Vida - Cap 084

Imagem
  Logotipo da web novela (Foto: Divulgação) Produção Original MF Criada e escrita por Patrícia Santos Capítulo 084 Luís aceita o dinheiro de Hugo e manda Salgueiro descobrir onde Olavo está escondido. Marcos desabafa com Monalisa. Vanessa sofre pelo fim de seu namoro com Jeremias. Suzana e Max passeiam juntos e vão para a ONG. Salgueiro descobre onde Olavo está escondido e conta para Luís. Tatiane brinca com Ramon e promete para o filho que eles vão conseguir sair da casa de Luís. Diogo questiona Dayse pela raiva que ela sente de Eduarda. Sandro transa com algumas prostitutas. Maria discute com Antônio por ele ter chamado apenas Daniel para trabalhar na empresa. Daniel conversa com Joana sobre a proposta que recebeu de Antônio. Luís avisa Hugo sobre o esconderijo de Olavo. Marcos convida Monalisa ir até a casa dele e ela aceita. Terezinha deixa um celular para Olavo ligar para ela quando precisar. Lázaro aconselha Jeremias a voltar com Vanessa. Mônica tenta convencer Nayara a denunciar

O Destino de Alguns #SegundoEpisódio


Logotipo da web série (Foto: Divulgação)

O DESTINO DE ALGUNS

Episódio: 02

Escrita por Júlio Cesar M. Vieira

Colaboração, Supervisão e Adaptação: Morais Filho.

°°°°°°°°°°°°°°°_°

Narrador-Personagem: Gabriel.
____________

Quando acordei, vi que todos estavam em uma gaiola separados, apenas com as roupas íntimas. Em um ambiente caótico, pouco iluminado e insalubre...

Parecia que estávamos em uma espécie de galpão, porém Beth era a única que não estava ali.

- Gabriel. -- Luís me acordou. -- Olhe para mim, rápido!

Olhei para ele e perguntei o que estava acontecendo.

- Não sei e temo que quando descobrirmos será tarde demais. Mas eu vou fazer com que vocês saiam daqui.

Caio todo machucado, pergunta:

- O que eles fizeram com a Beth? Para onde a levaram?

Luís com uma cara triste fala que não sabe, mas tinha um plano arriscado para tentar nos tirar daqui.

- Prestem atenção, todos os três! Aqueles caras vão voltar aqui novamente e levar um de nós. Eu vou fazer de tudo para que eles me levem. Vocês estão vendo aquela chave de fenda ali no chão? -- Ele a apontou para a gente. -- Então, quando eles me pegarem eu vou dar um jeito de jogá-la para o Victor, já que ele está mais perto. Eles devem me levar para onde a Beth está. Vocês se soltam e saiam daqui, enquanto eu pego ela. Se eu não conseguir voltar, não venham atrás da mim, em hipótese alguma, vocês me entenderam? - Falou Luís.

Todos consentiram...

Em seguida um dos caras chegou no depósito e foi em direção ao Caio, que começou a se tremer de medo e a se encolher todo na gaiola. Ele já ia levá-lo, colocando todo o plano por água abaixo, quando de repente o senhor Luís começou a gritar, insultando o homem repetidas vezes.

O homem ficou furioso e foi em direção a ele. Abriu a gaiola e pegou o Luís, o qual se esforçava para conseguir empurrar a chave de fenda na direção de Victor.

Sem o cara notar, ele consegue e depois disso é levado lá para cima.

Victor conseguiu pegar a chave de fenda e abrir a gaiola. Em seguida, ele nos libertou e com cuidado fomos subindo as escadas até que começamos a ouvir vozes de duas pessoas nos corredores. Eu ouvi cada detalhe da conversa. Era entre uma mulher e um homem, que possuía um sotaque estrangeiro.

- Senhora Conceição, tenho boas notícias!

- Doutor, não me diga que você...

- Exatamente, consegui um fígado novo para você. - Falou o Doutor.

- Que maravilha! Quando a operação será possível?

- Dentro de uma semana.

- Muito obrigada, doutor pela notícia. Eu estava esperando por esse transplante a meses.

- Não se preocupe que irá dar tudo certo. Nós entraremos em contato com a senhora para confirmar a cirurgia.

- Ok! Até mais doutor!

- Tchau, senhora Conceição.

Após essa breve conversa, ficamos literalmente sem chão. Tínhamos sidos capturados para retirarem nossos órgãos afim de suprir as necessidades de outras pessoas.  

- Vocês prestaram atenção na conversa? Eles vão retirar nossos órgãos! Eu não quero morrer! -- Falou Caio histérico.

- E agora? O que vamos fazer? Não podemos fugir pelos corredores. E essa casa deve estar toda vigiada. -- Disse Victor também nervoso.

Procurei pelo galpão uma saída. Tentei me manter calmo, mesmo sendo difícil, e consegui avistar um duto de ar. Tomei o controle da situação e disse:

- Gente, atenção! Vamos sair por aquele duto de ar. Não podemos perder tempo, temos que ser rápidos e espertos o bastante para conseguirmos sair daqui. Eu diria que daqui a poucos minutos um daqueles caras irão vir aqui para pegar outro de nós. Então, parem de chorar, mantenham o foco e se movam, pois quando eles perceberem que não estamos mais aqui, vai ser fim de jogo para todos nós.

Todos prestaram atenção no que eu falei e mantiveram a calma. Subimos na mesa que tinha ali e entramos no duto de ar. Embora estivesse apertado, estávamos conseguindo andar livremente até que Victor parou de andar, fazendo com que todos nós parassemos também, já que ele estava na frente.

Quando perguntamos o que tinha acontecido, ele pediu para ficarmos em silêncio e olharmos para o buraco da ventilação. No momento em que olhei, quase soltei um grito de desespero, mas fui impedido por Caio que tampou a minha boca.

Vimos algo perturbador: O senhor Luís estava amarrado em uma mesa de cirurgia, enquanto o corpo de Beth estava ao seu lado todo aberto. O doutor se aproximou dele lentamente com uma agulha, enquanto ele tentava se soltar.

- Eu sei muito bem quem vocês são. Já ouvi falar de vocês! Eu não tenho medo de vocês! Acham que só porque moramos na rua, possuem o direito de fazer isso conosco. Escuta bem desgraçado, olhe bem para mim! Você vai pagar por tudo o que está fazendo com a minha família! Acha que pode se esconder por trás dessa máscara? Quando sair daqui, eu vou... - Falou Luís, sendo interrompido.

- Mas você não vai sair daqui. -- Respondeu o doutor friamente e com um olhar tenebroso. -- E mesmo se saísse, o que pretenderia fazer? Contar as autoridades? Quem acreditaria em um mendigo imundo que nem você? Vocês não contribuem em nada para a sociedade. Apenas sujam as ruas com a imundice de vocês! Então não se preocupe, ninguém irá sentir a sua falta! -- Disse o doutor rindo sarcasticamente.

- "Nossa sociedade"? Você nem ao menos pertence a esse país, seu maldito. Veio trabalhar clandestinamente aqui, não é mesmo? Acha que eu não percebi esse seu sotaque escroto?!

Era o mesmo médico que estava falando com aquela senhora antes. -- Conclui.

- Já chega! Tá na hora do mendigo ir para cova. - Falou o Doutor.

- Vai se ferrar! -Falou Luís nervoso.

- Mas como eu sou um cara muito "bonzinho" vou deixar você acompanhar a cirurgia. Sinta-se grato. Você vai ser o primeiro a experimentar a sensação de estar acordado durante uma cirurgia. -- Ele falou aplicando a injeção no Luís.

- O que está fazendo? -- Perguntou Luís assustado.

- Não se preocupe. Eu apenas apliquei uma pequena dose de anestesia. A boa notícia é que você não vai sentir nada, agora a má é que você irá acompanhar passo a passo, eu retirando seus órgãos um a um. - Explicou o doutor pegando o bisturi e cortando a barriga dele.

Ele queria gritar, mas não conseguia. Ele queria pedir ajuda, mas não conseguia. Os seus únicos gestos, eram seus olhos piscando descontroladamente, enquanto órgão após órgão era retirado. Primeiro, foi o fígado, depois o intestino, em seguida o estômago e por último o coração, os pondo em um recipiente com gelo.

Em sequência o doutor chamou um de seus homens e pediu para buscar mais um de nós. Tínhamos que nos apressar ou então seríamos os próximos a ter nossos órgãos retirados.

CONTINUA...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vida - Cap 084

#AudiênciaDetalhada #EmNomeDoAmor #EdiçãoEspecial

Vida - Cap 034