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Capítulo
053
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Cena 001
// Hospital // Noite
No quarto...
Samara – Me responde mãe, isso que ele falou para mim, é verdade?
Adelino – É verdade, eu sou seu pai, eu descobri isso hoje.
Lucimar – Adelino isso não é verdade, a gente teve sim uma filha,
mas não é a Samara.
Adelino – Como assim tivemos?
Lucimar – Samara deixa a gente a sós, depois eu explico tudo para
você.
Samara – Eu quero saber o que está acontecendo.
Lucimar – Já disse que depois explico, agora espera lá fora.
Samara – Ok mãe.
Ela se retira...
Adelino – Agora pode explicar, eu não estou entendendo nada.
Lucimar – Primeiramente, a Vera está mentindo, a Samara não é sua
filha, ela é do Marcelo, a sua ex-mulher inventou isso e você acreditou.
Adelino – Mas ela disse que Marcelo não podia ter filho.
Lucimar – Ele podia sim, a Vera inventou isso só para você brigar
comigo, não consegue perceber?
Adelino – Essa mulher está passando de todos os limites.
Lucimar – E sobre aquilo que eu disse agora, a gente teve sim uma
filha, porém o Marcelo deu ela para adoção quando descobriu.
Adelino – Por que não me contou?
(Pergunta o homem triste)
Lucimar – O Marcelo me obrigou a esconder essa gravidez, depois
que a criança nasceu ele deu para a adoção.
Adelino – Você não podia ter escondido isso de mim, não podia.
Lucimar – Eu não tive escolha, tenta me entender Adelino.
Adelino – Infelizmente não dá pra entender, me desculpa, eu já
ouvi tudo que não queria ouvir.
Ele sai revoltado...
Lucimar – Adelino, volta aqui, não terminamos a nossa conversa.
Samara entra...
Samara – Mãe, o que está acontecendo eu posso saber?
Lucimar – Eu e o Adelino tivemos um caso no passado...
A mulher explica tudo para a filha....
Passam-se
uma semana...
Cena 002
// Mansão Do Sandro // Manhã
No quarto do casal...
Flávia – Vamos acordar amor, o seu patrocinador disse que vai vim
aqui, a Socorro acabou de me avisar.
Sandro acorda...
Sandro – Que horas são amor?
Flávia – São quase nove horas, é hora de levantar, vai se arrumar,
ele logo vai estar aqui.
Sandro – Eu não sei nem o que ele veio fazer aqui, já que eu fui
desclassificado do campeonato por ter sido preso.
Flávia – Vai que ele está trazendo boas notícias amor.
Sandro – Isso só se for no seu sonho, depois dessa prisão minha,
parece que a minha vida voltou a ser como era antes no anonimato, ninguém mais
me chamou para fazer comercial, disputar torneio.
Flávia – Calma amor, essa maré de azar vai passar, você vai ver.
Sandro – Tomara, eu vou tomar um banho e já desço para tomar café.
Flávia – Ok, eu já vou descer.
Sandro – Pega aquela minha calça, esqueci ela no quartinho ontem.
Flávia – Ok, vou lá pegar e já volto.
Sandro entra no banheiro...
Flávia vai até no quartinho...
*Dentro do
quartinho...*
Flávia – Essa mania do Sandro de guardar roupa aqui nesse
quartinho, me irrita, odeio vim aqui.
(Diz a vilã brava)
A vilã novamente escuta a voz dizendo...
ASSASSINA,
VOCÊ É UMA ASSASSINA
Flávia – Essas vozes de novo não, parem, eu não posso ser louca.
(Diz a vilã quase chorando)
Ela sai rápida do quartinho...
Flávia – Eu só posso estar ficando louca, já faz uma semana que
essas vozes me perseguem.
Socorro se aproxima...
Socorro – Está tudo bem com você Flávia?
Flávia se assusta...
Flávia – Quantas vezes eu já falei para você não chegar assim de
fininho, será que vou ter que desenhar para você entender?
Socorro – Desculpa, eu vi que você não estava bem e resolvi
perguntar.
Flávia – Para de perguntar as coisas e volta para a cozinha.
Socorro – Ok, eu já vou servir o café.
Flávia volta para o quarto do casal...
Flávia – Eu não posso estar louca, essas vozes, eu não sou louca.
Sandro – Aconteceu alguma coisa amor?
Flávia – Nada não, é que estou pensando alto, aqui está sua calça
amor.
Sandro – Obrigado, vamos descer para tomar café?
Flávia – Vamos sim, estou morta de fome.
Os dois descem juntos...
Cena 003
// Casa de Lucimar // Manhã
Na cozinha...
Samara – É hoje que eu vou colocar o plano para desmascarar a
Flávia.
Lucimar – O que você vai fazer filha?
Samara – Não posso dizer, só quero que torça por mim mãe, é a
única chance que temos de pôr um fim nas maldades daquela bandida.
Lucimar – Bom, enquanto você resolve os seus problemas, eu vou ir
no orfanato saber onde está minha outra filha, se foi adotada ou não.
Samara – Você acha que consegue encontra-la depois de tantos anos?
Lucimar – Sim, eu nunca perdi a fé, eu lembro do rosto dela até hoje.
Samara – Se a senhora tivesse me contado antes, eu poderia ter
ajudado a procurar ela.
Lucimar – Eu já te expliquei o porquê, não quero voltar nesse
assunto.
Samara – A senhora vai sozinha?
Lucimar – Sim, é melhor, já faz uma semana que o Adelino não me
procura.
Samara – Boa sorte mãe, tomara que você encontre alguma pista.
Lucimar – Tchau filha...
Ela vai até a porta, quando abre dá de cara com Vera...
Vera – Bom dia Lucimar, eu preciso falar com você.
Lucimar – Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece.
Vera – Eu não iria vim aqui se o assunto não fosse sério.
Lucimar – Não tenho nada para falar com uma assassina, agora me dê
licença eu tenho que resolver um assunto.
Vera – Eu sei qual assunto você vai resolver, deixa eu te ajudar.
Lucimar – Não sabe não, e mesmo que soubesse eu nunca iria querer
a sua ajuda.
(Diz a manicure brava)
Samara – Que falatório é esse dá para ouvir de longe.
Ela fica surpresa ao ver Vera...
Samara – O que a assassina do meu pai está fazendo aqui?
Lucimar – Veio me provocar como sempre, espalhar seu veneno.
Vera – Eu vim aqui oferecer minha ajuda e mostrar que estou
arrependida de tudo que fiz contra vocês.
Lucimar – Sua ajuda eu não quero, por favor vá embora da minha
casa.
Vera – Eu sei onde sua filha está Lucimar, e posso afirmar que é
verdade.
Lucimar e Samara ficam intrigadas...
Cena 004
// Casa de Eduardo // Manhã
Eduardo está tomando café e se lembra do que Maria lhe contou...
FLASH
BACK
Eduardo –
Estou pensando seriamente se quero te ouvir, não estou com vontade de falar com
você.
Maria –
Quando eu te contar, você vai me entender, eu tenho certeza disso.
Eduardo –
Então fala logo o que você tem para falar.
Maria –
Eu não sou prostituta, aquele dia eu estava sendo obrigada a se prostituir pelo
seu pai.
(Diz a
jovem chorando)
Eduardo –
Como? Eu ouvi bem?
Maria –
Sim, aquele homem, era o seu pai, mas eu vou te explicar como tudo aconteceu e
você vai entender.
DE VOLTA
AO PRESENTE
Eduardo – Eu preciso saber desse homem e já sei quem pode me
ajudar.
Ele vai até a sala e pega o telefone e liga para sua tia Raquel...
Eduardo – Bom dia tia, sou eu o Eduardo.
Raquel – Oi Du, quanto tempo?
Eduardo – Verdade, já faz alguns meses que não se falamos.
Raquel – E como vão as coisas por aí?
Eduardo – Vão bem, a senhora está em casa agora?
Raquel – Sim, quer vim aqui?
Eduardo – Sim, eu preciso saber uma coisa e só posso falar
pessoalmente.
Raquel – Ok, pode vim, vou preparar um almoço daquele para você,
meu sobrinho querido.
Eduardo – Está bem, logo chego aí tia.
Ele desliga o telefone...
Eduardo – Hoje eu descubro se você está falando a verdade Maria.
(Diz o mecânico confiante)
Cena 005
// Mansão do Sandro // Manhã
Na sala...
Socorro se aproxima...
Socorro – Adelino o senhor vai tomar o café junto com a Flávia e o
Sandro?
Adelino – Eu não estou com fome, pede para o meu filho ir no meu
quarto agora, eu preciso falar com ele.
Socorro – Peço sim, mais alguma coisa?
Adelino – Só, obrigado Socorro.
Socorro se retira e Adelino sobe para o quarto dele...
No
quarto...
Sandro – A Socorro disse que você queria falar comigo, aconteceu
alguma coisa?
(Pergunta o jovem preocupado)
Adelino – Filho, eu preciso contar uma coisa para você, é sobre
sua mãe.
Sandro – O que aconteceu com a mãe? Ela está bem?
Adelino – Sim, eu só quero que você precisa ter calma, pois o
assunto é sério.
Sandro – Não estou gostando disso pai.
Adelino – É que esse assunto me corta o coração, em ver o que sua
mãe se transformou.
Sandro – Fala logo, não enrola por favor.
Adelino – No passado, eu me envolvi com a Lucimar, a mãe da
Samara, e a Vera armou duas vezes um atentado contra a Lucimar e num desses
atentados, ela matou o Marcelo, o pai da Samara.
Sandro – Você só pode estar brincando comigo, é uma pegadinha
isso.
Adelino – Não é filho, é a pura verdade, a sua mãe é uma
assassina, quando ela me contou eu não acreditei.
Sandro – Isso é mentira, minha mãe jamais faria isso com alguém.
(Diz o jovem quase chorando)
Adelino – Eu só estou te contando, porque a polícia pode prender
ela ao qualquer momento, não queria que isso chegasse de surpresa para você.
Sandro – Não consigo ver minha mãe como uma assassina, como ela
teve coragem de fazer uma coisa dessa, não consigo entender.
Adelino – Sua mãe deixou que o ciúmes possessivo dela cegasse, e
acabou cometendo isso.
Sandro – Agora está explicado por que ela implicou aquele dia na
delegacia com a Samara.
Adelino – A gente nunca sabe com quem a gente convive, as pessoas
finjam ser o que não são e sua mãe conseguiu esse feito, fingiu muito.
Sandro – Não me conformo com isso, eu vou ir lá falar com ela.
Adelino – Não vai adiantar, fique aqui filho, chega de briga na
nossa família, vamos ficar em paz.
Sandro se senta na cama e começa a chorar...
Cena 006
// Casa de Raquel // Manhã
Eduardo chega na casa da tia dele...
Raquel – Que bom que você veio Edu, estava com saudades de ver
você.
Eduardo – Eu também, eu não sabia que ainda morava aqui no bairro.
Raquel – É só por mais alguns dias, estou de mudança para outra
cidade.
Eduardo – Por que vai se mudar?
(Pergunta o mecânico desconfiado)
Raquel – Eu recebi uma proposta de emprego de uma empresa e
aceitei, não aguento mais ficar parada sem fazer nada, preciso me movimentar.
Eduardo – Se eu soubesse que estava precisando de emprego, eu
teria te contratado, minha oficina está precisando de secretária.
Raquel – Eu não iria aceitar, não gosto de trabalhar com parente.
Eduardo – Minha mãe também não gostava, sinto falta dela.
Raquel – Ela era uma pessoa muito boa, não conseguia ver maldade
nas pessoas, nem mesmo no primeiro marido dela.
Eduardo – Primeiro marido? Como assim?
Raquel – Não sabia? Ela foi casada duas vezes, primeiro com o
Antônio e o segundo casamento foi com o Tadeu.
Eduardo – O meu pai o Tadeu.
Raquel – Nada disso Eduardo, o Tadeu não é o seu pai verdadeiro.
Eduardo – Mas ele falava que era, sempre me dizia, não só para
mim, mas para todos os meus amigos.
Raquel – Ele tinha um combinado com a sua mãe, a dona Rita não
queria que você soubesse sobre o seu pai biológico.
Eduardo – Mas afinal, quem é meu pai?
Raquel – Isso eu não posso falar, sua mãe me fez jurar que não
contaria nada sobre isso.
Eduardo – Tia me fala, eu preciso saber da verdade, eu já tenho
idade o suficiente para saber da verdade.
Raquel – Está bem, eu vou contar tudo para você Eduardo, mesmo não
sendo a vontade da minha irmã.
Eduardo – Então conta, eu já estou pronto para saber de tudo.
Raquel – O seu verdadeiro pai se chama Antônio.
Eduardo fica surpreso ao perceber que Maria estava falando a
verdade...
Cena 007
// Casa de Lucimar // Manhã
Na porta...
Lucimar – Você está mentindo, eu não vou acreditar que você sabe
onde está a minha filha.
Vera – Eu não estou mentindo Lucimar, acredita em mim por favor.
Samara – Mãe eu acho que ela está falando a verdade.
Lucimar – Não tem como acreditar numa pessoa que passou a vida
inteira mentindo, fingindo ser uma boazinha sendo que é uma assassina.
Vera – Eu não vou ficar aqui oferecendo minha ajuda e você não
aceitando ela, eu vou ir embora.
Lucimar – Espera, você sabe mesmo onde minha filha está?
(Pergunta a manicure quase chorando)
Vera – Sei sim, se quiser eu levo você lá agora.
Lucimar – Algo me diz que você está mentindo para mim.
Vera – Eu não estou mentindo, eu fui a responsável pela adoção da
sua filha.
Lucimar – Como assim?
Vera – Naquela época eu era assistente social, eu fazia contato e
ficava sempre perto.
Lucimar – Quer dizer que você sempre soube do paradeiro da
Isabely?
Vera – Sim, mas hoje em dia ela não se chama mais Isabely, está
com outro nome.
Lucimar – Me leva na casa dela agora, por favor.
Vera – Levo sim, vamos comigo, eu vou provar para você que estou
mudando e o primeiro passo é te ajudar a encontrar a sua filha.
Lucimar – Você vem junto Samara?
Samara – Não, eu tenho que tratar daquele assunto, depois você me
apresenta ela.
Lucimar – Ok, vamos logo quero conhecer ela.
Vera e Lucimar saem juntas...
As duas chegam na casa onde mora a filha da Lucimar e do
Adelino...
Vera – É essa casa daqui, espero que ela esteja em casa agora.
Lucimar – Deixa que eu chamo, quero ver logo a cara da minha
filha.
Lucimar toca a campainha...
Dentro de
casa...
Maria - Já vou, espera um minutinho.
A jovem coloca Júnior no berço e vai atende o portão...
Maria – Tomara que seja o Eduardo.
Ela abre o portão...
Maria – Bom dia, em que posso ajudar?
Lucimar fica emocionada ao ver Maria...
FORMA-SE
UM TABULEIRO DE XADREZ EM LUCIMAR
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