Mulheres Assassinas - #PrimeiroEpisódio #Estréia
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Narração de
Verônica: Sempre fui à preterida da família, a problemática, zero a
esquerda e tudo que há de ruim nesse mundo. Quando fui diagnosticado com
síndrome de borderline, meus pais não perderam a oportunidade de me
trancafiarem num internato pérfido. Foi ai que o inferno da minha vida começou.
CENA 01.
INTERNATO NOSSA SENHORA DOS MILAGRES. CORREDOR. INTERIOR. MANHÃ. FASE 1988
Alice se
aproxima de Verônica e pergunta:
Alice – Porque
está aqui isolada de todas as meninas?
Verônica – Prefiro
ficar aqui quietinha na minha. A menina da turma não vai muito com a minha
cara.
Alice – Engano
seu! Você é uma pessoa espetacular, quer um lanche?
Verônica – Não
obrigada!
Alice se
incomoda com Afonso encarando Verônica.
Alice –
Impressão minha ou Afonso te devora com os olhos?
Verônica – Esse filho
da puta fica me assediando e mandando recadinhos obscenos por debaixo da mesa
da sala.
Alice – Você
deveria procurar a Aneluce para dar
um jeito nisso.
Verônica – Essa
diretora me odeia, mesmo sem eu ter feito nada para ela.
Alice – Deixa
comigo, vou procurar o representante da nossa turma para pressiona-la.
Verônica – Espero que
essa pressão na diretora dê certo.
Alice – Mudando
um pouco de assunto, como anda seu namorico com Edu?
Verônica – Vai bem,
estamos apenas conversando. Tentando buscar alguma intimidade com ele.
Alice – Entendi,
vamos para a sala? A aula começa daqui a pouco!
Verônica – Vamos e
espero que a aula esteja interessante.
Alice e Verônica caminham até a sala e Afonso as segue discretamente.
CENA 02.
COBERTURA BARCELOS SOBRAL. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA/MANHÃ. FASE ATUAL
Durante o
café da manhã, Eduardo pergunta se Verônica está bem:
Eduardo – Bom dia
amor! Você está se sentido bem?
Verônica – Acordei
um pouco indisposta.
Eduardo – Você
indisposta com o tempo tão lindo lá fora.
Verônica – Eu estava
me lembrando da nossa época no internato. Se não fosse o ocorrido daquela
noite, teríamos um filho.
Eduardo
segura nas mãos de Verônica e diz:
Eduardo – A gente
pode adotar uma criança, temos condições para isso.
Verônica – Agora a
essa altura do campeonato adotar uma criança? Você tem seus trabalhos, eu tenho
que cuidar da editora. Ficará muito complicado.
Eduardo – Sempre
arranjamos um jeito para tudo e não vai ser agora que devemos desistir dos
nossos sonhos.
Verônica – Você tem
razão, vou pensar com carinho nessa possibilidade.
Verônica
abraça Eduardo e o marido revira os olhos.
CENA 03.
INTERNATO NOSSA SENHORA DOS MILAGRES. QUARTO. INTERIOR. NOITE. FASE 1988
Verônica se
irrita com o bilhete obsceno de Afonso e Alice acalma:
Verônica – Que ódio!
Essa praga não me deixa em paz.
Alice – O que
houve amiga? Mais uma provocação do Afonso?
Verônica – E o que
você acha? Esse garoto não larga do meu pé.
Alice – Já
alertei a diretora sobre o Afonso te importunar.
Verônica – Ela não
vai dar um jeito até algo pior acontecer.
Alice – Você
precisa manter a calma!
Verônica – Não tem
como manter a calma [Chorando]. Eu preciso ir tomar uma água antes que eu tenha
uma crise.
Alice – Quer que
eu te acompanhe?
Verônica – Não
precisa amiga, fique tranquila!
Sozinha e
com o corredor com pouca iluminação, Verônica é raptada por Afonso.
CENA 04.
INTERNATO NOSSA SENHORA DOS MILAGRES. MIRANTE. EXTERIOR. NOITE. FASE 1988
Com faca em
punho, Afonso ameaça Verônica:
Afonso – Finalmente acertaremos nossas contas. Achou que iria
deixar passar aquela traição comigo passar batido?
Verônica – Eu nunca te trai com o Eduardo, você foi um babaca de
ter me usado para ganhar uma aposta entre amigos. Humilhou-me e me chamou de
vagabunda perante todos que estavam presentes.
Afonso – Mas você é uma vagabunda, uma vagabunda que me excita e
que não sai da minha mente.
Afonso se
aproxima com segundas intenções e Verônica reage:
Verônica – Saia de perto de mim!
Afonso – Não vou sair de perto de você. Meu amor.
Afonso agarra Verônica com força, desequilibra a jovem e diz:
Afonso – Agora é hora de saciar meu prazer!
Afonso
alisa as coxas de Verônica que chuta a virilha do jovem que se enfurece:
Afonso – Vadia! Agora mesmo que vai fazer o que eu mandar, ou
senão morre.
Verônica – Não sou obrigada a fazer o que você quer.
Afonso – Veremos!
Afonso desfere
um soco em Verônica que cai no chão. O jovem rasga as roupas da menina e põe
suas partes intimas para fora e estupra-a. Nervosa, Verônica chora e Afonso
diz:
Afonso –
Está gostoso amor?
Verônica – Filho da puta, me solta.
Afonso dá
tapas na cara de Verônica que consegue pegar a faca e empunha nas costas dele e
retruca:
Verônica – Morre desgraçado!
Afonso
perdendo o ar diz:
Afonso- Isso não vai ficar barato.
Verônica golpeia Afonso com várias facadas, limpa o objeto, joga o corpo do mirante que rola de barranceira abaixo e deixa a local desesperada.
CENA 05.
INTERNATO NOSSA SENHORA DOS MILAGRES. PÁTIO. INTERIOR. NOITE. FASE 1988
Aneluce
chega ao pátio e pergunta o que está acontecendo:
Aneluce – O que está
acontecendo no meu internato?
Diana – A aluna
Verônica Lorena não se encontra em seu recinto.
Alice chega
ao local e confronta a diretora:
Alice – Acredito eu
que o aluno Afonso tenha raptado minha amiga.
Aneluce – Você tem
provas contra o Afonso?
Alice tira
da sua mochila bilhetes obscenos do rapaz e diz:
Alice – O Afonso
ficava mandando esses bilhetes obscenos no quarto das meninas para Verônica.
Aneluce
fica espantada com o conteúdo da carta e rebate:
Aneluce – Porque a
Verônica nunca me procurou para denunciar os assédios do rapaz.
Alice – Ela acredita
que você não gosta dela.
Aneluce
fica em estado de choque e Verônica chega chorosa, cheio de ferimentos e com
hemorragia. Espantadas, a diretora e Alice pergunta:
Aneluce – Verônica
o que houve com você?
Verônica – Aquele
monstro do Afonso abusou de mim.
Alice – Amiga
deixa cuidar de você. Olha o seu estado.
Verônica é acolhida por Alice e é levada para o quarto. Aneluce inicia as buscas para encontrar Afonso.
CENA 06.
COBERTURA BARCELOS SOBRAL. ESCRITÓRIO. INTERIOR. DIA/MANHÃ. FASE ATUAL
Verônica
[Narração]: Aquela noite do estupro resultou numa longa linha de
investigação. O corpo de Afonso já estava em estado de decomposição após uma
semana incessante de buscas. A arma do crime, eu fiz questão de carregar
comigo. Embora esse assassinato fosse o começo de tudo.
Sozinha no
escritório, Cleonice entrega uma correspondência para Verônica:
Cleonice – Dona
Verônica, chegou uma correspondência para a senhora.
Verônica –
Correspondência? De que?
Cleonice – Aqui
está!
Verônica
abre a correspondência e se enfurece:
Verônica – Que
palhaçada é essa?
Cleonice – O que
houve senhora?
Verônica – Aquele
infeliz do Eduardo está me traindo. Um motel mandou um convite promocional para
ele e tal de Larissa. Quem é essa piranha?
Cleonice – Não sei
dona Verônica!
Verônica – Pede para
Venâncio tirar o carro da garagem.
Cleonice – Mas pra onde a senhora vai?
Verônica – Vou acertar as contas com Eduardo.
Cleonice se retira do escritório assustada e pede para Venâncio tirar o carro da garagem. A sós, Verônica abre o cofre e tira o revolver silenciador e coloca dentro da sua bolsa. A madame chega rapidamente no exterior do prédio, entra no carro e sai em alta velocidade.
CENA 07.
MOTEL MIRAMAR. ESTACIONAMENTO. EXTERIOR. DIA/MANHÃ. FASE ATUAL
Verônica dá
ordem em Venâncio;
Verônica – Venâncio
entre na recepção que vou entrar na área dos funcionários. Quero vê se o
cafajeste do Eduardo se encontra por aqui.
Venâncio – Mas
senhora...
Verônica – Venâncio vá
à recepção e diga que quer um quarto e espera pela sua namorada.
Venâncio – E o carro?
Vai ficar com quem?
Verônica – Pague um
flanelinha para tomar conta do meu carro.
Verônica
tira o dinheiro da bolsa e entrega a Venâncio.
Verônica – Aqui
está! Mil e quinhentos reais.
Venâncio – A senhora
não acha muito dinheiro para pagar um rapazinho?
Verônica – Não, mas
quero manter a segurança do meu veículo. E anda logo, não tenho tempo a perder.
Venâncio
entra na recepção do motel e Verônica invade a área dos funcionários, se
disfarça de faxineira, coloca máscara e luva e inicia o “trabalho” no local. Ao
chegar à porta do quarto de Eduardo, a madame escuta os gemidos de Larissa,
invade cautelosamente o casal são pegos de surpresa. Verônica tira a máscara e
diz:
Verônica – Então é
aqui que você finaliza seus trabalhos né? Nos braços de biscate.
Eduardo e Larissa ficam tensos.
CENA 08.
MOTEL MIRAMAR. QUARTO. INTERIOR. DIA/MANHÃ. FASE ATUAL
Larissa
reage e pergunta a Eduardo:
Larissa – Quem é
essa maluca?
Verônica – Essa maluca
aqui é a esposa dele. A otária, a cornuda, a trouxa sendo passada para trás há
anos.
Eduardo – Verônica
não faça algo que possa se arrepender.
Verônica
saca o revolver silenciador e diz:
Verônica – Meu
arrependimento foi acreditado no seu amor falso. Fiz de você um homem
importante e o que levo em troca? Uma traição num motel barato a beira de
estrada.
Eduardo rebate
a esposa e diz:
Eduardo – Fico
muito grato por tudo que você fez por mim, mas tem uma coisa que estou há anos
para te dizer: Eu me casei contigo por pena. Se estamos juntos a vinte e seis
anos não foi por amor, foi para reparar a cagada que Afonso fez contigo.
Verônica – Não fale
no nome desse miserável.
Eduardo – Não
gosta de ouvir a verdade né? Se ele te estuprou é porque deu condições para
isso acontecer. Tanto é que você o assassinou, não é?
Incomodada,
Larissa se levanta da cama:
Larissa – Olha, eu não vim aqui para assistir lavação de roupa
suja de marido e mulher. Com licença!
Ao se
aproximar da porta, Larissa é baleada na nuca e morre na hora. Chocado com a
situação, Eduardo enfrenta a mulher sob o corpo da amante.
Eduardo –
Miserável! Não podia ter feito isso.
Verônica – Não
podia? Eu deveria, não aceito ser traída por ninguém.
Irônico,
Eduardo diz:
Eduardo – Eu sei
que você não gosta de ser traída, tão menos trocada. Foi por isso que matou os
seus pais né? Não aceitou ser mandada para um colégio interno nas fronteiras do
país. Assassina!
Verônica dispara sete tiros em Eduardo que não resiste aos ferimentos. A madame deixa o local pela portas dos fundos, sem deixar rastros.
CENA 09.
COBERTURA BARCELOS SOBRAL. SACADA. EXTERIOR. DIA/MANHÃ. FASE ATUAL
Após assassinar Eduardo e Larissa, Verônica fuma na sacada da
cobertura e conversa com Alice:
Alice –
Finalmente te encontrei por essas bandas, mulher!
Verônica – Tive que
me mudar, aquele condomínio remetia muito a minha infância.
Alice – E
como anda o seu casamento?
Verônica – Que
casamento? Divorciei-me do Eduardo.
Alice – Mentira?
Esse divórcio foi amigável? Ainda mantém contato?
Verônica – Digamos
que para mim ele morreu.
Alice repreende
a melhor amiga e Cleonice se espanta com a notícia da morte de Eduardo.
Miriam
[Repórter do Jornal Brasil]: Estamos em frente do motel Miramar com a
seguinte informação: Foram encontrados dois cadáveres no quarto VIP do local.
Um dos identificados é do empresário Eduardo Moreira Sobral de 36 anos, e da
promoter Larissa Moreno Velardes, de 32 anos e de descendência alemã. Nas
imagens da câmera de segurança, uma faxineira mascarada invadiu o local e não
foi vista após o crime cometido. As autoridades locais estão averiguando provas
que levem ao assassino. Mais informações, mais tarde, no Jornal do Brasil. Até
mais!
Cleonice –
Misericórdia senhor! Quanta crueldade nesse mundo.
Alice – Estou
chocada, forças amiga, você vai superar essa dor tremenda.
Verônica – Obrigada
Alice.
Em choque, Cleonice deixa a sala, Alice abraça Verônica que dá um sorriso maléfico.
CENA 10.
MANSÃO BARCELOS. SALA. INTERIOR. NOITE. FASE 2005
Verônica
[Narração]: A morte do Eduardo me fez refletir o que fiz com meu pai há
quinze anos. Lembro-me que a polícia não encontrou muitos vestígios do cadáver.
Digamos que foi um grande dia para lavar a minha alma.
Verônica
entra na mansão e Enrico se incomoda com a presença da filha:
Enrico – O que faz
aqui sua infeliz?
Verônica – Vim te
visitar papai! Nossa é desse jeito que você trata as suas visitas? Com
hostilidade?
Enrico – Uma
endiabrada como você, eu trato com desprezo absoluto.
Verônica – Eu nunca
te fiz nada de mal...
Enrico – Fez sim
e se estou inválido é por sua causa. Depois daquele empurrão do alto da escada,
a minha vida não foi mais a mesma.
Verônica – Ah pai,
esquece esses detalhes. Eu estava surtada e você tinha cortado o meu remédio
porque achava que eu não precisava.
Enrico – Cortei o
seu remédio porque me dava desgosto em ver tomando aquilo e na minha frente. Sobe-me
um ódio dessa sua pseudo doença que você carrega contigo.
Verônica
passeia com Enrico, que está na cadeira de rodas, no jardim e chega até o canil
e diz:
Verônica – Também
me sobe um ódio quando você me largou naquele colégio interno.
Enrico – Você
merecia coisa bem pior, a morte.
Verônica – Agora
quem vai morrer é você, papai. Vá para o inferno!
Verônica abre o canil e Enrico cai da cadeira de rodas. Ao fechar o canil e os cachorros se soltarem raivosos, Enrico é devorado e seus restos mortais ficaram expostos. Verônica dá um sorriso e dos seus olhos, escorre lágrimas de sangue.
CENA 11. 5ª
DELEGACIA DE POLÍCIA DE SANTA CATARINA. SALA DO DELEGADO. INTERIOR. DIA/TARDE.
FASE ATUAL
A
Investigadora Milena estranha a passividade de Verônica sobre a morte de
Eduardo e o delegado Augusto rebate:
Milena – Esse
assassinato do Eduardo está muito estranho. E o que piora tudo é a passividade
de Verônica.
Augusto – Porque
esse incomodo com o silêncio de Verônica?
Milena – É sério
que você não acha estranho? A esposa dele não se manifestar sobre o caso.
Augusto – Milena
aprenda, cada um reage da maneira diferente, ainda mais quando a pessoa sabe
que o marido é assassinado em rede nacional.
Milena – Eu
acredito que tem algo muito estranho nessa história.
Augusto – O que
você está querendo dizer?
Milena – Pela frieza,
ela está envolvida nesse crime, nem que seja como mandante.
Augusto – Você tem
provas de que ela pode ser assassina?
Milena – Ainda
não, mas ligarei todos os pontos para chegar até ela.
Augusto – Te desejo
boa sorte. Enfim, vou voltar aos trabalhos. Com licença!
Milena se
retira da sala e Augusto arquiva o assassinato de Eduardo.
CENA 12.
APARTAMENTO MODERNA. SALA. INTERIOR. DIA/TARDE
Cleonice
desabafa com Venâncio
Cleonice – Estou besta
com a morte do Eduardo e a frieza da dona Verônica.
Venâncio – Tu sabes
que ela é a assassina né?
Cleonice – Como
assim? O que você tem a dizer?
Venâncio – Do exato
momento que você entregou a correspondência do motel, ela deve ter ficado muito
puta. Sem contar que ela invadiu a área de funcionários de lá e saiu pelos
fundos. Pagou até mil e quinhentos reais para o flanelinha.
Cleonice – Essa
mulher é perigosa. Eu vou pedir demissão de lá.
Venâncio – Não
levante suspeitas, Dona Verônica pode nos matar.
Cleonice fica nervosa com a situação e Venâncio acalma a empregada.
CENA 13.
MANSÃO BARCELOS. QUARTO. INTERIOR. DIA/TARDE. FASE 1990
Verônica
[Narração]: A minha vida mudou quando dei o fim naquela velha sórdida da
minha mãe. Meu irmão não estava em casa e prometi fazer uma surpresinha.
Verônica – Sentiu
minha falta mãe?
Clarice - Digamos que
não! Essa casa sem seus surtos manteve a santa paz.
Verônica – Que bom e
como anda o meu pai?
Clarice – Ele foi
viajar a negócios, sabe como é né?
Verônica – Interessante!
Pedi para Lucinha preparar um suco de laranja fortíssimo para a gente.
Clarice – Vou pegar
um adoçante em minha gaveta.
Verônica
tira o veneno do bolso, coloca no suco de Clarice e bebe um pouco do seu copo.
Clarice – Achei meu
adoçante.
Verônica – Vamos
brindar o sucesso de papai?
Clarice – Vamos!
Clarice e
Verônica brindam. A matriarca bebe todo o suco envenenado. Sentindo falta de
ar, Clarice sai do quarto e chega próximo a escada. Aproveitando a situação,
Verônica empurra a mãe do alto da escada e a matriarca bate com a cabeça no
rodapé. Descendo as escadas, a madame disse:
Verônica – Descanse
em paz, mamãe!
Verônica deixa a mansão e o corpo de Clarice fica ao meio do banho de sangue.
CENA 14. 5ª
DELEGACIA DE POLÍCIA DE SANTA CATARINA. SALA DO DELEGADO. INTERIOR. DIA/TARDE
Cleonice e
Venâncio entregam as provas para o delegado Augusto e a investigadora Milena.
Cleonice – Delegado e
Investigadora, temos que contar uma coisa para vocês.
Augusto – Prossiga!
Venâncio – A dona
Verônica é a assassina do Eduardo e da Larissa. Eu a levei para o Motel Miramar,
ela entrou pelos fundos e invadiu a área dos funcionários. Aqui estão as fotos.
Milena e
Augusto analisam as fotos e Cleonice diz:
Cleonice – Há essa
hora, ela está indo a mansão dos Barcelos. Ela sempre vai para fazer algumas
visitas.
Milena – É para
lá que vamos agora.
Augusto convoca os colegas para irem a mansão Barcelos.
CENA 15.
MANSÃO BARCELOS. SALA. INTERIOR. DIA/TARDE.
Gustavo
repreende a presença de Verônica
Gustavo – O que faz
aqui maluquinha?
Verônica – Antes
maluca que drogado de merda com você.
Gustavo – Está ciente
que meus pais deixaram isso tudo aqui para mim.
Verônica – É uma pena
que vai ficar aqui por muito pouco tempo.
Gustavo – Eita porra,
enlouqueceu de vez.
Verônica
saca a arma e diz:
Verônica – Adeus
irmãozinho!
Gustavo
leva vários tiros, a polícia ouve, invade a mansão e dá voz de prisão.
Augusto – Verônica
Lorena Barcelos Motta Sobral, você está presa!
Verônica tenta fugir mas é cercada pela investigadora Milena. Ao sair da mansão. A imprensa fotografa a madame que entra no camburão.
CENA 16.TRIBUNAL
DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA. SALA DE JULGAMENTO. INTERIOR. NOITE. FASE ATUAL
Duas
semanas depois: Juiz Otto inicia o julgamento de Verônica.
Otto – Estamos
iniciando o julgamento de Verônica Lorena Barcelos Motta Sobral pelo
assassinato de Eduardo Moreira Sobral, Larissa Moreno Velardes, Gustavo
Barcelos Motta, além de outros crimes que já foram prescrito em lei e
investigado como o assassinato de Afonso Cardoso Brandt, Clarice e Enrico
Barcelos Motta. Algo a dizer advogada?
Carolina – A minha cliente sofre com o transtorno de Borderline,
já o caso de Afonso, a própria relatou abuso sexual e guardou alguns bilhetes
obscenos daquela época. Portanto, espero depoimentos condizentes com os fatos.
Depoimentos
Cleonice – A dona
Verônica sempre foi instável emocionalmente e ela foi atrás do Eduardo quando
recebeu uma correspondência e saiu da cobertura esbaforida. E o Venâncio soube
de mais coisas.
Venâncio – Chegando
ao motel, a dona Verônica pediu para pagar mil e quinhentos para um flanelinha,
pois iria demorar. Eu fui a recepção e ela invadiu a áreas dos funcionários.
Quando voltou, estava frigida e disse que não tinha visto o Eduardo, mas
demorou em média, quarenta minutos...
Reposta:
Verônica – Eu sou inocente e posso provar. Sempre fui negligenciada
por todos. Me tratava feito uma vagabunda, um lixo e a pior raça de ser humano
por ter essa maldita síndrome e não me arrependo os meus atos e se fiz algo,
era para relutar pela minha honra.
Sentença:
Otto – Dona Verônica Lorena Barcelos Motta Sobral é condenada a
sessenta e sete anos pelos crimes triplamente qualificado em regime fechado e
será levada para a penitenciária feminina de Santa Catarina.
O Juiz encerra o julgamento.
CENA 17.PENITENCIÁRIA
FEMININA DE SANTA CATARINA. INTERIOR. NOITE. FASE ATUAL
Ana tenta
agarra Verônica que repreende:
Verônica – Ficou
maluca? Perdeu a noção?
Ana – Que isso
morena, tu não curte não?
Verônica – Eu não sou
da sua laia.
Ana – Então o
que faz aqui? Fez merda pra caralho né?
Verônica – Me deixa
em paz.
Ana tira o
estilete do bolso e diz:
Ana – Você vai
fazer o que eu disser e pronto. Perua se cresce aqui dentro não.
Verônica – Me
obrigue se você é mulher para isso.
Ana fura o
peito de Verônica com o estilete e as demais detentas esquartejam a madame.
Verônica
[Narração]: Este foi o meu fim, o sofrimento de ser negligenciada por
todos e acharem que obrigada a satisfazer os caprichos dos outros.
FIM
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