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CAPÍTULO
014
Escrito Por GLALBER E.
DUARTE
CENA 001. IGREJA. INTERIOR. RJ. NOITE.
(RAQUEL fica sem reação e resolve não
ir ao altar. Ela sai do local, sem falar com ÉLCIO, que olha preocupado, mas
não sai do local, por ainda dar prosseguimento ao culto).
ÉLCIO – Ninguém? Tudo bem, então.
Venham até aqui à frente quem desejar receber oração.
(Alguns fiéis formam uma fila e ÉLCIO
vai orando de acordo com a ordem).
CENA 002. BECOS. RJ. NOITE.
(RAQUEL anda pelos becos, pensativa,
em tudo o que a ocorreu no dia).
RAQUEL (pensativa) – Não sei o que
fazer... Que rumo eu devo tomar. Seguir a Deus ou continuar com minha vida, que
muitos julgam ser de perdição?
CENA 003. CASA DE ALAN. INTERIOR. RJ.
NOITE.
(FUNDO de TENSÃO. ALAN dá um passo à
frente, descendo um degrau, assustado).
ALAN – Não... Não é nada disso do que
vocês estão pensando!
LUCIANA (irada) – Não?! Não é?!
(LUCIANA corre até ALAN, pegando-o
pelo braço e arrastando-o da escada até o chão da sala).
LUCIANA – Seria o que então? Estão
brincando de médico? Isso?! Você cavalga que nem uma puta em cima dele e vai me
dizer que não estavam fazendo nada de mais?!
ALAN – Mãe, eu, não é nada/
(LUCIANA tasca um tapa no rosto de
ALAN, um tapa estridente).
LUCIANA – Como ousas?! Em fazer isso,
aqui, nessa cara, debaixo do nosso nariz?! Como ousar, ALAN.
ALAN – Mãe, me perdoa...
LUCIANA – Perdoar?! ALAN, você é
nojento. Você é nojento, um ser humano repugnante.
ALAN, meu filho, eu te
criei, te eduquei, nunca deixei-o ao relento, batalhei pra que você fosse uma
pessoa de bem e olha o desgosto que você me dá?!
(ALAN se vira a MAURO, arrasado).
ALAN – Pai, não é nada disso...
MAURO – ALAN, como você pode... Como
podes, depois disso, desse flagrante, você ainda continuar mentindo.
(LUCIANA grita. Histérica. Chora e se
descabela. Lança alguns objetos no chão. PEDRO vai tentar acalmá-la).
PEDRO – Mãe, calma!
LUCIANA – Me solta, PEDRO! Me solta.
Eu não posso, eu não aceito isso dentro da minha casa. Não.
ALAN – Pai... Perdoa-me.
MAURO – Perdoar?! Essa indecência aqui
dentro da minha própria casa, debaixo dos meus olhos?! Isso é imperdoável. Você
não é meu filho e nem digno de me chamar de pai.
(PEDRO segura LUCIANA, que se debate e
consegue se desvencilhar. Ela avança em ALAN, desferindo-lhe alguns tapas).
LUCIANA – Desgraçado! Ordinário!
Safado. Sujo, imundo! Você é um nojo, a ovelha negra aqui dentro desta casa.
(MAURO corre para separar e segura
LUCIANA. Afasta-a de ALAN, que está com o rosto escondido. O jovem levanta o
rosto, com ódio e olha para PEDRO).
ALAN – Foi você, né, seu salafrário?
PEDRO – Do que você está falando,
frutinha?
ALAN – Foi você que armou isso tudo!
(olha em volta) Aliás, onde está o RODRIGO?!
(ALAN sobe as escadas, gritando. Entra
nos corredores. Ao fundo, só se ouve ALAN gritar o nome de RODRIGO. Após
instantes, ALAN volta ainda mais furioso e para, na ponta da escada).
ALAN (p/ PEDRO) – Filha da puta!
(ALAN desce fuzilando PEDRO pelo olhar
e avança nele, pegando pelos cabelos e dando murros em seu rosto. ALAN joga
PEDRO numa mesinha, derrubando os objetos e o jovem no chão. ALAN abaixa e dá
uns murros no rosto do irmão).
ALAN – Desgraçado! Seu filha da puta!
(MAURO separa a briga, sem antes ALAN
dar um chute na barriga de PEDRO, fazendo com que o mesmo cuspa sangue. LUCIANA
encara ALAN).
LUCIANA – Pegue as suas roupas e fora
daqui! Fora da minha casa, seu viado. Fora!
(CLOSE em ALAN).
CENA 004. CASA DE ALAN. INTERIOR.
SALA. RJ. NOITE.
(Continuação imediata da cena
anterior. ALAN fica transtornado).
ALAN – Mãe, mas pra onde eu vou? Não
tem cabimento isso.
LUCIANA – Não me chama de mãe! Seu
estorvo. Aqui você nem passa mais essa noite. Rua. Isso o que você fez com seu
próprio irmão condiz ainda mais com quem tu é.
ALAN – Foi é pouco. Vocês não veem?!
Esse ordinário armou tudo. Ele planejou tudinho. E vocês não percebem.
MAURO – E se ele planejou? O que tem?!
Pelo menos, teu irmão fez uma coisa de útil na vida: Alertar quem é o
verdadeiro ALAN.
ALAN – E o verdadeiro PEDRO, vocês
sabem quem é?
LUCIANA – Do que adianta, se nada vai ser
pior do que você faz. Das coisas que você gosta. (enjoo) Essas coisas, me dão
ânsia, nojo. Vontade de vomitar, asco.
(PEDRO se levanta totalmente ferido e
encara ALAN. Sorri malicioso e diz, sem pronunciar som).
PEDRO – Eu venci. Eu venci frutinha,
eu venci!
(ALAN se enfurece, mas contém. LUCIANA
sobe as escadas e após volta, lançando as roupas de ALAN escada abaixo).
LUCIANA – Rua! Eu não te quero mais
aqui. Rua! Rua!
(ALAN explode emocionalmente).
ALAN – Eu tô é aliviado, sabe? Em sair
dessa casa, do meio de vocês, seus hipócritas. Vocês pensam que vão me mudar.
Fazer-me gostar de mulher. Mas é de homem que eu gosto. É de homem, estão
ouvindo? Nada e nem ninguém me farão mudar de ideia nisso. Escutem. Eu darei a
volta por cima e mostrarei a vocês que eu vou conseguir ser superior a todos.
PEDRO, você me aguarde, tua hora vai chegar, verei tua queda. Eu no palco,
rindo. Você no chão, derrotado. Eu odeio todos vocês e ambos vão pagar
caríssimo.
(LUCIANA começa a tremer,
compulsivamente. ALAN arruma suas roupas e sai. LUCIANA escora na parede e começa
a ter um ataque de convulsão, caindo ao chão. MAURO corre para acudir a
mulher).
MAURO – PEDRO vá buscar por ajuda. Vá!
(PEDRO sai).
CENA 005. QUINTAL. INTERIOR. RJ.
NOITE.
(PEDRO corre a ALAN e segura seu
braço).
PEDRO – Mas isso não vai ficar assim
não, viu?
ALAN – Vai me bater, é? Pode contra
mim?! Quer apanhar de novo?
PEDRO – Só lhe dou esse aviso. E digo
mais: Mando RODRIGO também acabar contigo, duvida?
ALAN – Nem um pouco. O que me falta é
medo. (risos) Vocês pensam que vão me deter que eu vou ficar chorando pelos
cantos. Sim, posso até fazer isso. Mas isso tudo está me fazendo cada vez mais
forte. E vou reerguer-me. Tu serás o VIP da minha lista negra. Arruinarei você
todinho.
PEDRO – Aguarde e verás do que eu sou
capaz.
ALAN – Veremos quem conseguirá se
manter de pé.
(ALAN sai de malas em punhos, com a
cabeça erguida. PEDRO volta a casa).
CENA 006. RUAS DO RIO DE JANEIRO.
NOITE.
(Com o instrumental de tensão no
fundo, ALAN anda pelas ruas, determinado. O tempo passa. CORTES contínuos. A
ambulância chega à casa de LUCIANA e a resgata, desacordada. PEDRO e MAURO
acompanham. ÉLCIO chega em casa e entra no quarto de RAQUEL. A mesma está
dormindo. LUCAS sente um calafrio. RAMON estranha. Mas LUCAS pouco se importa.
Volta à dançar. ALAN chega em seu destino).
CENA 007. CASA. EXTERIOR. RJ. NOITE.
(ALAN bate na porta. RODRIGO abre e se
assusta).
ALAN – Não me importa quem me disse
onde tu mora. Mas que você vai me ouvir, ah, vai me ouvir!
(CLOSE em RODRIGO).
A SEGUIR CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS
- ALAN discute com RODRIGO.
- RAMON tira a roupa de LUCAS.
FIM DO CAPÍTULO
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