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Escrita por Glalber Duarte.
CAPÍTULO 051
CENA
001. HOSPITAL. INTERIOR. RECEPÇÃO. RJ. TARDE.
(Continuação
imediata do capítulo anterior. SÉRGIO conversa com a recepcionista).
SÉRGIO
– Será que eu posso fazer uma visitinha e conhecer meu paciente?
RECEPCIONISTA
– Mas é claro. Fique a vontade.
(SÉRGIO
se retira do local, indo em direção ao quarto de ALAN).
CENA
002. QUARTO. INTERIOR. RJ. TARDE.
(ALAN
fala muito agitado).
ALAN
– MARIANA, por Deus, MARIANA, por Deus! Me ajuda, eu preciso fazer justiça.
RODRIGO não merecia estar na prisão.
MARIANA
– Depois de tudo o que ele te fez, eu acho é pouco. Ele merecia a morte.
ALAN
– RODRIGO se redimiu. Agora eu consigo acreditar. Ele arriscou a própria vida
para me salvar. Isso custou sua liberdade.
(MARIANA
se convence).
MARIANA
– Amor, deixa comigo, eu falo com o LUCAS. Você tem que repousar, descansar.
ALAN
– Não, MARI. Eu tenho que falar com o LUCAS, ele tem que me ouvir.
MARIANA
– Certo, eu trago ele aqui. Mas não vá se aborrecer. Você quase morreu.
ALAN
– Tá certo!
(MARIANA
beija ALAN, que vira o rosto e o beijo pega no local).
MARIANA
– Eu te amo!
(MARIANA
sai, esbaforida. Esbarra com SÉRGIO e não dá atenção a ele, que entra no local.
ALAN fica confuso e um pouco encabulado).
SÉRGIO
– Quarto um. É esse mesmo?
ALAN
– Sim senhor.
SÉRGIO
– Não me chama de senhor, por favor, não estou velho.
ALAN
– Desculpe, posso te chamar do que?
SÉRGIO
– “Você”.
ALAN
– Quem é “você”?
SÉRGIO
– Me chamo SÉRGIO, sou fisioterapeuta e estou a procura de um tal de ALAN...
Sabe quem é?
ALAN
– Você está falando com o mesmo. Prazer.
(SÉRGIO
olha para ALAN e esboça um sorriso. Vai de encontro a ele e aperta suas mãos).
SÉRGIO
– Muito prazer! Você vai ter que me aturar por alguns meses.
ALAN
– “Aturar”... Que nada, você me parece um bom rapaz e, esses meses deverão ser
ótimos. Dependendo de mim.
SÉRGIO
– Então serão os melhores de nossas vidas. Farei de tudo para que isso
aconteça.
(SÉRGIO
e ALAN trocam olhares sugestivos).
CENA
003. DELEGACIA. INTERIOR. RJ. TARDE.
(VITÓRIA
se encaminha até o pátio, onde encontra RAMON e LUCAS).
LUCAS
– Olha amigo, essa daí e o namorado dela, que não está aqui,foram os que lhe
ajudaram.
VITÓRIA
(envergonhada) – Namorado?
LUCAS
– Pensas que me engana, mocinha. Vocês se gostam!
(RAMON
se aproxima de VITÓRIA).
RAMON
– Eu nem sei como te agradecer. Se não fosse por você e por seu bofe/
(RAMON
se cala, ao ver a expressão irritada na face de VITÓRIA).
RAMON
– Desculpa. Seu best. Isso. Se não fosse por vocês, eu tinha virado purpurina.
Viado!
(VITÓRIA
sorri).
VITÓRIA
– Não precisa dizer essas coisas. Eu detesto ver impunidade. Detesto. Falando
nisso, você deveria trocar uma palavrinha com o RODRIGO, sabe?
(RAMON
fica irado).
RAMON
– Com aquele troglodita? Nem morta.
VITÓRIA
– Ele pode ter errado, mas se arrependeu.
LUCAS
– Depois de ter tentado assassinar ALAN?
VITÓRIA
– Isso tá me cheirando a armação. Só quem saberia dizer seria ALAN. Falou com
ele?
RAMON
(p/ VITÓRIA) – Garota? Larga de ser besta. Para disso! Aquilo lá não muda, nem
se aqui nevar.
VITÓRIA
– Eu acho confusa uma coisa: Se foi mesmo RODRIGO quem esfaqueou ALAN, porque
raios estaria desacordado ao lado dele?
LUCAS
– Estranho...
RAMON
– Mona vai ver ele deve ter tentado se matar, para ficar ao lado do amado...
Sabe como são essas coisas... RODRIGO sempre foi um garoto misterioso,
agressivo, obcecado. E eu fico passada com isso dele ser viado. Nunca
desconfiei. Meu “gaydar” falhou.
LUCAS
– Não descarto também essa hipótese. Só de ver pelos olhos dele, percebi que o
mesmo está assim. Conheço o filho que tenho.
(MARIANA
chega ao local).
MARIANA
– LUCAS! Eu preciso de você, falar contigo. Algo seríssimo.
CENA
004. QUARTO. RJ. TARDE.
(ALAN
fica envergonhado).
ALAN
– Nossa. Assim você me deixa sem jeito.
SÉRGIO
– Você fica tão bonito envergonhado.
ALAN
– Contigo falando isso, ficarei ainda mais.
(Após
um bom silêncio, por causa da falta de assunto, SÉRGIO diz).
SÉRGIO
- Tu me parece bem legal. Sabe aquela coisa de achar que nos conhecemos faz
tempo? Eu sinto isso...
ALAN
– Verdade, eu também sinto, você me passa segurança, contigo estou a vontade,
apesar de termos nos conhecido agora...
CENA
005. CASA DE MAURO. INTERIOR. QUARTO DE MAURO E LUCIANA. RJ. TARDE.
(FUNDO:
“Last Dance”. MAURO arruma algumas roupas de LUCIANA e põe em sacolas. Som de
campainha. Ele larga as sacolas e sai do local).
CENA
006. SALA. INTERIOR.
(MAURO
se dirige a porta e quando abre, toma um susto).
MAURO
– O que vocês estão fazendo aqui?!
CENA
007. DELEGACIA. EXTERIOR. CALÇADA.
(CORTA
A MÚSICA. TENSÃO. CLOSE numa arma, que está sendo manuseada por mãos. Não é
revelada a pessoa).
CENA
008. HOSPITAL. INTERIOR. QUARTO.
(SÉRGIO
sorri amarelo).
SÉRGIO
– Não acredito. Uma pessoa tão bonita assim estar namorando... Desperdício.
ALAN
– Não seria o contrário? Não seria desperdício eu estando solteiro?
SÉRGIO
–Nossa, sou tão besta...
ALAN
– Mas entendi teu recado... Desculpe lhe perguntar, mas você é gay?
SÉRGIO
– Demonstro muito?
ALAN
– Nem tanto, mas esses teus elogios a minha pessoa, entregam você todinho.
SÉRGIO
(sem graça) – Nossa... Perdão se eu estou sendo invasivo. É porque sou sincero,
falo aquilo na lata, o que penso.
ALAN
– Gosto de gente assim.
SÉRGIO
– Você também é homossexual?
ALAN
– Nem sei mais o que sou. Minha vida anda muito confusa, tenho duvida sobre
isso.
SÉRGIO
– A questão é: Você se sente feliz com esse namoro, se sente atraído pelo
garoto?
ALAN
– Garoto? Que nada. Sabe aquela menina que saiu sem falar contigo, assim que
você entrou?
SÉRGIO
– Nem venha me dizer que/
ALAN
– Sim. É ela, minha namorada, mas...
SÉRGIO
– “Mas”?
ALAN
– Eu não tenho certeza se gosto dela de verdade... Estou confuso.
SÉRGIO
– Não gostei dela, foi mal educada comigo!
ALAN
– MARIANA tem os exageros dela, mas no fundo é uma boa garota. É que ela teve
que fazer um favor pra mim...
SÉRGIO
– Entendo... Mas não me respondeu a pergunta. Você se sente feliz com o namoro
e atraído por essa garota?
CENA
009. DELEGACIA. INTERIOR. RJ. TARDE.
(Ao
fundo, ouve-se a voz de ALEXANDRE).
ALEXANDRE
– LUCAS, venha me ajudar, por favor!
LUCAS
– Me espere aí MARIANA. Depois a gente conversa.
MARIANA
– Mas é urgente!
LUCAS
– Por favor, eu tenho que ajudar o delegado.
MARIANA
– Eu vou contigo.
LUCAS
– Está certo.
(MARIANA
e LUCAS saem).
CENA
010. DELEGACIA. EXTERIOR.
(LUCAS
e MARIANA descem as escadas e vão de encontro a ALEXANDRE, que se levanta, do
porta malas. Ele estava arrumando algumas coisas).
ALEXANDRE
– Encomendei alguns armamentos. Os mais pesados serão entregues nesta semana,
trouxe os mais leves, estão nestas caixas aqui no porta malas.
(FUNDO:
“Night Search”. A pessoa, que está com a arma nas mãos, se prepara para atirar.
CLOSE na face da pessoa, que, não é nada mais nada menos do que PEDRO).
PEDRO
– Você vai pagar pelo o que teu filho fez comigo, LUCAS!
(PEDRO
dispara a arma. Ouvem-se gritos, da parte de MARIANA. CLOSE em PEDRO, em sua
expressão diabólica).
A
SEGUIR CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS
-
VITÓRIA e RAMON surgem fora da delegacia.
-
ALAN observa sua mãe, pelo lado de fora do quarto.
FIM
DO CAPÍTULO
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