Logotipo da web novela (Foto: Divulgação)
Produção Original Star TV
Baseado no argumento original de João Victor Santos
Escrita por Leonardo Lima
Capítulo 002
Cena 1.Calçada
do Grand’ Hotel. Exterior. Dia/Manhã
Furiosa,
Marina manda os manifestantes embora.
Marina – Acabou o
circo, vão embora, bando de desocupados. Burguesinhos de merda. Vão embora,
estão esperando o que?
Com Marina
sob vaias, o delegado Benjamin chega com a patrulha e sai da viatura dando
ordens.
Delegado
Benjamin – Circulando todo mundo, acabou a baderna!
Adriano – Não é
baderna delegado, é manifestação pacífica contra crime ambiental que pode ser
cometido.
Marina
entra no meio do povo e pega Adriano pelo braço e os manifestantes vaiam a
empresária.
Marina – Acabou a
palhaçada, você já encheu muito o meu saco por hoje.
Adriano – Essa
guerra está apenas começando.
Marina – Cala sua
boca, quando chegar à cobertura, teremos uma conversa muito séria.
Adriano – Não
quero escutar nada vindo de você.
Entrando no Grand’ Hotel, jornalistas fotografam Marina
enfurecida com Adriano e Ricardo chega na hora e dispersa.
Ricardo – Estão
fotografando o que? Acabou a coletiva, estão dispensados por hoje.
Os
jornalistas deixam o local e Benjamin dispersa os manifestantes do Mundo
Melhor.
Cena 2. Grand’
Hotel. Cobertura Alencar Saldanha. Interior. Dia/Manhã
Marina se
aborrece e discute com Adriano.
Marina – Você
ficou maluco? Surtou? Como pode você voltar contra um grupo de empresas que
amanhã ou depois, será seu?
Adriano – Eu estou
bem lúcido, diferente de você que está cometendo crime ambiental, que está
extinguindo a pouca vegetação que São Paulo possui com essa extensão
habitacional.
Marina – Não estou
cometendo crime ambiental nenhum. Pelo contrário, será mantida a vegetação e
investi em saneamento básico, energia renovável para que os habitantes vivam
melhor.
Adriano – Engraçado
que no projeto divulgado pela prefeitura, não estava nada disso que você falou.
Marina – É fake
news, meu projeto foi apresentado hoje e só passei para o Ricardo e de forma
confidencial. É Adriano, você se acha esperto, conseguiu cair numa fake news e
ainda, se presta a esse papel patético.
Adriano – Vamos ver
quem está sendo patético aqui.
Marina – Quer
medir forças comigo moleque?
Adriano – Medir
forças? Não, só quero pagar pra ver, quem vai sair ganhando nessa história.
Marina – Adriano
Alencar Saldanha, eu exijo respeito. Enquanto você tiver morando debaixo do
mesmo teto que eu, terá que acatar as minhas ordens. Não quero você se
misturando com esses vermes burguesinhos comunistas e sustentados pelo Foro de
São Paulo.
Adriano – Não vou
deixar de andar com meus amigos por sua causa. Com licença, eu tenho mais o que
fazer.
Adriano deixa a sala, Marina grita e o herdeiro bate com a
porta. Com raiva, a empresária diz:
Marina – Isso não
vai ficar assim. Não vou tolerar essa afronta, mas eu não mesmo.
Marina
deixa a cobertura revoltada.
Cena 3.
Pensão Florência. Sala. Interior. Dia/Manhã
Durante o
café da manhã, Helena comenta a manifestação da ONG Mundo Melhor com Jurandir.
Helena – Coitada
da Marina! Olha que situação.
Jurandir – Amor, me
perdoe, mas não sinto pena da Marina.
Helena – Que
horror Jurandir, que falta de empatia com o teu próximo.
Jurandir – Não é
falta de empatia, é que essa Marina, não me passa confiança e nem
credibilidade.
Helena – Ela é
honesta e guerreira. Conheço-a desde a mocidade e não merece passar por uma
situação tão constrangedora.
Jurandir – Marina é
tão sua amiga, que nem te procura.
Helena - Tanto a
gente, quanto ela, temos uma vida bem agitada.
Jurandir – Enfim, eu
não consigo confiar nessa mulher.
Helena – Jurandir,
você deveria conhecer a Marina primeiro, e não sair julgando-a.
Jurandir – Amor,
vamos tomar nosso café, está ótimo e muito bem feito.
Helena e
Jurandir tomam o café da manhã.
Cena
4.Cobertura dos Figueiredo Rodrigues. Sala. Interior. Dia/Manhã
Chegando à
cobertura, Luma reclama do trânsito de São Paulo.
Luma – Virgem
Nossa Senhora, que trânsito miserável esse de São Paulo.
Milena – Teve
manifestações em vários pontos da cidade. Por isso o trânsito ruim.
Luma –
Manifestação de que? Já começou a baderna de novo?
Milena –
Manifestação da ONG Mundo Melhor, e o Adriano fez linha de frente contra a
construção da extensão residencial em Campinas.
Luma – Tinha que
ser o Adriano, afinal, puxou a mãe, adora aparecer. Eles amam um holofote.
Milena – Uai, você
e Marina não eram amigas? Tu és falsa mulher!
Luma – Me respeita
pirralha, perdeu a noção é?
Milena – Só estou
sendo realista, porque horas vocês são amigas e agora, fala que Marina gosta de
aparecer.
Luma – Em
primeiro lugar, eu considero Marina como uma pessoa conhecida, em segundo
lugar, eu busco uma boa convivência com ela por ser praticamente patroa do
Ricardo. E eu digo, Adriano está sendo ridículo prestando esse papel.
Milena – Embora o
Adriano preste esse papel ridículo, tanto ele como Marina, recebem uma verba
gorda dos anunciantes para serem porta voz do povo. Da mesma forma, que você ganha
dinheiro como esses cremes de procedência duvidosa.
Luma – Meus
cremes não tem procedência duvidosa. As composições químicas são estudadas
antes de chegarem às lojas e farmácias.
Milena – Se você
acredita nesses estudos, ok, mas quando ANVISA bater na porta do SPA, não
reclame e nem chore. Falta de aviso, não foi.
Milena
deixa e sala e vai para quarto. Sozinha, Luma começa a estudar novos compostos
químicos para a linha dos novos cremes.
Cena 5.
República. Sala. Interior. Dia/Manhã
Vigário
coloca o som alto com a música Não Quero Dinheiro (Tim Maia) e incomoda os
jovens.
Samuel – Pô Viga,
abaixo o som ai! Nem respeita o nosso sono.
Vigário – Eu
abaixar? Por quê? Ninguém mandou ir para a balada em dia de semana. Curtir uma
nigth é apropriável no final de semana.
Clara – Viga
estou com muita de dor de cabeça, abaixa um pouco esse som.
Vigário – Relaxa ai
e curte o sonzão.
Fernando
abaixa o pouco e som e diz:
Fernando – Ninguém
merece escutar Tim Maia uma hora dessas. Não é porque fez Tim Maia no cinema,
que vá incorporar o personagem.
Vigário – Eu vou
dizer uma coisa, vocês só curtem essa música besteirol de hoje em dia. Agora,
se coloco um Tim Maia, um Chico Buarque, vocês reclamam.
Fernando – Pai, a
questão não é música besteirol, é você ter noção. Os vizinhos já nos olham com
vista grossa, aumentando o som, será a gota d’água.
Vigário – Então
está beleza, de boa na lagoa. Já que não posso ouvir um som, não vai ter
churrasquinho de gato no final de semana.
Fernando,
Clara e Samuel reclamam da decisão do Vigário.
Cena 6.Parque
do Ibirapuera. Interior. Dia/Manhã
Felipe e
Mayara jogam conversa sobre o casamento no parque.
Felipe – Já passou
da hora de noivarmos. Estamos namorando há sete anos.
Mayara – Eu não
acho que é o momento em pensar em noivar e se casar. Temos muito que aproveitar
ainda.
Felipe – Nessa
parte ai, eu concordo, mas, quero viver ao seu lado para o resto da vida. Quero
constituir uma família, ter um moleques correndo pelo jardim de casa.
Mayara – Amor
tenha calma, tudo tem o seu tempo. Primeiro, temos que ter uma estabilidade
financeira, terminar os estudos, para depois formar uma família e nos casarmos.
Felipe – Não
aguento mais ficar só no namoro, quero algo mais do que isso. Já temos uma vida
estável, falta mais o que?
Mayara –
Maturidade, comprometimento, responsabilidade. Felipe, somos jovens saudáveis,
gozamos de uma vida plena. Agora, se formos ser afobados quanto ao casamento, a
tendência é desandar.
Felipe – Tá bom
amor, me desculpe por querer apressar as coisas. Compreendo-te.
Mayara – Perfeito,
vamos ao barzinho do Cascudo para tomar uma gelada?
Felipe – Só se for
agora!
Felipe e
Mayara deixam o Parque Ibirapuera
Cena 7. Mercadão
Municipal de São Paulo. Interior. Dia/Manhã
Clementina
tira o dia para fazer compras para Luma. A governanta esbarra em Felício que
pergunta:
Felício – Oxente, faz o que aqui mulher?
Clementina – Estou
fazendo umas comprinhas para Luma. Você sabe como é a patroa, ela sem frutas e
legumes, vira um cão.
Felício – Pois é!
Realmente ela muda quando não tem o que ela quer.
Clementina – E você
Felício, faz o que aqui?
Felício – Também
estou fazendo umas comprinhas, visse? Embora eu more na mesma cobertura com a
Luma e Ricardo, minha alimentação é separada.
Clementina – Entendo, mas
enfim, quer me ajudar com as compras?
Felício – Porque
não? Um bom cavalheiro ajuda uma dama como à senhora.
Clementina
fica sem graça com o elogio de Felício e começam a fazer compras no Mercadão.
Cena 8. Grand’
Hotel. Prédio 13. Sala. Interior. Dia/Manhã
No prédio
de Fred, Mariana deixa recado para o jornalista antes de sair.
Mariana – Estou
pronta para me encontrar com Adriano. Estou bonita?
Fred – Está uma
deusa, para onde vai preparada para a guerra.
Mariana – Vou ao
restaurante Laboute, aqui na esquina do Grand’ Hotel.
Fred – Mentira
que vai se encontrar com o boy, para ir num restaurante classe média?
Mariana – Estou
economizando dinheiro amado, e outra, Adriano não gosta de lugares refinados.
Fred – Esse seu
namorado tem um gosto duvidoso.
Mariana –
Infelizmente ele aderiu à modinha hippie. Enfim, quem sou eu para julga-lo né?
Fred – Dá uma
sacudida nele, ele precisa.
Mariana – Vou dar
uma sacudida em você, se não calar a boca. Estou atrasadíssima. Fui e até mais
tarde.
Fred – Tchau
gata, até mais.
Mariana
deixa o apartamento e Fred publica uma matéria contra Marina e diz:
Fred – O inferno
na sua vida, só está começando.
Fred encara
com olhar de desprezo
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