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Novela de Brunoh Franco
Instrumental Suspense
Camila — É brincadeira, não é? Caio, você não faria isso comigo.
Caio — Faria e fiz!
Camila — Bom, sendo assim eu não tenho escolhas, amanhã mesmo irei na delegacia. Mas vocês não podem fechar minha empresa.
Policial — É por pouco tempo até ser feita a investigação. Passar bem.
O policial sai.
Camila — Perdeu o amor à vida?
Caio — Vai me matar? Fique a vontade, os investigadores estão lá fora, eles vão adorar saber que eu morri aqui em cima do nada.
Camila — Isso não vai ficar assim! Não vai!
Cena 002 - Mansão de Augusta • Dia
O dia amanhece, Augusta acorda no sofá. Todos estão aflitos.
Augusta — Meu Deus! Vocês não deveriam ter me deixado dormir!
Sandra — Não há novidades, mãe. A polícia está buscando, mas não há pistas de onde ele deve ter ido.
O telefone toca. Augusta atende.
Augusta — Osvaldo! Eu sei que é você! Tudo bem, você venceu, eu lhe entrego a maleta com dinheiro e você liberta a Laís.... Está certo. Até.
Augusta desliga.
Marcos — E aí?
Augusta — Ele quer me encontrar no antigo galpão da Mais que Café.
Denise — A senhora não vai sozinha, nós vamos também!
Augusta — Pode ser arriscado.
Sandra — A mídia em peso está em todos os lugares, não tem como ser discreto. Nós vamos com a senhora.
Cena 003 - Casa de Sérgio • Dia
Olívia e Sérgio acompanham os jornais. Dirce entra.
Dirce — Estão vendo? Tudo isso poderia ser evitado se o Sérgio contasse a verdade.
Sérgio — Minha vida está uma paz longe dessa família, Dona Dirce.
Olívia — Eu só quero ver o Osvaldo sendo preso, só isso. Sabe de uma coisa, eu vou até lá, eu quero acompanhar de perto.
Sérgio — Você não vai! Chega dessa família!
Dirce — Ele merece morrer pelo que fez, filha.
Olívia — Mãe!
Sérgio — O que ele te fez? Espere... Aquele dia na delegacia, não estava chorando pelo Henrique, não é? Você tinha ido ver o Osvaldo.
Dirce — Aquele monstro dopava a Olívia e abusava dela.
Sérgio — O quê? Nós vamos para São Paulo, eu vou encontrar o Osvaldo e vou matá-lo!
Cena 004 - Rua - Dia
Nicolas está andando na rua. Caio se aproxima.
Caio — Nicolas... Quanto tempo.
Nicolas — Oi, Caio. O que você quer?
Caio — Eu te vi aqui. Como você está?
Nicolas — Bem, e você?
Caio — Bem. Senti sua falta.
Nicolas — Eu preferi me afastar, Caio. Não quero interferir no seu casamento com a Silvana.
Caio — Ainda vai entrar com ela?
Nicolas — Eu ia desistir, mas como ela está debilitada e na cadeira de rodas, eu vou sim. A Silvana não tem culpa do que sinto por você.
Caio — Então ainda sente algo?
Nicolas — Ninguém esquece uma pessoa do dia para a noite, não é? Mas eu vou superar. Depois do casamento eu vou embora de São Paulo.
Caio — Como assim? Por quê?
Nicolas — Acho que não tenho mais nada para fazer aqui. Vou tentar seguir minha vida em outro lugar.
Caio — Nem sei o que dizer. Eu gosto de você, Nicolas. Mas sabe que eu não posso abandonar minha esposa e meu filho.
Nicolas — Eu não estou lhe pedindo isso, Caio. Pode ficar com sua esposa, foi como eu disse, eu vou superar. Até breve...
Nicolas sai andando. Caio fica parado e sem reação.
Horas depois...
Cena 005 - Galpão • Noite
Instrumental Suspense
A polícia e toda imprensa está de plantão na área externa do galpão. Osvaldo surge no segundo andar, na janela com a arma na cabeça de Laís.
Policial — Se renda, Osvaldo!
Osvaldo — Eu não vou me render! Augusta, traidora! Eu avisei para não trazer a polícia.
Laís está chorando.
Sandra — Não deixem ele matar minha filha! Não deixem!
Osvaldo — Eu vou até o antigo escritório, quando chegarem a uma conclusão, me avisem!
Osvaldo some com Laís.
Sandra — Cansei!
Sandra sai andando entre as pessoas. Marcos olha desconfiado para os lados e também sai andando. Augusta pega a mala.
Augusta — Chega, Osvaldo! Chega!
Augusta sai andando.
Denise pega dia bolsa e caminha entre as pessoas.
Atrás do galpão está Olívia, Sérgio e Dirce.
Olívia — O que vai fazer?
Sérgio — Fiquem aqui. Eu vou acabar com ele.
Sérgio entra no galpão por uma parede quebrada.
Dirce — Vá atrás dele! Não deixe ele fazer uma besteira.
Olívia — Está escuro lá dentro, mãe.
Dirce — Não importa! Vai!
Olívia entra no galpão. Caio também caminha pelo saguão do galpão abandonado ao lado de Ruy.
Caio — Aconteça o que acontecer, não saia de perto de mim.
Ruy — Positivo.
Por fim, Camila surge na ponta da escadaria do galpão, ela segura uma arma.
Camila — Hora de acabar com você, papai.
Escritório abandonado
Instrumental Lago dos Cisne
Laís está sentada no chão. Osvaldo está segurando a arma em sua direção.
O ambiente está com pouca luz e bastante sombrio
Laís — Por que está fazendo isso?
Osvaldo — A vida é injusta, Laís. Ela é como uma montanha russa, às vezes você está lá em cima, às vezes está em baixo, você só precisa manter o controle.
Laís — Acha que isso é manter o controle? Você está surtando!
Osvaldo — Eu mantive a calma demais. Todos esses anos escondido, eu mantive a calma.
Laís — Da tempo de se arrepender, mudar. Se entregue, tenta ser uma pessoa melhor.
Lentamente Laís se levanta e segura a mão de Osvaldo e tira a arma de sua mão.
Osvaldo — Eu não me arrependo de nada, minha filha. E se eu morresse hoje, eu morreria feliz.
Alguém acerta Laís na cabeça. Laís cai.
Osvaldo — Olha só, eu não imaginava que você viria.
Mostra imagem aérea do galpão e três tiros são disparados.
Tudo fica em silêncio.
Instrumental Mistério
Laís acorda lentamente segurando a arma. Ela vê Osvaldo caído no chão. Ela se rasteja até ele, mas Osvaldo está morto.
Laís — Meu Deus! Meu Deus!
Sandra, Augusta, Denise, Marcos, Caio, Ruy, Olívia, Dirce, Sérgio e Camila surgem na porta do escritório.
Sandra — Filha?!
Os policiais entram.
Policial — Ninguém toca em nada! Garota, eu vou ter que levá-la comigo.
Todos olham para Laís.
Fim do Capítulo
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