Vida - Cap 084

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  Logotipo da web novela (Foto: Divulgação) Produção Original MF Criada e escrita por Patrícia Santos Capítulo 084 Luís aceita o dinheiro de Hugo e manda Salgueiro descobrir onde Olavo está escondido. Marcos desabafa com Monalisa. Vanessa sofre pelo fim de seu namoro com Jeremias. Suzana e Max passeiam juntos e vão para a ONG. Salgueiro descobre onde Olavo está escondido e conta para Luís. Tatiane brinca com Ramon e promete para o filho que eles vão conseguir sair da casa de Luís. Diogo questiona Dayse pela raiva que ela sente de Eduarda. Sandro transa com algumas prostitutas. Maria discute com Antônio por ele ter chamado apenas Daniel para trabalhar na empresa. Daniel conversa com Joana sobre a proposta que recebeu de Antônio. Luís avisa Hugo sobre o esconderijo de Olavo. Marcos convida Monalisa ir até a casa dele e ela aceita. Terezinha deixa um celular para Olavo ligar para ela quando precisar. Lázaro aconselha Jeremias a voltar com Vanessa. Mônica tenta convencer Nayara a denunciar

Dúvida 054 #ÚltimasSemanas


Logotipo da web novela (Foto: Divulgação)

Escrita por Glalber Duarte.

CAPÍTULO 054

Últimas Semanas 

CENA 001. HOSPITAL. INTERIOR. QUARTO. RJ. TARDE.

(Continuação imediata do capítulo anterior. FUNDO: “PrayYou Catch Me”. RODRIGO fica decepcionado com o que presencia. ALAN se desvencilha de SÉRGIO e nota RODRIGO, lá, parado, sem reação).

ALAN – RODRIGO! Eu estava precisando falar com você!

(RODRIGO nada diz, apenas baixa sua cabeça, se vira e sai do quarto).

ALAN – RODRIGO, volta aqui!

(ALAN tenta se levantar, SÉRGIO tenta intervir. ALAN tenta ficar de pé, mas desmorona).

CENA 002. CORREDORES DO HOSPITAL. TARDE.

(RODRIGO corre, seu choro é nítido, abafado pela música de fundo. O jovem sai do hospital).

CENA 003. QUARTO.

(SÉRGIO ajuda ALAN a se levantar).

SÉRGIO – Você não deveria ter feito esse esforço todo.

ALAN – Vistes como ele reagiu? Porque fez isso?

SÉRGIO (envergonhado) – Me desculpa, eu sou um idiota mesmo.

ALAN – Tu não fizeste por mal. Eu agora preciso falar urgentemente com ele.

SÉRGIO – Você não tem condições de sair daqui.

ALAN – Mas preciso dizer que tudo isso não passa de um mal entendido.

SÉRGIO – Deixa que eu falo com ele.

(SÉRGIO sai do quarto, CLOSE na face de ALAN, preocupado).

CENA 004. CASA DE MAURO. INTERIOR. SALA. RJ. TARDE.

(PEDRO faz uma expressão estranha, na face. CORTA A MÚSICA).

PEDRO – Hã? Pai? Quem são esses loucos?

MAURO – Eu deveria ter te contado essa história.

CAMILA – Filho!

JOÃO – Nosso filho. Que bom lhe ver, que bom saber que você está bem!

PEDRO – Epa! Pera lá! Meus pais são MAURO e LUCIANA. Quem são vocês? Nunca os vi na vida.

MAURO – Eu tenho que te explicar.

PEDRO – Explicar o que? Mesmo isso sendo verdade, que valor vocês terão pra mim? Nunca vieram me ver, nunca. Não os considero, vocês não são nada pra mim.

(PEDRO corre em disparada, para seu quarto. CAMILA se derrama em lágrimas. JOÃO a consola. MAURO vai atrás de PEDRO).

CENA 005. QUARTO DE PEDRO. INTERIOR.

(PEDRO conversa com alguém no telefone).

PEDRO – Tudo certo, mais cedo ou mais tarde o peixe morde a isca. (T) Bom, vou ter que desligar, eu não estou nada bem, meu pai está chegando aqui. Depois a gente se fala.

(PEDRO guarda o telefone no bolso, na hora em que MAURO entra no quarto. PEDRO abre seu guarda roupas e joga suas roupas na cama. MAURO fica intrigado).

MAURO –O que você pensa em fazer?

PEDRO – Sair dessa casa, eu não aguento mais isso daqui. Agora vieram me inventar que não sou filho do senhor. Vê se pode.

(MAURO respira fundo).

MAURO – PEDRO... Eu nem sei como explicar. Vinte e dois anos atrás, meu irmão e minha cunhada vieram aqui com um bebê...

CENA 006. FLASHBACK. CASA DE MAURO. INTERIOR. SALA. MADRUGADA.

LETREIRO: “VINTE E DOIS ANOS ATRÁS...”

“(MAURO abre a porta de sua casa. É um dia chuvoso. JOÃO e CAMILA entram bem molhados, porém, o que CAMILA carrega nos braços, coberto por uma manta azul, nem tanto).

MAURO – O que vocês vieram fazer aqui? Já bastam recusarem nossas ajudas, minha e de LUCIANA. Mas parece que querem continuar nessa vida de trambiques.

JOÃO – Não é fácil, uma vez que estamos dentro, é bem difícil de sair, quase impossível.

CAMILA – E por isso... (estende os braços) Que precisamos que vocês fiquem com ele... Não temos condições pra isso.

(MAURO fica indignado).

MAURO – Se vocês fizeram filho, deveriam cuidar!

JOÃO – Somos pé rapados, não temos onde cair mortos.

MAURO – Por favor, já os dei ajuda e nada de aceitarem...

CAMILA – Não acredito que você fará isso conosco, cunhado!

MAURO – O problema é de vocês.

(LUCIANA adentra a sala, com cara de sono, descabelada).

LUCIANA – Que barulho é esse?

(LUCIANA se assusta por ver JOÃO e CAMILA e logo se recompõe, envergonhada).

LUCIANA – Ai, que horror, vocês me verem assim!

(JOÃO tenta segurar a risada, mas não consegue disfarçar).

JOÃO – Olha lá, ela parece o Bozo!

CAMILA – JOÃO!

JOÃO – Desculpa, não tá mais aqui quem falou.

(LUCIANA fala, enquanto prende os cabelos).

LUCIANA – O que vocês vieram fazer aqui?

CAMILA – Estávamos falando com o MAURO, mas acho que não vai adiantar muito...

LUCIANA – Eu não posso saber do que se trata?

CAMILA – Teu marido já deu a palavra final.

LUCIANA – Quem a dá sou eu!

CAMILA – Deixa, não precisa mais não...

JOÃO – Se você não for falar, quem falará sou eu! É o seguinte, viemos aqui no intuito de entregar seu sobrinho para vocês criarem, não temos condições, vocês bem sabem isso. Mas MAURO disse a nós que devemos criar e blábláblá.

(LUCIANA se aproxima de CAMILA, abre a manta, vendo assim o rosto do bebê. Ela olha para MAURO, com um brilho nos olhos).

LUCIANA – É um menino, sempre quisermos um.

MAURO – Mas elenão é nosso, CAMILA e João devem arcar com as consequências.

LUCIANA – MAURO! Por favor. Eu tenho problemas de engravidar. Além do mais, sempre quis ter um filho, um, somente.

MAURO – A esperança é a última que morre.

LUCIANA – No meu caso, ela morreu prematuramente.

(LUCIANA pega o bebê dos braços de CAMILA).

LUCIANA – Muito obrigada, irmã, iremos sim, cuidar dele. Sempre que quiserem, podem visita-lo, mas é aquele trato, vocês devem chama-lo de sobrinho.

(CAMILA observa LUCIANA com o bebê, sua expressão triste, tudo o que mais queria era ficar com o filho).

JOÃO – Tudo certo. Vamos, CAMILA?

(CAMILA fica ali, parada. LUCIANA balança o bebê).

LUCIANA – Você se chamará PEDRO. Sim. PEDRO! O nome que eu sempre quis dar ao meu filho!”

CENA 007. QUARTO DE PEDRO. INTERIOR.

(PEDRO não aguenta a revelação e desaba na cama, com o baque).

PEDRO – Eu não posso acreditar que sou filho desses trambiqueiros, não posso. Isso é mentira, né? Eu sou filho de vocês, não? Diz! Diz que isso é mentira, vá?
  
CENA 008. HOSPITAL. INTERIOR. QUARTO.

(SÉRGIO volta ao quarto).

ALAN – E aí, conseguiu encontra-lo?

SÉRGIO – Nada, ALAN. Nadinha...

(ALAN baixa a cabeça).

ALAN – Eu queria tanto ter me desculpado com ele, queria tanto ter me explicado...

(SÉRGIO abraça ALAN).

SÉRGIO – Tudo ficará bem. Se ele te ama de verdade, irá te procurar.

CENA 009. QUARTO DE PEDRO. INTERIOR.

(PEDRO está histérico).

PEDRO – Diga, meu pai? Diga!

MAURO – Eu não tenho mais nada a dizer, além disso. Contei toda a verdade.

PEDRO – Eu não posso aceitar isso, não posso! Esses pobres, pé rapados serem meus pais, não posso!

(PEDRO pega malas, atrás do guarda roupas).

MAURO – O que você irá fazer?

PEDRO – Vou sair daqui, sumir! Da vida de vocês todos!

CENA 010. RUAS DO RIO DE JANEIRO. TARDE.

(RODRIGO vaga pelas ruas, transtornado. Sua expressão facial é de ódio. Até que esbarra em MARIANA).

RODRIGO – Ah, você! É com você mesmo que eu queria falar!

MARIANA – O que quer comigo? E porque essa cara? Eu não te fiz mal, te ajudei a sair da cadeia. Eu e ALAN.

RODRIGO – Sobre esse viado que eu queria falar contigo.

MARIANA – Que isso! Olha como você trata o meu namorado.

RODRIGO – Seu namorado... Seu namorado que estava de carícias com outro homem dentro de um hospital. Dê-se o respeito, já que ele não lhe dá!

(MARIANA estapeia o rosto de RODRIGO).

MARIANA – Ordinário! Eu não quero que você fale mais assim do meu namorado, ouviu bem?

RODRIGO – Estou falando a verdade. Teu namoradinho é um infiel. Te trai com o primeiro homem que vê pela frente. Esse puto.

MARIANA – Olha só/

(MARIANA ergue o braço para estapear novamente RODRIGO, mas o mesmo segura o local, impedindo).

RODRIGO – Vai me bater por ser sincero? Isso é pouco, perto do que ele é!

(MARIANA dá um safanão em RODRIGO).

MARIANA – Se você pensa que vai me enganar... Pode desistir disso.

RODRIGO – Não quer acreditar em mim?! Veja com seus próprios olhos. Ele está lá, ele e o cara, no mesmo quarto, eu o nunca vi na vida.

(CLOSE em MARIANA).

RODRIGO – Vá e constate se estou certo ou não! Anda.

A SEGUIR CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS

- MARIANA corre pelas ruas.

- CARLOS conversa com VITÓRIA.

- PEDRO conversa com alguém no celular.

FIM DO CAPÍTULO

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