Autor - Lucas Bonifácio.
Capítulo 28
EM FRENTE A CASA DE LURDINHA.
Lurdinha e Rosa estão se encarando.
Lurdinha: Oque que você quer?
Pergunta impaciente.
Rosa: Eu quero que você abaixa o volume dessa praga!
Fala nervosa.
Lurdinha: Perai minha filha, praga não! Praga não! Respeite minhas coisas.
Rosa: Então abaixa essa coisa que quero assistir minha novela!
Lurdinha: Escuta aqui meu amor, quem que você pensa que é pra querer mandar nos outros?! Mau chega no bairro e já ta querendo botar ordem.
Rosa: Meu nome é Rosa e não quero botar ordem em ninguém, só quero assistir minha novela em paz.
Lurdinha: Pois assiste minha querida, televisão a gente ver com os olhos, não com os ouvidos.
Rosa: Mas eu escuto com os ouvidos tá?! E esse som está me atrapalhando a ouvir.
Dentro de casa, Sandra e Gabriela percebem a discurssão.
Sandra: "Xiii" tá rolando barraco!
Lurdinha: Escuta aqui meu amor, eu moro nesse bairro a 5 anos e ninguém nunca reclamou do barulho do meu som tá!
Rosa: Pois então eu vou ser a primeira a reclamar!
Grita.
Lurdinha: E vai ser a primeira pessoa que vou bater a porta na cara!
Grita Lurdinha, ela fecha a porta.
Rosa: Mas que coisa, será que não tem um pingo de sossego nesse bairro.
Rosa sai bufando de raiva.
Dentro da casa de Lurdinha.
A dançarina entra nervosa.
Gabriela: Lurdinha que bate boca foi aquele lá fora?
Lurdinha: Uma chata veio aqui e mandou eu abaixar o som. Agora que eu vou aumentar "mermo". NOJENTA!
Lurdinha aumenta o som no último volume.
AO LADO - NA CASA DE ROSA.
Rosa está contrariada. Ela desliga a tv.
Rosa: Ai, perdir minha novela! Porcaria! Ai perdeu senhor, perdão!
Diz arrependida batendo na boca. Rosa faz o sinal da cruz.
NA PENSÃO - NO QUARTO EM QUE LUÍZA ALUGOU.
Luíza acendeu algumas velas em cima da cômoda e colocou ao redor de uma imagem de preto velho. A jovem está ajoelhada diante da imagem.
Luíza: Oh meus pretos velhos, abençõe meu caminho, guia me a melhor estrada...Abaixo de Deus vocês são os seres espirituais que mais tenho fé e admiração! Me conduz as coisas boas (Luíza fica pensativa e diz) - E me ajude a resolver tudo que está pendente.
Pede com fé.
NA CASA DE ANTÔNIO - NO QUARTO DELE.
Antônio está deitado em sua cama, ele começa a se lembrar de Luíza. No tempo que eles eram adolescentes.
Começo da lembrança...
"EM UMA FLORESTA.
Luíza e Antônio chegam, o jovem fica empressionado com o lugar.
Antônio: Nossa, como aqui é lindo!
Luíza: É, não é? Vem cá!
Puxa Antônio pela mão feliz. Eles se sentam em baixo de uma Ypê amarela.
Luíza: Aqui é como se fosse a minha segunda casa. Chamo de minha floresta hahaha. Todas as vezes que estou feliz e até mesmo nervosa, eu venho pra cá! Pra me sentir mais leve.
Antônio: É a sensação que estou sentindo. Nunca vir uma floresta tão linda como essa.
Luíza: É verdade! (Olha Antônio que está admirando o lugar) - E eu só trago pessoas especias pra cá, e é por isso que lhe trouxe aqui, porque você é muito especial pra mim.
Eles sorriem um para o outro, e na troca de olhares se beijam."
Logo em sua mente vem outra lembrança...
"Antônio anda entre as pessoas a procura da jovem, e a alguns metros ele ver Luíza e Marcos se beijando.
Antônio: Luíza!
Diz ele perplexo não acreditando no que ver. Os olhos do jovem enchem de lágrimas e Luíza e Marcos param de se beijar. Em seguida ela pega na mão do rapaz e ver Antônio a observando.
Luíza: Antônio!
Diz a jovem surpresa. Antônio olha para Luíza decepcionado, e sai apressado dali.
Luíza: "Antôniooo"!
Chama ela indo em direção a ele. Antônio caminha mais de pressa e Luíza corre. Ele entra no meio de uma multidão e a moça perde ele de vista."
Fim das lembranças...
Antônio: 9 anos se passaram, e essa menina ainda vem na minha cabeça!
Diz sério.
NA CASA DE HELENA - NO QUARTO QUE PERTÊNCIA A NANDA.
A mulher está olhando o local, e se lembra quando brincava com sua filha de bonecas por ali. Ela também se lembra quando a cigana disse sobre Nanda está na Espanha.
Helena: Aquela cigana disse que minha filha está na Espanha, então vai ser pra lá que eu vou! Vou reservar minha passagem.
Helena sai do quarto animada.
NO AEROPORTO DA ESPANHA.
Nanda chega caminhando, arrastando uma mala de rodas. A jovem está esperançosa.
BR - RIO DE JANEIRO - NO BAIRRO DE JESUS AMADO.
Lurdinha, Sandra e Gabriela estão caminhando cheias de papo. Elas passam perto de Marcelino, um anão de 26 anos, e com 97 centimetros de altura.
Marcelino: Eh Lurdinha, cada dia que passa você tá ficando mais linda hein. Desse jeito você vai matar papai!
Elogia o anão olhando a dançarina de cima em baixo. Lurdinha joga o cabelo pro lado e pro outro e responde convencida.
Lurdinha: Ah, ainda vou matar? Pensei que já tinha matado a muito tempo.
Marcelino: Que delicia! Mas você sabe mesmo me provocar hein Lurdinha.
A olha com desejo.
Lurdinha: Pra você Lurdes! Lurdinha só pra minha familia e amigos, não te dei intimidade.
Marcelino: Intimidade é oque mais quero ter com você minha linda! Minha deusa!
Diz cheio de admiração.
Lurdinha: Ah nanico, "brigada"! Me cobrindo de elogios assim, tú consegue minha amizade!
Ela se agacha e pega no queixo dele.
Marcelino: Eu quero mais que isso, eu quero teu amor!
Lurdinha: Por ser baixinho tú tá sonhando alto demais!
O anão abraça as pernas da dançarina.
Lurdinha: Que isso?
Marcelino: Oque eu faço mulher, você está me deixando louco, eu quero ter você pra mim.
Lurdinha: Nossa, que encoxada, olha anão tú tem pegada! Mas olha aqui! (Segura os braços dele) - Tú nunca vai conseguir ter o amor da gostosa aqui, sabe porque? Porque eu não curto homem nânico, falô?! "Vambora" meninas!
Elas saem perto de Marcelino.
Sandra: Nossa Lurdinha, você foi dura com o Marcelino, tadinho.
Lurdinha: Só fui sincera, Sandra!
ANOITECE - NO CÉU.
Nanda já está no avião a caminho do Brasil. Os passageiros estão dormindo, enquanto a filha de Helena está acordada olhando o céu pela janela. Ela se lembra dos bons momentos que teve com sua mãe durante a infância. A jovem se emociona e sorri.
AMANHECE - RJ - EM FRENTE A CASA DE HELENA.
Tem um táxi a espera de Helena, que está conversando com Olívia.
Olívia: Eu não consigo te entender Helena, você mal chegou no Rio e já vai viajar de novo?!
Helena: Mas dessa vez eu vou para a Espanha Olívia.
Olívia: Olha ai, fazer oque em outro país amiga?
Helena: Eu vou em busca da minha filha!
Diz feliz.
Olívia: Como assim? Você encontrou uma pista de onde a Nandinha estar?
Pergunta surpresa.
Helena: Nem precisei encontrar Olívia, a pista veio até mim!
Olívia: Como assim? Não entendi.
Helena: Ontem eu estava caminhando pelas ruas, quando uma cigana, uma mulher que nunca vi na minha vida, apareceu e leu a minha mão. Ela começou a me fazer revelações, sobre mim, a Nanda. E ela disse que minha filha não está no Brasil onde tanto procurei, mas na Espanha.
Diz feliz.
Olívia: Sério?
Helena: É verdade!
Olívia: Então é por isso que você não encontrou a Nandinha em nenhum lugar do Brasil!
Diz surpresa e lentamente.
Helena: Agora que eu recebi essa revelação, eu quero ir pra Espanha encontrar ela. A cigana também me aconselhou isso!
Olívia: Realmente, oque as ciganas costumam revelar é mesmo verdade. Nossa Helena, que notícia boa!
Fica feliz.
Helena: E como. Sabe, eu estou tão feliz em saber que posso encontrar minha filha, minha esperança está vindo com mais força.
Olívia: Eu também estou feliz por você amiga. Mas você vai viajar de novo, vou sentir tanta sua falta!
Elas dão as mãos.
Helena: Eu também vou! Mas é preciso eu ir, ainda mais agora que eu recebir uma pista. As chances de encontrar minha filha estão maiores!
Olívia: Eu sei, eu entendo! E quero muito que isso aconteça, tenho fé que você e a Nandinha vão está juntas de novo
Helena: Se Deus quiser! Obrigada Olívia, você é mesmo uma grande amiga.
Diz emocionada. Helena e Olívia se abraçam.
Olívia: Vai atrás da sua menina amiga. Você vai conseguir!
Helena chora, elas se desabraçam.
Helena: Eu vou indo que meu vôo tá pra partir! (Limpa as lágrimas) - Tchau Olívia, fica com Deus, até breve.
Olívia: Vai com Deus também amiga, e boa sorte!
Helena sorri e se encaminha para o taxi. Ela entra no veículo, que dá partida.
NO COLÉGIO - NO TERCEIRO ANO.
O professor está conversando com os alunos.
Prof: É o seguinte pessoal, quero que vocês fazem um trabalho para mim sobre música espanhola.
Aluno: Xi, já vem bomba!
Prof: Que isso Carlos, o trabalho não é tão dificil assim. É simples! Quero que vocês pesquisem duas musicas espanholas e as coloca em um dvd virgem, mais quero as músicas legendadas para o idioma Brasileiro.
Os alunos se manifestam achando a tarefa trabalhosa.
Aluno: Tá vendo, não falei que era bomba!
William: E esse trabalho é em grupo ou individual professor?
Prof: Pra alegria de vocês, será em dupla! Mas eu mesmo decidi escolher os grupos pra não haver confusão. Beatriz você vai fazer dupla com o Fernando. Rangel, você com o Carlos. William você vai fazer dupla com o Leandro. (Ao ouvir o professor Leandro fica surpreso e feliz) - Kamila você vai fazer dupla com a Paula, e Francielly com Caio. O prazo que eu vou dar pra vocês me entregarem esse trabalho é daqui 2 dias, na sexta feira! Vocês terão que apresentar!
A sirene toca e o professor se retira da sala. Os alunos conversam uns com os outros e William vai até Leandro.
William: Leandro você sabe onde eu moro né?
Leandro: Sim, eu sei!
William: Hoje a tarde você vai lá em casa pra gente fazer o trabalho, ta bom?
Leandro: Combinado!
NO AEROPORTO DO BRASIL.
O local está bastante movimentado. Nanda já está ali caminhando entre as pessoas. Helena acaba de chegar, e também caminha entre as pessoas bastante apressada. Destraida, ela acaba esbarrando na própria filha.
Helena: Ai meu Deus, me desculpa moça, foi sem querer!
Nanda: Que isso senhora, não precisa...
Ao olhar para Helena, Nanda a reconhece.
Nanda: Mãe!
Fala surpresa.
Helena: Você me chamou de mãe?! Que - quem é você?
Encara a filha.
Nanda: Sou eu mamãe, a Nanda, a sua filha!
Diz emocionada, Helena fica perplexa e sem palavras.
Eterno Verão.
Comentários
Postar um comentário