Tons de Pele - #DécimoEpisódio #ÚltimoEpisódio
- Gerar link
- Outros aplicativos
Série escrita e criada por
Leonardo Lima
Direção
artística: Caio Assunção
Personagens
deste episódio
Gustavo Ana Carolina Hélio
Liliane Joás Mirela
Paulo
Roberto Alice Rafael Heloísa
Sara Cléo
Allan Afonso Ricardo
Aline Doroteia Vitória
Geovane Alfredo Pedro
Bianca Paulina Samira
Eliza Roberta Sheila Edu Mirinha Téo
CENA 1. PALÁCIO DA JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. MANHÃ
Juíza
Roberta inicia o julgamento de Gustavo, Paulo Roberto, Allan e Geovane.
Roberta – Estamos
iniciando o julgamento de Paulo Roberto Gomes Simões, Allan Farias Miranda,
Gustavo Almeida Lima e Geovane Santiago de Castro pelo assassinato de Cindy
Letícia Vieira Bastos, filha do banqueiro Afonso Luiz Machado Bastos e da
empresária, Alice Maldonado Vieira Bastos. O crime foi realizado na noite de
sexta-feira, por volta das onze horas. Os réus foram vistos no local do crime e
presos pela delegada Sara Carvalho Pontes. Foram encontrados quatro
submetralhadoras de 9 mm. Iremos escutar primeiramente o depoimento de um dos
acusados ao crime, o senhor Gustavo.
Gustavo se
dirige ao banco de depoimentos e a Juíza pergunta:
Roberta – Senhor
Gustavo dê sua palavra sobre os
fatos da noite do crime.
Gustavo –
Primeiramente bom dia e obrigado juíza por me conceder a palavra. Então, meus
amigos e eu estávamos indo para a balada...
A advogada
Sheila interrompe e diz:
Sheila –
Contesto! Juíza me desculpe interromper, mas chega a ser jocoso esse rapaz dar
o depoimento. Ele é um criminoso e não tem nenhuma lógica.
Roberta – Não seja
inconveniente Dr. Sheila ou senão pedirei para se retirar do recinto.
Sheila
sussurra dizendo:
Sheila –
Chaveirinho de favelado!
Roberta – O que
foi que você disse?
Sheila – Não
disse nada. Prossiga.
Roberta – Acho
muito bom. Continue com o depoimento Gustavo.
Gustavo – Muito
obrigado juíza. Infelizmente existe gente mal educada nesse mundo como essa senhorita.
Enfim, meus amigos e eu estávamos indo para a balada, comemorar o fechamento de
contratos importantes. O meu carro quebrou perto do Banco Prisma e o Allan viu
o corpo da Cindy, banhado a sangue. Nesse momento, Paulo Roberto, Allan,
Geovane e eu tentamos socorre-la sem sucesso. Até que chegou a delegada Sara
nos prendeu.
Roberta –
Entendido. Entraremos em um intervalo de cinco minutos.
Roberta bate o martelo.
CENA 2.
PALÁCIO DA JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. CORREDOR. INTERIOR. MANHÃ
Ana
Carolina elogia Gustavo.
Ana
Carolina – Parabéns Gustavo! Seu posicionamento foi fundamental para o
corpo de jurados definirem a situação de vocês.
Gustavo – Obrigada
Carol, eu vim preparado para esse julgamento.
Ana
Carolina – Ótimo, você representou bem os demais envolvidos. O
depoimento deles com o seu serão o mesmo.
Gustavo – Mas eles
não podem depor?
Ana Carolina – Pode,
mas acho que não altera muita coisa.
Gustavo – Entendi!
Espero que dê tudo certo.
Ana
Carolina – Vai dar certo, aliás, chegaram novas evidências que podem
provar a inocência de vocês.
Gustavo – Que
evidência é essa?
Ana Carolina – Não posso
dizer, é segredo!
Gustavo – Ah sim,
enfim, vou beber uma água para me acalmar.
Ana
Carolina – Vai lá, vou conversar com os rapazes.
Gustavo vai até o bebedouro e Ana Carolina orienta Paulo Roberto, Allan e Geovane.
CENA 3.
PALÁCIO DA JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. INTERIOR. MANHÃ
Revoltada,
Alice tenta subornar Sheila.
Alice – Não
acredito que se deixou dobrar para aquele rapaz.
Sheila – Como
posso defender sua família sem provas concretas? E outra, nem formada em direito
sou, estou apenas trabalhando na área por estabilidade financeira.
Alice – Então
demostre seus conhecimentos que aprendeu no primeiro semestre do cursinho de
direitos que te paguei.
Sheila – Vou
fazer o que posso, mas está difícil.
Alice abre
a bolsa e oferece sete milhões de reais a Sheila.
Alice – Vou
facilitar as coisas para você.
Sheila – Eu não
posso aceitar esse montante aqui.
Alice – São sete
milhões para fazer a melhor defesa e fazer aqueles rapazes mofarem na cadeia.
Sheila pensa e
aceita a proposta.
Sheila – Pela
nossa amizade, eu aceito os sete milhões.
Alice – Ótimo,
agora mostre que você é competente, uma advogada espetacular.
Sheila – Pode
deixar comigo.
Afonso vê
tudo escondido e tira fotos pela câmera do celular e diz:
Afonso – Filha da
puta! Vai achando que vai se dar bem nesse julgamento.
Afonso salva a foto numa pasta oculta.
CENA 4.
PALÁCIO DA JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. CORREDOR. INTERIOR. MANHÃ
Hélio
conversa com Alfredo sobre a desocupação da mansão.
Hélio – Senhor
Alfredo, o que faz aqui?
Alfredo – Tive
alta, não era nada demais, apenas pico de pressão.
Hélio – Mas é
bom se cuidar né? Enfim, a prefeitura está desocupando a mansão.
Alfredo – Não
acredito que isso esteja acontecendo.
Hélio – Mandei
três recursos indenizatórios e todos eles foram negados. A justiça alegou Paulo
Roberto como proprietário dos seus bens.
Alfredo –
Miserável! Esse infeliz conseguiu me aplicar um golpe de mestre. Agora não
tenho onde morar.
Hélio – Você e a
Alice podem morar no meu apartamento. É grande e espaçoso.
Alfredo – Não quero
lhe incomodar e nem tirar sua privacidade. Eu vou dar um jeito.
Hélio – Está
preparado para o retorno do julgamento?
Alfredo – Estou
doido para que termine esse pesadelo logo.
Hélio – Espero a
mesma coisa. Vou pegar um café bem forte pra você.
Alfredo – Muito
obrigado Hélio.
Hélio vai até o Café Expresso e Alfredo fica pensativo e cabisbaixo.
CENA 5.PALÁCIO
DA JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. CORREDOR. INTERIOR. MANHÃ
Eliza fica
aflita e desabafa com Doroteia.
Eliza – Estou
aflita com o resultado desse julgamento.
Doroteia – Calma
patroa vai dar tudo certo. Não viu que o Gustavo foi firme ao depoimento?
Eliza – Ele pode
ter sido firme, mas o racismo está presente em todos os lugares. Não vê que os
policiais confundem os negros com bandidos? E as mortes crescentes dos negros
no país? Não quero que o Gustavo seja mais um negro sendo subjugado pela cor da
pele. Ele pode ter todos os defeitos, mas é integro e justo, coisa que a juíza
não pode reconhecer.
Doroteia – Mas a
juíza também é negra...
Eliza – Ela
sendo negra não justifica que possa ser racista ou ter vergonha do tom de sua
pele. Tem muito negro que se condena e são racistas ao extremo.
Doroteia – Só acho
que você está se precipitando demais.
Eliza – O que
você quer dizer com isso?
Doroteia – Tenho
provas que pode inocentar o nosso neguinho.
Eliza – Que
provas são essas?
Doroteia – Eu
apresentarei no momento certo.
Eliza – Doroteia
não me faça ficar mais aflita e nervosa.
Doroteia – Calma,
vai dar certo.
Eliza é acalmada por Doroteia.
CENA 6.
PALÁCIO DA JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. SALA DE JULGAMENTO. INTERIOR.
MANHÃ
Juíza Roberta
retorna com o julgamento.
Roberta – Vamos
dar o prosseguimento ao julgamento do assassinato da Cindy Letícia. Após o
depoimento de Gustavo, darei a palavra à defesa, Ana Carolina Oliveira Simões.
Ana
Carolina – Bom dia a todos. Conforme o depoimento do meu cliente, ele e
os demais rapazes apenas estavam no local do crime tentando socorrer a
senhorita Cindy que veio a falecer...
Indignada,
Sheila interrompe:
Sheila –
Contesto! Como uma advogada formada pode se basear no depoimento de um cliente
assassino?
Ana
Carolina – Da mesma forma que você se baseia em sua inconveniência para
interromper a minha vez de fala.
Sheila – A
senhora é uma vergonha da classe de advogados. Uma defesa contornando a
situação sem alguma apuração ou prova em específico n o intuito de inocentar os
assassinos.
Ana Carolina – Estou
achando a atitude da senhora muito controversa. Se eu sou advogada
criminalista, eu tenho que defender os meus clientes e não ser contra eles. É
para isso que eu estou sendo paga. Juíza posso terminar a minha vez de fala?
Roberta – Prossiga!
Ana
Carolina – Como eu ia dizendo, os meus clientes tentaram salvar a
senhorita Cindy Letícia. Foram pegos no local do crime, mas não existe prova
específica contra eles. Já contra a vítima, uma senhora que atende pelo nome de
Doroteia tem provas baseadas em informações que foi confidenciado por muito
tempo.
Roberta
chama Doroteia que entra no recinto.
Roberta – Dona
Doroteia Rangel Palmares, venha a frente dar o seu depoimentos dos fatos.
Doroteia é
encarada por Alice e Alfredo na sala de julgamento.
CENA 7. PALÁCIO DA JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO. SALA DE JULGAMENTO. INTERIOR. MANHÃ
Juíza Roberta pede
para que Doroteia inicie o depoimento.
Roberta – Dona Doroteia, a senhora está segura. Fique tranquila e faça
seu depoimento.
Doroteia – Muito obrigada juíza. Então, quando eu trabalhava na mansão
dos Vieira Bastos, via muitas irregularidades por parte
do senhor Alfredo e senhora Alice, mas a falecida Cindy é quem tomava decisões
escusas. Ela era narcotraficante e comercializava armas de fogo israelenses com
as maiores facções criminosas do país.
Todos ficam espantados e Sheila rebate.
Sheila – Essa senhora está mentindo Juíza!
Roberta – Tem como provar isso senhora Doroteia?
Doroteia tira o dossiê original da bolsa e
entrega para a juíza.
Doroteia – Aqui está o dossiê sobre os crimes da moribunda.
Juíza Roberta fica pasma com o conteúdo do
material e entrega nas mãos do corpo de jurados que ficam estarrecidos.
Revoltada, Alice se manifesta.
Alice – Essa mulher é louca! Minha filha nunca foi narcotraficante.
Roberta - Senhora se assente ou será retirada pelos seguranças.
Alice se assenta ao banco e juíza Roberta
encerra o depoimento de Doroteia.
Roberta – Muito obrigada pela sua colaboração Dona Doroteia. O dossiê
será avaliado pelo corpo de jurados.
Doroteia – Estou aqui para isso senhora, para ajudar a inocentar esses
rapazes.
Roberta – Pode retornar para o seu lugar. Agora quero o depoimento de
uma das peças importante do narcotráfico. Pode entrar Afonso Costa Meira.
Afonso entra na sala de julgamento sob olhares de condenação das pessoas presente.
CENA 8.
PALÁCIO DA JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Juíza
Roberta interroga Afonso.
Roberta – Senhor
Afonso, confessa perante todos presentes neste recinto que você era uma das
peças chaves do narcotráfico e comércio de armas de fogo israelense?
Afonso – Confesso
sim e direi mais coisas que eu sei sobre esse assassinato.
Roberta – O que o
senhor tem a dizer?
Afonso – O
mandante deste assassinato da Cindy é o senhor Alfredo Luiz Machado Bastos.
Todas as
pessoas presentes ficam alvoroçadas e Alfredo se levanta e diz:
Alfredo –
Miserável! Sabia que estava planejando algo contra minha pessoa.
Roberta – Ordem no
tribunal! Senhor Alfredo, por favor, se contenha. Pode continuar o depoimento senhor
Afonso.
Afonso – O doutor
Alfredo pagou o Ricardo, Rafael, Hélio e Pedro para mata-la, ele me contava
tudo. Cindy estava planejando tirar a presidência dele e ele descobriu
rastreando várias transferências bancárias de um milhão de reais realizado por
ela para subornar os empresários. E tem mais, ele nunca suportou a Cindy por
ser filha do amante de Alice.
Sheila
interrompe Afonso, mas Ana Carolina intervém.
Sheila – Contesto
juíza! Esse rapaz não tem provas concretas sob meus clientes.
Ana
Carolina – Chega Sheila! Você contestou praticamente o julgamento
inteiro e não deixou que os demais dessem os depoimentos. Pode continuar
Afonso.
Afonso –
Obrigado! O senhor Afonso é um miserável. Abusou da minha mãe várias vezes. Eu
sou o filho legítimo dele e ele não reconhece de jeito nenhum. Contratou-me
como capacho para esconder as verdades. É isso juíza, Afonso é o mandante do
crime de Cindy e Alice estava subornando Sheila nos arredores do recinto.
A juíza determina a prisão de Alfredo e a entrada dos assassinos Rafael, Pedro, Ricardo e Hélio.
CENA 9.
PALÁCIO DA JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. SALA DE JULGAMENTO. MANHÃ
Juíza Roberta dá o veredito final.
Roberta – Perante
as provas apresentadas por Doroteia e Afonso, Senhor Alfredo, Rafael, Pedro e
Hélio serão condenados a cinquenta anos de prisão sob regime fechado. Serão
encaminhados para a penitenciária Bangu I. Já Alice e Afonso terão pena de dez
anos de prisão. Os réus Paulo Roberto Gomes Simões, Gustavo Almeida Lima, Allan
Farias Miranda e Geovane Santiago de Castro são inocentes do assassinato de
Cindy Letícia Vieira Bastos.
Roberta bate o martelo e todos comemoram.
Paulo Roberto – Enfim acabou o nosso pesadelo.
Geovane – Finalmente tiramos esse peso das nossas costas.
Gustavo – Só acho que deveríamos ir a uma balada hein?
Allan – Eu vou comemorar essa vitória com minha neguinha.
Ana Carolina se emociona ao ver os rapazes felizes. Os assassinos de Cindy são levados para o camburão e filmados pela imprensa.
CENA 10.CENTRO
CULTURAL AFRODESCENDENTE DO RIO DE JANEIRO. SALÃO. INTERIOR. TARDE
Semanas
depois: Geovane, Téo, Gustavo e Sara conversam sobre casamento.
Geovane – Eu e meu
chocolatinho já assinamos contratos milionários para nossa loja e agora vamos
nos casar.
Téo – Até que
fim, eu jurava que você ficaria me enrolando a vida toda.
Sara – Falando
em enrolar, Gustavo tem algo a dizer sobre isso né?
Gustavo – Minha
delegata, não faz muito tempo que assumimos o nosso relacionamento.
Sara – Mas
tempos que pensar no futuro. Até Joás se casou com Bianca e foi embora.
Gustavo – Joás é um
sortudo. Enfim!
Geovane – Falando em
casamento, Allan sumiu com a Cléo né? Para quem dizia que não iria voltar para
ela.
Téo – Deixa
eles curtirem uai, a gente tem mais que se divertir.
Geovane concorda com Téo e o beija. Gustavo e Sara andam de mãos dadas no salão.
CENA 11.
CENTRO CULTURAL AFRODESCEDENTE DO RIO DE JANEIRO. SALÃO. INTERIOR. TARDE
Allan chega
de mãos dadas com Cléo e Vitória e diz:
Allan – Eu fui
fichado pelo sistema como assassino e estou aqui, provando que nem todo negro é
bandido.
Cléo – Eu fico
muito orgulhosa de você Allan.
Allan – Fico
feliz que reatamos nosso relacionamento e reunimos nossa família.
Cléo – Falando
em família, tem um novo integrante chegando ai.
Allan – Serei pai
novamente?
Cléo – Sim meu
amor, você será pai de um menino.
Allan fica
feliz e beija a barriga. Emocionada, Vitória diz:
Vitória – Que meu
irmão venha cheio de saúde para brincar comigo.
Cléo e Allan abraçam Vitória.
CENA 12.CENTRO
CULTURAL AFRODESCENDENTE DO RIO DE JANEIRO. SALÃO. INTERIOR. TARDE
Paulo Roberto
orienta Liliane, Aline e Heloísa.
Paulo
Roberto – Meninas, estamos vivendo tempos difíceis na sociedade e esse
Centro Cultural abria a história dos negros contemporâneos que lutam por
inclusão na sociedade. Por favor, cuidem como se fossem de vocês.
Ana Carolina – Esse Centro Cultural é a extensão do mundo atual.
O Paulo Roberto e eu iremos viajar para a Europa. Daqui a um ano estaremos de
volta.
Liliane – Pode deixar com a gente, cuidaremos do nosso espaço.
Aline – Iremos sempre entrar em contato com vocês.
Heloísa – Podem viajar tranquilos.
Paulo Ricardo – Muito obrigado meninas.
Ana Carolina – Fiquem com Deus!
Paulo Ricardo e Ana Carolina deixam o espaço cultural e Heloísa
diz:
Heloísa – Até a próxima temporada.
Heloísa entra no espaço cultural junto com Aline e Liliane.
Fim da primeira temporada
- Gerar link
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário