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DESEJO
Episódio 4
Autor: Antonio Malta
Adaptação feita por Morais Filho.
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-No capítulo anterior: Brenda se afasta após o beijo com Alan; Brenda sente um perfume diferente em Arthur e surta; Arthur controla Brenda e ambos pedem desculpa; Salete dá novas pistas sobre a traição de Arthur, para Brenda; Brenda segue Arthur; Brenda flagra Arthur transando com um homem.
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PARTE IV: CASULO À FORA.
-É tão inexplicável o amor, Quando criança imaginava que ele fosse como uma conquista, ser amada seria uma vitória, como aprender a andar de bicicleta ou a ler... Eu precisaria fazer um homem me amar. Eu precisaria ensinar alguém a me amar... Essa idéia permaneceu até minha adolescência, quando percebi estar apaixonada por Arthur. Ele não precisou me conquistar, não precisou me ensinar a amá-lo, era algo gratuito, não tinha preço ou fórmula. Amar era um estado de espírito...
-Vi Arthur e o amante transando, senti ódio, tive raiva e também muita inveja. Que pessoa era aquela que enrijecia meu marido? Quem era aquele homem que conseguia ser beijado, tocado por ele? O que era eu?!
-Desci as escadas calada, da mesma forma que subi. Me sobravam ideias e faltava ações, fui para casa e tornei a beber. Sentada no sofá observava as fotos espalhadas por todos os cantos da casa. Me sentia angustiada e frágil... a ponto de quebrar. Cheguei em casa e me consolei na bebida, beber sempre me deixou bem. A garrafa esvaziava e os ponteiros giravam, Arthur não demorou pra voltar, agora era nosso momento de conversar... Ele jogou a pasta sobre o sofá, cumprimentou-me com um beijo na face e se dispôs no quarto, onde tirou a gravata e descalçou os sapatos - como de costume. Meus olhos permaneciam fixados nele acompanhava cada movimento dele como se fosse a última vez. Atirei duas malas na cama e ordenei que ele as fizesse.
-Arthur pensou que eu estivesse bêbada e ignorou. Ignorada e traída, me perdi mais uma vez dentro de mim mesma... Joguei o copo de uísque, que eu segurava, no chão pra chamar atenção dele e depois revelei que sabia do seu caso. Arthur não segurou o choque, tombou da cama ao chão e rastejou até chegar na minha frente, foi quando pediu desculpas.
-Ele não tinha desculpas ou motivos, só pedia perdão, pedia pra não deixá-lo sozinho. Aquela fragilidade ainda era inédita, não conseguia debater ou ofender com ele tão indefeso, então comecei fazer as MINHAS malas. Arthur não queria ir embora e nem deixava que eu fosse, começou guardar minhas roupas e prometia largar o amante por mim. Não acreditei, mas também não fui forte o suficiente pra deixá-lo.
-Dormi no quarto de hóspedes ouvindo ele gritar a noite toda, o som do soluço que ele emitia me fazia sentir um monstro, mas não voltei atrás. De manhã, os sons sumiram, separei uma roupa e sai do quarto à procura do banheiro. Dentro do box, sentia a água quente cair em mim e repetia "tudo vai dar certo" como se fosse um mantra, foi quando uma enorme sombra surgiu atrás de mim. Arthur entrou no banheiro e veio atrás de mim, tentei sair, mas ele me prensou na parede e segurou nos pulsos. Eu deveria gritar, pedir ajuda, mas no fundo não queria... Arthur beijava meu pescoço e escorregava as mãos pelo meu corpo. Eu sentia sua excitação, eu via seu desejo... Arthur me virou, meu rosto tocava o vidro do box e ele se ajoelhava para beijar toda parte traseira do meu corpo, eu gemia, eu queria, mas não podia...
-Sai correndo do banheiro e ele me seguiu. Novamente segurou meus braços e não se importou com minhas ameaças, me levou até a cozinha e me pôs sob mesa, uma mão dele segurava meu quadril e a outra apertava meu pescoço, ele se aproximou e nos beijamos. O beijo me tirou do chão, tentei ocultar meu desejo, mas agora já não conseguia. Arthur me deitou na mesa e penetrou em mim, senti ele completamente dentro de mim... senti o seu prazer por mim, cedi.
-Amanheci deitada no peito de Arthur, ele já estava acordado e dedilhava meus cabelos. Ainda nú, Se levantou com sutileza e se prendeu no meio das minhas pernas, beijava meu ombro enquanto perguntava se ainda o deixaria, como resposta, o abracei com todo afeto e amor que sentia.
-Depois de momentos tão intensos, fui para o trabalho. Encontrei Alan no corredor e o arrastei para a sala de informática e lá, o beijei. Naquele momento assumi o controle da minha vida, perdoei meu marido, mas também não abriria mão de Alan.
___CONTINUA____
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