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Escrita por Glalber Duarte.
CAPÍTULO 026
CENA
001. CASA DE MARIANA. INTERIOR. SALA. RJ. NOITE.
(Continuação
imediata do capítulo anterior. FUNDO: “Cidade Sombria – Rogério Vaz”. PIETRO
rapidamente apanha a arma do chão e aponta para ALAN).
PIETRO
– Parado aí, nem mais um passo, sua bicha do caralho!
ALAN
– Como você teve a coragem de/
PIETRO
– Foda-se! Você vai morrer agora.
(ALAN
se aproxima aos poucos).
ALAN
– Calma cara... Não faça besteira... Por favor.
PIETRO
– Calma é uma ova. Todos vocês vão morrer!
(MARIANA
rasteja, segurando as pernas de PIETRO).
MARIANA
– Por favor, não o mate. Não mate o amor da minha vida!
(CLOSE
em ALAN, assustado).
CENA
002. HOSPITAL. INTERIOR. RJ. NOITE.
(Os
médicos entram no hospital, correndo com RAMON na maca. LUCAS tenta ir junto,
mas VITÓRIA contém, segurando o homem).
VITÓRIA
– Deixe os médicos... Daqui pra lá, só eles podem salvar a vida do seu amigo. O
que podemos fazer é pedir a Deus...
(CARLOS
observa MAURO, inquieto. Aproxima-se, abordando-o).
CARLOS
– Mas você não é o/
MAURO
– Ainda aqui, é?
CARLOS
– E sua mulher, como está?
MAURO
– A LUCIANA?
(CLOSE
em LUCAS, que ouve atento. Ao ouvir o nome da amada, cenas do beijo dos dois,
passam na cabeça dele, em relâmpago).
MAURO
(ao fundo) – Está na mesma... Em coma... Depois do baque todo... Difícil ela
ficar bem...
(LUCAS
se aproxima, indagando MAURO).
LUCAS
– Por acaso, eu poderia ver sua mulher?
MAURO
– Ver? Como assim, por quê?
CENA
003. CASA DE RODRIGO. INTERIOR. SALA. RJ. NOITE.
(RODRIGO
fecha a porta e PEDRO se aproxima).
PEDRO
– Agora que todos saíram, pode me falar. Porque você estava daquele jeito de
tarde? Não vá me dizer que/
RODRIGO
– Deixa baixo... Ninguém precisa saber.
PEDRO
– Saber do que? Que você está apaixonado pelo ALAN? Sim! Isso que eu acho. Pra
dar pra trás no nosso plano... Já vi que eu mesmo irei agir...
RODRIGO
– Não é isso, é que...
PEDRO
– É o que então? Dê-me uma boa justificativa!
RODRIGO
– Como eu amaria um gay, se praticamente acabei de matar um, na sua frente?
PEDRO
– Pra tentar me enganar. E pra descontar o ódio. Afinal de contas, meu
irmãozinho está com uma raiva tremenda de você, porque acabaste com a vida
dele!
RODRIGO
– Foi você! Você! O mentor disso tudo. Não venha jogar a culpa pra cima de mim!
Porque o culpado disso tudo é você.
PEDRO
– Uuuuh. Olha o cagão! Medroso. (T) Bendita hora em que fui te conhecer. Te
colocar no meu plano... Mas... Os dias de ALAN estão contados... Deste fim de
semana ele não passa!
CENA
004. HOSPITAL. INTERIOR.
(MAURO
fica grilado).
MAURO
– Hein?! Diga. Ver por quê?
LUCAS
– É que... É... Que... Eu... (mente) Eu tô cursando medicina... Então queria
dar uma olhada, sei lá... Talvez até eu diga o verdadeiro estado dela...
MAURO
– Como assim, verdadeiro? Mas os médicos já me disseram!
LUCAS
– E se eles estiverem mentindo? Te poupando do pior, Deus que me livre, mas...
(VITÓRIA
se aproxima).
VITÓRIA
– É verdade... Muita das vezes os médicos poupam a família do paciente, pra
evitar estrago maior... Não é mesmo, CARLOS?
(VITÓRIA
dá de ombro em CARLOS, que se assusta, mas entende a jogada).
CARLOS
– Minha vozinha... Minha finada vozinha... Falaram que a mesma tinha uma
simples infecção... Mas na verdade, essa simples infecção já estava alastrada
pelo corpo... Minha vovozinha...
LUCAS
– Então!
VITÓRIA
(ironia) – Sinto muito, CARLINHOS, pela sua vovozinha...
CARLOS
– Ela se foi com 100 anos... Muito nova... Coitada...
MAURO
– Se é assim... Tudo bem, vamos lá, mas não podemos entrar na sala, só ver pelo
vidro exterior... Vetaram as visitas, por medo de ela contrair bactéria...
LUCAS
– Além do mais, estou sujo de sangue, nem poderia...
MAURO
– Por quê?
LUCAS
– Com calma eu te conto...
(Os
quatro saem do local, indo em direção ao quarto).
CENA
005. QUARTO. EXTERIOR.
(LUCAS
vira-se para ver o interior do quarto. MAURO aponta para dentro. FUNDO: “Last
Dance – Donna Summer”. MAURO aponta para LUCIANA).
MAURO
– É aquela ali, ó...
(LUCAS
vê LUCIANA. Sua amada. Seus olhos enchem-se de lágrimas. LUCIANA está ali,
imóvel, praticamente morta. MAURO percebe que LUCAS está chorando).
MAURO
– Ei? Porque estás assim?
LUCAS
– Eu... Eu corro grandes riscos de ter um amigo assim, neste estado...
(LUCAS
desaba a chorar. MAURO abraça-o. LUCAS observa LUCIANA. CLOSE em seu rosto.
VITÓRIA e CARLOS ficam sem entender nada).
CENA
006. CASA DE MARIANA. INTERIOR. SALA.
(A
música da primeira cena volta a tocar. PIETRO empurra MARIANA com as pernas e
aponta a arma para ela).
PIETRO
– Vadia! Eu pensei que tivesse morrido.
MARIANA
– O tiro foi de raspão, graças a Deus.
PIETRO
– Mas Deus não vai te proteger por muito tempo. Porque chegou a hora de você
cantar pra subir. Subir não, descer, porque desse jeito... Deus vai te jogar
pro inferno.
ALAN
(ao fundo) – Deixa ela, por favor.
PIETRO
– Calado, sua mocinha! (p/ MARIANA) Chegou a hora da sua morte, vagabunda! Mas
antes, dê sua última palavra.
MARIANA
– ALAN fique sabendo, antes de eu morrer, que te amo. Eu sou apaixonada por
você, tu és o varão que eu sempre quis... E que/
PIETRO
– Acabou o tempo. Piiiiiiii. Acabou! Corta. Chegou tua hora.
(PIETRO
ajeita a arma para atirar. CLOSE nela. Ele dirige o dedo ao gatilho, até que
ALAN avança em PIETRO, para impedir. Os dois caem ao chão, numa briga corporal.
Giram pelo local. MARIANA fica assustada).
MARIANA
– ALAN! Para com isso. ALAN! ALAN!
(A
arma dispara. CORTA A MÚSICA. Silêncio total. CLOSE na expressão de horror na
face de MARIANA).
MARIANA
– ALAAAAAAAN!
A
SEGUIR CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS
-
CARLOS e VITÓRIA conversam com LUCAS.
-
O IML chega à casa de MARIANA.
FIM
DO CAPÍTULO
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