Baseado no argumento original de João Victor Santos
Escrita por Leonardo Lima
Capítulo 018
Cena 1.
Grand’ Hotel. Sala. Cobertura Alencar Saldanha. Interior. Noite
Olavo
confronta Marina e os dois discutem.
Olavo – Sentiu
minha falta amor?
Marina – Isso só
pode ser brincadeira. Não acredito que você mentiu esses anos todos.
Olavo – Você
falando de mentira? Marina, aliás, Maria Cláudia, não seja hipócrita. Você
fingiu por muito tempo, dizendo que é descendente de libaneses, mas não passa
de uma roceira pernambucana.
Marina – Sou
roceira e com muito orgulho. Sempre lutei para ter uma vida digna, já você,
sempre teve uma vida fácil e ainda se envolve com bandidagem.
Olavo – Jogo do
bicho não é bandidagem querida! É jogo de azar como qualquer outro. Eu diferente
de você, nunca matei ninguém por motivos duvidosos como tentou fazer comigo e
eliminou seu tutor Mário.
Marina – Você sabe
perfeitamente o motivo pela qual eu matei Mário e não me arrependo. Agora pode
se retirar, não temos mais nada para conversar.
Olavo – Eu me
retirar? Da minha cobertura? Só me retiro se eu ver o meu filho, que aliás,
estou orgulhoso em saber que ele é o presidente do Grupo Gama. Finalmente um
lampejo de inteligência.
Marina – Ele está
trabalhando, por favor, se retire!
Olavo – Vou me
retirar para não causar atritos com você. Mas antes de sair vos digo, cuidado
Marina, sua casa vai cair.
Marina – Saia
agora!
Olavo deixa
a cobertura e Marina se enfurece.
Cena 2.Grand’
Hotel. Pátio 1. Exterior. Noite
Helena e
Jurandir conversam no pátio sobre a retomada do casamento.
Helena – Estava
pensando em renovar nossos votos de casamento. Queria algo simples, o que acha?
Jurandir – Eu acho
perfeito, são trinta anos de casamento e de amor pueril.
Helena – Jurandir
me desculpe à indiscrição, mas como você pagou as dívidas da pensão?
Jurandir – O doutor
Mauro me deu um incentivo pelos serviços que prestei na contabilidade do Grand’
Hotel. E com esse dinheiro, eu paguei as dívidas da pensão.
Helena – Não
acredito Jurandir!
Jurandir – Porque
todos temem quando digo o nome do Dr. Mauro?
Helena – Porque
este rapaz é perigoso. Ele é o principal suspeito pelo assassinato de Olavo, o
irmão dele.
Jurandir – Amor, mas
isso não passa de especulações, porque se ele fosse assassino, não estaria com
a ficha limpa na praça.
Helena – É claro
que ele está com o nome limpo na praça, aliás, ele suborna a imprensa em não
tocar nesse assunto. Não deva confiar fielmente nele, escuta o que estou te
dizendo.
Jurandir – Pode
deixar meu amor, eu estarei de olhos abertos com o Dr. Mauro, embora eu não
acredite muito em tudo isso.
Helena – Ouvindo o
meu conselho é o suficiente.
Jurandir e
Helena continuam andando no pátio
Cena 3.Grand’
Hotel. Prédio 12. Escritório. Interior. Noite
Duca fala
da gravidez de Laura à Cascadura.
Duca – Acredita
que Laura está grávida? Estou temendo o que pode acontecer daqui pra frente.
Cascadura – Não
acredito que a ruivinha está grávida.
Duca – Ela está
grávida do Mauro, já não sei no que pensar.
Cascadura – Eu tenho
uma ideia.
Duca
–
Lá vem, qual é a ideia?
Cascadura – Ela pode
usar essa gravidez para dar um golpe no Mauro e ficaríamos com toda a fortuna
dele.
Duca – Ficou
louco? Seria arriscado fazer isso. Enfim, não posso te ocupar muito porque está
tarde e para chegar na Bixiga, é um caso sério.
Cascadura – Qualquer
coisa é só me ligar
Duca – Pode
deixar.
Cascadura
deixa o escritório, Duca chega na sala e pergunta como está Laura.
Duca – Como
anda o meu amorzinho?
Laura – Estou um
pouco enjoada. Estava vendo a novela, mas vou deitar.
Duca – Antes de
deitar, vou preparar uma sopa.
Laura – Espero
que não seja sopa requintada.
Duca – Farei com
as minhas próprias mãos, sou o mestre na cozinha.
Laura – Quero só
ver. Vou para o quarto e espero a sopa lá.
Duca – Ok,
descanse bem.
Laura se
encaminha para o quarto e Duca vai para a cozinha preparar uma sopa.
Cena 4.Grand’
Hotel. Prédio 13. Sala. Interior. Noite
Mariana chega
transtornada e Fernando ampara à amada.
Fernando – Ainda
transtornada com a expulsão da faculdade?
Mariana – Não é para menos, aquela vagabunda continua estudando como se nada
tivesse acontecido.
Fernando – Mariana,
não adianta se fazer de vítima, eu sei de tudo.
Mariana – Você está
contra a sua namorada para defender a piranha?
Fernando – Não estou
contra você, mas você foi racista em chama-la de macaca. Não se esqueça de que
eu também sou negro e essas palavras são ofensivas, nos fere por dentro.
Mariana – Aquela lá
merece todos os xingamentos possíveis.
Fernando – Você
está com ódio dela pelo fato de estar namorando Adriano. Não sei o porquê isso
te incomoda se estamos felizes juntos.
Mariana – Eu estava
feliz com ele e essa desgraçada estragou tudo.
Fernando – Você não
estava feliz com Adriano, você estava feliz sozinha, enquanto ele te
maltratava. Esquece ele e viva sua vida do meu lado.
Mariana –
Infelizmente não tem como esquecer ele, se convivemos no mesmo espaço o tempo
todo.
Fernando – A minha
parte eu já fiz, agora vou embora.
Mariana – Não vá
Nando, fique comigo!
Fernando – Não vou
ficar aqui com a minha namorada pensando ainda e apaixonada por um babaca. Com
licença.
Mariana
implora para Fernando voltar e o jovem vai embora furioso.
Cena 5.Bar
do Sargento. Balcão. Interior. Noite
Benjamin
faz proposta à Sargento
Benjamin – E ai
Sargento Augusto, como andam as coisas aqui no bar.
Sargento – Está tudo
suave patrão, e na delegacia? Como andam as coisas lá?
Benjamin – Meio
parado, não tem muita ocorrência, estamos apenas investigando a morte de Olavo.
Sargento – Ainda não
acabou essa investigação que dura há trinta anos?
Benjamin – Não temos
provas concretas e nem o perfil do assassino. A principal suspeita é Mauro.
Sargento – Estranho,
mas enfim, o que faz aqui?
Benjamin – Quero te
fazer uma ótima proposta.
Sargento – Opa, pode
falar.
Benjamin – Quer
trabalhar na corporação com a minha equipe de veteranos? Precisamos de um nome
conhecido para liderar a equipe.
Sargento – Não tenho
mais idade para retornar a corporação.
Benjamin – Você terá
sua sala exclusiva, não vai exigir nenhum esforço.
Sargento – Se é para
ser assim, perfeito. Pode contar comigo.
Benjamin
cumprimenta Sargento e comemoram brindando com cerveja.
Cena 6.Grand’
Hotel. Sala da presidência. Interior. Noite
Mauro chega
à sala da presidência provocando Adriano.
Mauro – Está
gostando de ser presidente do Grupo Gama?
Adriano – Estou
muito bem e feliz com o meu cargo, porque se importa?
Mauro – Por nada,
quero ver meu sobrinho feliz.
Adriano – Não seja
falso! Todos sabem que você quer minha cabeça e vai fazer o inferno para
assumir a cadeira da presidência.
Mauro – Eu não
vou precisa fazer muita coisa. Já você, terá que se virar para se manter.
Adriano – O que
você quer dizer com isso?
Mauro – Eu
indiquei uma pessoa bem mais competente que você para assumir a cadeira da
presidência, então, se prepare.
Adriano – Você
nunca suportou perder a herança do meu pai e agora está ai, se corroendo por
dentro por ter assumido a presidência.
Mauro – Eu me
corroendo? Você está imaginando coisas. Bom, te desejo bom trabalho e boa
sorte, pois você está precisando. Com licença.
Adriano – Tchau e
fecha a porta.
Mauro deixa a sala e Adriano fica intrigado.
Cena 7.Cobertura
dos Figueiredo Rodrigues. Interior. Noite
Ricardo vai
à sala e encontra Luma desacordada.
Ricardo – Luma,
fale comigo!
Milena,
Felício e Felipe chegam em casa e se encontram Ricardo desesperado.
Felipe – O que
houve com minha mãe?
Milena – Ela bebeu
de novo.
Felício – Gente,
se acalmem, vou preparar algo para dona Luma.
Ricardo – Vai lá
Felício!
Milena – Ela
continua respirando?
Ricardo – Sim, mas
estou preocupado.
Felipe – Mas não
é mais fácil leva-la ao hospital? Deve ser coma alcoólica.
Ricardo – Não
precisa, vamos cuidar dela aqui mesmo.
Com todos
preocupados em sua volta, Luma recobra a consciência.
Cena 8.
Avenida Paulista. Calçada. Exterior. Noite
Fred
aparece de surpresa na cabine de Afonso.
Afonso – O que
você está fazendo aqui? São quase onze horas da noite.
Fred – Eu vim te
fazer uma surpresa.
Afonso – Amor, nem
posso te dar atenção, estou trabalhando.
Fred – Deixa eu
falar pelo menos alguns segundos.
Afonso – Fred, eu
não posso, vou tomar esporro de Bem depois.
Fred – Deixa que
com ele eu me acerto.
Afonso – Vai, fala
o que você quer.
Fred – Afonso
Corrêa, você aceita se casar comigo?
Afonso fica
sem reação e Fred fica ajoelhado perante o namorado.
FIM DO CAPÍTULO 18
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