(Foto: Reprodução)
Uma coluna desenvolvida por Daniel Augusto.
Biografia de Michel Foucault
Michel Foucault (1926-1984) foi um filosofo francês, que exerceu grande influência sobre os intelectuais contemporâneos. Ficou conhecido por suas posição contrária ao sistema prisional tradicional.
Formação
Michel Paul Foucault nasceu em Poitiers, França, no dia 15 de outubro de 1926. Estudou no Lycée Henri IV e em seguida na École Normale Supérieure, em Paris, onde desenvolveu um interesse pela filosofia.
Foi aluno da Sorbonne, onde se formou em filosofia e psicologia. Em 1954 publicou “Doença Mental e Psicologia”.
Após vários anos como diplomata cultural no exterior, ele retornou à França, e a partir de 1960, passou a lecionar na Universidade de Clemont-Ferrand. Em 1961, publicou sua grande obra: “História da Loucura na Era Clássica”.
Em 1966, após deixar Clemont, Foucault lecionou na Universidade de Tunis, permanecendo até 1968, quando retornou à França e passou a chefiar o departamento de filosofia da nova universidade experimental de Paris.
Em 1970, Foucault passou a lecionar História do Pensamento no Colégio de França. Tornou um ativista de vários grupos envolvidos em campanhas contra o racismo, contra os abusos dos direitos humanos e em campanhas pela reforma penal.
Michel Foucault veio cinco vezes ao Brasil, a primeira foi em 1965. No final dos anos 70, foi descoberto pela universidade de Berkeley, na Califórnia, onde foi bem acolhido, e realizou palestras.
As Teorias de Foucault
As teorias de Foucault abordam principalmente a relação entre o poder e o conhecimento, e como elas são usadas com o objetivo de controle social através das instituições.
Embora citado como estruturalista e pós-modernista, Foucault rejeitou esse rótulo, preferindo apresentar seu pensamento como uma história crítica da modernidade.
Suas teorias influenciaram acadêmicos, que trabalham em estudos de sociologia, teoria literária, teoria crítica, comunicação, e também alguns grupos ativistas.
A Loucura Segundo Foucault
Em 1961, Michel Foucault defendeu sua tese de doutorado na Sorbonne com “História da Loucura na Era Clássica”, na qual analisa a maneira como era tratada a loucura no século XVII.
A principal questão discutida na obra, diz respeito ao sistema de normas fundamentais que regem a sociedade e, especialmente, os princípios de exclusão pelos quais se diferenciam os indivíduos “normais” e os “anormais”.
O filósofo ainda criticava a psiquiatria e psicanálise tradicionais, no seu modo de ver, instrumentos de controle e dominação ideológica.
O Poder Segundo Foucault
Michel Foucault dirigiu grande interesse para a questão do “poder”, e no livro “Vigiar e Punir” (1975), fez uma análise da transição da tortura para a prisão como um modelo punitivo, concluindo que o novo modelo obedece a um sistema social que exerce uma maior pressão sobre o indivíduo e sua capacidade de expressar suas próprias diferenças.
Michel Foucault acreditava que a prisão, mesmo que fosse exercida por meios legais, era uma forma de controle e dominação burguesa no intuito de fragilizar os meios de cooperação e a solidariedade do proletariado.
Diante disso, dedicou seus últimos anos à redação da obra “História da Sexualidade”, onde faz uma funda investigação do exercício do poder sobre a sociedade, publicando apenas os dois primeiros volumes,
Michel Foucault morreu em Paris, França, em consequência das complicações da AIDS, no dia 26 de junho de 1984. Foi a primeira figura pública a morrer da doença na França. Seu parceiro Daniel Defert fundou uma instituição de caridade para doentes de AIDS, em sua memória.
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