Autor - Lucas Bonifácio.
Capítulo 15.
EM SALVADOR - NA CASA DE HEITOR - NA SALA.
Neuza está mais arrumada. Ela escuta batidas na porta e atende é seu amante.
Paulo: "Oiii".
Neuza: Ai meu gostoso!
Ela puxa ele para dentro e tranca a porta. Em seguida ela pula nos braços dele e eles se beijam loucamente.
Paulo: Que saudade eu estava de você gostosa.
Neuza: Eu também estava morrendo de saudades de você meu tesão, principalmente das suas pegadas, dos seus beijos, "aiii".
Eles se agarram com desejo, e Paulo a leva para o quarto dela e de Heitor. Lá eles deitam na cama e começam a tirar a roupa um do outro.
EM UMA PRAÇA.
Luíza está sentada em um banco triste e pensativa.
Luíza: Meu Deus, eu preciso fazer alguma coisa pra ajudar maínha, mas oque?
Ela começa a chorar.
Enquanto isso.
Giselly uma jovem prostituta está caminhando, mexendo seu quadril, um homem passa perto dela.
Homem: Hoje tenho que dá uma chegada no cabaré, "cê" tá boa demais Giselly!
Diz a admirando.
Giselly: Pode ir meu amor, que vou "lé" encher de prazer haha.
Giselly caminha alguns passos, chegando na praça.
Giselly: Bom, acho que tá na hora de retocar minha maquiagem!
Ela pega seu estojo de maquiagem dentro da bolsa e senta no mesmo banco que Luíza.
Giselly: Olá.
Cumprimenta ela.
Luiza: Oi.
Responde Luiza triste.
Giselly: Oxi menina, que tristeza é essa?
Luíza: Nada, apenas coisas difíceis da vida.
Giselly: Xi e pelo jeito, teu caso é bem sério, está tão decaida!
Diz a moça retocando a maquiagem.
Luíza: É sim, muito sério!
Fala pensativa.
Giselly: A vida é assim mesmo querida, cheia de altos e baixos. Mas fala ai, oque está acontecendo, quem sabe eu posso te ajudar, dá um conselho!
Luíza: Não moça, meu problema não tem solução não, só Deus mesmo pra me ajudar.
Giselly: Meu amor não existe problema que não possa ser resolvido, diga ai, oque está acontecendo, eu posso "lé" dá uma ideia se quiser.
Luíza: Ah, a minha maínha está com um grave problema no coração e precisa realizar um transplante urgente, só que nós não temos dinheiro suficiente para pagar a cirugia.
Giselly: Que barra! É, fazer um transplante custa um dinheirão mesmo, eu tenho um tio que também estava com o mesmo problema que túa mãe, coitado, a familia dele trabalhou muito para que ele fizesse a mesma cirugia.
Diz a prostituta se maquiando.
Luíza: É complicado!
Luíza abaixa a cabeça triste, Giselly a olha por alguns segundos e diz.
Giselly: Mas sobre esse teu caso, eu acho que posso te ajudar, só não sei se tú vai topar.
Luíza: Oxi, me ajudar como?
Giselly guarda seu estojo de maquiagem na bolsa.
Giselly: Olha, eu trabalho como garota de programa no cabaré das "cabra mansa", fica uns dez kilometros daqui, em um lugar isolado, não sei se tú já ouviu falar. Lá a gente ganha uma boa grana, bem mais do que em qualquer outro lugar, e minha chefe está querendo contratar mais meninas, se você quiser eu posso falar com ela
Luíza: Não moça, de jeito nenhum, isso é pecado!
Giselly: Pode até ser, mais pense em um pecado que dá dinheiro. Tú ajudaria tua mãe assim ó, em dois tempos.
Luíza: Não moça, eu não sei.
Luíza fica intrigada.
Giselly: Olha, tú não ama a túa mãe? Então, faz esse sacrificio por ela. E olha que tú não e de se jogar fora hein, tem um corpão. Tenho certeza que tú resolveria o problema da túa mãe em um estralar de dedos.
Luíza abaixa a cabeça pensativa.
Giselly: É para os fortes é! Mas cabe a tú querer, é pegar ou largar.
Luíza: Ai, eu não sei, eu preciso pensar!
Responde a jovem intrigada.
Giselly: Então pense, qualquer coisa me liga (Ela retira um cartão de sua bolsa) - Toma, o meu cartão!
Ela entrega para Luíza.
Giselly: Ah, nem me apresentei ainda, prazer me chamo Giselly!
Estende a mão para um aperto.
Luíza: Prazer Giselly, minha graça é Luíza.
Elas dão um aperto de mãos.
Giselly: Nome bonito! Bom Luíza, esse é o unico jeito que posso "lé" ajudar, se tú quiser é só me ligar! Agora tenho que ir nessa, agorinha dá a hora de chegar no cabaré, tchau!
Ela beija o rosto de Luíza.
Luíza: Tchau!
Giselly sai, e Luíza olha para o cartão pensativa.
ANOITECE - RIO DE JANEIRO - NA CASA DE HELENA - NA SALA.
Helena, Olívia e Maria estão sentadas no sofá conversando.
Olívia: Então você conversou com a Nandinha!
Helena: Sim, a minha filha me ligou!
Responde feliz.
Maria: E oque ela disse dona Helena? Ela falou onde estava?
Helena: Não, ela não disse, eu perguntei mas acho que bem na hora que ela ia dizer a ligação caiu. Mas eu estou tão feliz e esperançosa por ter falado com minha filha, graças a Deus ela está bem!
Olívia: Será que esse contato da nandinha significa que o Luís está arrependido pelo que fez?
Maria: Pode ser!
Helena: Eu espero que sim! O Luís não é uma má pessoa, ele tem o coração bom. Com certeza fez isso por impulso, e pode voltar atrás.
Maria: Eu estou tão feliz pela senhora dona Helena, essa é a melhor noticia que a senhora poderia nós dá hoje.
Olívia: Helena, liga para a polícia e fala sobre o acontecido. Eles podem vir aqui e através do seu telefone rastrear e descobrir o local de onde a Nandinha te ligou.
Helena: É isso que vou fazer Olívia!
Helena pega seu celular e inicia a ligacao, elas ficam esperançosas.
Alguns minutos depois...
Um integrante da polícia está usando um aparelho no telefone de Helena. Helena e suas amigas estão ansiosas esperando resposta, o rapaz termina seu trabalho, sem sucesso.
Rapaz: Eu sinto muito, mas nosso aparelho não conseguiu detectar o local de onde a senhora recebeu a última ligação.
Helena: Ah não, e porque?
Rapaz: Isso acontece pelo fato do aparelho o qual a senhora recebeu o telefonema, não conter a opção de localização. Ou seja, é um telefone de modelo mais antigo.
Helena: Ai meu Deus, eu não acredito.
Helena fica contrariada.
Rapaz: Se a ligação viesse de um aparelho mais moderno, com certeza descobriríamos o paradeiro de sua filha, e facilitaria as buscas.
Helena: Droga! Quando penso que vou ter minha filha de volta, tudo se complica!
Helena começa a chorar.
Maria: Calma dona Helena, só dá senhora ter recebido a ligação da Nandinha já é um bom sinal. Ela pode te ligar de novo e dizer onde está.
Helena: Oque mais me preocupa é o Luís ter descoberto que minha filha entrou em contato comigo e não deixar ela mais me ligar.
Olívia: Infelizmente não podemos desconsiderar essa hipótese. Ele pode não ter se arrependido como chegamos a imaginar.
Helena fica tensa.
EM SALVADOR - NA CASA DE MÃE NIRA - NA COZINHA.
A mãe de santo está preparando o jantar, Luíza espiona ela pela porta sem que ela perceba. Mãe Nira começa a chorar angustiada e preocupada, e ao vê - la assim, Luíza sai chorando em silêncio.
NO SUPERMERCADO.
Heitor está somando as compras de uma senhora mãe de santo na calculadora. A senhora o encara como se estivesse vendo alguma coisa. Ele termina a soma.
Heitor: Deu 75 reais mãe Lívia.
Mãe Lívia entrega cém reais para ele. O homem pega o troco do dinheiro e entrega para a senhora.
Heitor: Obrigado mãe Lívia.
Mãe Lívia: Tú é um homem de bom coração hein menino, tua auréa brilha!
Heitor: Ah, obrigado!
Agradece sorridente.
Mãe Lívia: Só que tú também é um homem inocente e que precisa ficar mais esperto.
Heitor: Como assim mãe Lívia?
Mãe Lívia: Abre o olho pra túa "muler", enquanto tú ta aqui batalhando, ela tá em casa "lé" traindo!
Alerta a mãe de santo, ela pega as suas compras e sai. Heitor fica perplexo com a revelação.
AMANHECE - EM UM ORELHÃO.
Luíza está tensa, ligando para Giselly, a prostituta atende.
Giselly: Alô?
Luíza: Alô Giselly, sou eu. Luíza!
Giselly: Oi Lú, tudo bem?
Luíza: Mais ou menos, olhe, eu te liguei pra lé dizer que eu aceito trabalhar no cabaré das cabra mansa!
Fala desesperada, Giselly fica surpresa.
Eterno Verão.
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