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Quatro ♡ Estações
Escrita por Marcello Lucas
Supervisão e Edição de Texto: Morais Filho.
Capítulo 08
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Pedro aproximou-se de Miguel surpreso e disse:
- Meu querido, você está vivo?! Meu Deus, Miguel fala alguma coisa.
Miguel olhou para Pedro e disse com dificuldade.
- O que está acontecendo? O que eu estou fazendo aqui Tio?
- Meu querido você sofreu um acidente de carro e isso é um hospital, mas não se preocupe, você vai ser tratado na Rússia, estou tratando da sua ida até lá. - Falou Pedro.
- Rússia? - Perguntou Miguel. - qual meu nome, eu não lembro de muita coisa.
- Seu nome é... Marcelo. - Falou Pedro de repente. - Eu sou o Pedro, seu tio.
- O que aconteceu comigo? - Perguntou novamente Miguel. - por que estou aqui?
- Shiu, vai dormir um pouco, descansa em breve a gente vai voltar para nossa casa Marcelo. - Falou Pedro.
- Tudo bem. - Falou Miguel sem entender muito do que estava acontecendo.
Pedro então saiu do quarto em que Miguel estava e foi direto na enfermaria, ao chegar lá ele falou ofegante.
- Onde está o médico, preciso muito falar com ele.
O médico apareceu saindo da enfermaria e ele falou:
- O que aconteceu? Você está com uma cara de espanto.
- Ele acordou doutor. - Falou Pedro. - o Miguel acordou, mas é como se ele não soubesse de nada, houvesse esquecido tudo, me explica o que está acontecendo.
- Ele acordou? - Perguntou o doutor. - Não pode ser, então os exames estavam errados. Como não pude perceber?
- Ele acordou sim, mas não lembra nem mesmo quem é. - Falou Pedro. - como isso aconteceu?
O doutor então falou:
- Era como eu pensei, analisando os exames dele, o tiro causou uma lesão no logo temporal esquerdo, atingindo uma parte importante do cérebro, talvez ele estivesse em um coma profundo e os exames não foram capazes de captar atividade cerebral. Caso ele acordasse ele perderia a memória, essa seria a sequela, mas, nunca pensei que ele fosse acordar. Ele poderia ter morrido, agora de verdade, dentro do caixão, ou poderia ser pior.
Pedro olhou para Miguel deitado na pedra e falou:
- Preciso de sua ajuda e você não pode me negar isso.
- Depende do que seja. - Falou o Médico.
- Ele não pode lembrar de nada, vou arranjar um jeito de sair daqui e leva-lo para longe.
- O que está dizendo? - Perguntou o Doutor.
- Dê ele como morto, faça isso. - Falou Pedro.
- Você quer que eu faça um falso laudo de morte para ele. - Falou o Doutor. - você está louco? Se eu fizer uma coisa dessas eu...
- Eu te pago o que for, apenas faça isso. - Falou Pedro.
- É minha licença de medicina que está em jogo, não posso fazer isso. - Falou o Doutor.
- Não não, você pode e vai fazer, preciso que faça isso, por favor. - Falou Pedro. - eu já quase perdi meu sobrinho uma vez e não quero perder ele novamente. Você já decretou a morte dele, é só não fazer mais nada, é deixar como está.
- Mas isso é absurdo, se eu fizer algo assim...
- Por favor, eu quero proteger ele, ninguém pode saber que ele está vivo. Faça isso e será bem recompensado. - Falou Pedro.
Na mansão, Eloísa estava deitada na sua cama, presa e aflita por não saber o que havia acontecido com Miguel, seu coração estava acelerado sem saber o que houve.
Então barulho de chave, a porta foi aberta, entrou a empregada da casa com um café da manhã simples.
- Sua mãe não quer que eu dê comida para você. - Falou ela. - mas não farei isso, você precisa comer.
- Mas eu não quero, não quero mesmo. - Falou Eloísa. - preciso saber como está o Miguel, não tenho nenhuma informação dele ainda.
- Provavelmente ele deve ter sido cuidado, agora você precisa ser cuidada. - Falou a empregada.
Neste momento chegou Annalu invadindo o quartinho.
- O que aconteceu? - Perguntou Annalu chegando de surpresa.
- Minha amiga. - Falou Eloísa levantando-se e abraçando ela. - minha mãe matou o Miguel. - então ela começou a chorar.
No hospital, Pedro estava no telefone falando com um familiar que morava na Itália.
- Preciso muito desses meus royates da nossa companhia, vou me mudar para a Rússia com meu sobrinho.
- Rússia? - Perguntou a pessoa. - meu querido é outro mundo, outro país por que não vem para Itália?
- Não posso padrinho, preciso de um tempo inclusive para mim mesmo. - Falou Pedro. - quero ir para longe de tudo, quase perdi meu sobrinho por causa de uma louca como a Agatha é, preciso ir embora daqui.
- Eu te ajudo, mando dinheiro em sua conta e assim eu tenho certeza que você vai saber como se virar. - Falou a pessoa. - irei ficar te ajudando, espero que fique bem.
- Obrigado de verdade. - Falou Pedro desligando o telefone.
Então ele foi para a cantina do hospital, neste momento ele viu chegando Agatha com seu óculos escuros no rosto, andando com sua elegância pelo corredor e chegando perto de Pedro com um sorriso no rosto.
- Pedro meu querido, como está nosso Miguel? Ele tá bem? - Perguntou ela naturalmente.
- Vadia! - Falou Pedro com raiva.
- Que foi? Esse mundo está tão violento, eu vim aqui pois estou preocupada com você meu amor, será que nem isso você percebe. - Falou Agatha sorridente.
Então Pedro deu um tapa em Agatha.
- Vagabunda cínica! - Falou Pedro.
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