Vida - Cap 084

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  Logotipo da web novela (Foto: Divulgação) Produção Original MF Criada e escrita por Patrícia Santos Capítulo 084 Luís aceita o dinheiro de Hugo e manda Salgueiro descobrir onde Olavo está escondido. Marcos desabafa com Monalisa. Vanessa sofre pelo fim de seu namoro com Jeremias. Suzana e Max passeiam juntos e vão para a ONG. Salgueiro descobre onde Olavo está escondido e conta para Luís. Tatiane brinca com Ramon e promete para o filho que eles vão conseguir sair da casa de Luís. Diogo questiona Dayse pela raiva que ela sente de Eduarda. Sandro transa com algumas prostitutas. Maria discute com Antônio por ele ter chamado apenas Daniel para trabalhar na empresa. Daniel conversa com Joana sobre a proposta que recebeu de Antônio. Luís avisa Hugo sobre o esconderijo de Olavo. Marcos convida Monalisa ir até a casa dele e ela aceita. Terezinha deixa um celular para Olavo ligar para ela quando precisar. Lázaro aconselha Jeremias a voltar com Vanessa. Mônica tenta convencer Nayara a denunciar

Mulheres Assassinas - #PrimeiroEpisódio #Estréia

 

Logotipo da web série (Foto: Divulgação)

Produção Original Star TV

Episódio escrito e criado por Leonardo Lima

Mulheres Assassinas: Marcas do Passado

Narração de Verônica: Sempre fui à preterida da família, a problemática, zero a esquerda e tudo que há de ruim nesse mundo. Quando fui diagnosticado com síndrome de borderline, meus pais não perderam a oportunidade de me trancafiarem num internato pérfido. Foi ai que o inferno da minha vida começou.

CENA 01. INTERNATO NOSSA SENHORA DOS MILAGRES. CORREDOR. INTERIOR. MANHÃ. FASE 1988

Alice se aproxima de Verônica e pergunta:

Alice – Porque está aqui isolada de todas as meninas?

Verônica – Prefiro ficar aqui quietinha na minha. A menina da turma não vai muito com a minha cara.

Alice – Engano seu! Você é uma pessoa espetacular, quer um lanche?

Verônica – Não obrigada!

Alice se incomoda com Afonso encarando Verônica.

Alice – Impressão minha ou Afonso te devora com os olhos?

Verônica – Esse filho da puta fica me assediando e mandando recadinhos obscenos por debaixo da mesa da sala.

Alice – Você deveria procurar a Aneluce para dar um jeito nisso.

Verônica – Essa diretora me odeia, mesmo sem eu ter feito nada para ela.

Alice – Deixa comigo, vou procurar o representante da nossa turma para pressiona-la.

Verônica – Espero que essa pressão na diretora dê certo.

Alice – Mudando um pouco de assunto, como anda seu namorico com Edu?

Verônica – Vai bem, estamos apenas conversando. Tentando buscar alguma intimidade com ele.

Alice – Entendi, vamos para a sala? A aula começa daqui a pouco!

Verônica – Vamos e espero que a aula esteja interessante.

Alice e Verônica caminham até a sala e Afonso as segue discretamente.

CENA 02. COBERTURA BARCELOS SOBRAL. SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA/MANHÃ. FASE ATUAL

Durante o café da manhã, Eduardo pergunta se Verônica está bem:

Eduardo – Bom dia amor! Você está se sentido bem?

Verônica – Acordei um pouco indisposta.

Eduardo – Você indisposta com o tempo tão lindo lá fora.

Verônica – Eu estava me lembrando da nossa época no internato. Se não fosse o ocorrido daquela noite, teríamos um filho.

Eduardo segura nas mãos de Verônica e diz:

Eduardo – A gente pode adotar uma criança, temos condições para isso.

Verônica – Agora a essa altura do campeonato adotar uma criança? Você tem seus trabalhos, eu tenho que cuidar da editora. Ficará muito complicado.

Eduardo – Sempre arranjamos um jeito para tudo e não vai ser agora que devemos desistir dos nossos sonhos.

Verônica – Você tem razão, vou pensar com carinho nessa possibilidade.

Verônica abraça Eduardo e o marido revira os olhos.

CENA 03. INTERNATO NOSSA SENHORA DOS MILAGRES. QUARTO. INTERIOR. NOITE. FASE 1988

Verônica se irrita com o bilhete obsceno de Afonso e Alice acalma:

Verônica – Que ódio! Essa praga não me deixa em paz.

Alice – O que houve amiga? Mais uma provocação do Afonso?

Verônica – E o que você acha? Esse garoto não larga do meu pé.

Alice – Já alertei a diretora sobre o Afonso te importunar.

Verônica – Ela não vai dar um jeito até algo pior acontecer.

Alice – Você precisa manter a calma!

Verônica – Não tem como manter a calma [Chorando]. Eu preciso ir tomar uma água antes que eu tenha uma crise.

Alice – Quer que eu te acompanhe?

Verônica – Não precisa amiga, fique tranquila!

Sozinha e com o corredor com pouca iluminação, Verônica é raptada por Afonso.

CENA 04. INTERNATO NOSSA SENHORA DOS MILAGRES. MIRANTE. EXTERIOR. NOITE. FASE 1988

Com faca em punho, Afonso ameaça Verônica:

Afonso – Finalmente acertaremos nossas contas. Achou que iria deixar passar aquela traição comigo passar batido?

Verônica – Eu nunca te trai com o Eduardo, você foi um babaca de ter me usado para ganhar uma aposta entre amigos. Humilhou-me e me chamou de vagabunda perante todos que estavam presentes.

Afonso – Mas você é uma vagabunda, uma vagabunda que me excita e que não sai da minha mente.

Afonso se aproxima com segundas intenções e Verônica reage:

Verônica – Saia de perto de mim!

Afonso – Não vou sair de perto de você. Meu amor.

Afonso agarra Verônica com força, desequilibra a jovem e diz:

Afonso – Agora é hora de saciar meu prazer!

Afonso alisa as coxas de Verônica que chuta a virilha do jovem que se enfurece:

Afonso – Vadia! Agora mesmo que vai fazer o que eu mandar, ou senão morre.

Verônica – Não sou obrigada a fazer o que você quer.

Afonso – Veremos!

Afonso desfere um soco em Verônica que cai no chão. O jovem rasga as roupas da menina e põe suas partes intimas para fora e estupra-a. Nervosa, Verônica chora e Afonso diz:

Afonso – Está gostoso amor?

Verônica – Filho da puta, me solta.

Afonso dá tapas na cara de Verônica que consegue pegar a faca e empunha nas costas dele e retruca:

Verônica – Morre desgraçado!

Afonso perdendo o ar diz:

Afonso- Isso não vai ficar barato.

Verônica golpeia Afonso com várias facadas, limpa o objeto, joga o corpo do mirante que rola de barranceira abaixo e deixa a local desesperada.

CENA 05. INTERNATO NOSSA SENHORA DOS MILAGRES. PÁTIO. INTERIOR. NOITE. FASE 1988

Aneluce chega ao pátio e pergunta o que está acontecendo:

Aneluce – O que está acontecendo no meu internato?

Diana – A aluna Verônica Lorena não se encontra em seu recinto.

Alice chega ao local e confronta a diretora:

Alice – Acredito eu que o aluno Afonso tenha raptado minha amiga.

Aneluce – Você tem provas contra o Afonso?

Alice tira da sua mochila bilhetes obscenos do rapaz e diz:

Alice – O Afonso ficava mandando esses bilhetes obscenos no quarto das meninas para Verônica.

Aneluce fica espantada com o conteúdo da carta e rebate:

Aneluce – Porque a Verônica nunca me procurou para denunciar os assédios do rapaz.

Alice – Ela acredita que você não gosta dela.

Aneluce fica em estado de choque e Verônica chega chorosa, cheio de ferimentos e com hemorragia. Espantadas, a diretora e Alice pergunta:

Aneluce – Verônica o que houve com você?

Verônica – Aquele monstro do Afonso abusou de mim.

Alice – Amiga deixa cuidar de você. Olha o seu estado.

Verônica é acolhida por Alice e é levada para o quarto. Aneluce inicia as buscas para encontrar Afonso.

CENA 06. COBERTURA BARCELOS SOBRAL. ESCRITÓRIO. INTERIOR. DIA/MANHÃ. FASE ATUAL

Verônica [Narração]: Aquela noite do estupro resultou numa longa linha de investigação. O corpo de Afonso já estava em estado de decomposição após uma semana incessante de buscas. A arma do crime, eu fiz questão de carregar comigo. Embora esse assassinato fosse o começo de tudo.

Sozinha no escritório, Cleonice entrega uma correspondência para Verônica:

Cleonice – Dona Verônica, chegou uma correspondência para a senhora.

Verônica – Correspondência? De que?

Cleonice – Aqui está!

Verônica abre a correspondência e se enfurece:

Verônica – Que palhaçada é essa?

Cleonice – O que houve senhora?

Verônica – Aquele infeliz do Eduardo está me traindo. Um motel mandou um convite promocional para ele e tal de Larissa. Quem é essa piranha?

Cleonice – Não sei dona Verônica!

Verônica – Pede para Venâncio tirar o carro da garagem.

Cleonice – Mas pra onde a senhora vai?

Verônica – Vou acertar as contas com Eduardo.

Cleonice se retira do escritório assustada e pede para Venâncio tirar o carro da garagem. A sós, Verônica abre o cofre e tira o revolver silenciador e coloca dentro da sua bolsa. A madame chega rapidamente no exterior do prédio, entra no carro e sai em alta velocidade.

CENA 07. MOTEL MIRAMAR. ESTACIONAMENTO. EXTERIOR. DIA/MANHÃ. FASE ATUAL

Verônica dá ordem em Venâncio;

Verônica – Venâncio entre na recepção que vou entrar na área dos funcionários. Quero vê se o cafajeste do Eduardo se encontra por aqui.

Venâncio – Mas senhora...

Verônica – Venâncio vá à recepção e diga que quer um quarto e espera pela sua namorada.

Venâncio – E o carro? Vai ficar com quem?

Verônica – Pague um flanelinha para tomar conta do meu carro.

Verônica tira o dinheiro da bolsa e entrega a Venâncio.

Verônica – Aqui está! Mil e quinhentos reais.

Venâncio – A senhora não acha muito dinheiro para pagar um rapazinho?

Verônica – Não, mas quero manter a segurança do meu veículo. E anda logo, não tenho tempo a perder.

Venâncio entra na recepção do motel e Verônica invade a área dos funcionários, se disfarça de faxineira, coloca máscara e luva e inicia o “trabalho” no local. Ao chegar à porta do quarto de Eduardo, a madame escuta os gemidos de Larissa, invade cautelosamente o casal são pegos de surpresa. Verônica tira a máscara e diz:

Verônica – Então é aqui que você finaliza seus trabalhos né? Nos braços de biscate.

Eduardo e Larissa ficam tensos.

CENA 08. MOTEL MIRAMAR. QUARTO. INTERIOR. DIA/MANHÃ. FASE ATUAL

Larissa reage e pergunta a Eduardo:

Larissa – Quem é essa maluca?

Verônica – Essa maluca aqui é a esposa dele. A otária, a cornuda, a trouxa sendo passada para trás há anos.

Eduardo – Verônica não faça algo que possa se arrepender.

Verônica saca o revolver silenciador e diz:

Verônica – Meu arrependimento foi acreditado no seu amor falso. Fiz de você um homem importante e o que levo em troca? Uma traição num motel barato a beira de estrada.

Eduardo rebate a esposa e diz:

Eduardo – Fico muito grato por tudo que você fez por mim, mas tem uma coisa que estou há anos para te dizer: Eu me casei contigo por pena. Se estamos juntos a vinte e seis anos não foi por amor, foi para reparar a cagada que Afonso fez contigo.

Verônica – Não fale no nome desse miserável.

Eduardo – Não gosta de ouvir a verdade né? Se ele te estuprou é porque deu condições para isso acontecer. Tanto é que você o assassinou, não é?

Incomodada, Larissa se levanta da cama:

Larissa – Olha, eu não vim aqui para assistir lavação de roupa suja de marido e mulher. Com licença!

Ao se aproximar da porta, Larissa é baleada na nuca e morre na hora. Chocado com a situação, Eduardo enfrenta a mulher sob o corpo da amante.

Eduardo – Miserável! Não podia ter feito isso.

Verônica – Não podia? Eu deveria, não aceito ser traída por ninguém.

Irônico, Eduardo diz:

Eduardo – Eu sei que você não gosta de ser traída, tão menos trocada. Foi por isso que matou os seus pais né? Não aceitou ser mandada para um colégio interno nas fronteiras do país. Assassina!

Verônica dispara sete tiros em Eduardo que não resiste aos ferimentos. A madame deixa o local pela portas dos fundos, sem deixar rastros.

CENA 09. COBERTURA BARCELOS SOBRAL. SACADA. EXTERIOR. DIA/MANHÃ. FASE ATUAL

Após assassinar Eduardo e Larissa, Verônica fuma na sacada da cobertura e conversa com Alice:

Alice – Finalmente te encontrei por essas bandas, mulher!

Verônica – Tive que me mudar, aquele condomínio remetia muito a minha infância.

Alice – E como anda o seu casamento?

Verônica – Que casamento? Divorciei-me do Eduardo.

Alice – Mentira? Esse divórcio foi amigável? Ainda mantém contato?

Verônica – Digamos que para mim ele morreu.

Alice repreende a melhor amiga e Cleonice se espanta com a notícia da morte de Eduardo.

Miriam [Repórter do Jornal Brasil]: Estamos em frente do motel Miramar com a seguinte informação: Foram encontrados dois cadáveres no quarto VIP do local. Um dos identificados é do empresário Eduardo Moreira Sobral de 36 anos, e da promoter Larissa Moreno Velardes, de 32 anos e de descendência alemã. Nas imagens da câmera de segurança, uma faxineira mascarada invadiu o local e não foi vista após o crime cometido. As autoridades locais estão averiguando provas que levem ao assassino. Mais informações, mais tarde, no Jornal do Brasil. Até mais!

Cleonice – Misericórdia senhor! Quanta crueldade nesse mundo.

Alice – Estou chocada, forças amiga, você vai superar essa dor tremenda.

Verônica – Obrigada Alice.

Em choque, Cleonice deixa a sala, Alice abraça Verônica que dá um sorriso maléfico.

CENA 10. MANSÃO BARCELOS. SALA. INTERIOR. NOITE. FASE 2005

Verônica [Narração]: A morte do Eduardo me fez refletir o que fiz com meu pai há quinze anos. Lembro-me que a polícia não encontrou muitos vestígios do cadáver. Digamos que foi um grande dia para lavar a minha alma.

Verônica entra na mansão e Enrico se incomoda com a presença da filha:

Enrico – O que faz aqui sua infeliz?

Verônica – Vim te visitar papai! Nossa é desse jeito que você trata as suas visitas? Com hostilidade?

Enrico – Uma endiabrada como você, eu trato com desprezo absoluto.

Verônica – Eu nunca te fiz nada de mal...

Enrico – Fez sim e se estou inválido é por sua causa. Depois daquele empurrão do alto da escada, a minha vida não foi mais a mesma.

Verônica – Ah pai, esquece esses detalhes. Eu estava surtada e você tinha cortado o meu remédio porque achava que eu não precisava.

Enrico – Cortei o seu remédio porque me dava desgosto em ver tomando aquilo e na minha frente. Sobe-me um ódio dessa sua pseudo doença que você carrega contigo.

Verônica passeia com Enrico, que está na cadeira de rodas, no jardim e chega até o canil e diz:

Verônica – Também me sobe um ódio quando você me largou naquele colégio interno.

Enrico – Você merecia coisa bem pior, a morte.

Verônica – Agora quem vai morrer é você, papai. Vá para o inferno!

Verônica abre o canil e Enrico cai da cadeira de rodas. Ao fechar o canil e os cachorros se soltarem raivosos, Enrico é devorado e seus restos mortais ficaram expostos. Verônica dá um sorriso e dos seus olhos, escorre lágrimas de sangue.

CENA 11. 5ª DELEGACIA DE POLÍCIA DE SANTA CATARINA. SALA DO DELEGADO. INTERIOR. DIA/TARDE. FASE ATUAL

A Investigadora Milena estranha a passividade de Verônica sobre a morte de Eduardo e o delegado Augusto rebate:

Milena – Esse assassinato do Eduardo está muito estranho. E o que piora tudo é a passividade de Verônica.

Augusto – Porque esse incomodo com o silêncio de Verônica?

Milena – É sério que você não acha estranho? A esposa dele não se manifestar sobre o caso.

Augusto – Milena aprenda, cada um reage da maneira diferente, ainda mais quando a pessoa sabe que o marido é assassinado em rede nacional.

Milena – Eu acredito que tem algo muito estranho nessa história.

Augusto – O que você está querendo dizer?

Milena – Pela frieza, ela está envolvida nesse crime, nem que seja como mandante.

Augusto – Você tem provas de que ela pode ser assassina?

Milena – Ainda não, mas ligarei todos os pontos para chegar até ela.

Augusto – Te desejo boa sorte. Enfim, vou voltar aos trabalhos. Com licença!

Milena se retira da sala e Augusto arquiva o assassinato de Eduardo.

CENA 12. APARTAMENTO MODERNA. SALA. INTERIOR. DIA/TARDE

Cleonice desabafa com Venâncio

Cleonice – Estou besta com a morte do Eduardo e a frieza da dona Verônica.

Venâncio – Tu sabes que ela é a assassina né?

Cleonice – Como assim? O que você tem a dizer?

Venâncio – Do exato momento que você entregou a correspondência do motel, ela deve ter ficado muito puta. Sem contar que ela invadiu a área de funcionários de lá e saiu pelos fundos. Pagou até mil e quinhentos reais para o flanelinha.

Cleonice – Essa mulher é perigosa. Eu vou pedir demissão de lá.

Venâncio – Não levante suspeitas, Dona Verônica pode nos matar.

Cleonice fica nervosa com a situação e Venâncio acalma a empregada.

CENA 13. MANSÃO BARCELOS. QUARTO. INTERIOR. DIA/TARDE. FASE 1990

Verônica [Narração]: A minha vida mudou quando dei o fim naquela velha sórdida da minha mãe. Meu irmão não estava em casa e prometi fazer uma surpresinha.

Verônica – Sentiu minha falta mãe?

Clarice - Digamos que não! Essa casa sem seus surtos manteve a santa paz.

Verônica – Que bom e como anda o meu pai?

Clarice – Ele foi viajar a negócios, sabe como é né?

Verônica – Interessante! Pedi para Lucinha preparar um suco de laranja fortíssimo para a gente.

Clarice – Vou pegar um adoçante em minha gaveta.

Verônica tira o veneno do bolso, coloca no suco de Clarice e bebe um pouco do seu copo.

Clarice – Achei meu adoçante.

Verônica – Vamos brindar o sucesso de papai?

Clarice – Vamos!

Clarice e Verônica brindam. A matriarca bebe todo o suco envenenado. Sentindo falta de ar, Clarice sai do quarto e chega próximo a escada. Aproveitando a situação, Verônica empurra a mãe do alto da escada e a matriarca bate com a cabeça no rodapé. Descendo as escadas, a madame disse:

Verônica – Descanse em paz, mamãe!

Verônica deixa a mansão e o corpo de Clarice fica ao meio do banho de sangue.

CENA 14. 5ª DELEGACIA DE POLÍCIA DE SANTA CATARINA. SALA DO DELEGADO. INTERIOR. DIA/TARDE

Cleonice e Venâncio entregam as provas para o delegado Augusto e a investigadora Milena.

Cleonice – Delegado e Investigadora, temos que contar uma coisa para vocês.

Augusto – Prossiga!

Venâncio – A dona Verônica é a assassina do Eduardo e da Larissa. Eu a levei para o Motel Miramar, ela entrou pelos fundos e invadiu a área dos funcionários. Aqui estão as fotos.

Milena e Augusto analisam as fotos e Cleonice diz:

Cleonice – Há essa hora, ela está indo a mansão dos Barcelos. Ela sempre vai para fazer algumas visitas.

Milena – É para lá que vamos agora.

Augusto convoca os colegas para irem a mansão Barcelos.

CENA 15. MANSÃO BARCELOS. SALA. INTERIOR. DIA/TARDE.

Gustavo repreende a presença de Verônica

Gustavo – O que faz aqui maluquinha?

Verônica – Antes maluca que drogado de merda com você.

Gustavo – Está ciente que meus pais deixaram isso tudo aqui para mim.

Verônica – É uma pena que vai ficar aqui por muito pouco tempo.

Gustavo – Eita porra, enlouqueceu de vez.

Verônica saca a arma e diz:

Verônica – Adeus irmãozinho!

Gustavo leva vários tiros, a polícia ouve, invade a mansão e dá voz de prisão.

Augusto – Verônica Lorena Barcelos Motta Sobral, você está presa!

Verônica tenta fugir mas é cercada pela investigadora Milena. Ao sair da mansão. A imprensa fotografa a madame que entra no camburão.

CENA 16.TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA. SALA DE JULGAMENTO. INTERIOR. NOITE. FASE ATUAL

Duas semanas depois: Juiz Otto inicia o julgamento de Verônica.

Otto – Estamos iniciando o julgamento de Verônica Lorena Barcelos Motta Sobral pelo assassinato de Eduardo Moreira Sobral, Larissa Moreno Velardes, Gustavo Barcelos Motta, além de outros crimes que já foram prescrito em lei e investigado como o assassinato de Afonso Cardoso Brandt, Clarice e Enrico Barcelos Motta. Algo a dizer advogada?

Carolina – A minha cliente sofre com o transtorno de Borderline, já o caso de Afonso, a própria relatou abuso sexual e guardou alguns bilhetes obscenos daquela época. Portanto, espero depoimentos condizentes com os fatos.

Depoimentos

Cleonice – A dona Verônica sempre foi instável emocionalmente e ela foi atrás do Eduardo quando recebeu uma correspondência e saiu da cobertura esbaforida. E o Venâncio soube de mais coisas.

Venâncio – Chegando ao motel, a dona Verônica pediu para pagar mil e quinhentos para um flanelinha, pois iria demorar. Eu fui a recepção e ela invadiu a áreas dos funcionários. Quando voltou, estava frigida e disse que não tinha visto o Eduardo, mas demorou em média, quarenta minutos...

Reposta:

Verônica – Eu sou inocente e posso provar. Sempre fui negligenciada por todos. Me tratava feito uma vagabunda, um lixo e a pior raça de ser humano por ter essa maldita síndrome e não me arrependo os meus atos e se fiz algo, era para relutar pela minha honra.

Sentença:

Otto – Dona Verônica Lorena Barcelos Motta Sobral é condenada a sessenta e sete anos pelos crimes triplamente qualificado em regime fechado e será levada para a penitenciária feminina de Santa Catarina.

O Juiz encerra o julgamento.

CENA 17.PENITENCIÁRIA FEMININA DE SANTA CATARINA. INTERIOR. NOITE. FASE ATUAL

Ana tenta agarra Verônica que repreende:

Verônica – Ficou maluca? Perdeu a noção?

Ana – Que isso morena, tu não curte não?

Verônica – Eu não sou da sua laia.

Ana – Então o que faz aqui? Fez merda pra caralho né?

Verônica – Me deixa em paz.

Ana tira o estilete do bolso e diz:

Ana – Você vai fazer o que eu disser e pronto. Perua se cresce aqui dentro não.

Verônica – Me obrigue se você é mulher para isso.

Ana fura o peito de Verônica com o estilete e as demais detentas esquartejam a madame.

Verônica [Narração]: Este foi o meu fim, o sofrimento de ser negligenciada por todos e acharem que obrigada a satisfazer os caprichos dos outros.

FIM

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