Autor - Lucas Bonifácio.
Capítulo 52.
AMANHECE - NA CASA DE LURDINHA - NO QUARTO DELA.
Lurdinha está usando um roupão branco e esta sentada em uma cadeira, penteando seu longo cabelo loiro em frente o espelho da penteadeira. Jeferson está dormindo tranquilamente na cama embrulhado com um cobertor, ele começa a acordar e Lurdinha o ver através do espelho.
Lurdinha: Ainda bem que tú acordou! (Se levanta da cadeira) - Agora pega tuas coisas e vaza da minha casa!
Diz olhando para ele.
Jeferson: Nossa, bom dia pra tú também!
Lurdinha: Bom dia nada seu tarado, tá pensando oque? Que tô de boa contigo.
Ela pega um travesseiro na cama e joga no ex namorado.
Jeferson: Nossa, que estresse! Relaxa aí gata.
Lurdinha: Relaxa o scambal seu marmanjo!
Jeferson: Calma ai gostosa, porque tú ta nervosa desse jeito?
Lurdinha: Mas tú ainda pergunta seu cara de pau, tú me assediou!
Jeferson: Perai loirinha o bagulho também não foi desse jeito. Eu apenas joguei a rede e tú caiu. Diferente! Hahaha.
Lurdinha: Desgraçado!
Ela joga outro travesseiro nele.
Jeferson: Que isso loira, vai negar que não gostou?
Lurdinha: É claro que eu não gostei seu palhaço!
Jeferson: Conta outra! Eu tenho certeza que tú adorou, tá até estampado no teu rosto.
Lurdinha: Me respeita Jeferson! Nossa que vontade de dá na túa cara!
Jeferson: Pode dá, mas dá bem gostoso igual tú me deu ontem, hahaha.
Lurdinha: Filho de uma egúa! Sai da minha casa.
Lurdinha vai rumo a Jeferson para agredi - lo, ele se levanta da cama mostrando está nú.
Jeferson: Calma eu vou embora sim, mas primeiro eu vou tomar um banho porque olha, ontem tú quase acabou comigo.
Lurdinha: Cretino!
Jeferson: Com muito orgulho! O chuveiro tá na água morna?
Lurdinha : Tá na temperatura do inferno!
Ela joga outro travesseiro nele. Jeferson sai correndo dando gargalhadas. Lurdinha se levanta da cama.
Lurdinha: Nego aproveitador, nunca fui de pegar ex.
Ela se senta na cadeira em frente sua penteadeira.
Lurdinha: Se bem que ele não perdeu a prática. Continua excelente na cama, mas não podia ter cedido.
Lurdinha pega a escova e volta a escovar seu cabelo contrariada.
NA CASA DE HELENA - NA SALA.
Helena está sentada no sofá lendo uma revista. Ela escuta batidas na porta e vai atender é Olívia.
Olívia: Oi amiga!
Helena: Oi Olívia!
Elas se abraçam felizes.
Olívia: Já que Maomé não vai até a montanha a montanha vem até Maomé hahaha.
Helena: Você tem razão! Ultimamente a gente estava tão distante. Entra!
Olívia entra.
Olívia: Ainda bem que reconhece! E você como está? A Nandinha?
Helena: Graças a Deus eu estou bem, a Nanda saiu agora a pouco, foi fazer caminhada, e você como vai?
Olivia: Eu vou bem! Além de vir matar a saudade eu vir aqui porque eu fiquei preocupada, minha sogra disse que te viu essa semana no hospital. Aconteceu alguma coisa?
Helena: Você não ficou sabendo?
Olívia: Como assim? Sabendo do que amiga?
Helena: Menina, então senta aqui que eu vou te contar o que me aconteceu.
Helena e Olívia sentam no sofá.
NA CASA DE LURDINHA.
A dançarina está colocando Jeferson para fora de casa, que está sem camisa.
Jeferson: Oh Lurdinha, eu tô com a barriga vazia, me dá pelo menos um pão aí.
Lurdinha: Eu não vou te dá nada seu folgado, tú se aproveitou de mim dentro da minha própria residência.
Eles passam pelo portão. Rosa que está varrendo sua calçada, ver a confusão e os observa.
Jeferson: Perai gostosa, tú tá dando uma de vítima.
Lurdinha: Eu não quero conversa negão, casca fora!
Ela fecha o portão, e se encaminha para sua casa.
Jeferson: Mas que mulher complicada! Não mudou nada.
Jeferson veste sua camisa, e Rosa o observa de cima em baixo atraida. O rapaz a olha e sai.
Rosa: Meu Deus, como uma mulher tem coragem de se comportar assim. Um entra e sai de macho nessa casa que só vendo.
Rosa dá mais uma olhada para Jeferson e em seguida entra em sua casa.
NO HOSPITAL - NO JARDIM.
Vera e Osmar estão conversando, o senhor está sentado em um banco.
Osmar: Jantar na sua casa?
Vera: Sim! Nesse fim de semana. Minha família está doida querendo te conhecer.
Osmar: Eu sei que é preciso, mais eu fico até meio envergonhado de ver eles.
Vera: Mas vergonha de que meu amor? Você mesmo me disse pra não ter vergonha de expor nosso relacionamento.
Osmar: Não é esse tipo de vergonha. Eu só estou com receio deles não se agradarem de mim.
Vera: Não pense assim meu amor. Quem não vai gostar de uma pessoa maravilhosa e boa como você, só se for antipático. Tenho certeza que eles vão te adorar!
Osmar: Ah, eu espero que sim né?!
Vera: Não se preocupe meu velho.
Vera beija Osmar.
NA PRAIA DE IPANEMA.
Luiza está sentada na areia observando o mar. Ela se lembra quando era adolescente e conheceu Antônio em uma praia de Salvador.
Começo da lembrança...
"Luiza e Antônio estao sentados na areia.
Luiza: Sabe, eu me culpo todos os dias por ter sido a principal causa da morte de minha mãe.
A jovem começa a chorar.
Antônio: Não Luiza, não fala isso. Você não teve culpa de nada.
Luiza: Tive sim! De vez de ter sido a felicidade dela, eu fui a fatalidade, mais antes eu tivesse morrido no lugar de minha mãe. Eu sou uma maldição!
Antônio: Para Luiza! Deixa de ser boba, você não é maldição coisa nenhuma, olha pra mim!
Antônio coloca as duas mãos no rosto de Luiza, ela olha para ele com o rosto molhado de lágrimas.
Antônio: Nunca mais pense dessa forma, você era um bebe inocente que estava vindo ao mundo. Você não tem culpa de nada! E nunca mais fala que você deveria ter morrido, muito pelo contrário, você tem mais é que viver, porque você é uma pessoa muito grande e especial!
Diz olhando nos olhos dela. Luiza e Antônio se olham por alguns segundos, e ela beija a boca dele."
Em seguida Luiza tem outra lembrança da sua adolescência com Antônio.
Início da segunda lembrança...
"EM UMA FLORESTA.
Luiza e Antônio chegam, o jovem fica impressionado com o lugar.
Antônio: Nossa, como aqui é lindo!
Luiza: É, não é? Vem cá!
Puxa Antônio pela mão feliz. Eles se sentam em baixo de uma ypê amarela.
Luiza: Aqui é como se fosse a minha segunda casa. Chamo de minha floresta. Todas as vezes que estou feliz e até mesmo nervosa eu venho pra cá! Pra me sentir mais leve.
Diz feliz.
Antônio: É a sensação que estou sentindo. Nunca vir uma floresta tão linda como essa.
Luiza: É verdade! (Olha Antônio que está admirando o lugar) - E eu só trago pessoas especias pra cá, e é por isso que lhe trouxe aqui, porque você é muito especial pra mim.
Eles sorriem um para o outro, e na troca de olhares se beijam."
Fim da lembrança...
Luiza: Ai toinho, queria tanto poder revê - lo um dia. Mas tantos anos se passaram...Pode ser até que ele teja se mudado do Rio, esteja um homem feito, de família...Talvez ele nem se lembre mais de mim.
Diz a dançarina com os olhos fixo para o mar.
Eterno Verão.
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