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Uma adaptação bíblica feita por Daniel Augusto e Vinicius Mendes com edição de Daniel Augusto.
Capítulo 025
Ouvindo
essa notícia, Daniel entrou em sua casa, a qual tinha no quarto de cima janelas
que davam para o lado de Jerusalém. Três vezes ao dia, ajoelhado, como antes,
continuou a orar e a louvar a Deus. Então esses homens acorreram amotinados e
encontraram Daniel em oração, invocando seu Deus. Foram imediatamente ao
palácio do rei e disseram-lhe, a respeito do edito real de interdição:
- Não
promulgaste, ó rei, uma proibição estabelecendo que quem nesses trinta dias
invocasse algum deus ou homem qualquer que fosse, à exceção tua, seria jogado
na cova dos leões?
- Certamente, respondeu o rei, (assim foi feito) segundo a lei
dos medos e dos persas, que não pode ser modificada.
- Pois bem, continuaram:
- Daniel, o deportado de Judá, não tem consideração nem por tua pessoa nem por
teu decreto: três vezes ao dia ele faz sua oração.
Ouvindo essas palavras, o
rei, bastante contrariado, tomou contudo a resolução de salvar Daniel, e nisso
esforçou-se até o pôr-do-sol. Mas os mesmos homens novamente o vieram procurar
em tumulto:
- Saibas, ó rei, disseram-lhe, que a lei dos medos e dos persas não
permite derrogação alguma a uma proibição ou a uma medida publicada em edito pelo
rei. .
Então o rei deu ordem para trazerem Daniel e o jogarem na cova dos leões.
- Que o Deus, que tu adoras com tanta fidelidade, disse-lhe,
- queira ele mesmo
salvar-te!
Trouxeram uma pedra, que foi rolada sobre a abertura da cova; o rei
lacrou-a com seu sinete e com o dos grandes, a fim de que nada fosse modificado
em relação a Daniel. De volta a seu palácio, o rei passou a noite sem nada
tomar, e sem mandar vir concubina alguma para junto de si. Não conseguiu
adormecer. Logo ao amanhecer levantou-se e dirigiu-se a toda pressa à cova dos
leões. Quando se aproximou, chamou Daniel com voz cheia de tristeza:
- Daniel,
disse-lhe, servo de Deus vivo, teu Deus que tu adoras com tanta fidelidade terá
podido salvar-te dos leões?!
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