contentei com tão pouco.... sempre precisei de tão pouco.
-Era estranho estar naquela festa, conheci a mãe do meu aluno. Bárbara era uma mulher forte, exalava segurança. A decoração era bonita, tudo de muito bom gosto. Estava um pouco sozinha, não tinha uma tribo onde me encaixasse, então fui dar uma olhada na casa.
-Entrei num dos quartos, era tudo sóbrio e frio, aparentava ser o de Bárbara. Me aproximei dos portas retratos e vi uma foto de um bebê, foi quando ouvi uma voz atrás de mim dizendo:
- sou eu.
-Virei e estava Alan na minha frente, lhe disse que ele foi um bebê lindo, ele deu um leve sorriso e perguntou se tinha ficado feio. Respondi com a verdade, ele era um garoto muito bonito...
-Aproveitei e entreguei meu presente, ele abriu e com uma expressão surpresa disse:
Alan: Uma gravata?
Brenda: Tem muitas já? Não foi um bom presente? Sempre dei ao meu marido...
Alan: Eu na verdade não tenho nenhuma, não uso.
Brenda: Que imbecil sou eu! às vezes esqueço que você é só uma criança.
Alan: Nem tão criança e eu gostei do presente, é único.
-O garoto só estava sendo simpático, já um pouco cansada, peguei o presente de volta e caminhei em direção a porta. Alan me segurou no braço e puxou, num instante já estava em seus braços, vi seu rosto se aproximar e nossos lábios se tocarem. Um beijo aconteceu...
__CONTINUA____
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