Vida - Cap 084

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  Logotipo da web novela (Foto: Divulgação) Produção Original MF Criada e escrita por Patrícia Santos Capítulo 084 Luís aceita o dinheiro de Hugo e manda Salgueiro descobrir onde Olavo está escondido. Marcos desabafa com Monalisa. Vanessa sofre pelo fim de seu namoro com Jeremias. Suzana e Max passeiam juntos e vão para a ONG. Salgueiro descobre onde Olavo está escondido e conta para Luís. Tatiane brinca com Ramon e promete para o filho que eles vão conseguir sair da casa de Luís. Diogo questiona Dayse pela raiva que ela sente de Eduarda. Sandro transa com algumas prostitutas. Maria discute com Antônio por ele ter chamado apenas Daniel para trabalhar na empresa. Daniel conversa com Joana sobre a proposta que recebeu de Antônio. Luís avisa Hugo sobre o esconderijo de Olavo. Marcos convida Monalisa ir até a casa dele e ela aceita. Terezinha deixa um celular para Olavo ligar para ela quando precisar. Lázaro aconselha Jeremias a voltar com Vanessa. Mônica tenta convencer Nayara a denunciar

O Destino de Alguns #QuartoEpisódio


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O DESTINO DE ALGUNS

Episódio: 04

Escrita por Júlio Cesar M. Vieira.

Supervisão, Colaboração e Adaptação: Morais Filho.

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Narrador-Personagem: Gabriel.
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Richard, após tomar controle da situação e fazer com que os funcionários fossem embora, abriu a porta da Câmara de Refrigeração, nos retirando às pressas de lá.  

- Temos que ser rápidos ou senão a coisa vai ficar feia pro meu lado. -- Disse ele com um carrinho de carga em suas mãos.

Não conseguíamos dar mais nenhum passo sequer. Eu não parava de me culpar pelo que tinha acontecido e acho que Victor também não. Como fomos tão burros de esquecer Caio lá fora?

 - Eu não tenho o dia todo. Vamos logo! Parem de chorar e entrem aqui. Eu tive que falar que ele me atacou desprevenido e o resto de vocês fugiram pelos dutos, senão eles iriam desconfiar... Pelo menos a chance de vocês conseguirem sair daqui é maior agora, sem aquele... - Falou Richard.

- Ainda tem a chance de ele estar vivo? -- Perguntei o interrompendo.

- Você não está pensando mesmo em ir atrás dele, está? -- Richard pareceu não acreditar.

- Responda a pergunta! Ele ainda pode estar vivo? -- Perguntei ainda insistindo.

- Bom, depende... O doutor ainda deve estar preparando a sala para a cirurgia e tudo mais... Mas seja lá o que você estiver pensando, é arriscado demais. 

- Você prometeu nos ajudar. Então nos ajude, por favor! -- Implorei.

- Não foi esse tipo de ajuda que sugeri. Eu disse que ajudaria vocês a passar pelos funcionários. E por que você ainda se importa? Vocês poderiam muito bem ir embora agora mesmo sem ele. -- Explicou Richard.

- É porque ele pertence a nossa família. E foi culpa nossa ele ter sido levado. Então se ainda há chance de salvarmos ele, estamos dispostos a ajudá-lo. -- Victor desabafou.

- Isso mesmo. Agora cumpra o nosso acordo e nos ajude, por favor! -- Insisti mais uma vez.

Ele respirou fundo e respondeu não concordando muito com o plano:

- Está bem, mas depois que salvá-lo vocês estarão por sua conta e risco. Agora subam de uma vez no carrinho!

Fizemos o que ele disse e subimos no carrinho. Em seguida Richard teve que jogar alguns pedaços de carne em cima da gente para enganar os funcionários, fazendo com que eles acreditassem que ele iria jogá-las no lixo, e cobriu o carrinho com um pano branco impedindo que eles nos vissem. O cheiro era absolutamente horrível e nos deu ânsia de vômito diversas vezes.

Depois disso, Richard pediu para que ficássemos em silêncio o tempo todo e não fazermos qualquer tipo de movimento brusco durante o trajeto até a sala do doutor. Toda vez que o vômito tentava sair da minha boca, eu engolia novamente. Tínhamos que aguentar esse cheiro até salvar Caio...

Ele começou a nos levar pelos corredores, enquanto Victor e eu tentávamos não fazer nenhum movimento sequer. Para isso também era necessário controlar nossa respiração, o que era quase impossível por causa do cheiro da carne podre.

- Estamos quase chegando. A lixeira fica em frente à sala do doutor. Eu vou dar um jeito de distraí-los e vocês aproveitem, pegue seu amigo na sala e pulam na lixeira. Caso consigam sair daqui, irão perceber que não estão mais na área de vocês. Apenas corram e não parem por nenhum motivo sequer. Toda zona lá fora pertence ao doutor. O único lugar seguro é...

Richard tentou nos dar o último aviso, mas um dos funcionários achou o gesto de Richard estranho e o parou:

- Falando sozinho com as carnes Richard? Deixa eu ver o que você estar escondendo aí...

Estava muito nervoso ao ponto de quase pular de medo. O funcionário chegou perto e estava prestes a olhar de baixo do pano branco, quando de repente Richard deu uma de maluco pra cima dele, retirando uma faca de seu avental de açougueiro dizendo com um olhar psicótico:

- Ninguém toca em meus bebês!

Isso foi suficiente para assustar o cara e afastá-lo dali quase que instantaneamente.

Quando ele foi embora, pude me acalmar novamente, mas não por muito tempo, pois tínhamos chego a sala do doutor. Ele parou de nos carregar e ficou em frente a porta, onde estavam dois seguranças de escolta para que ninguém atrapalhasse o doutor a fazer a sua cirurgia.

Richard rapidamente avisou aos guardas na porta que tinha nos encontrado, fazendo com que os dois entrassem na sala para avisar o doutor.

Após receber a notícia da nossa suposta aparição, ele saiu da sala rapidamente junto com os seguranças e Richard os guiando para longe dali.

Esperamos eles irem e olhei com cuidado para ver se não havia mais nenhum funcionário pelos corredores e para nossa sorte não tinha.

Pedi para Victor esperar no carrinho que eu iria buscar Caio e voltar para irmos embora. Agora era o momento de descobrirmos se ele ainda estava vivo ou não. Se tudo o que arriscamos foi em vão...

Entrei na sala e vi Caio amarrado na mesa de cirurgia, porém ainda vivo. Desacordado, mas ainda vivo!

Corri até ele e tentei desamarrá-lo com a minha faca.

 Uma voz soou pelos holofotes de som da sala, no qual falava para a paciente número 205 se dirigir a sala 3B para realizar a cirurgia, que por coincidência era onde eu estava.

Victor começou a me apressar, dizendo que havia gente se aproximando e que não tínhamos muito tempo.

Consegui soltar Caio que começou acordar aos poucos e fez uma cara de surpresa quando me viu.

- O que você está fazendo aqui? -- Perguntou ele apavorado.

- Vim te salvar, seu idiota! Levanta, vamos sair daqui!

Ajudei ele a levantar e fomos andando em direção a porta, quando de repente um funcionário apareceu junto com a paciente usando o crachá de identificação 205.

Paramos de andar no mesmo instante e quase perdi o equilíbrio segurando Caio quando vimos que aquela garota usando o crachá era na verdade...
                ALICE!

CONTINUA...

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