Coração Partido
Capitulo 024
novela criada e escrita por
Marcos Castelli
escrita com
Douglas Vicente
supervisão e edição de texto
Morais Filho
CENA 001 - CASA DA ESTELA E GAEL - SALA - INTERIOR - DIA
Thabata - Está satisfeito? Pronto, falei tudo que eu sempre quis falar.
Gael - Suas intenções eram outras, sua fingida. Mas isso não vai ficar assim, você vai tomar jeito.
Thabata - O que você vai fazer? Vai me bater? Eu não tenho medo de você, porque você é um babana, que não segura nem sua própria mulher.
Gael pega o cinto. Ela arremessa o cinto nas pernas da Thabata.
Gael - Eu vou te dar, o que você merecia há muito tempo, mas eu estava cego. Estava cego com essa filha perfeita que eu imaginava que tinha.
Gael vai pra cima da Thabata. Ele começa a bater nela. Thabata começa a gritar e Gael continua batendo nela.
Thabata (gritando) - Paraaa. Para com isso, estou te pedindo. Para, tá me machucando.
Cada tapa que Gael dá no corpo dela, ela grita.
Gael - Você vai aprender a se comportar e tirar isso da sua cabeça.
Gael pega ela pelo cabelo e joga ela no outro sofá. Ele pega o cinto e começa a dá cintada nela.
Thabata (gritando) - Paraaaaa.
CENA 002 - ESTRADA EMBURACADA - EXTERIOR - DIA
Joaquim estaciona o carro perto de uma casinha simples, mas muito bem cuidada. Ele e Estela descem do carro.
Estela - Será que é aweii mesmo?
Joaquim - O endereço que minha avó me deu é nessa rua. E o número da casa é o mesmo, então só pode ser.
Estela - Espero que tenha alguém em casa. Não quero perder viagem.
Estela e Joaquim se aproximam do portão que é feito de madeira. Joaquim bate palma.
Joaquim (chamando) - Ô de casa.
Um homem que alto, moreno, estilo cangaceiro, abre a porta. Ele vai andando até o portão.
Homem - No que posso ajudar?
Joaquim - A gente gostaria de falar com a, Suelen.
Homem (desconfiado - O que vocês querem com ela?
Estela - Queremos só conversar com ela. É uma coisa muito importante, que pode salvar a vida de várias pessoas.
Homem - Suelen, vem cá mulher. Tem duas pessoas elegantes querendo falar com você.
Joaquim - Muito obrigado.
Suelen vai para fora. Com pregadores na borda de sua blusa e com o pé meio russo de barro.
Suelen - O que é homem?
Homem - Eles querem falar com você.
Suelen - Comigo? (Ela olha de baixo pra cima). Mas quem são eles? Eu não conheço.
Joaquim - Meu nome é, Joaquim. Sou morador da cidade do Jardim do Vale.
Suelen - Conheço essa cidade não. Vamos homem, entra pra casa.
Suelen vira as costas.
Joaquim - Eu vir falar sobre o, Júlio.
Suelen na mesma hora vira para frente e olha para Joaquim.
Suelen - Eu não quero saber nada desse filho de uma égua. Ele quase acabou com a minha vida.
Estela - Mas é por isso mesmo que vinhemos aqui.
Joaquim - Pra poder acabar com esse miserável e botar ele na cadeia.
Suelen olha para seu marido e fica pensativa.
Suelen - Abra o portão e entrem.
CENA 003 - CASA DA SUELEN - SALA SIMPLES - INTERIOR - DIA
Estela e Joaquim sentam no sofá.
Suelen - Nós somos pobres, mas somos bem limpinhos.
Joaquim - Deu pra perceber. Sua casa é minha linda.
Suelen - Agradecida. Mas me conta, o que querem comigo?
Joaquim olha para Estela.
Joaquim - A gente quer a sua ajuda pra botar o, Júlio, na cadeia. Ele fez uma vítima recentemente que também mora na mesma cidade que eu. Ela é a cuidadora dos meus avôs e foi abusada por ele na balada.
Estela - Eu fui uma das vítimas dele. Na época éramos namorados e ele me prometia...
Suelen - Namoro, que iria te assumir pra todo mundo. É, eu sei disso tudo. Também namorei com ele em 1997. Ele era bem mais novo e tentou abusar da minha irmãzinha, mas eu peguei ele no flagra e botei ele pra correr.
O marido da Suelen, serve café para eles.
Joaquim - Obrigado. E por que você não denunciou ele?
Suelen - Aquela época era muito difícil as mulheres serem ouvidas, ainda mais ele sendo o filho do todo poderoso prefeito. Eu era apenas uma menina pobre, que tomava conta da minha irmã, enquanto meus pais trabalhavam.
Joaquim - Sei muito bem como é. Mas agora os tempos são outros, você pode denunciar ele pra polícia.
Suelen - Já se passaram muitos anos. A polícia nunca que iria acreditar na gente, ainda mais sem provas.
Homem - Provas você tem o suficiente. Ela fez um exame na irmãzinha dela e constou o DNA dele.
Estela - Você fez isso?
Suelen - Fiz.
Joaquim - Vai ser melhor ainda pra botar ele na cadeia.
Estela - Ele tem que pagar por tudo que fez.
Joaquim - Você tem que nos ajudar.
CENA 004 - CASA DA JOSEFINA E LUIS CARLOS - SALA - INTERIOR - DIA
Willian - Isso é mentira. Você está falando isso pra me desestabilizar, não é? Me fala a verdade.
Nathalia - Essa é a verdade. O dono da boate abusou de mim dentro do banheiro. Foi uma coisa horrível, nojenta, que eu nunca vou me perdoar por isso.
Willian - É tudo culpa sua.
Nathalia - Minha culpa?
Willian - Sua culpa sim. Você vive andando com esses shorts curto, que fica mostrando toda a sua bunda. O que você queria que acontecesse?
Josefina - Querido, você tem noção do que falou? Roupa nenhuma define o caráter de uma mulher, e nenhum homem deve tocar no corpo da mulher sem a permissão dela.
Willian - Não falei nada com você, velha. Não se mete no assunto. Ela pediu pra ser estuprada, andando com esse tipo de roupa, que atiça os homens e fazem eles a fazer isso.
Nathalia começa a chorar.
Nathalia (chorando) - Me perdoa, Willian. Eu te imploro.
Willian - Te perdoar? Vai se ferrar, Nathalia. Eu nunca mais quero te ver na minha frente, não vou ficar com uma mulher que foi comida por outro homem. Pra mim, você não passa de um lixo.
Josefina pega sua pá de angu e bate em Willian.
Josefina - Sai daqui seu ignorante. Na minha casa homem nenhum humilha uma mulher. E o único lixo aqui, é você seu merda.
Willian - Quando eu quiser comer alguém, eu te ligo. Piranha.
Josefina (gritando) - Sai daqui. Vai embora.
Willian sai da casa da Josefina. Josefina fecha a porta e vai consolar Nathalia.
Nathalia (chorando) - Viu o que ele falou sobre mim? Ele me acha um lixo.
Josefina - Para se chorar por causa de um homem, se é que pode chamar aquilo de homem. Escuta aqui meu amor. Você é uma mulher linda, tem muita vida pela frente, não deixa um lixo daqueles acabar com você. Juntas vamos superar tudo isso.
Josefina abraça Nathalia.
CENA 005 - CASA DA ESTELA E GAEL - SALA - INTERIOR - DIA
Rodrigo abre a porta da casa e ver Gael batendo na Thabata.
Rodrigo - Thabata?
Rodrigo joga sua mochila no chão e tenta puxar Gael.
Rodrigo - Para com isso tio Gael. Para de bater nela, vai acabar matando a menina.
Gael - Mas é isso que eu quero, matar essa miserável.
Com força, Rodrigo consegue puxar Gael.
Gael - Sai da minha casa garota. Eu nunca mais quero te ver na minha vida, sua cobra.
Thabata - Eu te odeio, te odeio com toda força desse mundo. Eu te amava, agora eu te odeio.
Rodrigo - O que está acontecendo?
Gael - Eu vou sair, e quando eu voltar, não quero mais nada seu aqui dentro dessa casa. Tá ouvindo? Leva ela embora daqui, Rodrigo. Não quero essa cobra dentro da minha casa.
Gael pega o cinto e sai. Rodrigo tenta ajudar Thabata, mas ela grita com ele.
Thabata - Me deixa em paz.
Thabata levanta do sofá e sobe para seu quarto.
CENA 006 - CASA DA ESTELA E GAEL - QUARTO DA THABATA - INTERIOR - DIA
Thabata entra no seu quarto e começa a quebrar tudo.
Thabata - Chega de ser a menina perfeita cor de rosa. Cansei de ser boazinha. Vou fazer um inferno na vida dele e da Estela. Eles vão me pagar.
CENA 007 - PRAÇA DA CIDADE - EXTERIOR - DIA
Gael está passando pela praça, quando ele e Júlio se esbarram.
Gael - Eu mereço.
Júlio - Não olha pra onde anda?
Gael - Escuta aqui meu irmão. Hoje não estou com paciência pra gracinha de ninguém.
Júlio - O que foi, brigou com a Estela? Aquela delicinha.
Gael respira fundo.
Júlio - Se você não quiser mais ela, é só me falar, que eu quero. Vou saber aproveitar muito bem.
Gael - Sabe, eu até poderia acertar um soco na sua cara, mas estive pensando que seria minha falta de respeito com a minha mão. Ter que bater em um bosta como você.
Júlio - Olha como você fala comigo. Eu sou o filho do prefeito.
Gael - Vai tomar no olho do seu... (Um carro que passar buzina na hora). Entendeu? Vai lá.
Gael vai embora.
Júlio - Esse povo da cidade tem andando tão agressivos .
CENA 008 - CASA DA SUELEN - SALA - INTERIOR - DIA
Suelen - Eu vou ajudar vocês.
Joaquim - Ai que bom.
Estela - Você está fazendo a coisa certa.
Suelen - Eu tenho o número das outras meninas que também foram vítimas dele.
Joaquim - Sério?
Suelen - Se vocês quiserem posso ligar pra elas e marcamos uma reunião.
Joaquim - A reunião pode ser na minha casa? Dinheiro não é o problema pra mim, eu pago todas as despesas de vocês.
Suelen - Não vai ser preciso gastar. As meninas vão compreender e vão querer ajudar o máximo que puderem.
Joaquim - Eu te agradeço muito.
Suelen - Vamos botar esse filho da mãe na cadeia.
Joaquim - Esse aqui é o meu endereço. (Ele entrega o papel). Vão o mais rápido possível, não podemos deixar que ele escapa da gente.
CENA 009 - CARRO DO JOAQUIM - EXTERIOR - DIA
Estela e Joaquim entram no carro.
Joaquim - Eu sabia que iríamos conseguir.
Estela - Não vejo a hora desse dia chegar. Quero assistir de camarote o tombo do desgraçado.
Joaquim - Esse dia vai chegar minha amiga. Ah se vai.
Joaquim liga o carro e eles vão embora.
CENA 010 - CASA DO PREFEITO - SALA - INTERIOR - DIA
Valéria - Vocês vão fazer isso?
Carmen - É uma técnica infalível. De uma forma ou outra, temos que nos livrar do, Joaquim. Esse homem veio em busca de vingança.
Melissa - Ele está muito quieto pro meu gosto. Já era pra ele ter atacado um de nós.
Carmen - Também estou estranhando muito esse silêncio dele. Alguma coisa ele está armando.
Valéria - Não sei se quero participar disso com vocês. A gente pode ser culpadas pela morte dele.
Carmen - Ninguém vai saber que foi a gente. Vamos ir na casa dele, somente pra fazer uma visita. Depois eu vou na cozinha, faço um suco e sirvo o envenenado pra ele.
Melissa - Viu como ela é esperta, mãe? Vai ser legal. Vamos com a gente e você verá a morte dele de perto.
Carmen - E temos que comemorar depois.
Elas riem.
Valéria - Vocês tem razão. Ele quer se vingar da gente, mas somos bem mais espertas que ele e vamos acabar com ele primeiro.
Carmen - É assim que se fala.
Rafael sai do escritório.
Rafael - Começou a reunião das cobras? Quando vocês três se juntam, pode ter certeza que é alguma armação que estão fazendo.
Carmen - Você tem essa má impressão da gente, Rafael? Que coisa feia.
Rafael - Verdades são pra ser ditas. Tenham um bom dia.
Rafael sai da mansão.
Valéria - Ele é doido.
CENA 011 - CASA DO PREFEITO - CALÇADA - EXTERIOR - DIA
Rafael se aproxima do Matias.
Rafael - Eduardo, quero que você me leve para a Câmara Municipal.
Matias - Mas é claro senhor.
Matias abre a porta do carro e Rafael entra. Matias dá a volta pelo o carro e depois entra no carro. Ele liga o carro.
Rafael - Estou cheio de problemas e a mulher se junta com a, Carmen, pra fazer o mal pras pessoas.
Matias - Como assim senhor?
Rafael - Não conta pra ninguém o que vou te falar.
Matias - Claro que não senhor, pode confiar. Vou me calar em copas.
Rafael - Quando eu estava saindo do meu escritório, ouvir minha mulher, minha filha e a Carmen, que é amiga da família. Estavam falando em envenenar o inimigo delas.
Matias - Envenenar? Mas quem é esse inimigo?
Rafael - Joaquim. Você conhece?
Matias - Ainda não tive a oportunidade. Não conheço ninguém da sua cidade, são muitas pessoas que moram lá.
Rafael - Melhor assim.
Matias (pensamento) - Preciso alertar o, Joaquim, antes que seja tarde.
CENA 012 - CASA DA CARMEN - SALA - INTERIOR - DIA
Bruno está sentado à vontade no sofá. Beatriz vem por trás dele e passa a mão no seu corpo. Bruno levanta do sofá.
Bruno - O seu irmão está aí.
Beatriz - Qual é o problema? Ele dorme mais que a cama. Podemos aproveita enquanto ele dorme.
Beatriz e Bruno se beijam. Bruno ouve os passos do sapato do Lucas e os dois param de se beijar. Eles se afastam. Lucas desce pra sala.
Beatriz - Irmãozinho.
Ela abraça Lucas.
Lucas - O que você está fazendo aqui sozinha com esse cara?
Beatriz - Estava conversando com ele sobre... sobre ele reservar uma mesa pra mim no restaurante dele.
Lucas - Vai jantar com alguém especial?
Beatriz - Sim! A pessoa especial é você.
Lucas - Eu? Nem morto que entro no restaurante desse daí.
Bruno - Eu tenho nome.
Lucas - Eu sei muito bem o seu nome cara. Tem que ser no dele? Não pode ser em outro?
Beatriz - Eu só confio no restaurante do, Bruno. Faz esse esforço por mim, vai.
Lucas - Tá bom. Eu vou, mas é por você. Saiba que eu ainda continuo não gostando dele.
Beatriz - Te amo, irmãozinho.
Lucas - Também.
Lucas beija a testa dela.
Lucas - Se comporta você com a minha irmã.
Beatriz - Você vai aonde?
Lucas - Resolver a minha vida. Não posso ficar parado só tocando os bens da família. Tchau.
Lucas pega a chave do carro e sai da mansão.
Bruno - Você vai jantar com ele?
Beatriz - Se liga cara. Esse jantar é pra tirar o, Lucas, de casa. Porque com ele fora, minha mãe pode falar com você sobre passar o restaurante pro seu nome.
Bruno - Pensando por esse lado... como você é esperta minha ruivinha.
Beatriz - Eu não disse que somos uma dupla maravilhosa.
Bruno - Na cama somos melhores ainda.
Bruno pega Beatriz no colo e sobe com ela.
CENA 013 - RUA DO JARDIM DO VALE - CARRO DO JOAQUIM - EXTERIOR - DIA
Joaquim está passando pela cidade de carro.
Estela - Pode me deixar aqui.
Joaquim para o carro.
Joaquim - Muito obrigado por ter ido comigo. Sua ajuda foi ótima.
Estela - Não precisa me agradecer.
Eles se abraçam. Estela sai do carro e fecha a porta. Celular do Joaquim, vibra e cai no chão.
Joaquim - Droga.
Joaquim abaixa pra pegar o celular e sem querer ele pisa no acelerador. O carro acelera. Joaquim levanta e pisa no freio, mas antes dele frear, ele que se atropela Lucas.
Joaquim - Ai meu Deus.
Joaquim desce do carro.
Lucas - Você está maluco?
Joaquim - Não foi minha intenção, mas bem que poderia ter te atropelado.
Lucas - Eu não iria te dar esse gostinho.
Joaquim - Mas eu teria o prazer. Você não olha pra frente e eu que tenho culpa?
Lucas - Não vou perder meu tempo com você.
Joaquim - A noite foi boa ontem com a, Demolissa?
Lucas - Demolissa?
Joaquim - É o meu jeito carinho de chamar aquela demônia em pessoa. Pelo visto a noite foi boa.
Lucas - Foi maravilhosa. Diferente de você, ela é muito melhor que você.
Joaquim - Então fica com ela.
Lucas se aproxima do Joaquim.
Joaquim - Não se aproxima de mim.
Lucas - Por que não assume logo que me ama?
(Trilha sonora: Over The Rainbow - Luíza Possi)
Joaquim - E quem disse que eu te amo?
Lucas - Eu estou dizendo. Por mais que você tenta esconder, os seus olhos não consegue. Você ainda me ama e não tem coragem de assumir.
Joaquim - Não fala besteira. Agora eu sou um homem de respei...
Lucas agarra Joaquim e os dois se baijam.
CENA 014 - HOSPITAL SANTA CLARA - RECEPÇÃO - INTERIOR - DIA
Estela está entrando no hospital.
Denis - Estela, Gael pediu pra você ir até a sala dele.
Estela - Já até sei o que pode ser. Guarda a minha bolsa pra mim.
Denis - Tá bom.
CENA 015 - HOSPITAL SANTA CLARA - SALA DO DIRETOR - INTERIOR - DIA
Estela entra na sala.
Estela - O que você quer, Gael? Se for a minha demissão...
Gael - Você tinha razão.
Estela - Razão do que?
Gael - A Thabata, não vale nada. Aquela garota é um demônio.
Estela - Finalmente você se tocou que ela não vale nada. Aquela garota só queria ver o nosso casamento destruído, ela só veio pra causar discórdia.
Gael - Fiquei muito decepcionado depois que descobrir o segredo dela.
Estela - Que segredo?
Gael - Ela gostava de mim como homem e não como pai.
Estela - O que? Que história é essa Gael?
Gael - Ontem depois da discussão que tivemos, acabei descobrindo que tudo aquilo era armação dela e da amiga Cristal, dela. Ela fez aquilo pra nos separar, ela sabia que já estávamos brigados e aproveitou pra armar aquele flagra
Estela - Como ela pôde fazer isso? Você amava aquela menina como filha e ela teve coragem.
Gael - Eu amava aquela menina. Pra mim ela era minha filha de sangue. Tratei ela como uma princesa.
Estela - Não ficar assim, Gael. Sendo filha de quem é, era de se esperar. O mais importante agora, é que você enxergou quem ela é de verdade. Mas... (Ela senta na cadeira). Você não pode ficar assim por causa dela. Por isso que eu queria ter abortado ela.
Gael - Mas tirar uma vida de uma pessoa que não tem nada a ver com o que aconteceu. Por mais que tudo isso tenha acontecido, ela continua sendo a minha filha.
Estela - Infelizmente. E o que você vai fazer agora?
Gael - Quer saber a verdade? Eu não sei.
Gael chora. Estela levanta da cadeira e vai até ele. Estela abraça Gael.
CENA 016 - FACULDADE - CORREDOR - INTERIOR - DIA
Cristal - Descobriu tudo?
Thabata - Sim! E o pior de tudo, é que ele achou o meu diário e leu exatamente tudo que estava escrito.
Cristal - Você está ferrada. Agora ele não vai mais te querer por perto e muito menos na casa dele.
Thabata - O meu pai tem um coração mole. Ele ainda vai voltar a acreditar em mim e euzinha aqui, vou ficar no lugar da, Estela.
Cristal - Mas ele é seu pai, como consegue ter esses pensamentos? Ele te deu a vida.
Thabata - Cristal, minha amiga. Ele não é o meu pai de sangue. Ele é só um homem que casou com a minha mãe, pra ela não ficar falada na cidade.
Cristal - Fiquei rosa chiclete agora. Que história mais maluca. E como fica o meu irmão? Ele gosta de você.
Thabata - E quem disse que eu gosto dele?
Thabata sai andando.
Cristal - Thabata, volta aqui. Que história é essa?
Cristal vai atrás da Thabata.
CENA 017 - RUA DO JARDIM DO VALE - EXTERIOR - DIA
(Trilha sonora: Over The Rainbow - Luíza Possi)
Joaquim e Lucas ainda estão se beijando. Joaquim empurra Lucas.
Joaquim (bravo) - Você nunca mais se atreva a me beijar.
Joaquim dá um tapa no rosto do Lucas. Lucas rir e Joaquim entra no seu carro. Lucas vai andando até o carro do Joaquim.
Lucas (feliz) - Eu sei que você gostou do meu doce beijo.
Joaquim abaixa o vidro da janela.
Joaquim - O seu beijo tem gosto de cravo, e eu odeio cravo.
Lucas - Cravo?
Lucas assopra na mão para sentir seu hálito.
Lucas - Você está muito enganado.
Joaquim - Espero que você nunca mais faça o que você fez. Se não eu te dou um tiro na cara.
Lucas (rindo) - Também te amo, meu querido.
Joaquim acelera o carro e vai embora.
Lucas - Ele ainda me ama.
CENA 018 - MANSÃO DO JOAQUIM - SALA - INTERIOR - DIA
Joaquim entra na mansão. Ele senta no sofá e fica pensativo.
início da lembrança...
Lucas - Por que não assume logo que me ama?
Joaquim - E quem disse que eu te amo?
Lucas - Eu estou dizendo. Por mais que você tenta esconder, os seus olhos não consegue. Você ainda me ama e não tem coragem de assumir.
Joaquim - Não fala besteira. Agora eu sou um homem de respei...
Lucas agarra Joaquim e os dois se baijam.
fim da lembrança...
Benjamin - Pai? Terra chamando meu pai.
Joaquim - Falou comigo?
Benjamin - Estou aqui tem alguns segundos.
Joaquim - Desculpa meu filho.
Benjamin - Está pensando naquele rapaz do outro dia da praça?
Joaquim - Do que você está falando filho?
Benjamin - Daquele rapaz que me confundiu com você na praça.
Joaquim - Não pensa besteira meu filho.
Benjamin - Eu sei que o senhor gosta dele, pai.
Joaquim - Olha as confianças menino. Cadê o, Francis, pra tomar conta de você?
Benjamin - Ele saiu com o motorista, disse que era urgente e me deixou com a empregada. Ele ligou pro senhor várias vezes.
Joaquim - Meu celular estava no modo avião. Mas não vem mudando de assunto garoto. Seu comportamento não está nada bom depois que você veio pra essa cidade.
Benjamin - Só estou falando a verdade. (Ele rir).
Joaquim fica pensativo...
CENA 019 - ANOITECER DA CIDADE (Trilha sonora: Nosso Amor é Assim - Leandro)
CENA 020 - CASA DO PREFEITO - GARAGEM - INTERIOR - NOITE
Matias fecha a porta da garagem. Ele olha ao redor da garagem. Ele pega seu celular e faz uma ligação.
Matias (no celular) - Joaquim? Tenho uma coisa importante pra falar com você. Me escuta.
CENA 021 - MANSÃO DO JOAQUIM - QUARTO - INTERIOR - NOITE
Joaquim (no celular) - Pode falar.
Matias (no celular) - As suas rivais estão tramando em te envenenar.
Joaquim (no celular) - Como?
Matias (no celular) - É isso mesmo que te falei. Elas estão querendo te envenenar. O Prefeito, me disse enquanto eu levava ele na Câmara Municipal.
Joaquim (no celular) - Mas como que elas vão fazer isso?
Matias (no celular) - Eu não sei como, mas toma muito cuidado com elas.
Joaquim (no celular) - Deixa elas comigo.
CENA 022 - CASA DO PREFEITO - GARAGEM - INTERIOR - NOITE
Matias ouve um barulho na porta.
Matias (no celular) - Tenho que desligar.
Matias finaliza a ligação. Valéria entra na garagem.
Valéria - Com quem você estava falando?
Matias - Com as minhas filhas, dona Valéria.
Valéria - Hum. Tira o carro da garagem. Vou sair daqui a pouco com a minha filha.
Matias - Como quiser.
Valéria sai da garagem.
Matias - Essa foi por pouco.
CENA 023 - CASA DO PREFEITO - SALA - INTERIOR - NOITE
Valéria entra na sala.
Valéria - Melissa. Temos que ir, não podemos nos atrasar.
Melissa - Já estou indo.
Melissa desce pra sala.
Melissa - Estou pronta.
Valéria - Vamos acabar com o nosso rival. Só quero ver a cara dele quando ter um infarto.
Melissa - Quero ser a primeira a ir no enterro desse desgraçado.
Valéria - Então vamos.
Melissa e Valéria saem da mansão.
CENA 024 - MANSÃO DO JOAQUIM - QUARTO - INTERIOR - NOITE
Joaquim - Então elas querem me matar?
Francis bate na porta e entra.
Francis - O senhor quer falar comigo?
Joaquim - Quero que você se tranca com o, B⅜enjamin, dentro do quarto. Bem provável que hoje receba uma visita desagradável.
Francis - Trancados?
Joaquim - Faça o que estou mandando. Não deixa o, Benjamin, sair do quarto.
Francis - Tá bom.
Francis sai do quarto.
Joaquim - E que venha os venenos.
CENA 025 - MANSÃO DO JOAQUIM - QUARTO DO BENJAMIN - INTERIOR - NOITE
Francis entra no quarto e tranca a porta.
Benjamin - O que aconteceu?
Francis - Seu pai disse que não é pra gente sair desse quarto. Nem mesmo pra comer.
Benjamin - Por que?
Francis - Eu não sei, Ben. Vamos esperar passar a noite e descobrimos amanhã.
Benjamin fica pensativo.
CENA 026 - MANSÃO DO JOAQUIM - SALA - INTERIOR - NOITE
A campainha toca. Empregada da mansão abre a porta e elas entram com um sorriso no rosto.
Carmen - Chama o seu patrão por gentileza.
Joaquim desce a escada.
Joaquim - Vocês na minha casa? Mas que honra.
Melissa - Não seja falso, sei que você odiou a nossa visita.
Joaquim - O que devo a honra?
Valéria - Viemos fazer um acordo com você.
Joaquim - Um acordo? Mas que acordo?
Carmen - Tá um calor, né? Será que não tem como nos servir um suco?
Joaquim - Suco... claro, peço pra empregada fazer.
Carmen - Não! Eu mesma faço questão de fazer esse suco. É que eu não bebo nada da mão de qualquer pessoa.
Melissa - Eu também não.
Joaquim - Ok. Leva essa senhora na cozinha.
Carmen vai para cozinha com a empregada.
Joaquim - Como foi a sua noite com o, Lucas? Ele se lembrou de você?
Melissa - Não seja debochado.
CENA 027 - MANSÃO DO JOAQUIM - COZINHA - INTERIOR - NOITE
Carmen entra na cozinha.
Carmen - Deixa que eu mesma faço o suco. Vai fazer outra coisa e me deixa aqui sozinha.
A empregada sai da cozinha. Carmen começa a fazer o suco. Depois de fazer o suco, ela bota quatro copos em cima da bandeja. Ela enche os copos, mas um dos copos está com menos quantidade de suco. Ela pega o frasco de remédio e joga tudo dentro do copo. Ela bota o copo envenenado um pouco pra frente.
Carmen - Esse é o suco com o veneno. Não posso me esquecer, é o que tem menos quantidade de suco.
Carmen sai da cozinha.
CENA 028 - MANSÃO DO JOAQUIM - SALA - INTERIOR - NOITE
Valéria - Ainda acho que é um erro você querer se vingar da gente. Vai ser pior pra você.
Carmen entra na sala.
Carmen - Já fiz o suco, a empregada já vai servir pra gente.
Valéria - Ótimo. Estou morrendo de sede.
Close no rosto desconfiado do Joaquim.
CENA 029 - MANSÃO DO JOAQUIM - COZINHA - INTERIOR - NOITE
A empregada entra na cozinha. Ela olha pros copos e percebe que um deles está um pouco vazio.
Empregada - Que mania de deixar suco faltando no corpo.
A empregada pega a jarra e enche os copos por iguais. Ela embaralha os copos.
Empregada - Agora sim.
CENA 030 - MANSÃO DO JOAQUIM - SALA - INTERIOR - DIA
Joaquim - Eu ainda quero entender o que vocês estão fazendo aqui?
Melissa - Fica calmo.
A empregada entra na sala com a bandeja.
Valéria - Ah, finalmente os refrescos.
(Instrumental suspense)
Ao ver os copos, Carmen arregala os olhos. Ela olha com preocupação para Melissa. Ela olha para empregada com espanto.
Carmen (pensamento) - O copo com o veneno é o que está no lado esquerdo.
Carmen pega o copo do lado esquerdo e entrega para Joaquim.
Carmen - Esse é o seu, querido.
Joaquim pega o copo. Em seguida ela entrega os copos para Melissa e Carmen. Joaquim olha pro copo com desconfiança.
Carmen - O que está esperando? Beba o suco que fiz.
Joaquim - Mas é claro.
Joaquim bebi todo o suco. Melissa também bebi o suco. Valéria sorrir para Joaquim e bebi o todo o suco que estava no corpo. Em seguida, Carmen bebi o suco com fidelidade.
Carmen - Estava uma delícia.
Close no rosto do Joaquim. Carmen, Melissa e Valéria olham para Joaquim, esperando a reação do veneno. Close no rosto das três e congela.
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