(Foto: Reprodução)
Uma coluna desenvolvida por Daniel Augusto.
Biografia de Ignácio de Loyola Brandão
Ignácio de Loyola Brandão (1936) é um escritor e jornalista brasileiro. Eleito para a Academia Brasileira de Letras, em 2019, é autor de uma vasta produção literária, entre romances, contos e crônicas.
Ignácio de Loyola Brandão nasceu em Araraquara, São Paulo, no dia 31 de julho de 1936. Filho do ferroviário Antônio Maria Brandão e de Maria do Rosário Lopes Brandão iniciou seus estudos em sua cidade natal.
Com 16 anos começou sua carreira jornalística com crítico de cinema no semanário, Folha Ferroviária. Em seguida, trabalhou no diário, O Imparcial, onde por cinco anos aprendeu a fazer reportagens, entrevistas, impressões e fotografia.
Em 1957, mudou-se para São Paulo, contratado pelo jornal Última Hora. Em 1963, foi correspondente do jornal Última Hora na Itália. Nessa época, fazia reportagens para a TV Excelsior, tendo coberto a morte do papa João XXIII.
Carreira Literária
A carreira literária de Ignácio Loyola de Brandão começou com a publicação do livro de contos, “Depois do Sol” (1965), que reúne histórias passadas na noite paulistana dos anos 60. Em 1968, publica seu primeiro romance, “Bebel Que a Cidade Comeu”, onde relata com sarcasmo, a época de repressão política dos anos 60, um dos períodos mais negros da história do país.
Ainda em 1968, Ignácio de Loyola recebe o Prêmio Especial do 1º Concurso Nacional de Contos do Paraná com a coletânea de contos, “Pega Ele, Silêncio” (1968). Em 1974, inicia a redação do romance “Zero”. Com a ajuda do dramaturgo Jorge de Andrade, o romance chega à sua versão final. Recusado pelas editoras brasileiras, a obra é publicada na Itália. Em 1975, a obra é publicada no Brasil, mas é censurada pela ditadura militar, sendo liberada somente três anos depois.
Em 1977, Ignácio de Loyola viaja a Cuba como júri do Prêmio Casa de Las Americas. Em 1978 publica o livro: “Cuba de Fidel: Viagem à Ilha Proibida”. Um clássico de Ignácio de Loyola é a obra de ficção: “Não Verás País Nenhum” (1981) onde o autor faz uma previsão catastrófica do futuro do planeta.
Em 1981, Ignácio de Loyola viaja para Berlim a convite da fundação cultural Deutscher Akademischer Austauschdienst, onde permanece por 16 meses. De volta ao Brasil publicou a obra jornalística, “O Verde Violentou o Muro” (1984), baseado na sua experiência em Berlim cercada pelo muro.
Ignácio de Loyola Brandão tem mais de quarenta livros pulicados, entre romances, contos crônicas, livros infanto-juvenil, viagens, biografias e peça de teatro. Seus livros foram pulicados em vários idiomas e o autor recebeu diversos prêmios.
Em 2015, Ignácio de Loyola publicou, em forma de carta aos seus filhos, “Manifesto Verde”, onde faz um alerta sobre a preservação da natureza e apresenta as realidades e os desafios que devemos enfrentar em prol da conservação da vida na Terra.
No dia 14 de março de 2019, o escritor Ignácio de Loyola Brandão foi eleito por unanimidade para ocupar a cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras.
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