(Foto: Divulgação)
Um especial desenvolvido por Daniel Augusto.
Páscoa e Sua Origem.
Nas culturas ocidentais a Páscoa é talvez a comemoração mais importante a seguir ao Natal.
A sua origem está contida nos rituais pagãos e remonta a séculos antes do nascimento de Cristo. Por essa época as tribos pagãs da Europa adoravam a deusa da primavera, “EE-ah-tra”, mais tarde chamada de Eostre. Para prestarem culto a essa deusa, no final do mês de Março eram organizados festivais que celebravam o início da Primavera.
Acredita-se que o nome da deusa Eostre foi evoluindo, tanto na língua inglesa como na alemã, até chegar a Easter e a Ostern, respectivamente, e que significam Páscoa
Estátua a simbolizar a Deusa Eostr
A Páscoa também já era celebrada pelos judeus antes do nascimento de Jesus mas sem qualquer sentido religioso. Era festejada como o dia da liberdade, após anos de escravidão no Egipto.
Já para a civilização cristã, a palavra “Páscoa” tem origem na palavra hebraica “Pessach” que significa “passagem” pois celebra o renascimento de Jesus Cristo e sua ascensão ao céu dois dias depois da sua morte na cruz (sexta-feira santa).
O Coelho de Páscoa
Na verdade o animal escolhido foi uma lebre e não um coelho. Desde a antiguidade que a lebre, cuja gestação dura apenas um mês, era considerada a representação da Lua, que neste mesmo espaço de tempo passa da escuridão da Lua Nova ao brilho da Lua Cheia. E era assim que, para os povos antigos, a última Lua cheia após o equinócio de inverno determinava a data da Páscoa.
A relação da lebre com a Páscoa deve-se ao facto de ter sido escolhido pelos povos anglo-saxões da era pré-cristã como a figura representativa da fertilidade, devido à sua característica de se reproduzir rapidamente e em grandes quantidades.
Numa época onde a taxa de mortalidade era altíssima, as lebres eram assim associadas à abundância da nova vida após um inverno de privações, bem como sinônimo de preservação da espécie e esperança de melhores condições de vida.
Existe porém uma lenda de que o coelho da Páscoa era na verdade um magnífico pássaro que pertencia à deusa Eostre e que um dia se transformou em coelho. Mas como no seu interior, na sua alma, continuava a sentir-se como um pássaro, continuou, já como coelho, a construir o seu ninho e a enche-lo de ovos.
Os Ovos de Páscoa
A relação do ovo com as diversas culturas humanas é já ancestral. Desde os primórdios da humanidade que o ovo foi considerado como a mais perfeita embalagem da natureza.
Sabe-se que os sacerdotes druidas escolheram a imagem do ovo como seu símbolo. Os chineses tinham o hábito de pintar ovos de pata para celebrarem a vida que deles nasce.
No antigo Egipto, Pérsia, Grécia e Roma os ovos eram dados como presente para celebrar a chegada da Primavera e eram cozidos e comidos durante as celebrações. Estas culturas consideravam o ovo como símbolo do universo, como o princípio da vida.
No entanto a relação do ovo com a Páscoa só chegou à Europa por volta do século XV. Supõe-se que foram os missionários e os cruzados que trouxeram para a Europa Ocidental o costume de se usar os ovos como presentes de Páscoa, que naquela altura eram pintados de vermelho para representar o sangue de Cristo.
Os cristãos rapidamente adaptaram essa tradição e o ovo passou assim a ser o um dos símbolos da época da ressurreição de Jesus Cristo.
Por volta do século XVII aparecem os primeiros ovos de chocolate e mais tarde, na década de 60 aparecem os ovos plásticos recheados de pequenos ovos de chocolate ou bombons.
Mas convém não esquecer que a Páscoa vai muito além da simples troca de ovos. É um momento de reflexão e que remete à existência de Cristo tendo uma forte conotação religiosa.
Contudo, acordar de manhã e procurar os deliciosos e coloridos ovos, escondidos pelos coelhinhos da Páscoa, é um costume que não pode ser esquecido pois, além de ser muito divertido, remete-nos às maravilhosas lembranças da infância.
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