novela criada e escrita por
Marcos Castelli
escrita com
Douglas Vicente
supervisão e edição de texto
Morais Filho
CENA 001 - MANSÃO DO JOAQUIM - SALA - INTERIOR - NOITE
Joaquim - O que foi? Por que estão todas me olhando?
Melissa (sussurrando) - Por que o remédio não fez efeito?
Carmen (sussurrando) - Eu não sei. Tô achando que uma de nós tomamos o suco envenenado.
Close no rosto da Valéria, que começa a sentir pontadas no peito.
Valéria - Ai.
Todos olham para cara dela. Ela disfarça com um sorriso, mas a dor vem cada vez mais forte. Ela olha para Carmen e depois olha para o copo que está em suas mãos.
Melissa - Mãe.
Carmen - Não é possível.
Joaquim - O que não é possível?
Com a dor que sente, Valéria deixa o copo cair no chão, ela ameaça a cair no sofá, mas Melissa lhe segura.
Melissa - Ela está passando mal, alguém chama o médico.
Valéria senta no sofá, ela tenta tirar seus colares do pescoço, mas não consegue. Melissa se afasta da sua mãe e vai para perto da Carmen.
Melissa - O que está acontecendo com a minha mãe?
Joaquim - Ela está tendo um ataque.
Carmen - É melhor levar ela pro hospital.
Joaquim - Ninguém sai dessa sem as minha ordens.
Melissa - Como? A minha mãe, está morrendo. (Gritando).
Joaquim - Não interessa. Deixa ela morrer.
Joaquim senta no sofá e cruza as pernas.
Joaquim - Vai ser bom ver que o feitiço virou contra o feiticeiro. (Risada maléfica).
Melissa - Seu desgraçado.
Carmen ajuda Melissa a deitar Valéria no sofá. Valéria começar a ter um ataque. Ela senta respirar pelo o nariz, mas não consegue. Suas respirações pela boca são rápidas e agoniantes. Melissa entra em desespero.
Melissa (gritando) - Faz alguma coisa, Carmen. Salva a minha mãe, sua velha idiota.
Carmen - Mas o que eu vou fazer? Não posso fazer nada.
Melissa - Sua maldita. Você está matando a minha mãe. Sua maldita.
Close no rosto da Carmen, que está apavorada.
CENA 002 - RESTAURANTE DO BRUNO - INTERIOR - NOITE
Lucas - Não acredito que estou pisando nesse estabelecimento pela primeira vez.
Beatriz - O mais importante é que o, Bruno não está trabalhando hoje.
Lucas - Ainda bem.
Beatriz - Lucas, posso te fazer uma pergunta?
Lucas - Todas.
Beatriz - Por que você não gosta da minha mãe?
Lucas - Ela fez muita coisa ruim pra mim no passado. Ela me separou da pessoa que eu amo e ainda fez outras coisas que eu prefiro não falar.
Beatriz - Mas ela não já te pediu desculpas? Perdoa ela, não fica com ódio da nossa mãe.
Lucas - Eu não tenho ódio dela e sim medo. Aquela dali não vale nada, ainda bem que meu pai, deixou a herança no nosso nome.
Beatriz - É sobre isso que eu queria falar com você.
Lucas - Sobre a herança?
Beatriz - Eu preciso que você me dê a metade a minha herança.
Lucas - Mas por que isso agora tão repentino?
Beatriz - Pretendo viajar em breve para Milão.
Lucas - Vai seguir sua carreira de modelo e digital influencer lá?
Beatriz - Também. Eu não quero ir embora dessa cidade, quero fazer a minha vida em outro lugar que não seja no Brasil.
Lucas - Já que você quer, não posso impedir né. Eu vou te dá a sua metade da herança, mas faça o dinheiro render. (Risos).
Beatriz (pensamento) - Só falta aquela velha da minha mãe, passar o restaurante pro nome do Bruno. E juntos, vamos embora daqui pra sempre.
CENA 003 - MANSÃO DO JOAQUIM - SALA - INTERIOR - NOITE
Melissa - Mãe. Eu vou salvar a senhora, não vou deixar nada de ruim acontecer com a senhora.
Valéria - Ma... mata ele. Não deixa ele acabar... acabar com você.
Valéria respira pela última vez e morre. Melissa entra em desespero.
Melissa - Mamãe. Não, a senhora não pode morrer. Agora não, isso não pode ser verdade. (Ela sacode sua mãe). Volta mãe, voltaaaaaa.
Carmen - Ela morreu minha querida, não temos nada que fazer.
Melissa - Saia de perto de mim. (Ela empurra Carmen). Ela morreu por sua culpa, sua incompetente miserável. Você acabou com a vida da minha mãe.
Melissa olha para Joaquim, com ódio.
Melissa (gritando) - Ela morreu por sua culpa.
Joaquim - Minha culpa? Vocês que vieram com más intenções pra cima de mim. Mas bem feito, foi fazer o mal e todo o mal virou contra vocês.
Melissa fica sem saber o que fazer. Ela bota a mão na cabeça e senta ao lado do corpo do sua mãe.
Melissa - Para com isso agora mãe. Abra os olhos e volta agora.
Joaquim - A sua mãe, morreu. Ela não vai voltar mais
Melissa - Cala a sua boca. Anda mãe, volta agora.
Melissa levanta do sofá. A alma da Valéria, sai do corpo dela. Ela fica de pé e tenta abraçar Melissa, mas sua alma atravessa o corpo dela. Valéria, tenta dar um tapa na cara da Carmen, mas sua mão atravessa sobre o corpo dela. Ela olha para Joaquim, ela anda até ele e tenta enforcá-lo. O corpo dela atravessa o sofá e ela quase cai no chão. Ela olha para o sofá onde está seu corpo e arregala os olhos. (Um instrumental sombrio toca na hora). Na mesma hora o cenário da mansão do Joaquim, escurece e se transforma em um labirinto. Vozes sombrias e vários vultos passam ao redor da Valéria.
Valéria (assustada) - Eu não vou a lugar algum. Eu não fiz nada, tudo que eu fiz foi pelo bem da minha família.
Um vulto grande arrasta ela para a outra parte do labirinto. Algumas partes do labirinto acende em chamas.
Valéria (gritando) - Param de me levar. Eu não quero ir, não quero morrer. Me larga seu diabo dos infernos.
O vulto puxa ela cara vez mais forte e ela cai no chão. O vulto arrasta ela pelo chão, que está em cacos de vidro. Valéria começa a gritar.
Valéria - Pra onde que vocês estão me levando? Solta o meu braço, não quero ir, quero ficar.
Uma porta com chamas dentro se abre no meio do labirinto. Valéria segura nas folhas do labirinto, mas vários vultos ficam ao seu redor e empurra ela para dentro da porta do inferno.
Valéria (gritando) - Não!
A porta se fecha. E a mansão do Joaquim volta ao cenário normal. Joaquim sente um arrepio no corpo.
Joaquim - Agora podem chamar a ambulância.
Melissa - Eu odeio você, odeiooooo.
Melissa se debruça sobre o corpo da sua mãe e chora.
CENA 004 - CASA DO PREFEITO - ESCRITÓRIO - INTERIOR - NOITE
Rafael está saindo do escritório, quando o telefone toca. Rafael anda até a mesa e atende.
Rafael (no telefone) - Alô.
Carmen (no celular) - Querido, venha pra mansão do, Joaquim agora.
Rafael (no telefone) - O que vocês já aprontaram?
Carmen (no celular) - A Valéria, bebeu o suco que estava com o veneno e ela morreu.
Rafael (no telefone) - O que?
Rafael deixa o telefone cair no chão e sai correndo do escritório.
CENA 005 - MANSÃO DO JOAQUIM - SALA - INTERIOR - NOITE
Melissa - Isso não vai ficar assim. Você matou a minha mãe, deixou ela morrer.
Carmen - Eu não tive culpa. Os copos estavam do jeito que eu deixei, mas não sei o que aconteceu que todos ficaram por igual.
Melissa - Não interessa. Isso não justifica nada. A idéia foi sua, era pro Joaquim, ser morto.
Carmen - Me poupa garota. Ainda temos a chance de acabar com ele.
Melissa dá um tapa na cara da Carmen.
Melissa - Como você consegue ser tão sangue frio? A minha mãe morreu e nada, nem ninguém vai traze-la de volta.
Joaquim entra na mansão.
Joaquim - Eles vão levar a sua mãe para o meu hospital. Eu sinto muito pelo ocorrido e agora quero as duas fora da minha casa. E nunca mais aparecem aqui, se não eu chamo a polícia.
Melissa - Eu ainda acabo com você.
Joaquim - Sai daqui sua demônia em pessoa. E você também Carmen, saia imediatamente.
Carmen - Com muito prazer.
Carmen e Melissa saem da mansão. Joaquim senta no sofá.
Joaquim - Elas não estavam pra brincadeira. Não posso mais enrolar com as minhas vinganças, tenho que acabar com eles o mais rápido possível.
CENA 006 - AMANHECER DA CIDADE
(Instrumental Il Bello Sfida)
CENA 007 - CASA DA CARMEN - SALA - INTERIOR - DIA
Carmen entra na mansão. Lucas, desce para sala, ainda com sua roupa de dormir.
Lucas - Mãe, o que estava fazendo na rua até essa hora?
Carmen - Aconteceu uma coisa horrível meu filho.
Carmen senta no sofá. Lucas fica preocupado.
Lucas - Mas o que aconteceu?
Carmen - A Valéria, morreu.
Lucas - O que? Como assim ela morreu?
Carmen - Morreu na casa do Joaquim. Ela foi fazer uma visita e ele acabou envenenando a coitada.
Lucas - Não pode ser.
Carmen - A Melissa, está arrasa. Ela precisa muito de apoio de alguém.
Lucas - Eu vou na casa deles e vou dá todo o meu apoio. Nessas horas temos que esquecer as diferenças.
Lucas sobe para seu quarto. Carmen sorrir.
Carmen - A morte dela não foi planejada, mas até que deu pra aproximar o Lucas, da Melissa. (Risada maléfica).
CENA 008 - CASA DO PREFEITO - QUARTO DA MELISSA - INTERIOR - DIA
Melissa está vestida de preto. Ela está sentada na poltrona do seu quarto e chorando.
Melissa - O que vai ser de mim sem a senhora? A vida não pode ser tão cruel comigo, mas tudo isso é culpa da Carmen. Mas ela me paga por tudo, ela matou a minha mãe e ainda sai como se nada tivesse acontecido? Ela me paga.
Lucas abre a porta do quarto da Melissa.
Melissa - Lucas.
Lucas entra no quarto. Melissa levanta da poltrona.
Melissa - O que você está fazendo aqui?
Lucas - Vir te dar o meu apoio. Sei que perder alguém que amamos é muito difícil, mas estou aqui com você.
Melissa - Ai, Lucas.
Melissa abraça Lucas.
Melissa - Está sendo tão difícil pra mim, não sei o que vou fazer sem minha mãe. Ela era tudo pra mim, mas do que mãe, ela era a minha amiga.
Lucas - Mas como que tudo aconteceu?
Melissa - O Joaquim, ele deu suco envenenado para minha mãe. Ele ainda ficou rindo, falando que tudo isso fazia parte da vingança dele.
Lucas - Ele disse isso?
Melissa (fingindo choro) - Disse sim.
Lucas fica pensativo...
CENA 009 - MANSÃO DO JOAQUIM - QUARTO - INTERIOR - DIA
Joaquim - Foi uma coisa terrível. Eu nem gosto de lembrar.
Gael - Tudo isso pra acabar com a sua vida? Você tem que tomar muito cuidado a partir de hoje, eles podem fazer qualquer coisa contra você ou com o, Benjamin.
Joaquim - Você acha que eu já não pensei nisso? Vou reforçar a segurança da minha casa e vou blindar todos os meus carros.
Gael - Faz isso meu amigo. Eles estão com sangue nos olhos. Não vejo a hora de você botar o, Júlio na cadeia.
Joaquim - Ah, não te contei? Ontem a Estela e eu, achamos uma das vítimas daquele canalha.
Gael - E como foi?
Joaquim - Ela disse que vai me ajudar com tudo que precisar. Ela já até me mandou mensagem falando que já falou com as meninas e que ainda hoje elas vem até a minha casa.
Gael - Ótimo. Eu passo na delegacia e trago um amigo meu que trabalha lá dentro e colhe todas as provas contra ele.
Joaquim - Maravilha.
Gael - Você vai no enterro da falecida dama?
Joaquim - Já comprei uma coroa em meu nome e mandei entregar. Ela morreu aqui em casa, seria uma falta de respeito não mandar nada pra ela.
Gael - Você fez certo em não querer aparecer. A Melissa, poderia surtar e botar toda a culpa em você.
Joaquim - Eu tenho provas de que foi a Carmen, que matou a primeira dama. Na minha cozinha tem câmera e por toda mansão.
Gael - Amigo. O que você vai fazer depois que se vingar de todo mundo?
Joaquim - Eu não sei amigo, só o tempo poderá me responder.
CENA 010 - CASA DA CARMEN - QUARTO - INTERIOR - DIA
(Instrumental Bandits)
Carmen entra no quarto. Bruno está na cama dormindo. Carmen fecha a porta sem fazer barulho. Ela vai andando até o banheiro, ela tira suas roupas e fica nua. Depois ela abre o chuveiro e entra no box.
Carmen - Sorte minha que minha consciência não fica pesada.
Carmen molha o seu corpo com a água. Ela passa sabonete por toda parte do corpo e enxagua. Ela fecha o chuveiro e sai de dentro do box. Ela vai para a pia do banheiro, onde tem um espelho enorme. Ela sua pulseira cair no chão, quando ela levanta e olha no espelho, Valéria está ao seu lado. Ela arregala os olhos e grita. Carmen pega o desodorante e arremessa no espelho, que quebra.
Carmen (gritando) - Someeee. Você não vai me perturbar.
Bruno entra correndo no banheiro.
Bruno - Carmen, o que houve?
Carmen abraça Bruno.
Carmen - Não sai de perto de mim, fica aqui comigo.
CENA 011 - CASA DO PREFEITO - SALA - INTERIOR - DIA
Júlio - Ainda não acredito que minha mãe se foi.
Diego - Eu adorava a minha mãe, por mais que ela não gostasse muito de mim, eu gostava dela.
Rafael - A mãe de vocês morreu de bobeira. Eu avisei tanto, mas tanto, que eu perdi até as contas.
Júlio - Esse vai ser um fim da sua filha, se ela não se tornar uma pessoa melhor.
Rafael - E com você também, se você não parar de ser quem você é.
Diego - Não brigam vocês dois. Hoje o dia está sendo muito difícil pra todos nós.
A campainha toca.
Diego - Deixa que eu atendo.
Diego levanta do sofá e abre a porta.
Diego - Cristal?
Cristal - Meus pêsames meu querido. Eu sinto muito por isso ter acontecido.
Cristal abraça Diego.
Diego - Que bom que você veio, já faz companhia pra mim. Entra.
Cristal entra na mansão. Eles vão andando até a sala.
Diego - Pai, essa aqui é a Cristal, minha amiga da faculdade.
Cristal - Meus pêsames, senhor prefeito
Diego - Júlio, essa aqui é minha amiga, Cristal.
Júlio olha para Cristal com admiração.
Júlio - Me chamo Júlio.
Eles se cumprimentam.
CENA 012 - CASA DO PREFEITO - QUARTO DA MELISSA - INTERIOR - DIA
Melissa - É tão bom ter você por perto. Me sinto mais tranquila, segura e confortável. Eu ainda estou destruída por dentro.
Lucas - Você tem certeza que vai conseguir ir no enterro da sua mãe?
Melissa - Eu não sei, Lucas. Estou me sentindo tão fraca e tão enjoada.
Lucas - É melhor você ficar em casa então.
Melissa - Não posso meu amor. É o enterro da minha mãe, quero me despedir pela última vez. Toda vez que eu lembrar da morte dela, vou me recordar daquele homem que acabou com a vida da minha mãe.
Lucas - Joaquim.
Melissa - Ele mesmo. Minha mãe, gostava tanto dele, ela considerava ele sono um filho. E ele simplesmente oferece o suco pra ela e ela que foi ingênua, bebeu o suco envenenado.
Lucas - Mas como você sabe disso?
Melissa - Eu estava lá e vir tudo. Tinha três copos na bandeja, ele me deu um copo e outro pra minha mãe. Eu já estava desconfiada, mas pra mostrar para minha mãe, que deixei a nossa rivalidade de lado, eu bebi e ela também. Ainda consigo ver o sorriso maléfico dele.
Lucas - Como ele foi capaz disso? Ele foi longe demais.
Melissa - Eu só quero justiça, só quero que ela pague por tudo que fez.
Lucas - Ele vai pagar, isso não vai ficar assim.
Lucas abraça Melissa.
CENA 013 - VELÓRIO DA VALÉRIA - INTERIOR - DIA
O caixão da Valéria estão rodeados de pessoas que moram na cidade. Carmen entra no velório, ela chama atenção das pessoas por está vestida toda de preta, até o seu véu, tampando seu rosto.
Bruno - Você quer ir até lá?
Carmen - Eu faço questão meu amor.
Carmen se aproxima do caixão da Valéria, ela sussurra no ouvido da falecida:
Carmen (sussurrando) - Você não vai me enlouquecer. Você já está morta, não pode fazer nada contra mim. Não tive nada a ver com sua morte, então me deixa em paz. Sua morta.
Carmen finge que está chorando. Carmen para de sussurrar.
Carmen - Minha amiga amada. Éramos tão amigas, que ninguém sabe explicar o tamanho da nossa amizade.
Diego, Júlio e Rafael entram no velório. Os fotógrafos começam a tirar fotos deles.
Júlio - O que a, Carmen está fazendo agarrada ali no caixão da minha mãe?
Rafael - Obviamente quer chamar atenção das pessoas. Mas deixa que eu resolvo isso.
Rafael se aproxima da Carmen.
Rafael - Saia daí agora e para de querer aparecer nas frentes das pessoas.
Carmen - Você sabe que eu gostava da sua esposa. Éramos amigas e você sabe muito bem disso, então para de graça e me deixa.
Rafael - Eu quero conversar com você. Vamos até a lanchonete agora.
Rafael sai do velório e vai para a lanchonete. Carmen sai em seguida.
CENA 014 - LANCHONETE - INTERIOR - DIA
Carmen - O que você quer comigo?
Rafael - Eu sei muito bem que você é a culpada pela morte da minha esposa.
Carmen - Do que você está falando? Eu não tenho nada...
Rafael - Você é uma assassina. A sua raiva pelo o, Joaquim acabou com a vida da minha mulher, que não tinha nada a ver com isso.
Carmen - Ah tinha sim. Ela também participou da humilhação do, Joaquim e ela riu bastante com a situação. Ela morreu não foi por cima minha e sim pela burrice dele te ter bebido o suco.
Rafael - A minha vontade é de dá um tapa na sua cara.
Carmen - Faça isso e eu conto pra toda cidade que a gente tinha um caso no passado. Você não quer que as pessoas percam a confiança em você, quer?
Rafael - Você não vale nada.
Carmen - Não valho nada agora, mas antes bem que você achou que eu valia alguma coisa.
Rafael - A morte da minha esposa não vai ficar assim. Você vai pagar por tudo, por tudo que fez ela passar esses anos todos.
Carmen - Hoje não estou afim de aturar homem chato.
Rafael - Assume que você nunca gostou da Valéria e que só tinha amizade com ela, porque ela era a primeira dama da cidade.
Carmen - Ainda bem que você sabe disso. Valéria, era insuportável.
Carmen sai da lanchonete. Rafael pega o copo que está no balcão e quebra.
Rafael - Vai me pegar caro.
CENA 015 - VELÓRIO DA VALÉRIA - INTERIOR - DIA
Lucas e Melissa entram no velório. Melissa percebe que os fotógrafos estão tirando foto dela e ela abraça Lucas. Carmen volta para o velório. Melissa ver Carmen.
Melissa - O que você está fazendo aqui? Eu não quero você no velório da minha mãe, saia daqui agora.
Lucas - Que isso, Melissa. Minha mãe era muito amiga de sua mãe.
Melissa - Não interessa. Eu quero essa mulher fora daqui, sai.
Rafael entra no velório.
Rafael - Escute a minha filha e saia daqui agora. Você não é bem vinda aqui.
Carmen - Eu vou ir embora, sim. Mas saiba que eu gostava muito da Valéria. Ela era a minha melhor amiga.
Bruno - É melhor a gente ir embora daqui. Eles estão furiosos com você.
Bruno e Carmen saem do velório. Melissa se aproxima do caixão da sua mãe.
Melissa - Não se preocupe mamãe. A Carmen, não vai ser ilesa dessa.
Ela beija o rosto da falecida.
CENA 016 - MANSÃO DO JOAQUIM - SALA - INTERIOR - DIA
Joaquim abre a porta da mansão e as mulheres entram na mansão.
Joaquim - Sejam muito bem vindas.
Suelen - Elas estão todas aqui. Você pode perguntar o que quiserem.
Delegado - São elas que vão testemunhar contra o filho do prefeito?
Joaquim - Sim.
Estela - E eu também vou testemunhar contra ele. Vai ser um honra pra mim.
Suelen - Quando que podemos começar?
Joaquim - Se for possível agora.
Suelen - Então eu começo.
Suelen senta na poltrona onde está a câmera.
Suelen - Eu sou Suelen dos Santos e tenho 33 anos de idade...
CENA 017 - CASA DA JOSEFINA E LUIS - SALA - INTERIOR - DIA
Josefina abre a porta e Denis entra.
Josefina - Doutor?
Denis - Oi Josefina. A Natália, está?
Josefina - Ela está no quarto. Eu vou chamar ela.
Nathalia aparece na sala.
Nathalia - Não precisa, já estou aqui.
Denis - Que bom que você está bem, linda.
Josefina - Vou até a cozinha.
Josefina sai da sala. Denis se aproxima da Nathalia e ela se afasta.
Nathalia - Não se aproxima de mim.
Denis - Perdão. Eu não queria...
Nathalia - O que você quer aqui?
Denis - Queria saber como que você está? Eu fiquei sabendo do ocorrido que ocorreu.
Nathalia - Eu não quero tocar nesse assunto, Denis. É uma coisa que me corta o coração.
Denis - Mas você não teve culpa. Essas coisas não acontece porque você quer, isso acontece porque o mundo é ruim, as pessoas são más. Eles fazem o que quiser e fica por isso mesmo.
Nathalia - As vezes eu acho que a culpa é minha, por usar roupas curtas na rua.
Denis - Não, não bota isso na sua cabeça. Você sai com roupa que quiser, eles que tem que te respeitar. Você é uma moça não linda, não pode ficar triste pra sempre.
Nathalia - A minha vida nunca mais será a mesma. Sempre vou andar na rua com medo, medo de algum homem fazer alguma coisa comigo.
Denis - Se depender de mim, nada de ruim vai acontecer com você. Eu vou te ajudar, Nathalia, você vai retomar a sua vida.
Denis pega nas mãos dela.
Denis - Você não está sozinha, pode contar comigo pra tudo que precisar.
Nathalia - Eu posso confiar em você?
Denis - Sempre.
Denis e Nathalia se abraçam.
CENA 018 - MANSÃO DO JOAQUIM - SALA - INTERIOR - DIA
Estela está sentado em frente a câmera.
Estela - É isso que eu tenho pra falar.
Joaquim desliga a câmera.
Gael - Agora temos provas o suficiente pra botar ele na cadeia?
Estela - Eu acho que sim.
Joaquim - E agora, o que vamos fazer?
Delegado - Esses depoimentos me deixaram horrorizado. Eu não sabia que ele tinha feito tudo isso.
Joaquim - As aparências enganam.
Delegado - Essas provas estão mais que suficiente, mas agora temos que ter mais uma prova contra ele.
Joaquim - Que prova?
Delegado - Uma emboscada.
Gael - Emboscada? Mas como a gente faria isso?
Joaquim - Eu já sei exatamente o que fazer. Ainda hoje ele vai ser preso.
Close no rosto do Joaquim e congela.
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