Tons de Pele - #SegundoEpisódio
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Personagens deste episódio
Gustavo Alfredo Téo Mirinha
Paulo Roberto Alice Samira
Geovane Afonso Joás
Allan Ana Carolina Mirela
CENA 1. Banco Prisma. Exterior. Rua. Fachada.
Noite
Após Gustavo, Paulo Roberto, Geovane e Allan
entrarem na viatura, Sara colhe informações com Alfredo e Alice.
Sara–
Onde vocês estavam durante o assassinato?
Alfredo– Eu estava na sala da presidência. Antes, a Cindy tinha passado
na minha sala.
Sara
– E depois disso?
Alfredo – Ela saiu da minha sala e eu continuei lá para fechar a
planilha do plano de negócios.
Sara
– Dona Alice, onde você se encontrava durante o ocorrido?
Alice – Estava no departamento financeiro com Hélio Saraiva.
Estávamos debatendo assuntos do banco.
Sara
– Ótimo. Agora eu vou colher depoimentos dos acusados e atualizarei vocês com
mais informações.
Alice – Muito obrigada delegada.
Alfredo – Agora vamos para casa?
Alice – Vamos, preciso descansar.
Sozinho, Joás fotografa a freada do pneu do
carro perto do defunto. O perito pega os objetos pessoais dos rapazes e
estranha o pneu do carro intacto.
Joás – Estranho! Como pode uma freada após a defunta se o carro está
parado aqui próximo ao local do crime?
Joás fica pensativo, deixa o local do crime e entra na viatura junto com Sara.
CENA 2.
Casa dos Santiago Almeida. Curicica. Sala. Interior. Noite
Téo chega
em casa e chama por Geovane.
Téo – Geovane,
amor da minha vida, cadê você?
Mirela
acende o abajur e assusta Téo
Mirela – Boa noite
Téo!
Téo – Que susto
Mirela. E porque está tensa?
Mirela – Você não
soube o que aconteceu com Geovane?
Téo – O que
aconteceu com meu neguinho?
Mirela – Ele foi
preso pelo assassinato de Cindy Letícia, a filha dos banqueiros Alice e Alfredo
Bastos.
Téo fica
perplexo e diz:
Téo – Não
acredito que isso esteja acontecendo. Que merda!
Mirela – Porque
diz isso Téo? Tem algo para me contar?
Téo – Eu acabei
de assinar um contrato milionário com o Flamengo, Vasco e Fluminense para
confeccionarem as blusas do time de base deles, ai vem e acontece isso com
Geovane.
Mirela – Você terá
que rever o contrato da loja com eles.
Téo – Esse é o
grande problema. Geovane é o proprietário da loja e se ele foi acusado,
ficaremos a mingua.
Mirela – É uma
pena que isso esteja acontecendo. Eu acredito na inocência dele.
Téo – Eu vou
visita-lo amanhã. Preciso me acalmar.
Mirela – O chá de
camomila está pronto.
Téo – Obrigado
por tudo Mirela. Você é minha mulherona porreta!
Mirela – Sempre
cuidei de você desde bebê e ficarei do seu lado o tempo que for.
Téo se emociona e abraça Mirela.
CENA 3. 9ª DP. Catete. Cela. Interior. Noite
Após serem fichados,
Gustavo, Geovane, Allan e Paulo Roberto são levados a cela e o banqueiro exige
ligação para sua advogada.
Paulo Roberto – Delegada, eu preciso entrar em contato com
minha advogada para desfazer desse grande engano. Os meus amigos e eu não somos
os assassinos de Cindy Letícia.
Sara – Sobre o assassinato, vocês foram visto no local do crime. E
você terá cinco minutos para falar com sua defesa.
Sara oferece seu celular para Paulo Roberto
que entra em contato com Ana Carolina.
Cena 4.Aeroporto Santos Dummont. Saguão.
Interior. Noite
Ana Carolina recebe ligação de número
desconhecido e estranha:
Ana Carolina – Número desconhecido essa hora da noite?
Deve ser trote...
Curiosa, Ana Carolina atende:
Ana Carolina – Alô!
Paulo Roberto – Oi meu amor!
Ana Carolina – Paulo Roberto, porque você está ligando com
o número oculto?
Paulo Roberto – Eu ocultei o numero da delegada, meus
amigos e eu fomos presos por um crime que não cometemos e preciso da sua
defesa.
Ana Carolina – Minha nossa senhora! Amor, vou fazer o que
for necessário. Tentarei entrar em contato com a juíza para redigir o mandado
de soltura para responderem em liberdade. A delegada possui alguma prova contra
vocês?
Paulo Roberto – Ela nos viu no local do crime. Não tem
provas concretas.
Ana Carolina – Então fique tranquilo, mandarei um recado
no WhatsApp da juíza. Amanhã irei ai te visitar.
Paulo Roberto – Obrigado Ana, mas antes de desligar,
passarei o nome dos meus amigos.
Paulo Roberto informa o nome completo e a idade de Geovane, Allan, Gustavo. Após desligar o telefone, Ana Carolina entra no táxi e manda recado para a juíza no WhatsApp.
CENA 5.
Casa dos Viana Miranda. Vidigal. Sala. Interior. Dia/Manhã
No dia
seguinte
Cléo se arruma para trabalhar e chama Vitória.
Cléo – Filha está pronta para ir ao
colégio?
Vitória – Sim mãe, a rota escolar acabou de chegar.
Cléo – Então vamos, estou super atrasada para o trabalho.
Vitória e
Cléo saem na rua e são encaradas com vista grossa pelos vizinhos. A doméstica
tenta colocar Vitória dentro da rota escolar e Laura barra dizendo:
Laura – Me
desculpa, mas não poderei deixar sua filha entrar na rota.
Cléo – Ué, por
quê? Sempre pago a mensalidade da rota.
Laura – Não vou
misturar a filha de um assassino com outras crianças.
Cléo – Como é?
Allan não é nenhum assassino.
Laura – Então
veja com seus próprios olhos.
Cléo lê a
notícia do assassinato de Cindy que acusa Allan no jornal e diz:
Cléo – Isso só
pode ser um engano!
Vitória– Mãe, meu
pai é assassino?
Laura
interrompe e diz:
Laura – É
assassino sim e você não entrará nessa rota.
Os vizinhos
se aproximam com pedaço de pau para baterem em Cléo e Vitória mas Samira chega
e socorre a amiga:
Samira – Ei, ou!
Que porra é essa?
Mirinha – Essa
mulher aí é esposa de assassino!
Samira – Ah, é
mesmo? Seu marido é dono da boca de fumo e alguém te julga aqui? Se toca
piranha.
Mirinha – Tu me respeita vagabunda.
Mirinha
tenta agredir Samira que tira o revólver da cintura e dispara para o alto
dizendo:
Samira – Acabou a
palhaçada. Vão tomar conta de vossas vidas. Cambada de filhos da puta.
O povo se
dispersa, a rota escolar deixa a comunidade e Samira defende Cléo:
Samira –Comadre,
eu vou levar a menina Vitória para o colégio e você ao trabalho.
Cléo – Amiga,
nem sei como agradecer.
Samira – Não
precisa agradecer. Amiga é para isso mesmo.
Samira coloca o revólver na cintura, abre a porta do seu carro para Vitória e Cléo.
CENA 6. Mansão dos Vieira Bastos. Sala de
Estar. Interior. Manhã
Alice chega furiosa a sala de estar e Alfredo
pergunta:
Alfredo –Porque está aflita amor?
Alice – Você viu a movimentação no Twitter? Mais de um milhão de
usuários acreditam na inocência daqueles negrinhos que mataram nossa filha. Até
movimento antirracista eles têm.
Alfredo - Alice, você está passando do ponto e sendo racista também.
Você não pode referi-los nesse tom de inferioridade.
Alice – Quer que eu diga o que? Que ele são brancos e de pele
aperolado? Poupe-me Alfredo. Eu nervosa e aflita aqui e você como sempre sendo
pacífico, tranquilo, como se nada tivesse acontecendo.
Alfredo – Sabe o porquê estou tranquilo? Porque não fico por ai
despejando o ódio. Uma hora ou outra, a justiça vai agir.
Alice – Você espera a justiça brasileira agir? Daqui a pouco, eles
estarão soltos por ai e nada vai acontecer e saber por quê? Porque atualmente o
que importa é a historinha de vida sofrida e a cor da pele. Vivemos uma
militância asquerosa em todas as áreas civis e você ainda acredita que a
justiça vai se cumprir?
Alfredo – Acredito! E tome seu café, daqui a pouco teremos que ir a
funerária. O corpo da nossa filha será liberado amanhã.
Alice – Eu esperava mais de você Alfredo!
Alfredo – Eu não espero nada de ninguém, até porque, são as pessoas que
me surpreendem. Com licença.
Alice fica sozinha na sala de estar e Alfredo
vai para ao escritório. Ao ver a foto de Cindy, Alfredo diz:
Alfredo – Você foi a maior decepção da minha vida. Pensou que não sabia
dos seus truques para me derrubar? Acabou cavando a própria cova.
Afonso acende a lareira, tira a foto de Cindy do porta retrato e lança no fogo.
CENA 7.9ª
DP. Catete. Interior. Dia/Manhã
Ana Carolina é recebida por Sara e a delegada pergunta:
Sara – Bom dia,
o que senhora deseja?
Ana
Carolina – Sou a advogada criminalista Ana Carolina Oliveira Simões. Sou
defesa Geovane Santiago, Paulo Roberto Gomes, Allan Farias e Gustavo Almeida. E
trouxe a mandado de soltura dos rapazes que foi lavrado no cartório e ordenado
pela juíza Roberta Loureiro Mello.
Sara encara Ana Carolina com cara de nojo e a leva para cela:
Sara – Aqui
estão os seus clientes.
Ana
Carolina– Muito obrigada delegada. Pode levar o mandado de soltura.
Sara deixa
a cela e Ana Carolina diz:
Ana
Carolina – Vocês estão soltos meninos. Agora podem comemorar.
Geovane, Paulo Roberto, Gustavo e Allan comemoram do lado de fora da delegacia e Ana Carolina observa.
Cena 8. 9ª
DP. Sala de perícia. Interior. Manhã
Sara entra
na sala de perícia para conversar com Joás
Sara– O que
você está fazendo?
Joás – Apurando
as provas do assassinato de Cindy.
Sara – Mas com
foto de freada de pneu?
Joás – Sim, algo
está muito estranho e mal explicado.
Sara – Entendi,
recebeu o exame de balística?
Joás – Sim e
tenho uma coisa para te dizer...
Sara – O que
você tem a me dizer?
Joás – Você está
sendo injustiça com esses rapazes.
Sara – Porque
diz isso? Com que provas?
Joás – Aguarde e
verás!
Sara fica
tensa com Joás.
Fim do episódio 02
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