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Escrita por Walef Schenner.
Capítulo 013
BAIRRO SP / MANHÃ
Sem o cabelo grande, com barba e mais bombado, Fabio Tamborim fica irreconhecível e aluga um quarto no hotel por uns meses.
Cintia acorda em coma no hospital sem saber o que aconteceu e seu fiel companheiro Cezar conta tudo.
Cristian fica muito abalado pela morte de Thaís e sua mãe Margarete fica ao lado do filho dando apoio.
Ruth comemora com Mario após a notícia na televisão e Miriam aparece no cafofo para pedir desculpas a filha.
A polícia continua investigando sobre a queda do avião e descobre que foi um crime. Brandão acompanha tudo de perto junto com seus parceiros.
Otávio continua recebendo todo o tratamento de Rosa enquanto permanece todo inconsciente e Thaís fica ao lado dele dando forças.
Ruth e Mario marca um encontro com o falsificador de assinaturas para falsificar os documentos.
Os caixões de Otávio e Thaís são enterrados no cemitério e grande parte da população aparece para prestar homenagem.
Enquanto o padre faz a missa, Cintia chora no ombro de Regina. Fabio aproveita a multidão para não ser visto e acompanha tudo de perto.
Ruth - Sei que está sendo um momento bastante difícil para todos nós. A morte do meu tio naquele avião vai ser algo que nunca vou perdoar, pois ele era o cara mais incrível que conheci em toda minha vida. Thaís que chegou logo depois, minha prima (passa um lenço no rosto), era quase uma irmã para mim.
Ela sai do palanque e deixa as flores brancas nos túmulos.
Cintia - Nem sei como consegui chegar até aqui... mas queria falar para vocês que perdi duas pessoas muito importante na minha vida. Otávio sempre me protegeu de tudo, era um ser humano com coração nobre. Minha filha, que acabei reencontrando esses dias... (fica um pouco muda e volta falar) - Por que o destino é tão cruel? Por que ele tirou da minha vida as duas pessoas que eu mais amava? (bate no palanque) Por quê? (bate no palanque de novo com mais força e chorando) - O que eu fiz para merecer essa dor?
Regina e outros ajuda Cintia sair do palanque enquanto as pessoas olham comovidas.
A câmera vai se distanciando, mostrando todo o cemitério do alto e as pessoas caminhando indo embora.
UMA SEMANA DEPOIS...
AMAZÔNIA / TARDE
Thaís está brincando com as crianças da aldeia quando Tarcio aparece pra dar uma notícia que seu tio abriu os olhos.
No quarto...
Thaís - Está me vendo tio? Sou eu, sua sobrinha Thaís.
Otávio meche os olhos pra olhar a sobrinha, mas fica em silêncio.
Thaís - Por que ele não responde?
Rosa - Ele deve ter batido a cabeça muito forte e deve ter afetado algumas células.
Thaís - Está insinuando que meu tio perdeu a memória e nunca mais vai voltar a falar?
Rosa - Vamos esperar o tempo nos dizer, só ele sabe a resposta.
MANSÃO TAMBORIM / TARDE
Cintia deixa flores no túmulo de Otávio e Thaís. Quando volta para casa encontra Ruth, Augusto e alguns homens na sala.
Cintia - Mas o que é isso Ruth? Quem são esses homens?
Ruth - São oficias da justiça que estão comigo só pra confirmar o testamento.
Cintia - Que testamento?
Ruth - Antes do meu tio morrer, ele assinou um testamento deixando essa casa, a empresa e uma boa parte da fortuna em meu nome. Augusto e Regina ficaram com 30% da herança e você apenas com uma parte da Thaís.
Cintia - Está maluca? Otávio nunca assinou deixando nada pra você, a única coisa que ele assinou foi deixando tudo em nome da Thaís. Augusto, fala pra ela e para os oficiais!
Augusto - Não sei do que você está falando, os únicos documentos que Otávio me entregou foi esses aqui alegando passar os bens pra Ruth.
Cintia - Para de ser mentiroso Augusto, você estava no dia que Otávio e minha filha assinaram os papéis.
Ruth - A única mentirosa nessa sala aqui é você, que se fazia de sumida e só apareceu depois pra querer dar o golpe.
Cintia - Como pode ser tão baixa Ruth? Com certeza mandou falsificar esses documentos. (chega perto da vilã)
Ruth - Senhores oficiais, não acham estranho uma mãe aparecer só depois que a filha aparece, podendo se beneficiar de toda a herança? E têm mais, sendo uma suspeita de ter sabotado aquele avião que matou Thaís e meu tio?!
Cintia (dá um tapa na vilã) - Está aí, duas coisas que eu não sou, assassina e aproveitadora. Sempre soube que sua mãe não prestava, mas você é mil vezes pior que ela, um verdadeiro monstro.
Ruth - Cala boca sua cretina e cai fora da minha casa se não quiser sair daqui arrastada! (altera a voz)
Cintia - Eu vou, mas pode ter certeza que irei recorrer a justiça. Já você Augusto, nem eu e nem Otávio esperávamos por essa traição da sua pessoa.
Augusto permanece quieto mas se sentindo muito culpado.
Cezar ajuda Cintia arrumar suas malas e acompanha ela até a portão.
Cintia - Você vem comigo né?
Cezar - Está falando sério?
Cintia - Claro, você é a única pessoa confiável que restou nessa casa. (fala alto pra Ruth e Augusto escutar)
Cezar - Então eu aceito, só me dá um tempinho de ir buscar minhas coisas.
O mordomo termina de pegar seus pertences e quando passa pela sala encontra Cândida descendo a escada.
Cândida - Cezar cadê a madame metida a besta?
Cezar - Ela não mora mais aqui e nem eu, passar bem!
Candida faz um olhar para Cezar de satisfeita com a notícia e sobe a escada correndo.
Josias está deitado na cama todo relaxado assistindo jogo de futebol na tv com seu filho Frank e Estela toda concentrada passando uns creme no corpo, quando Cândida entra quase arrancando a porta do lugar e assusta todos.
Estela - Ai mãe, você quase me mata do coração. Por um momento achei que era a Cintia.
Frank - A mãe parece estar feliz.
Candida - Estou filho! (dá uma volta pulando de felicidade) - Tenho uma boa notícia, a Cintia não mora mais aqui e sabe o que isso significa? Que podemos fazer e comer o que quisermos.
Todos se levantam e pulam de felicidades com Cândida. Logo em seguida, cada um pega um travesseiro e começa bater um no outro fazendo aquela onda de penas voando para todo lado.
Cândida - Eu sempre quis fazer isso! (diz rindo e com a cara cheia de pena)
Ruth (entra no quarto) - Mas que algazarra é essa na minha casa? Vocês tão achando que estão no chiqueiro seus bando de selvagens?
Josias - Ih, a outra querendo se fazer dona da casa, vê se pode gente.
Ruth - Meu querido, essa casa aqui é minha agora, a empresa é minha, tudo isso é meu! Já despachei a mala da Cintia, agora só faltam vocês.
Cândida (muda a expressão) - Oh Ruth, tenha piedade da gente.
Ruth - Olha pra minha cara e vê se eu tenho piedade de vagabundos? Porque é isso que vocês são, um bando de vagabundos. Por tanto, tratem de arrumar suas coisas e voltam lá pro inferno que saíram, lugar que nem deviriam ter saído.
Estela - Ah, pro interior eu não volto! (cruza os braços)
Josias - Nem eu!
Ruth - Se não quiserem voltar vão morar embaixo da ponte.
Cândida (se ajoelha) - Por favor, deixa a gente ficar! Temos nem dinheiro. (pede para os outros se ajoelhar) - Se quiser a gente te serve, mas não faz a gente voltar para o interior.
Ruth - É, pensando bem estou sem mordomo. Vocês podem ficar, mas como meus funcionários.
Candida - Muito obrigada, você não irá se arrepender.
Ruth - O que meu coração generoso não faz por gente necessitada.
AMAZÔNIA / TARDE
Tarcio e Thaís caminham pelas pedras da cachoeira.
Tarcio - Todo mês vem um avião buscar os animais que os caçadores capturam e seria o momento perfeito para você sair daqui.
Thaís - Não existe outra maneira? Ainda estou com trauma de avião.
Tarcio (ri) - Pode ficar tranquila, nesse ninguém vai querer te matar.
Thaís - E quando esse avião vem?
Tarcio - Daqui três semanas.
Thaís - Então até lá quero que você me ensine tudo que faz, tipo nadar, caçar, e etc...
Tarcio - Será um prazer!
Thaís tenta acertar uma maçã com arco e flecha mas erra todas as tentativas.
Nadando no rio, Thaís quase se afoga, mas Tarcio ajuda em todos os momentos e eles brincam na maior diversão.
Os dois correm para manter o físico e brincam com os macacos, pássaros, e outros animais da mata.
TRÊS SEMANAS DEPOIS...
É de manhã e Thaís está toda concentrada segurando o arco e flecha na mão. Quando ela solta, a flecha passa pelo meio da maçã.
Tarcio - Uau, você acertou bem no meio! (fala todo contente)
Thaís - Estou pronta! É hoje que eu volto para se vingar daqueles que me fizeram mal.
(Congela na Thaís)
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