Minissérie criada e escrita por- Guilherme Augusto.
Supervisão de Texto- Rafael Lamim
Direção Artística- Mauro Mendonça Filho.
CASA DA FAMÍLIA VASCONCELOS / SALA DE ESTAR / INT- DIA / CENA 1
(Isabela corre em direção à Carol e a abraça. Kauã vai junto para o mesmo. Marina e Fábio felizes com a cena.)
Esther (Fernanda Vasconcelos)- Seja
Carol- Você é a tia Esther?
Esther- Sou eu sim. E eu também quero um abraço.
(Ambas se abraçam).
Carol- Você é tão linda, igual a mamãe.
(Diz olhando Marina).
Esther- As mulheres da nossa família tem uma genética boa. E você não tá por fora.
Kauã (Luiz Felipe Mello)- Só as meninas? Tia!
Esther- Claro que não, os homens também. Vem cá lindo da Tia.
(Esther beija Kauã no rosto.)
Kauã- Eu não sabia que a nossa irmã seria desse tamanho.
Carol - Sou 3 anos mais velha que você, apenas. Tenho 14.
Marina - Tenho certeza que todos vão se dar bem. Vão crescer como se tivessem sido criados juntos desde o nascimento.
Carol - Se depender de mim, ocorrerá tudo da melhor maneira possível.
(A empregada aparece.)
empregada- Almoço na mesa.
Esther- vamos almoçar. Depois vamos abrir uns presentes.
Kauã- Tem pra mim também?
Fábio- Claro que sim, Filho. E tenho certeza de que você vai gostar muito, especialmente de um.
Kauã- É aquele jogo que eu te pedi?
Fábio- Saberá após o almoço.
Marina- Vamos então?
(Todos vão juntos para a mesa.)
Marina- Todos aqui são de casa, cada um vai se servir.
(Todos começam a retirar.)
CASA DOS LIMA / MESA DE REFEIÇÕES / INT- DIA / CENA 2
(Verônica e Paulo almoçando. Apressadamente, pois estão no horário de almoço.)
Verônica- Bom, acho que já está mais que na hora de conversarmos sobre o divórcio.
Paulo- Verônica! Quantas vezes eu disse que isso não vai acontecer. Eu não quero me separar, entendeu?
Verônica- Mas eu quero!
Paulo- Isso só vai trazer dores de cabeça pra gente.
Verônica- Não importa, eu não quero mais conviver com você. E já que não quer sair daqui por bem, que saia por mal, quer dizer, obrigado!
Paulo- Aí é que você se engana. Essa casa foi construído pela minha construtora, ou seja com meu dinheiro.
Verônica- Foi. Foi sim, mas no entanto tudo que está aqui dentro fui eu que comprei!
Paulo- Perdi a fome. Tô voltando pra construtora. Depois resolvemos isso. Adeus!
(Paulo sai de cena irado. Verônica respira fundo, em seguida olha o portarretrato que contém uma foto de seu casamento. Ela levanta e joga no chão.)
APART DE HENRIQUE / SALA DE ESTAR / INT- NOITE / CENA 3.
(Henrique está sentado no sofá vendo TV. Cerveja na mão. Batem na porta. Ele vai abrir. É Martins. Se olham com um sorrisinho safado no rosto.)
Henrique - 40 minutos de atraso.
Martins - Tive que fazer um trabalho de química. Sobre os estados físicos.
Henrique - O único estado que eu quero saber agora é o de nós dois. (Henrique puxa Martins e passa a chave na porta.)
Henrique - Pega uma cerveja aí.
Martins - Vou de coca mesmo, não quero ficar bêbado.
Henrique - É Heineken sem álcool, não se preocupe.
Martins - A noite tá pedindo, né. Ah, só hoje.
(Martins pega um Heineken. Os dois brindam, e dão um gole.)
Martins - Gostosa essa bebidinha aqui.
Henrique - Tem coisas melhores, tipo o meu beijo.
(Henrique dá uma pegada e beija Martins. Vão andando até o sofá, agarrados. Caem lá, ainda se beijando. Martins tira a camisa de Henrique e eles começam a transar.)
MANSÃO DA FAMÍLIA VASCONCELOS / QUARTO DE CAROL / INT- NOITE / CENA 4.
(Marina entra, e se depara com Carol sentada na cama. Se aproxima no intuito de iniciar uma conversa.)
Marina - E aí, o que está achando?
Carol - Tô impressionada com esse quarto, e pensando na família maravilhosa que eu consegui. Muito obrigada por me adotar, de verdade.
Marina - Seremos mais que mãe e filha, boas amigas também! Não imagina o bem que está fazendo a mim e todo o restante da família.
Carol - É recíproco. Até porque é muito difícil alguém adotar uma adolescente.
Marina - Não pensa nisso agora, vamos falar de coisas boas. Vai tomar sua ducha, que estamos planejando ver um filminho.
(Diz Marina já saindo do quarto.)
Carol - Já chego lá.
(Marina sai, emocionada. Carol vai pro ao box. No corredor, Marina escuta Carol passando a chave na porta, vai até lá.)
Marina - Carol! tudo bem aí?
Carol - Tá sim, mamãe.
Marina - É que eu ouvi você passando a chave na porta.
Carol - Eu sempre tranco.
Marina - Não precisa trancar, sabemos que você está aí.
Carol - Não fique preocupada, se quiser, posso cantar, daí saberá que estou bem. Eu tinha esse hábito lá no orfanato.
Marina - Se não for incômodo, preferia sim.
(Carol começa a cantar a música "Era uma vez". Marina fica ali ouvindo, e logo sai. Carol abre a porta e faz cara de suspeita.)
O dia amanhece; passa cenas de todos os personagens acordando, e começando a se arrumar para fazer seus serviços.
CASA DA FAMÍLIA VASCONCELOS / QUINTAL / INT- DIA / CENA 5
Marina está terminando de se arrumar, e sai com os filhos e o marido na rua.
Marina: Kauã e Isabela, hoje o papai vai levar vocês pra escola, ok? Eu vou levar a Carol e ir correndo pro trabalho, pois é mais perto.
Kauã: tudo bem, mãe. Sabemos que você vai ficar mais com ela agora.
Marina: não é isso, é que o meu trabalho fica mais perto da escola dela. Agora tchau gente, boa aula.
Ela beija a testa de Kauã e Isabela, e beija Fábio.
Marina: Tchau amor, vem Carol.
Carol: tchau pai, tchau Isa e Kauã.
Fábio: Tchau filhota.
Carol entra no carro da mãe, e ela começa a dirigir. /Corta/. Marina e Carol entram na diretoria.
Marina: Oi Diretora Graça, bom dia!
Graça: Bom dia senhora Vasconcelos. Essa é a nova filha de vocês?
Marina: Sim! A Carol.
Carol: Bom dia!
Graça: Bom dia! Bom Carol, você é do 8° ano D. As aulas começaram a um tempo, então você está alguns dias atrasada. Mas é só você fazer um colega e pedir para copiar. Vamos? Eu vou te deixar na sala.
Carol: Claro. Obrigado por me trazer mamãe. Até mais tarde.
Marina: Tchau filha, até mais tarde.
Marina beija a bochecha de Carol e vai embora. Graça e Carol vão para sala de história.
Graça: Bom dia alunos.
Alunos: Bom dia!
Graça: temos uma aluna novata na turma de vocês. Pode entrar, Carol.
Carol entra na sala, e vai andando até a diretora. Miguel encara Carol, e ela percebe.
Graça: Carol, senta ali, na frente do Miguel. E Miguel, eu quero que você mostre a escola pra ela na hora do intervalo.
Miguel: Sem problemas.
Carol senta na cadeira, e olha com um sorriso pra Miguel.
Graça: tratem bem a novata. E Henrique, depois eu quero você na minha sala; quero falar uma coisa pra você.
Professor Henrique: ok!
A Diretora Graça sai da sala, e todos olham pra Carol.
Miguel: Tudo bem com você?
Carol: Sim, e com você?
Miguel: tudo ótimo.
Carol e Miguel se encaram com um sorriso. Clara observa os dois com um olhar de ciúmes, lá do fundo.
APART DE ESTHER / SALA / INT- DIA / CENA 6.
(Esther está arrumando a sala. Campainha toca. Ela olha pelo olho mágico e vê Fábio. Ela abre.)
Esther - O que veio fazer aqui?
Fábio - O que acha?! A mesma coisa que faço há 16 anos.
(Fábio beija Esther, ela corresponde, mas o empurra segundos depois.)
Esther - Já falei que não é bom a gente continuar se vendo.
Fábio - Nunca descobriram, e nem vão.
Esther - De qualquer forma acho melhor não vir mais aqui. A gente pode se ver duas ou três vezes ao mês num motel reservado. É bem mais seguro que vir até aqui.
Fábio - Eu tento não vir, mas não consigo. Penso em você o tempo todo. Penso na sua boca, na sua… Esther Corta/
Esther - Não precisa terminar de falar...
Fábio - Só por hoje, vai. Depois seguimos esse seu esquema.
Esther - Já que está aqui, não pode desperdiçar a viagem.
(Esther fecha a porta. Fábio beija Esther. Vão até a cozinha. Ele joga ela na mesa de jantar. Ele tira a calça dela, depois voltam a se beijar enquanto ele faz mão boba, e Esther geme delirando de tesão.)
RESTAURANTE / MESA / INT- DIA / CENA 7
(Marina almoçando. Pega o celular e liga para a mãe.)
Marina (Celular) Alô, Mãe. Já tá sabendo o dia que virá?
Olívia (Celular - V.O) - Já sim, até comprei as passagens.
Marina (Celular) - Que ótimo. Quando vem?
Olívia (Celular - V.O) - Na segunda.
Marina (Celular) - Não sabia que seria tão rápido. Pensei que só fosse voltar no próximo mês.
Olívia (Celular - V.O) - E seria, só que aqui já deu pra mim. Chaterrimo! Não suporto ficar rondando por Nova York.
Marina (Celular - Sorrindo) Você é uma figura, Dona Olívia. Estamos a sua espera!
Olívia (Celular - V.O) - E a Carol, estão se dando bem?
Marina (Celular) - Perfeitamente! Atenciosa, bem humorada, ajuda como pode em casa.
Olívia (Celular - V.O) - Que bom, minha filha. Você merece. Vou levar uns presentes pras crianças. São três, né?
Marina (Celular) - Sim mãe, são três.
(As duas sorriem.)
Marina (Celular) - Tenho que desligar agora, mãe. Horário de almoço esgotado.
Olívia (Celular - V.O) - Bye.
(Marina encerra a chamada.)
ESCOLA RENASCIMENTO // CENA 8
Miguel e Carol estão em uma sala espelhada. Carol observa o local, impressionada.
Miguel: bom, aqui é o último lugar para você conhecer da escola. Gostou?
Carol: aqui é maravilhoso.
Miguel: a gente fala que é a sala secreta do oitavo ano, mas todos vem aqui. Ou melhor, quase todos. Normalmente só pessoas da nossa sala.
Carol: e vocês fazem o que aqui?
Miguel: a gente faz de tudo, desde estudar a brincar de verdade ou desafio.
Carol: então já imagino que aconteceu muita coisa por aqui.
Miguel: Realmente, muita coisa.
Carol: e o que tem lá em cima?
Miguel: a parte de cima da sala espalhada, só que estamos proibidos de subir, já que está em reforma.
Carol: eu posso tentar subir? Só por curiosidade.
Miguel: acho melhor não, mas se quiser.
Carol sobe as escadas, e quando chega no quinto degrau o corrimão quebra e ela cai. Miguel corre e segura ela, mas acabam caindo no chão juntos.
Miguel: você se machucou?
Carol: não, graças a você. Muito obrigada.
Carol abraça Miguel, e depois de algum tempo eles se olham.
Miguel: acho melhor a gente ir.
Carol: podemos fazer só mais uma coisa?
Miguel: o que?
Carol encara e beija Miguel.
A câmera foca em Miguel e Carol se beijando.
Fim do 2° Episódio.
Comentários
Postar um comentário