Último Episódio.
Série criada e escrita por- Guilherme Augusto.
Supervisão de Texto- Rafael Lamim.
Direção Artística- Mauro Mendonça Filho.
HOSPITAL / QUARTO DE ALICE / INT- DIA / CENA 1.
Marina está perplexa com o que escuta de Alice sobre Carol.
Marina- Clara, eu não acredito em você. Eu sei que você não gosta da minha filha, vai que seja uma mentira sua.
Clara- Marina, eu não estou mentindo. A Carol é perigosa, eu sempre disse isso.
Alice- eu nunca iria acusar alguém de um crime só por maldade. Acredita em mim, Marina. A Carol tentou me matar só por eu ter visto ela beijando o professor. Imagina o que ela faria comigo caso souber o que eu estou te falando.
Marina- tem provas disso?
Alice- não!
Marina- então desculpas, não vou acreditar nisso. Agora eu vou pra casa, pois quero sair com os meus filhos mais tarde.
Clara- espera, Mariana. Eu te perdôo por não acreditar na gente agora, já que você é mãe. Mas fique sabendo de uma coisa, ela é muito perigosa.
Marina fica estressada.
Marina (Brava)- tchau, Clara. Tchau pra você também, Alice.
Marina sai do quarto de Alice. Clara e Alice se encaram.
Clara- espero que a Carol não consiga fazer nada de ruim com eles.
Alice- se acontecer, a gente tentou avisar.
Clara fica preocupada.
CASA DA FAMÍLIA VASCONCELOS / CALÇADA / EXT- DIA / CENA 2.
Olívia, Fábio, Esther, Miguel, Kauã e Isabela continuam fora de casa. Um carro para na frente da casa deles. Joana, Heitor e dois seguranças saem do carro. Eles se aproximam da família Vasconcelos.
Heitor (Tony Ramos)- você é o Fábio?
Fábio- Sim, sou eu!
Heitor- onde está a Sabrina?
Fábio- quem?
Olívia- eu quebrei um vaso na cabeça dela, ela está desmaiada provavelmente.
Fábio- quem é Sabrina?
Kauã- o nome verdadeiro da Carol.
Fábio- que?
Heitor- tem alguma foto dela? Preciso ter certeza antes de mandar invadir.
Olívia pega o celular. Ela mostra uma foto dela com Kauã, Isabela e Carol.
Olívia- aqui.
Heitor olha a foto. Ele percebe que Carol é Sabrina.
Heitor- é ela sim. Dessa vez essa desgraçada não escapa.
*Fábio- espera, vocês estão atrás dela por quê?
Heitor- a Sabrina não é uma criança, e sim uma mulher adulta. Ela nasceu com uma disfunção hormonal rara, chamada hipopituitarismo. Ela já matou 8 pessoas até onde sabemos.
Fábio- espera, que doença é essa?
Heitor- hipopituitarismo é uma doença endócrina caracterizada pela diminuição da secreção de um ou mais dois oito hormônios normalmente produzidos pela glândula pituitária, na base do cérebro. Fazendo com que as pessoas fiquem com aparência de criança para sempre.
Joana- eu deveria ter suspeitado quando ela chegou no meu orfanato.
Heitor- a culpa não é sua. Ela sabe ser encantadora, então conquista todos facilmente.
Eles ficam conversando. Em off.
CARRO DE HENRIQUE / INT- DIA / CENA 3.
Henrique está dentro do seu carro. Estacionado em uma rua, próximo a casa da família Vasconcelos. Henrique olha quem está na frente da casa, e liga para Carol.
Henrique (Celular)- Carol, não tenho uma boa notícia.
Carol está dentro do escritório. Colocando dinheiro do cofre de Fábio dentro de uma mochila.
Carol (Celular)- fala logo, eu estou ocupada.
Henrique (Celular)- tem uma velha, um cara e dois seguranças na frente da sua casa.
Carol (Celular)- o cara que você falou é alto, gordinho e calvo?
Henrique (Celular)- sim. Conhece?
Carol (Brava / Celular)- Merda! O Heitor me encontrou.
Henrique (Celular)- quem é Heitor?
Carol (Celular)- depois eu te explico tudo. Eu preciso sair daqui.
Henrique (Celular)- pula a janela.
Carol (Celular)- Tá louco? É alto e também tem rosas com espinhos ao redor da casa toda.
Henrique (Celular)- eu faço algo?
Carol começa a pensar.
Carol (Celular)- eu tive uma idéia. Pega a arma, e fica atento. Vou fazer uma coisa arriscada, mas que vai dar certo.
Henrique (Celular)- eu vou ter que matar alguém?
Carol (Celular)- não sei, talvez sim. Só fique atento.
Henrique (Celular)- ok! Cuidado.
Henrique desliga o celular e fica preocupado. /Corta/. Carol coloca todo o dinheiro do cofre dentro da mochila. E pega uma pistola Taurus 938 calibre 380.
Carol- hora do ataque.
Carol sai de dentro do escritório.
CASA DA FAMÍLIA VASCONCELOS / CALÇADA / EXT- DIA / CENA 4.
O carro de Marina para na frente de casa. Ela desce do carro e fica preocupada quando vê todos fora de casa.
Marina- o que aconteceu?
Fábio- Marina, a Carol não é uma criança.
Marina- Como assim?
Kauã- ela tentou me matar, mãe.
Marina (Surpresa)- o que?
Heitor- senhora Marina, eu sei que isso tudo é confuso. Mas a sua filha é uma criminosa perigosa, e é uma mulher adulta.
Marina- Vocês devem estar enganados. A Carol é uma criança.
Fábio- depois a gente conversa sobre isso. Ok?
Heitor- Bom, a polícia está chegando. Vamos invadir.
Marina- Como assim, invadir?
Olívia- Marina, para. A Carol tentou matar o Kauã, e ela é uma mulher adulta.
Marina- eu acho que não tô bem.
Marina fica tonta. Fábio segura ela.
Miguel- gente, cadê a Isabela?
Olívia e Esther vão atrás da casa atrás de Isabela. Kauã e Miguel olham na frente de casa. Eles voltam e avisam que ela sumiu.
Esther- não achamos a Isabela lá atrás.
Miguel- aqui na frente também não.
Marina- meu Deus, onde ela tá?
Kauã vê pela janela, Carol subindo com Isabela pela escada.
Kauã (Gritando e apontando para janela)- ela tá lá dentro. A Carol pegou ela.
Todos olham pela janela e ficam vendo Carol levar Isabela para o andar de cima.
Fábio- a minha filha não!
Fábio tenta correr. Os seguranças de Heitor seguram ele.
Heitor- não subam, pode ser perigoso. Vamos esperar a polícia.
Esther (Brava)- se você sabe que ela é uma assassina perigosa, você acha certo deixar a Carol levar a Isabela como refém?
Heitor- mas ela pode matar algum de vocês.
Marina- que ela me mate, mas na minha filha ela não toca.
Marina corre e entra dentro da casa. Esther e Fábio correm atrás. Heitor proíbe os seguranças de entrarem na casa.
Heitor- não vou arriscar a vida de vocês. Fiquem aqui.
Olívia e Heitor se encaram.
MANSÃO DA FAMÍLIA LOURENÇO / QUARTO DE CLARA / INT- DIA / CENA 5.
Clara sai de dentro do banheiro do seu quarto apenas de toalha. Ela se assusta ao ver seu irmão deitado na cama dela.
Clara- porra, que susto Juan.
Juan (Nicolas Prattes)- oi, irmãzinha. Tudo bem?
Clara- tudo. Eu tinha esquecido que você chegava hoje.
Juan- nossa, esqueceu do seu irmão?
Clara- não, isso é impossível.
Juan- eu imagino.
Clara- Como foi a viagem?
Juan levanta e anda em direção a irmã.
Juan- foi perfeita. Estava ansioso para chegar aqui.
Clara- que bom. Pode sair do meu quarto, por favor? Eu vou me trocar.
Juan- claro. Até mais tarde.
Clara- até.
Juan encara Clara, e sai do quarto. Clara encosta na parede e fica pensativa.
CASA DA FAMÍLIA VASCONCELOS / CORREDOR / INT- DIA / CENA 6.
Fábio, Marina e Esther andam pela casa atrás de Isabela. Marina entra no quarto de Carol e não acha ela. Fábio entra no banheiro e não vê ninguém. Esther abre a porta do escritório e vê Carol apontando uma arma para cabeça de Isabela. Esther grita. Marina e Fábio vão na direção de Esther e se assustam ao ver a mesma cena de Esther.
Carol (Com um sorriso diabólico)- achou.
A câmera foca em Esther, Marina e Fábio encarando Carol. Depois em Carol com a arma apontada para cabeça de Isabela.
CASA DA FAMÍLIA VASCONCELOS / CALÇADA / EXT- DIA / CENA 7.
Olívia, Joana, Kauã, Miguel e Heitor estão esperando a polícia chegar.
Olívia- essa polícia tá demorando muito.
Heitor- também acho. Vou ligar de novo.
Heitor pega o celular e liga pra polícia novamente.
Olívia olha para Joana.
Olívia- qual seu nome mesmo?
Joana- é Joana.
Olívia- Joana do céu, eu tô com uma sensação muito ruim. Acho que eu vou entrar.
Joana- melhor não, pode ser perigoso.
Olívia- eu sei disso. Mas caso eu consiga proteger minha família de alguma forma, eu vou tentar.
Joana- você está protegendo dois netos estando aqui fora. Esses meninos precisam do seu apoio.
Olívia olha para Kauã e Miguel.
Olívia- é, você tem razão. Vou ficar com eles.
Joana- vai lá.
Joana observa Olívia indo abraçar Miguel e Kauã.
CASA DA FAMÍLIA VASCONCELOS / ESCRITÓRIO / INT- DIA / CENA 8.
Marina, Esther e Fábio estão dentro do escritório. Marina se aproxima das meninas e começa a falar com Carol.
Marina- Carol, por favor. Deixa a Isabela ir embora, eu posso ficar no lugar dela.
Carol começa a rir.
Carol- você acha que eu sou burra? A Isabela é a única coisa que pode me manter viva.
Marina- claro que não. Você pode me fazer como refém se quiser.
Carol- a, claro. Vou largar a Isabela e fazer você de refém.
Marina- só não faz nada contra ela, eu te imploro.
Carol- a Isabela é a única dessa casa com quem eu me apeguei e criei um sentimento. Não faria nada contra ela, a não ser que eu precise.
Fábio- Carol, faz o seguinte. Você desce com a Isabela, solta ela, pega o meu carro e foge. Pode ser?
Carol- eu não preciso do seu carro. Meu ajudante já está lá embaixo, apenas esperando o momento para fugir comigo.
Marina- por acaso, é o seu professor de história?
Carol- a Alice te contou?
Marina- então é verdade?
Carol- Sim, é verdade. Tentei matar a Alice, matei a diretora Graça, a Fabiana.
Esther- a diretora Graça? Então foi você que matou ela?
Marina- a Fabiana que você falou, é a do orfanato?
Carol- a resposta para as duas perguntas são sim. Matei a diretora Graça por ela ter descoberto meu caso com o Henrique. E depois, eu matei a Fabiana e enterrei o corpo dela lá nos fundos, por ela ter tido a idéia idiota de me chantagear. Ela sabia muito do meu passado, e achou que arrancaria dinheiro de vocês me chantageando.
Marina- a Clara tentou me avisar, meu Deus. Como eu pude ser tão burra de não ter percebido quem era você quando te adotamos.
Carol- eu sou bem simpática, eu sei.
Carol escuta um barulho de viatura de polícia.
Carol- é, agora eu vou descer e sequestrar a Isabela. Mas não se preocupe, eu vou largar ela aqui por perto. Só algum de vocês nos seguir.
Marina- eu vou junto.
Carol- não pode, você vai estar preocupada com outra coisa.
Marina- o que?
Carol- antes de tudo, não se preocupe. Não vou fazer nada contra a Isabela, e mais tarde ela vai estar com você. Então só se preocupe em estancar o sangue dele.
Marina- de quem?
Carol aponta a arma para Fábio.
Carol- te amo, papai.
Carol atira em Fábio. O tiro bate no peito dele. Fábio cai no chão. Marina e Esther gritam. Carol puxa Isabela e elas saem de dentro do escritório. Marina e Esther ficam ao redor de Fábio.
CASA DA FAMÍLIA VASCONCELOS / CORREDOR / INT- DIA / CENA 9.
Carol percebe que tem dois policiais no andar de baixo. Ela mira e atira em um dos policiais, que cai morto no chão. O outro policial atira na direção de Carol, mas para ao ver Isabela.
Carol- você vai mesmo atirar em duas pobres crianças indefesas? Senhor policial.
Policial- solta a menina e se entregue.
Carol- claro.
Isabela desce as escadas, correndo. O policial olha para Isabela. Carol aproveita o momento de distração do policial para atirar nele. Isabela cai no chão, assustada. Carol desce correndo e puxa Isabela pelo braço.
Carol- muito bem, irmãzinha. Me ajudou a se livrar desse bandido. Agora vamos lá pra fora, devagar.
Carol e Isabela começam a andar em direção a saída da casa.
CASA DA FAMÍLIA VASCONCELOS / CALÇADA / EXT- DIA / CENA 10.
Olívia, Joana, Kauã, Miguel e Heitor estão preocupados com o barulho de tiro.
Henrique aparece e aponta uma arma para todos.
Henrique- ninguém se mexe, ou eu atiro.
Olívia- quem é você?
Henrique- namorado da Carol.
Miguel- o que?
Carol sai de casa junto com Isabela.
Carol- oi, família linda.
Olívia- sua desgraçada. Solta a Isabela.
Carol- poxa, vovó. Infelizmente isso não vai ser possível. Preciso dela para fugir em paz.
Olívia- me leva no lugar dela.
Carol- não vou levar você no lugar dela, mas você vai junto. No meio do caminho eu libero vocês.
Heitor- a mesma cobra de sempre.
Carol- oi, velho babão. Tá com saudades da minha facada?
Heitor- você vai ver o que eu vou fazer com você no hospício. Vai levar choque a cada 5 minutos.
Carol- bom, ainda bem que eu não vou pro hospício, né?
Miguel- Carol, o que aconteceu com você?
Carol- nada, vocês apenas descobriram quem eu sou de verdade.
Miguel- você me enganou durante esse tempo todo?
Carol- capaz daqui a pouco querer chorar, né Miguel?
Miguel- eu pensei que você me amasse de verdade.
Carol- você é muito jovem pra mim, eu tenho o dobro da sua idade. Quem sabe no futuro.
Henrique- vamos embora?
Carol- claro. Olívia, entra no carro.
Olívia anda. Henrique coloca Isabela no banco de trás junto com Olivia. Carol encara Kauã.
Carol- você aprontou muito comigo, merece uma lição.
Carol coloca a arma na cabeça de Kauã. Ela aperta mas o tiro não sai. Kauã começa a chorar, e Carol ri.
Carol- eu amo fazer isso. /Tempo/ Até nunca mais, irmãozinho. E adeus, Miguel.
Carol corre e entra no carro de Henrique. Henrique acelera e eles fogem. Miguel e Kauã entram dentro da casa e sobem até o escritório.
CASA DA FAMÍLIA VASCONCELOS / ESCRITÓRIO / INT- DIA / CENA 11.
Marina está tentando estancar o sangue de Fábio. Esther liga para uma ambulância. Miguel e Kauã entram no escritório e se desesperam ao ver o pai baleado. Eles sentam perto de Fábio.
Miguel (Desesperado)- pai, o que aconteceu?
Fábio (Com dor)- a Carol atirou em mim.
Esther- a ambulância já está chegando.
Fábio- Eu não vou aguentar, eu sei disso. Tá doendo muito.
Kauã (Chorando)- pai, você precisa aguentar. Você não pode ir embora.
Fábio- Kauã, você precisa ser forte. Caso eu vá pro céu, você vai ser o homem da casa.
(Começa a tocar o instrumental: "Timeless")
Kauã- mas eu não quero ser o homem da casa. Eu quero ter o meu pai do meu lado.
Fábio- Você tem o Miguel, seu irmão. E o Miguel tem vocês.
Miguel (Chorando)- pai, não morre. Você não pode morrer hoje. A gente acabou de se conhecer, temos tanta coisa para conversar e fazer juntos.
Fábio- Eu vou estar com vocês, durante toda a vida. Vou estar do lado de vocês, protegendo e ajudando a fazer as escolhas certas.
Miguel (Chorando)- eu não vou aguentar perder você. Eu acabei de ganhar um pai, pra perder dias depois?
Fábio- a vida é sempre injusta, meu filho. /Tempo/. Me dêem um abraço.
Miguel e Kauã abraçam Fábio, com cuidado.
Fábio (Fraco)- Eu amo todos vocês. Todos.
Fábio para de falar. E morre nos braços de Miguel e Kauã.
Miguel (Gritando)- Não! Não! Por favor, não! O meu pai não.
Todos começam a chorar. Marina abraça Kauã, e Esther abraça Miguel. A câmera foca em Fábio. Morto.
RUA / CARRO DE HENRIQUE / CENA 12.
Carol- bom, ninguém seguiu a gente.
Henrique- ainda bem.
Carol vira para trás e olha Olívia e Isabela.
Carol- nossa história termina aqui, vovó e irmãzinha. Desçam do carro.
Olívia- que você queime no fogo do inferno, sua desgraçada.
Carol- nossa, quanto rancor. Sai logo da merda desse carro antes que eu desista de liberar vocês e enfie uma bala na testa de cada uma.
Olívia- você ainda vai se ferrar, Sabrina. Seu final não vai ser nada bom.
Carol- Isso que nós vamos ver. Agora desce!
Olívia e Isabela descem do carro. Carol olha para Isabela.
Carol- você é a melhor pessoa daquela casa, irmãzinha. Mas só por ser surda e muda. Adeus, meus amores. Até qualquer dia.
Carol fecha a janela do carro. Henrique acelera. Olívia abraça Isabela e fica calma.
Carol- agora sim, vamos viver em paz.
Henrique- o tanque tá cheio, e se formos rápidos a gente consegue chegar no interior de madrugada.
Carol- Caralho, é tão longe assim?
Henrique- bastante.
Carol- pelo menos lá vamos estar seguros. Vamos.
Henrique- a grande dupla se formou. E em breve vamos começar nossos golpes.
Carol- tudo que eu mais quero.
Carol e Henrique se beijam. Depois ele acelera. Tudo isso ao som de "Twisted Games".
CASA DA FAMÍLIA VASCONCELOS / SALA / INT- DIA / CENA 13.
Marina, Esther, Olívia, Kauã, Isabela e Miguel estão chorando a morte de Fábio. Joana e Heitor estão conversando.
Joana- será que a polícia vai conseguir pegar eles?
Heitor- eu acionei a polícia rodoviária federal. Não posso deixar a Sabrina fugir. Ainda mais, depois que ela matou dois dos meus seguranças.
Joana- se ela conseguir fugir, será que vai querer vingança?
Heitor- provavelmente. E é por isso que eu preciso colocar ela no hospício o mais rápido possível.
Olívia- olha, não é por falta de educação, mas, vocês podem ir embora?
Heitor- Bom, podemos. Acho que não temos mais nada para fazer aqui.
Joana- meus sentimos pelo Fábio, gente.
Olívia- muito obrigada.
Heitor- antes de irmos embora, preciso falar para você me ligar caso ela apareça. Ok?
Olívia- não se preocupe. Eu ligo qualquer coisa.
Heitor- Bom, com licença.
Heitor e Joana saem da casa. Olívia fecha a porta, e depois ela senta ao lado da família. Todos choram a morte de Fábio.
TAKES DE SÃO PAULO / PASSA CENAS DOS PERSONAGENS / CENA 14.
Passam cenas de Marina, Esther, Olívia, Miguel, Kauã e Isabela no funeral de Fábio. / Depois, cenas de Verônica saindo da delegacia junto com Felipe e Martins. Verônica conhecendo o apartamento novo e comemorando com os dois. / Carol e Henrique transando em uma casa.
INTERIOR / CASA VELHA / INT- DIA / CENA 15.
Carol e Henrique estão arrumando as malas.
Carol- pegou tudo, né? Não podemos deixar nenhuma pista para trás
Henrique- peguei.
Carol- estou ansiosa para dar o nosso primeiro golpe.
Henrique- eu mais ainda. Não pensei que seria tão fácil assim.
Carol- a velha disse o horário que temos que chegar na casa dela?
Henrique- amanhã, antes das 14h. Vamos dormir lá, já que ela não deixa o filho ir para escola.
Carol- eu vou dar em cima do filho mais velho, e você da própria velha, né?
Henrique- exatamente.
Carol- sinto que nossa vida de golpes vai dar certo.
Henrique- eu também.
Henrique e Carol se beijam.
Henrique- vamos dar a última fodida antes de ir pro Rio de Janeiro?
Carol (Sorrindo)- vamos, a noite merece.
Henrique beija Carol e joga ela na cama. Eles se beijam.
MANSÃO DA FAMÍLIA LOURENÇO / QUARTO DE CLARA / INT- DIA / CENA 16.
Clara e Martins estão deitados na cama. Conversando.
Clara- poxa, Martins. Você tem certeza disso?
Martins- Sim, Clara. Aconteceu tanta coisa aqui, que minha mãe acha melhor estudarmos em Nova York.
Clara- então eu nunca mais vou te ver?
Martins- claro que vai. A diferença é que só vamos nos diversos durante as férias.
Clara- não sei o que eu vou fazer sem você.
Martins- você tem a Alice, e o Miguel. Vocês ainda são amigos, né?
Clara- Sim, somos amigos. Nós conversamos e se resolvemos ontem. Ainda mais depois de tudo que aconteceu com ele.
Martins- eu vou falar com ele mais tarde. Dar os meus sentimentos.
Clara- faz bem.
Martins- Bom, agora eu já vou. O vôo sai em algumas horas.
Clara abraça Martins.
Clara- vou sentir saudades de você.
Martins- eu também vou.
Clara e Martins continuam se abraçando. Eles choram.
CASA DA FAMÍLIA VASCONCELOS / SALA / INT- DIA / CENA 17.
Esther, Olívia e Marina estão sentadas. Conversando.
Marina- amanhã a gente muda para casa nova.
Olívia- toda a família morando juntos.
Marina- Esther, cê tá bem?
Esther- estou sim. E fico feliz pela mudança de amanhã. Eu só estou pensando em uma que vou fazer no futuro.
Olívia- o que?
Esther- eu não consigo tirar da minha cabeça o assassinato da minha família. E eu estou decidida a investigar.
Olívia- Filha, isso aconteceu há quase 40 anos. Não tem o que investigar.
Esther- Bom, mesmo que eu não descubra nada. Mas eu vou investigar o assassinato da minha família.
Marina- se você quiser, pode contar comigo.
Olívia- comigo também. Mesmo eu achando essa idéia um absurdo.
Esther- agradeço a compreensão de vocês.
As três se abraçam.
Olívia- bom. Amanhã, uma nova vida começa para todos nós.
Marina- uma vida nova cheia de mudança, paz e harmonia.
Esther- espero que aconteça isso tudo mesmo. Estou cansada de tanta tragédia.
Olívia- e segredos revelados também, né?
Marina- falando nisso. Ninguém aqui tem mais segredos não, né?
As três começam a rir. E se abraçam, felizes.
AEROPORTO / SALA DE EMBARQUE / CENA 18.
Verônica, Martins e Felipe estão sentados. Esperando a hora do vôo.
Verônica- confesso que vou sentir saudades do Brasil.
Martins- mas você só vai de férias, não?
Verônica- Sim, eu sei. Mas vou ficar dois meses fora daqui.
Felipe- esses dois meses vai passar tão rápido que você nem vai perceber.
Verônica- eu espero.
Martins- agora eu estou pensando em tudo que aconteceu durante esses meses. Em tudo que fez a gente chegar até aqui.
Verônica- Isso é passado. Vamos focar no futuro de vocês.
Martins- mesmo não estando afim, vou estudar em uma escola nos Estados Unidos da América.
Verônica- e fazer faculdade também.
Martins- Isso.
Felipe- e eu vou continuar fazendo a faculdade de psicologia.
Verônica- vocês dois vão ter um futuro brilhante, disso eu tenho certeza.
Martins- e isso só vai ser possível graças a você.
Martins abraça a mãe. Verônica puxa Felipe e eles dão um abraço triplo. O homem avisa pelo megafone que está na hora do embarque.
Verônica- é, chegou a hora. Vamos embora.
Martins, Verônica e Felipe andam juntos até o balcão de embarque e fazem o check-in. Os três olham para trás. A câmera foca no rosto dos três. Os três piscam pra câmera e andam em direção ao avião.
MANSÃO DA FAMÍLIA LOURENÇO / QUARTO DE CLARA / INT- DIA / CENA 19.
Clara está dormindo. Juan entra no quarto da irmã e deita do lado dela. Ele faz carinho nela e a beija. Clara acorda, se assusta e dá um tapa no irmão.
Clara- o que é isso, Juan?
Juan- eu estou com saudades de você, maninha.
Clara- eu falei que a gente não ia mais fazer isso.
Juan- eu sei, mas não resisto a você.
Clara- mas precisa resistir. Já pensou se o papai descobre que temos um caso? Somos expulsos de casa.
Juan- mas foi você que começou com essa história toda.
Clara- eu sei, e me arrependo. Não sabia que incesto era pegado.
Juan- vai falar agora que você não vai mais cometer pecados?
Clara- vou, menos incesto.
Juan- será que você vai conseguir resistir a mim?
Juan beija Clara. Ela tenta resistir, mas não consegue
Clara- essa vai ser a última vez.
Juan- só que não.
Juan beija Clara. Ela tira a camisa dele, e arranha as costas de Juan enquanto eles se beijam.
TAKES DE SÃO PAULO AO ANOITECER / PESSOAS NAS BOATES, BARES E SHOPPINGS / CENA 20.
ESTRADA / CARRO DE HENRIQUE / CENA 21.
Henrique e Carol estão dentro do carro. Henrique dirigindo e Carol no banco de passageiro da frente.
Henrique- quanto dinheiro você conseguiu pegar?
Carol- 230 mil. Muito mais do que eu pensei.
Henrique- você acha que dá para comprar uma casa no Rio?
Carol- comprar, não. Mas dá pra alugar um boa. Deixa pra comprar quando estivermos ricos
Henrique- vamos ser um Romero e Atena 2.0.
Carol- sério que você tá comparando nossa vida com personagens de uma novela?
Henrique- só por zoação.
Carol- bom, podemos até se inspirar neles. Mas a Atena fugiu dos inimigos, e eu não vou fugir.
Henrique- Como assim?
Carol- a gente vai ficar um tempo longe de São Paulo, e depois vamos voltar.
Henrique- voltar? Então você vai voltar sozinha.
Carol- Como assim?
Henrique- eu nunca mais vou voltar pra São Paulo. Posso ser preso se voltar pra lá.
Carol- nós vamos voltar sim, e você vai me ajudar a destruir a família Vasconcelos.
Henrique- Carol, me desculpe. Mas eu nunca mais vou voltar pra São Paulo.
Carol- bom, a gente pensa nisso depois. Quando chegarmos no Rio de Janeiro e alugar alguma casa, pensamos no futuro.
Henrique- melhor esquecer desse assunto mesmo.
Carol- não fica estressado, amor. Por favor.
Henrique- não estou, só sou contra a sua idéia de voltar para São Paulo.
Carol- esquece essa idéia. Quer saber, vou fazer um agrado pra você.
Henrique- o que?
Carol abaixa a cabeça e começa a fazer um oral em Henrique.
Henrique- puta merda, que delícia. Eu amo sua boca.
A câmera mostra Carol tirando o cinto de segurança de Henrique.
Henrique- deixa eu gozar na sua boca hoje?
Carol levanta.
Carol- desculpa, Henrique. Mas você sabe que eu não gosto disso.
Carol beija Henrique.
Carol- eu te amo, Henrique. Saiba disso para sempre.
Henrique- Tá falando assim por quê?
Carol vê que o carro está próximo a um poste.
Carol- porque eu vou te matar.
Henrique encara Carol. Carol enfia a mão no volante e joga o carro em cima de um poste. O poste entra dentro da parte da frente do carro. Com a força do impacto, Henrique quebra o vidro da frente e o corpo dele capota pela estrada de terra. /Tempo/. Carol acorda e observa tudo. Ela está com um corte na testa. Ela sai do carro e vai na direção de Henrique. Ela coloca os dedos no pescoço dele e percebe que ele morreu.
Carol- não queria fazer isso com você, mas não me deu escolhas. Se tivesse aceitado participar do meu plano de vingança, você continuaria vivo.
Carol percebe que tem um carro se aproximando. Ela vai pro meio da rua e começa a gritar, pedindo ajuda. O carro para, e um casal desce para ajudar Carol.
Cristina (Patrícia Pillar)- menina, o que aconteceu?
Alexandre (Alexandre Nero)- você tá bem?
Carol (Chorando)- o meu irmão, ele bateu o carro no poste. Saiu voando.
Cristina- meu Deus do céu.
Alexandre- você se machucou?
Carol- só um pouco.
Alexandre olha o corpo de Henrique. Ele fala que o homem morreu.
Cristina- entra no nosso carro. A gente vai levar você em um hospital aqui perto. Chegando lá a gente pede pra uma ambulância vir olhar seu irmão.
Carol (Chorando)- ele era minha única família, não podia perder ele.
Cristiana e Alexandre se olham.
Cristina- você não tem mãe?
Carol (Chorando)- não.
Alexandre- Bom, entra no nosso carro. Vamos conversando no caminho.
Carol entra no carro deles. Cristina e Alexandre entram em seguida.
Cristina- vamos cuidar de você.
Carol- obrigada.
Alexandre liga o carro. Eles andam.
A câmera foca em Carol. Olhando pela janela no carro em movimento. Ela faz um sorriso malicioso.
FIM DA 1° TEMPORADA.
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