Tons de Pele - #QuartoEpisódio
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Personagens
deste capítulo
Gustavo Téo Oliver Eliza Alice
Paulo Roberto Samira Sara Hélio Paulina
Allan Cléo Joás Alfonso Doroteia
Geovane Vitória Heloísa Alfredo Mirela
Ana
Carolina Bianca
CENA 1.ESCRITÓRIA
IMOBILIÁRIA. SALA.INTERIOR. MANHÃ
Ana Carolina invade o escritório e fica espantada.
Ana
Carolina – Meu Deus, o que houve aqui?
Paulo
Roberto – Invadiram o escritório e olha essa banana com o recado me
chamando de assassino.
Ana
Carolina – Isso só prova que o assassino da Cindy não está muito longe
daqui. Eu vou guardar essa prova comigo!
Paulo
Roberto – Será que ninguém viu uma movimentação estranha aqui no prédio?
Ana
Carolina – O síndico não está presente e o substituto já está no horário
de almoço.
Paulo
Roberto – Que merda! Até quando ficarei a mercê dessas ameaças?
Ana
Carolina – Amor fique tranquilo, vou pedir segurança na porta do prédio
para fiscalizar quem entra e sai daqui.
Paulo
Roberto – Perfeito, só assim eu posso trabalhar tranquilo.
Ana
Carolina – Bom estou indo, vou averiguar esse recado e levarei a banana
comigo, mas antes tirarei a foto daqui.
Ana Carolina fotografa a sala do escritório e deixa o espaço. Sozinho, Paulo Ricardo fica tenso.
CENA 2.
PRAIA DE COPACABANA. CALÇADÃO. EXTERIOR. INÍCIO DA TARDE
Sara
ironiza ao ver Gustavo caminhando do calçadão
Sara – Pensei
que ficaria recluso em casa, deprimido por causa da acusação que pesa sobre
você.
Gustavo– Você é
delegada ou jornalista de site de fofocas sensacionalista?
Sara– Me
respeita rapaz!
Gustavo– Você que
se dê ao respeito, eu hein. Estou super de boas aqui e você cheio de ironias
para o meu lado. É o que? Gamou em mim e no meu corpo é?
Sara tira sarro
de Gustavo e diz:
Sara– Você se
acha né? Acha mesmo que vou sentir atração por um assassino?
Gustavo– Pra quem
ia visitar minha cela toda hora...
Sara– Bom, eu
tenho mais o que fazer do que ficar de papo furado com você. Com licença!
Sara vira
as costas e Gustavo pega a delegada e a beija. Possessa, ela dá um tapa na cara
no funcionário público.
Sara– Você
ficou maluco rapaz?
Gustavo– Fiquei
sim, maluco por você!
Sara– Escroto!
Gustavo– Eu sei
que você curtiu o beijo.
Sara– Da
próxima vez que fazer algo do tipo, eu te prendo.
Gustavo – Se for me prender na cama e com algema de sexy shop,
eu aceito sim!
Sara se irrita e deixa Gustavo falando sozinho.
CENA 3.
PRAÇA QUINZE. EXTERIOR. INÍCIO DA TARDE
Joás se
encontra com Bianca na Praça Quinze e recebe os arquivos das câmeras de
segurança.
Bianca – Aqui está
o pen drive com os arquivos das câmeras de segurança da Rua do Banco Prisma.
Joás – Perfeito!
E ai, encontrou algo de suspeito?
Bianca –
Infelizmente não. Eu dei uma olhada no material e só dá para observar que os
rapazes que foram presos chegaram depois do assassinato.
Joás – Está mais
que provado que eles são inocentes.
Bianca – De certa
forma sim, o problema é que os assassinos estavam mascarados e não deu pra ver
muita coisa.
Joás – Só de
inocentar esses rapazes já basta.
Bianca – Porque
você está interessado em inocenta-los?
Joás – Porque
estou cansado de ver injustiça nesse país. Sempre os negros, pobres,
nordestinos e homossexuais sofrem julgamentos perante essa sociedade
preconceituosa.
Bianca – Te
entendo! Desejo boa sorte na investigação.
Joás – Obrigado
Bianca, você foi o anjo comigo.
Bianca – Qualquer
coisa é só me ligar.
Joás – Ok, boa
tarde!
Bianca dá um abraço em Joás e entra no Uber.
CENA 4.
BANCO PRISMA. SALA DE FINANÇAS. INTERIOR. INÍCIO DA TARDE
Hélio entra
na sala e conversa com Alice
Hélio – Boa tarde
dona Alice!
Alice – Boa tarde
Hélio! Tem alguma novidade?
Hélio – Sim, a
imprensa cobriu a soltura daqueles quatro rapazes.
Alice – Inferno!
Eles deveriam continuar mofando na cadeia. Eu sabia que esses miseráveis seriam
soltos.
Hélio– Calma.
Daqui a duas semanas é o julgamento deles e você terá que acertar de imediato
com uma boa advogada.
Alice – Eu sei
quem contratar, não vou sossegar até vê-los na prisão novamente.
Hélio– Bom eu
não acredito que eles agiram sozinhos.
Alice – Como assim?
Está defendendo eles?
Hélio– Eu?
Jamais. Eu se fosse você ficaria de olho no Afonso. Já reparou o quanto ele é
estranho e anda armado o tempo todo?
Alice– Nunca
reparei, mas foi bom você ter me dito isso.
Hélio– Não
precisa agradecer. Bom, voltarei ao trabalho. Com licença.
Hélio retorna ao trabalho e Alice desconfia de Afonso.
CENA 5.
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES. VIDIGAL. INTERIOR. TARDE
Samira fica
feliz com a chegada do Allan
Samira–
Finalmente a liberdade cantou hein?
Allan– Estava
doido para voltar pra comunidade.
Samira – Teve
alguns vizinhos ai te hostilizando e tals. Outros estavam torcendo pela sua
soltura.
Allan – Nem ligo
para esse povo que me hostilizam. O que importa é que voltei para minha casa,
família...
Samira– Cléo teve
que se virar nessas últimas vinte e quatro horas.
Allan– Ela é
guerreira, eu admiro a Cléo por isso.
Samira – E porque
não voltam? Vocês são tão lindos juntos.
Allan – Ela é
cheia de neurose. Não posso nem beber com os parceiros que ela quer caçar
confusão.
Samira– Entendi,
mas ela te ama apesar dela ser loucona.
Allan– Dá pra
perceber isso, mas enfim, cadê minha neguinha?
Samira – Olha ela
ai!
Vitória vê Allan e corre para os braços do pai e o abraça.
CENA 6.
CASA DOS SANTIAGO ALMEIDA. CURICICA. SALA DE ESTAR. INTERIOR. FINAL DA TARDE
Mirela prepara janta para Téo e Geovane.
Mirela– Estou
preparando aquela macarronese de lei.
Téo- Amo uma
macarronese!
Geovane– Cheguei
em boa hora então.
Mirela– Bom, vou
deixar vocês a sós.
Mirela vai
para a cozinha e Téo inicia a conversa:
Téo– O que
houve para você ser preso e acusado de um assassinato?
Geovane– Eu e meus
amigos vimos uma mulher morta. Iriamos comemorar que fechamos contrato com
times na balada e aconteceu que tentamos salva-la. Fomos pegos no local do
crime.
Téo– Caralho!
E agora estamos com risco de perder muitos patrocinadores.
Geovane– Tenha
calma, tudo vai se resolver.
Téo– Como vai
se resolver? Amor, somos gays e negros e nesse país preconceituoso, não temos
vez, somos invisíveis.
Geovane– O
julgamento é daqui a uma semana e obviamente terá a presença da mídia.
Téo– O
problema é que não temos muito tempo para pagar os fornecedores.
Geovane– Amor,
você sabe que comigo no comando, consigo colocar tudo nos eixos.
Téo– Se é pra
ser assim, eu confio em você.
Geovane e Téo se beijam.
CENA 7.
VIDIGAL. BECO. EXTERIOR. NOITE
Horas depois: Sozinha e com o beco deserto, Oliver cerca Cléo.
Oliver – Não é muito adequado uma moça andar sozinha pela
favela.
Cléo – O que você quer Oliver?
Oliver – Só queria matar saudades, sentir seu corpo, seu beijo e
todo seu amor.
Cléo – Você só pode estar de brincadeira. Com licença, porque eu
tenho uma filha para criar e tenho que fazer a comida dela.
Oliver – Acho que sua filha poderia esperar mais um pouco.
Cléo – Me esqueça Oliver. Eu não te amo mais, não sinto mais
prazer por você. Agora suma e me deixe em paz.
Oliver puxa o estilete e ameaça:
Oliver – Você acha que vou deixar tudo passar barato. Você me
traiu com aquele merdinha que você chama de marido e não quer ceder aos meus
desejos?
Cléo – Não sou obrigada a fazer o que não quero e me solta.
Oliver – Não vou lhe soltar até me satisfazer a minha vontade.
Cléo – Você não é macho pra isso.
Oliver – Está apostando pra ver? Vagabunda. Agora você verá do
que sou capaz.
Cléo grita.
Cléo – Socorro [GRITA]
Oliver espanca Cléo até ficar desacordada e estupra a jovem no beco escuro. Para salvar a jovem, um rapaz espanca Oliver.
CENA 8.APARTAMENTO
RANGEL PALMARES. SALA. INTERIOR. NOITE
Delegada
Sara entra no apartamento de Doroteia.
Sara – Dona
Doroteia, você quer falar comigo?
Doroteia – Sim e
necessito ter uma conversa muito séria com você
Sara – Diga!
Doroteia – Eu estou
acompanhando os desdobramentos do assassinato de Cindy e tenho essa pasta para
te mostrar.
Sara pega a
pasta e pergunta:
Sara – Que pasta
é essa?
Doroteia – É um
dossiê dos crimes de Cindy. Eu mantenho guardado a sete chaves. Ela era bandida,
traficante de drogas e mantém um depósito de armas israelenses no Vidigal.
Sara – Não pode
ser, a dona Cindy parecia ser gente boa.
Doroteia – Aquela
lá era lobo em pele de cordeiro, tentou dar o golpe no pai. Fiz esse dossiê com
ajuda do meu amigo delegado que morreu. Se eu fui demitida da mansão dos
Bastos, foi por causa dela.
Sara abre o
dossiê e fica incrédula.
Sara – Porque
não a denunciou antes?
Doroteia – Eu e meu
amigo corríamos risco de sermos mortos.
Sara – Estou
chocada e não sei o que dizer.
Doroteia – Agora
você acredita na inocência de Gustavo?
Sara fica
sem reação.
Fim do episódio 04
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