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Produção Original Star TV
Baseado no argumento original de João Victor Santos
Escrita por Leonardo Lima
Capítulo 004
Cena 1.
Pensão Florência. Sala. Interior. Noite
Ao ouvir o
grito de Helena, Jurandir pergunta:
Jurandir – O que
houve meu amor?
Helena – Ainda
pergunta? Explique-se sobre esse empréstimo de noventa mil reais e ainda
colocou nossa pensão como garantia.
Jurandir
fica sem reação com o valor e diz:
Jurandir – Amor, eu
posso explicar o que houve.
Helena – Voltou
para a jogatina né? E eu achando que você tinha se libertado dessa maldição.
Jurandir – Helena,
faz muito tempo que fiz algumas apostas nesses jogos de azar.
Helena – Jurandir,
não minta, esse boleto do banco é recente. E tem mais, você hipotecou a pensão.
O que você tem na cabeça? Vento? Eu ralo dia e noite para manter tudo em dia e
você vem e me joga esse dinamite no meu colo.
Jurandir – Faço de
tripas a coração para manter também a pensão de pé e sabe o que recebemos com
isso? Só despesa. Acorda Helena, estamos no vermelho há muito tempo. Não temos
dinheiro no caixa, vivemos de merreca daquela lá.
Helena – Não seja
cínico e não responsabilize a Marina. Estamos falando da gente. Jurandir, você
tem vinte e quatro horas para se emendar. Caso contrário...
Jurandir – Caso
contrário o que Helena?
Helena – Eu dou
entrada no nosso divórcio. Não vou morar debaixo do mesmo teto de uma pessoa
obcecada por jogos de azar.
Jurandir – Você não
é louca de me abandonar nesse momento difícil.
Helena – Prova pra
ver se eu não sou capaz.
Helena
deixa a sala transtornada e Jurandir tem uma crise de choro.
Cena 2.Cobertura
Figueiredo Rodrigues. Dia/Manhã
Luma
estranha à ausência de Ricardo, Milena e Felipe e pergunta a Clementina:
Luma –
Clementina, cadê o Ricardo, Milena e Felipe?
Clementina – A Milena
já foi para o colégio, senhor Ricardo está a caminho do trabalho e Felipe foi
resolver algumas pendências bancárias.
Luma – Sinto
falta de quando a família era unida nos cafés da manhã.
Clementina – A rotina
não permite! São Paulo nunca para.
Luma –
Clementina, sem querer te incomodar, posso te fazer uma pergunta?
Clementina – Sim, pode
pergunta.
Luma – Porque
você trabalha, mesmo sendo rica?
Clementina – Por mais
que eu seja rica, eu amo meu trabalho como governanta, assim como à senhora,
que é dona de um negócio.
Luma – Falou o
correto, sou dona de um negócio e recebo muito bem. Agora, uma governanta,
recebe um pouco menos que um funcionário federal.
Clementina – Dona
Luma, desculpe-me a franqueza, mas não é porque sou rica que deva pensar em
futilidades, batendo pernas em shopping e por ai vai. Eu gosto de exercer a
minha função, gosto de ter o meu salário em dia, entende? Trabalho para mim é
uma terapia diária.
Luma – Pois bem,
gostei muito da sua justificativa. Quando eu chegar da SPA, quero que você
passe no meu escritório.
Clementina – Dona
Luma, o que você quer dizer com isso?
Luma – Que você
está demitida. Como posso confiar em você? Me desculpe, mas, não quero você
trabalhando aqui. Com licença, tenho mais o que fazer.
Luma deixa
a cobertura nitidamente irritada e Clementina fica sem reação com a atitude da
patroa.
Cena 3.República.
Sala. Interior. Dia/Manhã
Fred hostiliza
os militantes de esquerda e Vigário se pronuncia
Fred – Que
vergonha, o MST querendo reivindicar direitos para conseguir um pedacinho de
terra a preço de banana. Essa esquerda
só passa vergonha.
Vigário – Você
conhece a história de cada pessoa que está envolvida nesse movimento? Se não
fosse a esquerda, todos aqui estaríamos morando na rua.
Fred – Não
conheço e nem pretendo me aprofundar. Só sei que esses ai, andam de carro
importado, Iphone caríssimo... Depois, querem pagar de pobres coitados para
todos e principalmente a imprensa terem pena.
Clara – Fred que
tipo de jornalista você é?
Fred – Um jornalista
que está do lado da verdade.
Samuel – Não
parece, parece o típico jornalista chaveirinho de políticos da direita. Isenção
no jornalismo é o alicerce da credibilidade. Se você não tem isso, pelo que
estou vendo, é apenas pseudojornalista.
Samira – Concordo
com vocês, Clara e Samuel, todo jornalista tem que imparcial e buscar a
realidade dos fatos.
Fred – Vocês,
bando de pobres, querendo me dar aula de jornalismo.
Vigário – Somos
pobres e com muito orgulho. É vergonhoso esse tipo de asco vindo de um
jornalista formado. Se não fosse a esquerda e o Foro de São Paulo, estaríamos na
miséria. E somos tão pobres assim, porque vem filar o café da manhã aqui?
Fred – Não sabia
que comida se nega a alguém. Perdi a fome e tchau para vocês.
Fred deixa
a República revoltado. Vigário, Samira, Samuel e Clara tomam o café da manhã.
Cena 4.Restaurante
Laboute. Recepção. Interior. Dia/Manhã
Mariana
conversa com Fernando sobre reserva no restaurante.
Mariana – Fernando,
preciso que você faça uma nova reserva pra mim.
Fernando – Mas
primeiro terá que pagar a jantar de ontem. Eu vi da cozinha que melou tudo.
Mariana – Não quero
me lembrar disso, Adriano precisa amadurecer.
Fernando –
Realmente, Adriano precisa amadurecer. Por causa dele, a Laboute sofreu com
novos cortes e a receita financeira encolheu drasticamente. Vou ser sincero,
acho que a Marina vai fechar nosso point.
Mariana – Dona
Marina não é doida de querer fechar a Laboute.
Fernando – Não sei
não, Dona Marina demitiu mais de quatrocentos funcionários e terceirizou várias
áreas.
Mariana – Então, a
situação do Grand’ Hotel e do Grupo Gama é tensa.
Fernando – Muito
tensa, enfim, aqui está a comanda de ontem.
Mariana paga
o jantar do dia anterior e Fernando volta a trabalhar.
Cena 5.Cobertura
dos Vianna Moret. Sala. Interior. Dia/Manhã
Clementina
é consolada por Vagner e Mayara fica chocada com o estado da avó.
Vagner – Não
acredito que a senhora foi demitida.
Clementina – Dona Luma me demitiu por ter dito umas verdades.
Mayara – Estou
impactada, e eu achando que ela era justa e correta.
Clarice e
Vladimir ouvem a conversa e dizem:
Clarice – Então
quer dizer que Luma te demitiu...
Vladimir – Amor,
não faça algo que possa se arrepender.
Clarice – Chega
Vladimir, estou cansada de ver pessoas serem tratadas como um lixo pela cor da
pele ou condição social. Essa demissão da minha mãe com a atitude de Luma, não
tem nenhuma justificativa plausível para tal ato.
Vagner – Mãe, o
que você pretende fazer?
Clarice – Entrar
com uma ação na justiça.
Mayara – Nem sei
o que dizer mediante a tudo isso.
Clementina – Gente,
eu vou ficar bem. Podem ficar tranquilos.
Vladimir – Família é
isso sogra, sempre apoiando um ao outro.
Todos
abraçam Clementina
Cena 6.
Delegacia. Sala do delegado. Interior. Dia/Manhã
Afonso
entra na sala de Benjamin e os dois estudam ampliar a segurança de São Paulo.
Afonso – Bom dia patrão. Recebeu algum
relatório sobre o aumento da violência em São Paulo?
Benjamin – Recebi!
Já conversei com os fardados para ampliar a segurança de São Paulo. Soube
também da operação em Paraisópolis. Foi realizada com sucesso.
Afonso – Prendeu
algum meliante?
Benjamin – Só uns
dois, no máximo. Recebi um pedido da assessoria do Grand’ Hotel. O entorno do
Restaurante Laboute está cheio de cracudo.
Afonso – Eu tinha
feito uma escolta lá recentemente, e não vi nenhum cracudo.
Benjamin – Eles
ficam na parte da noite e fica atacando os moradores do Grand’ Hotel.
Afonso – Quer que
eu assuma a operação na parte da noite? Eu moro no terceiro andar do Grand’
Hotel.
Benjamin – Ótimo, é
bom que você já esteja ali monitorando a movimentação.
Afonso – Fechado
então. Vou voltar ao trabalho.
Afonso
deixa a sala e Benjamin
Cena 7.
Escritório de Advocacia Ramires. Sala. Interior. Dia/Manhã
Ricardo se
aborrece com a atitude de Luma e Felipe pergunta
Felipe – O que
houve pai? Está nervoso!
Ricardo – Você
acredita que Luma demitiu a Clementina?
Felipe – Por qual
motivo a minha mãe demitiu Clementina.
Ricardo – Segundo o
que Felício me disse, demitiu por ela ter escondido que é rica. Agora uma
pergunta que não quer calar ninguém, o que sua mãe tem haver com isso?
Felipe – Minha mãe
surtou ou está fora do estado normal. Não é possível.
Ricardo – Agora,
Clarice deve está movendo uma ação na justiça. Dai-me paciência.
Felipe – Calma
pai, você sabe que minha mãe é doida e pode voltar atrás da decisão.
Ricardo – Espero
que volte atrás, não quero um problema a mais. Já não basta os problemas no
escritório, agora isso.
Felipe acalma
Ricardo e o advogado continua aborrecido.
Cena 8.Grand’
Hotel. Cobertura Alencar Saldanha. Sala de estar. Dia/Manhã.
Adriano
ironiza o estado de Marina e a empresária responde:
Adriano – A
senhora não tem postura mesmo. Bêbada, toda aberta no sofá...
Marina – Claro,
bebi excessivamente por conta dos resultados do Grupo Gama após sua
manifestação.
Marina joga
os resultados na mesa e Adriano abre a pasta
Adriano – Que
rombo é esse no grupo?
Marina – Um rombo
bilionário. Perdi mais de quinze patrocinadores por causa do seu devaneio e eu
sendo acusada de crime ambiental. Parabéns Adriano, conseguiu o que queria.
Adriano – Eu não
consegui o que eu queria...
Marina – Conseguiu
sim, agora, Grand’ Hotel atravessa a maior crise da história por causa das suas
macaquices com o Mundo Melhor. Eu não gastei milhões para você ser
administrador e ficar bancando uma de comunista rebelde nas ruas de São Paulo.
Adriano – Não
adianta me culpa pelo seu desleixo.
Marina – Culpo
sim, estou de saco cheio com suas aventuras. Cresça Adriano, você já é um homem
formado. Seja adulto, para de se comportar como um riquinho mimado. Agora, você
vai arrumar as contas do Grupo ou senão, eu te deserdo.
Adriano – Você não
seria capaz de fazer uma coisa dessa.
Marina – Sou
capaz. A partir de segunda-feira, quero você na reunião de acionistas do Grupo
Gama. Acabou a farra Adriano. Acabou [GRITA]
Adriano fica
sem reação
FIM DO CAPÍTULO
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